POV Renesmee

Nós jogamos conversa fora durante um longo tempo, eu ouvi uma música tocando na minha bolsa e corri para atender o celular.

- Só um minuto gente. – Eu caminhei mais a frente para não atrapalhar a conversar dos outros. – Alô?

- Nessie, como está querida?

- Oi tia Rose, tudo bem e por aí? – Eu perguntei.

- Estamos com saudades de você, sua mãe mostrou a mensagem para todos aqui em casa, estás mesmo trabalhando com os cachorros querida?

- Tia Rose não fale assim! – Eu a repreendi e ela bufou, os Quileutes riram, provavelmente eles devem ter ouvido. – E sim, eu estou trabalhando com eles e eu gosto muito tia!

- Pergunte se ela já aprontou com alguém. – Emmet perguntou ao fundo.

- Cale a boca Emmet! – Edward brigou com ele.

- Vamos vocês, desliguem logo esse telefone! – Minha mãe interrompeu-os. – Tchau Renesmee.

- Tchau mãe. – Eu disse rindo, desliguei o telefone e voltei a me sentar ao lado de Jake.

- Era a loira? – Ele perguntou.

- Jake! Não é loira, é a tia Rose! – Eu disse com uma voz fininha, era assim que eu falava quando estava brava, Jacob riu e eu fingi que estava emburrada.

- Não fique brava raio de sol. – Ele disse carinhoso, eu me derreti pelo seu sorriso e acabei sorrindo involuntariamente, não existia um mundo em que eu ficasse brava com Jake por mais de cinco segundos. Sorri com o meu pensamento, Jake se aproximou e sussurrou em meu ouvido.

- Por que está sorrindo? – Sua respiração em minha orelha fez eu me arrepiar. Espera aí, eu me arrepiei com o Jake? Isso não é normal.

- Estava pensando em que tá ficando tarde. – Eu disse disfarçando e me levantando rapidamente, o que está acontecendo comigo?

- É verdade. – Charlie disse. – Nós já vamos, obrigado por tudo pessoal e boa noite.

- Boa noite Jake, durma bem. – Eu beijei sua bochecha me segurando para não corar. Que droga! O que foi isso? Entrei na viatura de Charlie e ele dirigiu de volta pra casa, aquilo tudo era muito estranho pra mim. Mas eu não estranhei muito, sempre tive um sentimento forte por ele, pode ser que algo tenha mudado, mas eu não sinto que foi para ruim. Então chegamos em casa, o bom de estar com Charlie, além de ele não ler mentes, era que meu avô sabia sempre quando eu precisava ficar em paz para pensar, mamãe me disse que ele sempre fora assim, eu me sentia muito confortável, mas espero que os outros não saibam disso, gosto muito da minha família, mas eles são muito grudados em mim, às vezes, eu subi para o meu quarto, tirei a roupa, coloquei um pijama, escovei os dentes, fiz uma trança no meu longo cabelo ondulado e depois fui me deitar, procurei esvaziar a minha mente para dormir bem, teria que acordar bem cedo amanhã.

O despertador havia tocado apenas uma vez, eu logo desarmei-o e entrei no chuveiro para espantar o sono, depois abri o closet e peguei uma outra calça jeans, uma regata branca e uma camiseta xadrez vermelha e branca, soltei os cabelos, passei uma maquiagem bem leve, desci as escadas, preparei meu café e o de Charlie e comi, vovô ainda estava dormindo e eu não quis acordá-lo, deixei o café da manhã dele no forno e coloquei um bilhete na porta da cozinha, peguei minha bolsa e minhas chaves e fui até o meu carro, eu cheguei à casa de Billy primeiro para colocar meu carro na garagem, o pai de Jacob estava na varanda saboreando uma caneca de café preto.

- Bom dia Billy. – Eu disse.

- Bom dia Renesmee. Onde está Charlie?

- A essa hora, provavelmente dormindo, eu queria saber se posso deixar meu carro na garagem. – Eu disse inocentemente, Billy riu e assentiu. Eu dirigi até a garagem e estacionei, saí do carro e peguei minha bolsa, quando ouvi alguém sussurrar.

- Te peguei! – Eu gritei e bati no que quer que fosse, ouvi um estalo e, quando abri os olhos, deparei-me com a figura de Jake no chão tentando se apoiar.

- Oh meu Deus Jake! – Eu disse desesperada, ele começou a rir, mas sua expressão de dor ainda prevalecia.

- Foi minha culpa. – Ele disse tentando me acalmar, eu percebi que estava chorando. – Não chore raio de sol.

- Mas eu te machuquei, eu sou horrível, me desculpe Jake, não devia ter feito aquilo. – Eu comecei a tagarelar nervosamente.

- Foi só um braço quebrado, ele volta ao normal daqui a meia hora, por favor, não chore. – Ele se levantou devagar e me abraçou.

- Deixe eu olhar rapidinho. – Eu choraminguei e ele assentiu, examinei o braço dele. – Ok, Jake. Isso vai doer um pouco. – Eu puxei o braço dele para o lugar certo, claro que ele fez uma careta quando eu consertei seu braço, mas ele queria que eu visse, então fingi que não vi.

- Viu? Já melhorou, posso até...ai!

- Jake! Você não é o super homem, descanse um pouco isso. – Eu disse, abri a porta do carro e peguei um pano para cobrir a cabeça quando eu abaixo a capota do carro e fiz uma tipóia para ele, a princípio Jake não quis usar, mas o convenci de colocar a tipóia por pelo menos meia hora. Nós então andamos até a casa de Emily.

- Nossa, o que aconteceu com você cara? – Embry perguntou e eu abaixei a cabeça envergonhada, Jake deu um tapa na cabeça de Embry com seu braço bom.

- Não foi nada, não é Nessie? – Jake disse piscando pra mim e eu ri. – Agora sim, aí está o sorriso que eu esperei para ver. – Eu senti minhas bochechas queimarem e depois vi Embry rindo baixinho, sim, eu estava vermelha. Nós fomos de novo para o restaurante terminar as coisas, fizemos um escritório no andar de cima, terminamos os banheiros e a cozinha, amanhã iríamos à Seattle comprar as mesas cadeiras e coisas para decorar o lugar, enquanto isso, nós pintávamos a parte de dentro e de fora do restaurante, a cor era um amarelo queimado, combinava com o piso de madeira, deixava o lugar com uma ar mais rústico e elegante, no final do dia, eu fui caçar com Jake, já estava no tempo de eu caçar, afinal, não sou movida apenas a comida humana e eu nunca me arrisco a chamar a atenção, sempre fui muito orgulhosa ao dizer que nunca perdi o controle na vida.

- Como está o braço? – Eu puxei assunto enquanto voltávamos para a casa de Billy.

- Bem. – Jake respondeu, ele fez uma curva diferente do caminho para a casa de Billy.

- Onde você está indo Jake? – Eu perguntei o seguindo.

- Eu não moro mais com o meu pai e preciso trocar de roupa, afinal, estou cheirando a cachorro. – Ele brincou e eu ri.

- Por que você não mora mais com seu pai? – Eu perguntei.

- Eu moro perto, ainda na reserva, mas eu comprei um chalé só pra mim, assim não fico dando trabalho para aquele velho. Paul e Rachel vão visitá-lo todos os dias e eu também e minha outra irmã, Rebeca, vai vir passar as festas de fim de ano conosco, então eu deixei a casa livre pra ela também.

- Hum... – Eu disse e ele riu.

- É aqui, pertinho da praia. – Ele disse, um chalé de madeira bem aconchegante perto da praia, a vista era incrível, nós entramos e eu fiquei sentada no sofá esperando Jake se arrumar.

- Coloque uma camisa amanhã ouviu? – Eu disse, odiava quando ia a algum lugar com Jake e uma garota ficava babando pelo tanquinho dele, tudo bem que ele é lindo, mas eu não gosto do jeito que ficam olhando, Jake se limitou apenas em concordar e rir.

- Mas hoje eu não preciso, não é? – Ele veio até a sala de bermuda e sem camisa me deixando sem fôlego. Ele me entregou o lenço/tipóia de volta e começou a balançar os cabelos molhados do banho, ele parecia um deus grego de tão lindo e...o que eu estava dizendo mesmo? – O que foi?

- Eu...hã...estava apenas admirando a vista, é linda. – Eu dei essa desculpa para disfarçar minha admiração por ele. – Você tem certeza de que está tudo bem com o seu braço? – Eu perguntei apreensiva.

- Não é todo dia que alguém me derruba com um soco, mas eu vou sobreviver Nessie, não se preocupe. – Ele disse sorrindo pra mim. Eu suspirei aliviada.

- Você não está bravo por isso, não é? – Eu perguntei apreensiva, ela riu alto e negou com a cabeça.

- Nessie, eu nunca, repito, nunca vou ficar bravo com você. – Ele disse segurando meu rosto entre suas grossas mãos, seu perfume amadeirado encheu minhas narinas, era um cheiro tão bom que me deixava extasiada. Depois disso, pegamos o carro de Jake e eu dirigi até o restaurante, Sue e os outros sorriram os nos ver.

- Cara, o que aconteceu com você? – Quil perguntou e eu baixei a cabeça envergonhada. Jake deu um tapa em Quil, este reclamou, mas fez um “aaah” quando olhou pra mim e viu minha cara.

- Que bom que veio querida. – Emily disse. – Eu preciso de companhia para comprar coisas para o restaurante, gostaria de me acompanhar?

- Claro Emily, seria muito legal. Mas acho que vou precisar trocar de roupa. – Eu disse olhando para o meu jeans surrado.

- Eu também querida. Façamos assim então, vá até sua casa, troque de roupa e me encontre na minha, ok? – Emily sugeriu e eu assenti. – Jacob, quer vir conosco, creio que você não servir muito aqui com esse braço.

- E alguém pode contar o que diabos aconteceu? – Quil perguntou, ele era muito lento mesmo.

- Er... – Eu comecei envergonhada. – Jacob tentou me dar um susto e, digamos, que eu não reagi como o esperado. – Eu disse enrubescendo enquanto todos tiravam gracinhas com Jake.

- Ok! Muito bem, vocês estão deixando a menina envergonhada. – Jake respondeu mal humorado e todos se calaram imediatamente. – Vamos?

- Hã? – Eu perguntei.

- Nessie, você está com o meu carro lembra? – Jake disse.

- É verdade. Vamos então. – Eu corri e me sentei no banco do motorista, dirigi até a minha casa e subi para o meu quarto enquanto Jake esperava na sala. Tomei um banho bem rápido, me maquiei e coloquei uma roupa apropriada para ir às comprar com Emily.

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Peguei uma bolsa na minha mala de bolsas (Alice fez minhas malas, esqueceram?) e coloquei minha carteira, chaves de casa e a chave do meu carro. Desci as escadas delicadamente enquanto arrumava meus cachos caídos no ombro.

- Nessie, você está linda. – Jake disse hipnotizado, eu ri. Em qualquer situação, você acharia isso estranho, seu amigo te olhando desse jeito, mas eu até que gostei disso, algo dentro de mim despertou, isso vinha acontecendo há algum tempo em relação a Jacob, mas eu não tinha coragem de perguntar a ninguém sobre isso.

- Obrigada, você quer passar na sua casa antes de ir na Emily? – Ele assentiu, novamente voltamos para a casa de Jake, este foi tirando a camisa ao entrar pela porta, me deixando sem fôlego, eu nunca me cansava de ver seu corpo perfeito, principalmente sem camisa. Ele entrou no quarto e saiu rapidamente, vestindo uma calça jeans escura, uma camisa marrom e tênis, ele bagunçou os cabelos negros com as mãos, deixando-os ainda mais rebeldes e dando um charme a mais em sua aparência.

- Não sei se é bom o bastante... – Ele começou a falar sem jeito.

- Não seja bobo Jacob. – Eu disse, eu esqueci de comentar, após a nossa tarde de comprar com Emily, eu e Jacob iríamos a uma balada em Seattle, uns colegas meus estavam passando por lá e me convidaram, eu chamei Jacob para ir comigo, tê-lo ao meu lado fazia eu me sentir segura, como se meu lugar no mundo fosse com ele, estranho, mas era o que eu sentia. – Você está lindo, vou ter que deixar minhas amigas longe de você. – Eu disse e ele riu.

- Por que não Nessie? – Ele disse levantando uma sobrancelha. Eu comecei a engasgar e gaguejar.

- Não...quer dizer...se você quiser...não que eu...sabe...ah, esquece. – Eu disse por fim, Jake rindo pela minha confusão de palavras. – Agora vamos engraçadinho.

Seu braço não estava mais precisando de uma tipóia, o que foi um alívio pra mim, ele nos levou para a casa de Emily, ela entrou em seu carro e nós a seguimos até Seattle, foi uma tarde muito divertida, nós compramos talheres, copos, pratos, guardanapos, toalhas de mesa, quadros, cortinas e muitas outras coisas para o restaurante, procuramos comprar tudo o que lembrasse algo caseiro, para combinar com tudo. Quando o sol começou a se por, Emily partiu com as compras, eu e Jake pegamos o carro, eu o convenci a me deixar dirigir até a boate, nós chegamos e eu estacionei o carro, avistei meus amigos na fila acenando pra mim, eu engoli em seco e Jake segurou minha mão percebendo que eu estava apreensiva.

- O que foi? – Ele perguntou afastando uma mecha do meu cabelo e a colocando atrás da minha orelha carinhosamente.

- Nada, é que eu nunca fui a uma balada, não sei o que fazer. – Ele riu.

- Então somos dois gatinha. – Ele disse. – Mas vai dar tudo certo, acredite. – Eu assenti sorrindo, realmente, com Jacob ali, nada poderia dar errado. Nós caminhamos até os meus amigos, eu cumprimentei todos e apresentei Jacob.

- Pessoal, este aqui é o Jacob. Jake, estes são Guilherme, Carly, Layla, Andrew, Augusto e Steve. – Jacob cumprimentou todos cordialmente.

- Então este é o famoso Jacob Black, Nessie? – Layla perguntou e riu ao ver que eu estava vermelha, Jake me apertou um pouco mais em seu abraço e sorriu.

- E vocês são as amigas da Nessie, ela me falou muito sobre vocês. – Ele disse sorrindo, aquele mesmo sorriso que sempre me fazia derreter, nós ficamos conversando um pouco, os meninos gostaram de Jacob ao descobrirem que ele tinha uma oficina. Quando nós finalmente entramos na boate, o pessoal já estava bem à vontade com a presença de Jacob, eu e a meninas decidimos retocar a maquiagem no banheiro.

- Então Nessie, o que você nos conta de novidades? – Carly disse enquanto eu passava rímel.

- Eu arrumei um emprego. – Eu disse e lhes contei tudo sobre o restaurante, elas ficaram felizes.

- Quer dizer que você vê o gatinho todos os dias, hein? – Layla disse dando uma piscadinha maliciosa, eu enrubesci e as duas riram.

- O que? Está falando do Jake? Não, ele é só meu amigo. – Eu cuspi atrapalhada as palavras.

- Tem certeza? Não é o que parece, vocês tem, tipo, uma conexão, é lindo e sinistro ao mesmo tempo. – Carly disse, nós voltamos para junto dos garotos, a música começou a tocar e eu fui dançar com as meninas, quando voltei para beber alguma coisa, notei um grupo de garotas dando em cima de Jake, ele nada fez, mas aquilo me irritou.

- Jacob! – Eu disse alto para que ele me ouvisse, a música alta tocando ao fundo. – Eu quero ir embora!

- Achei que estava se divertindo. – Ele disse.

- Eu acho que é você quem está se divertindo demais pegador. – Eu disse chateada e fui saindo da boate, ele me seguiu sem entender o que estava acontecendo.

- Nessie! – Ele gritava me alcançando, nesse momento, olhei para outro lugar que não fosse pra ele, lágrimas desciam do meu rosto e eu nem sabia porquê. – O que foi raio de sol?

- Não me chame assim! – Eu disse áspera tentando esconder a voz de choro. – Eu só quero voltar pra casa. – Eu fiquei pensando na conversa com as meninas, depois da conversa no banheiro, elas me disseram que Jacob era demais pra mim, que talvez ele só me visse como uma garotinha, um fardo. Talvez fosse realmente isso, eu sou uma companhia obrigatória para ele. Quando chegamos em casa, eu saí do carro sem me despedir e entrei em casa, a única coisa da qual me lembro foi a cara de confusão de Jake com a minha mudança de humor.

Eu subi para o meu quarto e permiti deixar algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto, acabei adormecendo com meus pensamentos, as coisas ficando mais difíceis, eu nunca vou ser nada mais pra ele, eu nem mereço o Jake, quer dizer. Ele é tão maravilhoso, e eu sou tão...estúpida, patética. Eu estava amando o Jake, mas não podia contar para ele, pois eu sei que ele nada sente por mim e eu não posso ficar sem ele, Jacob é o único que consegue tirar o peso do mundo dos meus ombros.

O outro dia parecia melancólico para mim, eu levantei-me cedo, mas recusei a carona de Charlie para a reserva, tomei meu café bem devagar, meu avô percebeu que eu não estava bem, mas se limitou a apenas a me abraçar e se despedir, eu não queria que fosse de outro jeito, precisava pensar. Enquanto eu lava a louça, o telefone tocou.

- Alô? – Eu atendi.

- Filha! – Era minha mãe. – Como estão indo as coisas?

- Bem. – Eu menti, ela hesitou antes de falar alguma coisa.

- Querida, me dá um minuto?

- Claro. – Eu disse desanimada.

- Vão embora! Eu quero falar com minha filha!

- Bella! Nós nos preocupamos com ela também. – Enquanto minha mãe brigava com o pessoal, meu celular tocou, era Jacob, eu não quis atender, apenas deixei o celular tocando.

- Pronto querida. O que aconteceu?

- Nada mãe. – Eu menti novamente.

- Tem certeza? Então pode me explicar por que você tem ignorado Jacob e os outros desde essa manhã? Ele me ligou desesperado e preocupado.

- Jake ligou pra você? – Minha voz soou surpresa.

- Claro que sim, ele está tão preocupado. Por que ele não ligaria?

- Oh mãe! Eu acho que entendi tudo errado, eu não sei. Mãe, eu acho que estou amando. – Eu disse pausadamente.

- Quem?

- O Jake, eu o amo. Mas ele é tão maravilhoso e eu sou tão patética, ele nunca vai corresponder... – Antes que eu pudesse ouvir minha mãe falar, a porta se abriu e eu vi Jake me olhando sério.

- Patética? – Ele disse. Oh meu Deus, ele me ouviu. – Renesmee, eu não acredito que finalmente estou ouvindo isso, você não faz idéia de quanto tempo eu estou esperando por isso. – Eu larguei o telefone e corri para ele abraçando-o.

- Eu te amo Jake. – Eu tomei coragem e disse.

- Eu também, você é a melhor coisa que já foi minha. – Ele disse e me beijou, eu nem me liguei que minha mãe talvez estivesse ouvindo, só voltamos ao mundo quando ela gritou.

- Eu te disse Edward! Eu te disse! Ela o ama também.

- Bella! – Meu pai a repreendeu.

- Emmet, você me deve 100 pratas! – Alice cantarolou e nós rimos, eu estava completamente vermelha, então desligamos o telefone e voltamos a nos beijar. Minha cabeça passando por um monte de pensamente, até que eu parei o beijo por um instante.

- Jacob, o que você quis dizer com esperar muito tempo para ouvir que eu te amava? Desde quando você começou a me amar? – Ele me sentou no sofá, passou as mãos pelo rosto.

- Desde que você nasceu...é um assunto delicado, eu...eu estava indo matar você Renesmee, queria vingança por Bella, mas então, você parou e me olhou, com esse lindos olhinhos iguais aos de sua mãe. E, de repente, não era mais a gravidade que me prendia à Terra, era você. – Eu sabia o que aquilo queria dizer, mas fiquei calada digerindo as palavras, Jacob começou a assumir uma expressão de agonia. – Se eu soubesse Nessie, eu me culpo por ter pensado em te matar, eu sou horrível. Sou eu quem não te merece... – Antes que ele pudesse continuar a se xingar, eu me aproximei dele e pousei uma das minhas mãos em seu rosto, mostrando-lhe todos os momentos divertidos que tivemos juntos.

- É disso que eu lembro, que eu sempre vou lembrar. Você devia fazer o mesmo. – Eu disse e ele sorriu.

- O que acha de irmos ajudar Sue e Emily agora? Todos estão preocupados com você, Embry e Quil quase me bateram ontem quando eu contei a eles que você estava chateada e eu não sabia o motivo. – Eu ri e subi para limpar o rosto, passar uma maquiagem básica e trocar de roupa.

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Usava o meu vestido tomara que caia jeans com um cinto, minhas fiéis sapatilhas e acessórios, arrumei meu cabelo em uma trança de lado e desci com Jacob, nós entramos no carro e ele dirigiu até o restaurante de Sue e Emily, Jake abriu a porta pra mim e me deu um beijo na bochecha, eu enterrei meu rosto em seu pescoço inalando seu perfume amadeirado maravilhoso, demos as mãos e caminhamos até os outros.

- O que houve Nessie? – Embry e Quil vieram correndo olhando feio para Jake, eu apenas ri.

- Nada que tenha sido culpa do Jake, coisas de garota. – Eu disse e ele foram embora com a mesma rapidez que chegaram. Eu e Jake rimos, Sue deu pincéis e tinta para os garotos pintarem a parte de fora do restaurante enquanto nós arrumávamos as mesas e outras coisas dentro, quando chegou a hora do almoço, nós voltamos para a casa de Sue e almoçamos juntos, eu fui até a varanda e vi Jake sentado na rede se balançando, sentei-me ao seu lado dando-lhe um selinho.

- Quer que os outros saibam? – Ele perguntou.

- Eu nunca iria pedir para você esconder nada dos seus irmãos, e, afinal, estamos juntos, não é? – Eu disse e ele assentiu passando seu braço por minha cintura e me trazendo para perto. Eu tinha consciência de que os outros nos observavam, mas mesmo assim, peguei seu rosto e aproximei seus lábios dos meus, ouvi alguém bufando, era Leah com certeza. Depois disso, Embry sentou entre nós abraçando-nos.

- Bem vinda a nossa grande família Nessie. Pelo menos a mente do Jake ficará menos chata agora.

- Obrigada Embry, eu acho. – Eu disse rindo.

- Vá embora seu idiota. – Jacob empurrou Embry que caiu rindo.