Capitulo 6 – “EU TE ODEIO GODRIC!” / “O prazer é meu Ravenclaw”

Quando o dia estava quase amanhecendo, Helga conseguiu dormir, e então Godric se levantou, estava com fundas olheiras, e com o aspecto doentio. Ele foi até o lado de fora da barraca engatinhando, pois seu braço e sua perna ainda estavam levemente dormentes. Ele se sentou no chão gramado, e ficou observando o sol nascer, e depois de um tempo Rowena se junta a ele, e toca de leve a olheira do garoto.

– Você não dormiu direito não foi? Ficou escutando a Helga chorar?

– Eu?! Claro que não! – respondeu Godric rápido demais.

– Não adianta mentir para mim, Godric Gryffindor, eu sou sua melhor amiga, e te conheço desde que éramos duas coisas pequenas.

– Mas quando nós éramos duas coisas pequenas, quando o mundo era o quintal de casa, a vida não era tão complicada...

– Godric, eu sei parte do que você esta sentindo, mas eu entendo que você esta confuso...

– Eu? Confuso? Com o que, senhorita Rowena Ravenclaw?

– Bem, está triste por perder seus pais, feliz por me ter como amiga, triste pelos meus pais, feliz por gostar da Helga, triste por magoar ela, e ainda mais triste pelo Salazar ter nos deixado, alem da dor física... É, isto é suficiente para mata qualquer um emocionalmente...

– É... Tem horas que eu realmente não sei o que fazer – admitiu o garoto com um sonoro suspiro.

– Nessas horas, Godric, temos que nos abrir... Tenta desabafar

– Mas é só você olhar para a minha cara que você já fica sabendo de tudo!

– Mas às vezes é bom termos alguém com quem falar...

– Bem... Então vamos lá...

E o garoto começou a botar todos seus sentimentos para fora, dizendo seus temores, suas alegrias, suas tristezas, e Rowena escutava tudo com paciência, e quando ele finalmente terminou, ela sorriu e perguntou:

– Melhor?

– Muito, valeu por me escutar, Ro – Godric retribuiu o sorriso.

– Disponha Godriquinho – ela deu uma gargalhada para a careta que se formou na cara do amigo.

– Pensei que tinha parado de me chamar assim quando tínhamos SETE ANOS! – disse ele.

– Mas na minha mente você será sempre meu Godriquinho!

– Ah é? Então preparasse para a fúria das cosquinhas!

Dizendo isto, Godric pulou encima de Rowena, e começou a fazer cosquinhas na garota, enquanto ela tentava se libertar, e quando ele finalmente parou, estava totalmente encima dela, os rostos muito próximos e os olhos nos olhos.

– Err... Godric... Da para sair de cima? – pediu Rowena com as bochechas levemente coradas.

– Err... Claro... Nossa Ro... Seus olhos são azuis!

– É claro que são idiota, sempre foram tão azuis quanto os seus são negros.

– Mas eu nunca tinha notado no quanto eles são lindos e...

Antes que qualquer um dos dois pudesse pensar duas vezes, seus lábios se tocaram, e o beijo foi se intensificando, mas antes que algo de mais pudesse acontecer eles escutaram alguém gritando:

– GODRIC GRYFFINDOR, seu trasgo desprezível!

Godric e Rowena rolaram um para longe do outro, e se viraram depressa para olhar Helga, que os encarava com fúria com os olhos marejados.

– Helga... Nós... – Rowena começou a dizer, mas Helga balançou a cabeça ferozmente.

– Eu não quero saber!

– Mas Helga – disse Godric, e ao olhar para ele, as lagrimas transbordaram dos olhos da loira.

– EU TE ODEIO GODRIC!

– SE ME ODIASSE MESMO NÃO ESTARIA BRIGANDO!

– AI GODRIC, EU TE AMO FALOU?

 – SE ME AMA MESMO PROVA!

E sem pensar novamente, Helga se jogou nos braços de Godric, e o beijou ferozmente, e com vontade, e Rowena começou a rolar de rir, vendo a cara de Violet e Venom que haviam aparecido na entrada da barraca.

– Eles se amam ou se odeiam? – perguntou Venom, sua voz era de fato linda, seus olhos eram verdes água como os da irmã, e ambos tinham cabelos negros lisos.

– Eu acho que se amam... A propósito... Meu nome é Rowena Ravenclaw.

– Eu sei, a Vivi me falou, e eu sou Venom.

– Prazer – ela esticou a mão.

– O prazer é meu, Ravenclaw – Venom apertou a mão estendida de Rowena.

O contato entre suas mãos, os fez arrepiar, e por um momento se encararam, e no momento seguinte já estavam se beijando, enquanto Violet olhava para eles com aquela cara de vocês-têm-algum-problema?

– Eu nunca vou entender estes adolescentes... – disse ela voltando para dentro da barraca.