Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 10
Capítulo 10




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P.O.V. Elizabeth

            Eu ainda não conseguia acreditar que tinha me perdido tanto a ponto de esquecer que no dia seguinte já começaria minhas aulas! Graças a Deus eu já tinha comprado meus materiais antes de vir para a casa dos gêmeos, dessa forma eu só precisava arrumar tudo e separar uma roupa para ir, coisa que eu faria só à noite.

            Saí do meu quarto e voltei para a sala, onde Tom assistia Full House e Bill quase estava tendo um aneurisma de tanto tédio.

            - E aí, tudo certo? – perguntei me sentando no meio dos dois.

            - Não! – eles responderam juntos e viraram para me encarar, Tom já desligando a televisão.

            - Qual o problema? – perguntei. Achava incrível como sempre que aparecia um problema nessa casa, ele tinha a ver comigo.

            - Não sabemos quem a levará para a escola amanhã! – Tom disse.

            - Nem quem vai buscar! – completou Bill.

            - E o que eu tenho a ver com isso desta vez? – eu perguntei confusa.

            - Quem você acha que é o motivo da discussão pela carona? – perguntou Tom retoricamente como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

            O que se for realmente pensar, era mesmo.

            - Você não tem como pegar carona com uma amiga ou algo do tipo? – Bill perguntou, tentando se livrar de acordar cedo.

            - Não dá! Pelo menos ainda não! A Jane virá aqui depois da aula, mas ela precisará seguir o carro de vocês, para depois saber se localizar! – eu respondi.

            - Quantos anos tem Jane? – perguntou Tom erguendo uma sobrancelha.

            - Dezoito. Ela está no último ano. – eu respondi.

            - Ela é bonita? – perguntou Tom.

            - Você não vai pegar minha melhor amiga, Tom! Eu te proíbo! Sem falar que ela tem namorado...

            - Saco! – disse Tom cruzando os braços emburrado com isso.

            Bill e eu rimos da decepção de Tom.

            - Bem, acho que será melhor se o Tom me levar e o Bill me buscar, menos riscos do Tom ver a Jane – eu respondi, resolvendo a situação.

            - Mas eu terei que acordar cedo! – reclamou Tom.

            - Então será melhor se você ir dormir logo, está ficando tarde! – eu disse sarcasticamente.

            - São sete horas da noite - disse Tom não entendendo que eu falei para tirar com a cara dele.

            Eu e Bill viramos os olhos.

            - Dá um desconto, ele é loiro! – disse Bill.

            - Então fica assim, combinado? – eu disse, sem me importar em responder para Tom.

            - Mas... – começou Tom, mas eu o cortei.

            - Te acordo às sete e meia! – respondi e voltei para o meu quarto.

            NO OUTRO DIA...

            - Porra de despertador! – eu resmungava enquanto desligava o alarme e levantava da cama.

            Ainda estava com muito sono, fiquei ansiosa pelo que encontraria hoje no colégio e infelizmente não consegui dormir.

            Fui para o banho e logo já estava pronta com mais uma de minhas muitas camisetas que tinham inúmeras frases significativas e desenhos divertidos. 

            Olhei o relógio e estava na hora da tarefa mais difícil do dia: acordar Tom.

            Caminhei pé ante pé até o quarto do mais velho e abri a porta com todo o cuidado, que apesar de ter sido aberta com toda a delicadeza ainda rangeu, fazendo Tom resmungar em seu sono.

            - Tom – sussurrei baixinho lhe sacudindo um pouco.

            Em resposta, o folgado apenas virou-se para o outro lado, me dando as costas.

            - Tom – chamei um pouco mais alto e chacoalhando-o com mais força.

            Ele resmungou, e eu já estava quase perdendo a paciência.

            - Tom, acorda! – chamei em meu tom de voz normal sacudindo-o.

            - Sai Bill! Me deixa dormir! – resmungou ele dando um tapa em minha mão que o sacudia.

            Agora sim eu fiquei brava! Poxa, me confundir com o Bill é foda, mesmo que ele ainda esteja dormindo.

            Sem me preocupar com a outra pessoa irritante que tinha na casa e que se acordasse me espancaria, eu berrei nos ouvidos do meu motorista:

            - TOM! ACORDA, VAGABUNDO! EU TENHO QUE IR PRA AULA, PORRA!

            Tom deu um pulo da cama e, por consequência acabou dando um soco no criado mudo e derrubou o copo de água que havia lá com uma dentadura dentro em cima da cama.

            - Ah Samara, que merda! Você me fez derrubar água na cama! Agora quando o Bill vier arrumar minha cama ele vai pensar que eu me mijei! – reclamou ele sentando-se na cama.

            Eu estava olhando com cara de nojo para aquela chapa, mas quando ele falou aquilo eu olhei desacreditando no que meus ouvidos estavam ouvindo para Tom.

            Ignorando o comentário sobre o Bill arrumar a cama do Tom, eu perguntei algo um pouco mais importante.

            - Por que você tem um copo com uma chapa dentro em cima do criado mudo?

            - Ah, sabe como é, eu sempre penso no futuro, dessa forma, eu mantenho esse copo aí para que as mulheres se acostumem com isso desde cedo, para quando eu realmente precisar disso, elas não estranharem!

            Revirei os olhos, eu definitivamente podia ter ficado sem ouvir um absurdo tão absurdamente absurdo.

            - Tudo bem, só não espalha. Agora, anda logo! Saímos em quinze minutos! – falei saindo do quarto.

            - QUINZE MINUTOS? MAS NÃO DÁ TEMPO PARA FAZER NADA! – gritou Tom revoltado.

            - Cala a boca seu animal! Se você acordar o Bill vai sobrar pra mim! E daí que não dá tempo de você fazer nada? Você só precisa pôr uma roupa para me levar no colégio! Se quiser fazer algo a mais faça quando voltar! Apresse-se que eu não posso me atrasar hoje! – eu disse na batente da porta.

            Tom olhou-me de cima a baixo e voltou a me olhar no rosto, surpreendido.

            - Parabéns, pelo menos hoje você se vestiu como um ser humano normal! – ele disse, chegando a aplaudir.

            - Não quero nenhum aluno novo se assustando, apesar de não ligar muito para o que os novatos pensam de mim – eu respondi já meio sem paciência. O tempo estava passando e pelo menos hoje eu gostaria de chegar cedo e por a conversa em dia.

            - Então tá, se você diz...

            - É, eu digo mesmo e você vai se arrumar AGORA ou eu juro que tu morre em sete dias, desgraça!

            Tom olhou-me com os olhos arregalados e quase que eu começo a gargalhar alto sem me importar com o Bill (eu realmente não me importo, mas acredite: se você tem coragem o suficiente para ACORDAR o Bill, você tem coragem o suficiente para enfiar a cabeça na boca de um jacaré e deixá-lo solto!).

            Saí do quarto antes de começar a rir e comecei a cronometrar o tempo, dando a Tom exatamente quinze minutos antes de pegá-lo pelos dreads e jogá-lo no banco do motorista de pijama e pantufa de coelhinho.

            Fui até o meu quarto, peguei meus materiais e minha mochila (tradição, primeiro dia de aula é mochila, Deus o livre usar bolsa, instituída pela Jane) e andei calmamente em direção à cozinha, pegando um iogurte que eu tinha feito Tom comprar para mim na última vez que fomos ao mercado (não ontem quando eu precisei dos absorventes), quando ele tinha proibido a entrada de Pringles nesta casa.

            Tom sem graça.

            Depois de comer o meu iogurte, olhei novamente meu relógio de pulso. Tom tinha exatos três minutos para ficar pronto antes que eu fosse buscá-lo, o que definitivamente não seria nada agradável, nem pra ele e nem para mim.

            Quando eu estava marchando para o quarto do Tom com a intenção de no mínimo fazê-lo me levar sem roupas para a escola, o mesmo aparece no meu caminho.

            - Vambora? – perguntou Tom entrando na sala enquanto tentava fechar o zíper do casaco Adidas.

            - Deus dê-me paciência, que se me der força, EU MATO! – eu disse indo em direção do carro com meus materiais.

            - Onde é sua escola? – perguntou Tom arrancando o carro.

            Sem falar nada, apenas entreguei-lhe um papel com o endereço correto e a forma de chegar lá que meu pai tinha me dado e dito que era para entregar para os gêmeos quando eles tivessem que me levar para a aula.

            - Nossa, isso é bem longe, não? – disse Tom depois que leu o endereço.

            Dei de ombros.

            - Anda logo, Tom! Vou me atrasar! – eu disse pondo os pés para cima no painel do carro e ligando o rádio.

            Ele virou os olhos e foi.

            No colégio, pensei que teria de ficar esperando pelas minhas amigas, pois fiz de tudo para chegar o mais cedo possível, porém para a minha sorte todas já estavam na frente do portão de entrada, apenas esperando por mim.

            - Então é isso, obrigada pela carona, Tom! Por favor, não deixe o Bill se esquecer, ou fingir esquecer de me buscar, ok?! Tchau – eu disse saindo do carro e batendo a porta, sem dar nenhuma oportunidade dele se pronunciar.

            - E aí, Liza! Quem estava no carro com você? – perguntou Hannah assim que eu me aproximei delas.

            - Tom Kaulitz – eu respondi fazendo pouco caso enquanto cumprimentava todos que passavam e pediam minha atenção.

            As garotas arregalaram os olhos ao ouvir o nome do meu “motorista particular”.

            - Tom Kaulitz? Irmão de Bill Kaulitz? Guitarrista da banda Tokio Hotel? – perguntou Marie para ter certeza se era realmente da celebridade que eu falava.

            - Exato – eu disse.

            - Ai meu Deus, Liza! Como você conhece ele? Vocês estão saindo? Ouvi dizer que ele estava solteiro! – tagarelou Ashley.

            - Calma gente! Uma pergunta de cada vez! Que saco, por que vocês insistem em falar deles? – eu disse de mau humor, já que para mim eles eram apenas os afilhados do meu pai que eu teria de aguentar na mesma casa até o final do meu colegial.

            - Porque eles são o TOKIO HOTEL! Agora desembucha logo! – disse Ashley.

            Suspirei. Eu devia ter pego um ônibus para vir à escola. Eu sabia que se minhas amigas soubessem que eu morava com os gêmeos Kaulitz ia acabar dando nesse bombardeio de perguntas.

            - Bem, os gêmeos são afilhados do meu pai e como meu pai teve que se mudar para Munich, eu fui morar com eles. Eu não namoro o Tom e nem pretendo, isso seria absurdamente nojento desde que eu sei todos os hábitos deles. O Tom não tem namorada, nem o Bill e nem o Gustav, mas o Georg ta namorando com uma garota que eu não conheci ainda, mas acreditem, eles são pessoas extremamente normais e um tanto chatas! – eu resumi para elas.

            - Aaaai Liza! Você é a garota mais sortuda desse mundo! – disse Marie sendo apoiada pelo resto do bando.

            Bufei, sem acreditar que minhas amigas agora ficariam me incomodando por causa do grupinho de inúteis que moravam comigo.

            O sinal bateu e Ashley, Hannah e eu fomos para a nossa aula enquanto Marie e Jane, que não tinha falado nada enquanto estávamos lá fora conversando sobre a bandinha furreba, foram para a aula delas, no último ano.

            Esse seria um longo ano...


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