Loneliness escrita por Yukari-chan


Capítulo 1
Nothingness


Notas iniciais do capítulo

Essa fic nasceu de um devaneio, e dificilmente as pessoas entendem minhas loucuras sem me conhecer. q

Mas eu espero que a minha esposa limd goste, mesmo que tenha ficado simples. Sou péssima com enredos mirabolantes...

Ps: o Nyah engoliu todos os acentos e letras acentuadas e quando eu tentei corrigir piorou. Então me desculpem, mas o erro é do site não meu ):



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-Sabe, o que todo mundo fala dele Kai?

-O que?

-Que ele é oferecido, fácil, dado?

-Que tem?

-Ele me deu um abraço. Só. Nunca nada além de um abraço. E ele teve todas as chances do mundo. Eu dei a ele todas as chances do mundo.

“Ele disse que as pessoas aqui não gostam de abraços.”

-Como assim?

-Abraços... “São mais doces e reconfortantes que qualquer beijo. Assim você pode me dar o seu calor, e levar o meu.” Eu nunca tinha parado pra pensar nisso.

“Talvez a solidão seja uma coisa cruel. As pessoas aprendem a ser tão sozinhas, que quando alguém tenta se aproximar é repelida assim. Essa pessoa é julgada, por admitir que tem medo... Da solidão das pessoas.”

-Porque você está me dizendo isso, Akira?

-Semana passada, Kou me convidou pra jantar...

-ooooo-

Ele cozinhava muito bem. De tanto tempo que saíamos juntos, era a primeira vez que eu vinha até a casa dele, e também que ele cozinhava pra mim. Algo bem simples, mas tinha um gosto bom. Parecia ter sido feito com tanto afinco, que tinha um sabor especial, e esse era um ponto a respeito de tudo que ele fazia.

Kouyou estava sempre sorrindo. Não importava como, ele tentava de todas as formas ser bom pra mim. Eu o via apenas como um cara bonito no começo. Tudo não passou de um convite pra jantar. Comer Ramen numa barraca qualquer no meio da madrugada.

Eu esperava alguns beijos. Talvez amassos. Esperava poder sair com ele de novo um outro dia, levá-lo pra cama e dizer que tudo tinha sido muito bom. Que ele poderia me ligar quando quisesse. Era sempre assim.

Não houve beijos. Nem amassos. Não houve sexo. Tudo se resumiu a um abraços. E só o que restava era a vontade de que ele me ligasse, até mesmo quando ele não quisesse tanto assim falar comigo. Só para dizer qualquer coisa fútil, deixar que eu o escutasse.

Ele não era apenas mais um cara bonito. Ele era a pessoa mais bonita que eu já havia visto. E o sorriso dele era incomparável. Ele sempre fazia tudo devagar, e deixava que eu escolhesse para onde íamos. Nunca se aproximava demais e nunca ficava longe. Ele nunca me beijou, nem mesmo quando eu estava desesperado por qualquer coisa que pudesse ter dele.

Naquela noite, não foi diferente. Eu sabia que seria apenas um jantar. Ele tinha cozinhado, e agora me chamava pra tomar chocolate quente na sacada de seu apartamento.

Me sentei na cadeira do lado aposto ao que ele estava, segurando uma caneca cheia de líquido marrom e fumegante. Era uma noite bonita, estrelada. E as luzes lá embaixo... Mas nada disso me chamava a atenção. Porque ele estava ali. E eu só conseguia... Olhar pra ele.

Seu rosto atento, contemplando a noite. Os lábios entreabertos. Goles pequenos no chocolate quente. O jeito como as mãos bonitas seguravam a xícara. Os olhos dele... Porque eram sempre tão tristes?

Por favor, olhe pra mim. Eu pensei. Por favor, só um pouco. Apenas por um instante. Por um mísero segundo mostre que se importa... Olhe pra mim... Por favor.

-Quem foi Uru? Quem foi que te quebrou tanto assim, a ponto de você nunca me deixar entrar na sua vida? – com um suspiro, deixei que a pergunta que me assombrava a tanto tempo saísse.

Ele olhou pra mim e deu um sorriso triste, mas não respondeu nada, apenas tomou mais um gole de chocolate. Depois deu um novo sorriso, dessa vez mais aberto. Abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa.

-Por favor, não. Não me dê mais nenhum sorriso que não seja meu. – falei, deixando o meu chocolate intocado sobre a mesinha da sacado. – Eu já quebrei corações demais pra ser hipócrita e cobrar pena quando quebram o meu.

Me levantei dando um beijo demorado na testa dele e indo embora. Era só fingir que nada tinha acontecido.

-oooo-

-Você não falou mais com ele?

-Não.

-Porque Reita? Você podia tentar.

-Por quê? Porque é meio insuportável isso.

-Insuportável?

-É. A solidão das pessoas...


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Notas finais do capítulo

Unhappy endings. ALWAYS. I really like it, srry.

Ino, amotu meu shushu. Desculpe por ser relapsa... Mas você é especial pra Hachi!

ps.: A minha mamain linda, Sakaki-san, depois de ler essa fic, fez uma continuação muito digna, mostrando o lado do Uruha. Vou deixar o link aqui como continuação oficial rs http://theiroddtales.blogspot.com/2011/04/por-hora.html