Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 33
33° Capítulo: É Arriscado, mas é Bom




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_ _ (07h13min) _ _ Escola

Chegando na escola, Magali encontrou Cascão na porta da sala. Ela hesitou por um momento passar por ali, pois estava com medo do garoto para-la para perguntar sobre o que ela já sabia. Sem escolha, entrou na sala mas para a sua surpresa, Cascão não falou nada, muito menos a tocou. Ela estranhou, mas ficou feliz por ele não ter tocado no assunto.

Na verdade nem nesse, e nem nenhum outro assunto. Cascão não olhou pra comilona durante um segundo. Até na hora do intervalo, onde os quatro se sentaram juntos na hora do lanche, o sujinho e a comilona não trocaram sequer um contato visual. Magali estava satisfeita pelo silêncio de Cascão, mas ao mesmo tempo sentia que havia algo de errado. Talvez ele não tivesse gostado do que ela tinha dito, por isso ficou com medo.

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Quando acabaram todas aulas, as amigas se despediram no caminho, e Magali foi direto pra casa. Ao começar abrir o portão, um ser apareceu atrás dela, colocando a mão na sua frente.

Ela virou o rosto para o lado, já sentindo o perfume da pessoa, deduziu quem era. Ela virou pra frente de novo, enquanto o garoto continuava atrás dela, com a mão impedindo ela de entrar.

– O que você quer? – perguntou com a voz baixa.

– Temos um assunto pendente, não?

– Não sei do que você está falando...

– Sabe sim – diz puxando o braço da garota pra ela olhar pra ele.

– Cascão me solta... Agente tá no meio da rua... – diz começando a ficar nervosa. Ela conhecia aquele olhar.

O garoto pra provocar nega com a cabeça sem tirar os olhos de seus lábios.

– Cascão... – diz fechando os olhos. Ele não dá ouvidos e lhe beija, deixando todos os livros de Magali caírem no chão.

Magali tenta empurra-lo, mas como era de se esperar o mais forte sempre vencia mais fraco. Sem conseguir fazer nada, ela coloca seu braço em torno do pescoço do garoto, formando então um beijo entre um casal apaixonado.

Eles estavam em frente à casa dela, qualquer pessoa poderia aparecer ali e presenciar aquela cena.

Magali começando a ficar ofegante, sabia que não ia conseguir parar Cascão, por isso abriu o portão sem se desgrudar do sujinho, e o puxou pra dentro.

Os dois foram entrando lentamente em passos para trás, até dentro de casa. Magali lembrou que sua mãe estava fazendo compras e que não ia chegar tão cedo. Ela abriu a porta, e quando chegaram na sala, Cascão empurrou a garota no sofá, se jogando em cima dela em seguida.

Aquele beijo estava ficando ousado demais da conta, até ela percebeu. Mas não conseguia parar, e muito menos ele.

Sentindo um tremendo calor, Cascão sem pensar duas vezes, tirou a blusa da escola, jogando em um canto. Magali negou com a cabeça, aquilo não era pra estar acontecendo. Ela não podia fazer aquilo. Tudo bem que já tinha terminado com Quim, e que não estava mais o traindo, mas Cascão estava. E com amiga dela. Se sentiu horrível por isso, mas era incontrolável... Seu coração batia desesperadamente, o beijo de seu amigo era como um vicio, não queria parar nunca.

Depois de uma tremenda agarração no sofá da sala, os dois ouviram barulhos de chaves vindo da porta. Magali empurrou o garoto com tanta força que ele caiu no chão.

Ele olhou para os dois lados e Magali se levantou depressa, pegando todas coisas no que estavam no chão.

– Se esconde! – cochicha Magali exasperada ao ver que Cascão continuava no chão sem se mexer.

– Onde?

Cinco.

Magali puxou o garoto pra ele se levantar e o empurrou para de trás do sofá.

Quatro.

Ela tenta esconder todas as coisas que estavam espalhadas pela sala, pois eles fizeram uma tremenda bagunça ao chegarem.

Três.

Magali tentou se acalmar e esperou a mãe abrir a porta.

Dois.

Ela viu a camisa de Cascão no canto e agarrou.

Um.

Magali sentou em cima da camisa e tentou parecer mais calma possível.

– Oi filha, já chegou? – diz com vários sacolas de super-mercado.

– J-já! – disse limpando o suor da sua testa.

– Nossa, você nem imagina o quão cheio estava hoje...

– Ah...Hehe...

Magali escondeu a camisa atrás de uma das almofadas e foi ajudar a mãe a levar as sacolas até a cozinha. Ela olhou pra trás e Cascão continuava escondido.

Chegando na cozinha, Magali abriu a geladeira e bebeu um copo de agua. Estava nervosa a beça.

– Tá com fome?

– N-não!

– Comeu o que na escola?

– E-eu lanchei!

Dona Lili começou a estranhar a maneira de como a filha estava falando. Ela parecia tremer nas mãos e estava suada.

– Você esta bem? – diz tocando na sua testa.

– E-estou sim! P-porque?

– Por que você esta assim? Com a blusa toda amassada e suando desse jeito?

– É que... E-eu estava dormindo aqui no sofá!

– Chegou com sono?

Cascão continuava com o seu coração disparado, de tanto medo.

– P-pois é…

– Bom... Deixa eu arrumar isso aqui!

– Er... Mãe... Deixa que eu arrumo pra senhora!

– Não precisa filha, eu ainda tenho que fazer o almoço!

– Mãe, você acabou de chegar, vai tomar um banho que arrumo as compras pra você...

– Tem certeza?

– Absoluta.

Dona Lili ficou um pouco pensativa, mas em seguida sorriu.

– Tudo bem meu anjo, mas vê se não bagunça nada – diz subindo as escadas.

– Pode deixar...

Assim que sua mãe sumiu, Magali deu um longo suspiro de alivio e voltou pra sala correndo.

Cascão saiu de trás do sofá, suando.

– Quase ela pega agente...

– Pois é! Por isso é melhor vazar daqui, agora!

– Tudo bem... – Cascão foi até onde ela tinha escondido sua mochila, e quando já ia abrir a porta...

– Espera...

– O que?

Magali tirou a camisa do garoto de trás da almofada e estendeu pra ele.

– Valeu... – Magali estava mordendo o lábio inferior, o que fez Cascão não si segurar.

Agarrou a sua cintura e lhe deu outro beijo. Desta vez mais devagar...

Ela empurra o sujinho e vira o rosto sem graça.

– Vai Cascão... – diz sem ar.

Ele abre a porta sem tirar os olhos dela, e em seguida vai embora.

Magali se senta no sofá com as duas mãos na cabeça, ainda tentando voltar ao seu eu.


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Notas finais do capítulo

UHU *.*



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