Is It Love? escrita por James LeBlack


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Pode ser que essa fic não fique muito boa, mas tem um significado maior do que simples palavras formando um texto. Elas expressam um sentimento.

DEIXEM REVIEWS PLIS!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/1371/chapter/1

- Claire, eu já disse milhares de vezes que você deveria ir conosco para a caverna!
- Não Charlie, eu gosto do sol!
- Mas ele pode não gostar. – aponta para a barriga dela.
- Ele ainda não gosta de nada!
- É claro que ele gosta... 

Os dois poderia ficar discutindo ali por muito tempo, mas a noite já estava vindo e parecia trazer uma acompanhante, a chuva. Os pingos castigavam aqueles que ainda não tinham se protegido dela, que viera tão rapidamente quanto a queda do avião no qual eles estavam. 

- Claire! Venha por aqui! – Charlie já estava entrando na floresta em direção à caverna.
- Não Charlie! Uma chuva não vai me fazer ir para a caverna.
- Não seja tão cabeça dura, isso não vai te levar a nada.
- Charlie eu já disse que tenho abrigo aqui! – indo para uma cabana que estava montada na praia.
- Está bem, então eu fico com você.
- Não precisa ficar se não quiser. 

Charlie finge não escutar o que Claire acabara de falar e desiste de ir para a caverna. Vai até o abrigo no qual ela agora estava se deitando. Ele se sentou ao lado dela e começou a olhar a praia, pelo vidro redondo com o slogan da Oceanic – o qual era antes uma janela - enquanto Claire olhava fixamente para ele. 

- Charlie, posso lhe perguntar uma coisa? – fala depois de ter passado um bom tempo olhando para ele.
- Claro! Pergunta ai!
- Por que você se preocupa tanto comigo? Por que você não age como os outro sobreviventes e apenas vive a sua vida, tentando ser feliz aqui na ilha?
- Por que eu não gosto de ser igual a todo mundo – sorri.
- Isso foi uma resposta de quem não tinha uma resposta convincente para dar.
- Isso foi uma resposta para tentar esconder a verdade – olhando fixamente nos olhos dela.
- E por que você não diz a verdade? 

Charlie desvia o olhar de Claire e fica olhando para a praia.  


- - - *passado* 


Charlie olhava para a cidade de NY pela janela do hotel em que estava hospedado com a Drive Shaft, a cidade não estava nada parecida com o que ele estava sentindo agora. Queria não ter começado aquilo tudo, queria não ter entrado para aquela banda, desejava não saber compor - assim não haveria músicas para eles tocarem. Todos estavam drogados e transando com algumas fãs aproveitadoras, enquanto ele apenas olhava as diferentes luzes que se acendiam enquanto a noite se aproximava rapidamente. 

- Eu vou dar uma volta! - Falou alto para que todos pudessem escutar, em meio a sussurros e gemidos. 

Pegou o seu sobretudo, colocou um cachecol de cor escura, saiu e fechou a porta com força. Esperando o elevador ele viu a porta de um outro quarto se abrir e uma garota sair de lá, parecia preocupada com alguma coisa. 

- Posso ajudar? – disse quando a garota parou ao seu lado.
- Ajudar!? Com certeza não...
- E por que?
- Por que você não me conhece para poder me ajudar com esse “problema”.
- Eu posso ao menos tentar? 

A garota deu de ombros, o elevador chegou e os dois entraram. 

- Para onde você estava indo agora?
- Para a minha casa.
- Posso te acompanhar então?
- Você quer levar uma desconhecida em casa? – a garota agora olhou para ele, surpresa com a sua atitude.
- Sim! – sorri – Algum problema?
- Problema? Claro que não, já viu uma companhia ser problema? – fica olhando para ele e sorri.
- É! Acho que companhia não é um problema.- Principalmente quando a companhia for alguém como você!
- Como?!? – corando. 

Os dois foram andando pelas ruas multicoloridas de New York City.

- Você quer entrar? – sem jeito, quando os dois chegaram na frente da casa dela.
- Se você primeiro me disser seu nome.
- Ah claro! Que falta de educação a minha. Me chamo Ana – estende a mão.
- Charlie – pega a mão da garota, faz uma reverência e a beija.
- Nossa que rapaz mais educado – sorri e entra na casa.
- Aproveita que não é sempre assim – entra atrás dela e fecha a porta.

Tira o cachecol e o pendura atrás da porta. Eles ficaram batendo papo, tomando café e comendo alguns biscoitos até que alguma coisa na cabeça de Charlie o faz ficar intrigado com o que a garota tinha falado antes de entrarem no elevador. Ele resolve continuar a conversa e tenta esquecer. Ela lhe serve mais biscoitos, café e liga a TV. Os dois ficam assistindo por um longo tempo mas a madrugada chega e Charlie resolve ir. 

- Preciso ir.
- Mas já?
- Sim! Suponho que eles já acabaram com aquela sem-vergonhice lá no quarto em que estamos.
- Mas que sem-vergonhice?
- Sexo grupal, sabe. Eu não curto. 

A garota apenas sorri 

- É acho que depois de... – olha num relógio prateado que estava pendurado na parede atrás de Charlie – umas 4 horas e meia eles já fizeram o que tinham de fazer.
- 4 horas e meia?!? – surpreso, o tempo havia passado tão rápido – Eu tenho mesmo que ir!
- Está bem, se você quer assim!
- Quando vamos nos ver de novo?
- Quando você quiser! Já sabe meu nome, endereço e agora tem meu telefone – ela pegou um pedaço de papel e escreveu o número de seu celular.
- Tudo bem, prometo que ligo.
- Olha que eu cobro as promessas dos meus amigos!

“Amigos? Nossa, nunca fiquei amigo de alguém tão rápido!”

- E eu cumpro as promessas que eu faço aos meus também! 

Os dois trocaram sorrisos e Charlie foi saindo da casa dela lentamente.   


- - -   


- Charlie?!? CHARLIE!?!
- Hum...
- Você parou de falar de repente e ficou olhando para o mar, aconteceu alguma coisa?
- Não! Não aconteceu nada, eu apenas estava pensando aqui comigo...
- Hum....é alguma coisa que possa me contar?
- Eu prefiro esquecer todos os sofrimentos que tive antes da queda do avião, Claire.
- Está bem. Nós já decidimos se vamos para a caverna ou não.
- Nós?!? – viu Claire alisando a barriga – Ah! Sim! E então, o que vocês decidiram?
- Nós vamos com você.
- Sério? – sorri.
- Charlie, você está sendo a única pessoa que está realmente se preocupando com a grávida. Eu só queria saber se há algum motivo para isso?
- Eu não estou me preocupando com a grávida, Claire. Eu só estou me preocupando com alguém que eu gosto.
- Você é muito fofo! 

Os dois se levantam e Charlie leva todas as bagagens de Claire para a caverna. 

- De quem é isso Charlie? – Locke estava saindo quando os dois estavam entrando na caverna.
- Da Claire, ela vai dormir aqui conosco agora.

 Charlie coloca as coisas dela perto das dele e vai se juntar aos outros as redor da fogueira. 


- - -*passado* 


- Caçulinha, tem uma carta para você em cima da mesa.
- Está bem! 

Charlie pega a carta e olha quem a havia mandado. 

- De quem é a carta, caçulinha?
- É da Ana.
- Ainda não contou para ela que você está apaixonado por ela?
- Você está louco? Ninguém pode saber – abrindo o envelope e desdobrando a carta – E ninguém vai saber. Por que eu tenho certeza de que só quem sabe disso, além de mim mesmo, é você. E como irmão você tem o dever de manter isso em segredo.
- Está bem, mas o que diz ai?
- Não vou dizer.
- Não vou ficar insistindo! 

Liam puxa de repente a carta da mão do irmão e começou a ler em voz alta.

Oi Charlie!

Como é que estão as coisas por ai? Só fazem dois meses que você se mudou para a Inglaterra com seu irmão, mas para mim parece tanto tempo. Não sou muito boa para escrever cartas, por isso irei contar logo as novidades. Sabe aquele menino com o qual nós entramos numa festa em que não fomos convidados?Ah! Se lembrou não é? Pois é.... ele é o Ryan. Você não sabe da novidade! Ele falou, que estava gostando de mim e ele agora vive me comprando presentes e, principalmente, chocolates. Eu não sei o que eu sinto por ele, mas estou fazendo de tudo para não deixa-lo com a esperança de que um dia terá alguma coisa comigo, como eu já lhe disse antes eu não sei o que eu sinto por ele, eu não sei o que eu estou sentindo agora, caçulinha(como lhe chama o seu irmão). Estou tão confusa. Depois desse choque que você deve ter tomado tenho outro, o melhor amigo dele também está gostando de mim. É, isso mesmo. Daí eu fico mais confusa ainda, mas segundo o que ele anda me dizendo por esses dias ele não está mais, desencanou. Ele fica dizendo que é para eu ficar logo com o Ryan.Deixando os meus problemas para lá...quero que você me mande uma carta para esse endereço, pois estou com muitas saudades suas.

Espero sua resposta,
Ana!

- Parece que você... Charlie?!?
- Hãm!?!
- Você está bem?
- Se estou bem? Claro! Por que não estaria?
- Por causa desta carta.
- O que tem a carta? – fingindo não se chocar com o que havia escutado - E você viu? Ela não gosta dele...  


- - -  


 Jack e Claire haviam conversado por um longo tempo aquela tarde, enquanto Charlie ajudava Locke e Michael a pegar lenha para aquela noite, que, pelo que estavam esperando, seria muito fria. O dia, mesmo com sol, já estava frio e muitas pessoas estavam com mais de duas camisas e umas duas calças para se proteger. Charlie estava com ciúme deles, mas naquele momento não poderia fazer nada pois daria “pistas” de que estava apaixonado por ela. “Apaixonado? Eu falei que estou apaixonado?”. Já havia estado apaixonado por alguém antes, mas a perdera para alguém que ela dizia ser o seu mais novo amigo. Lembrava-se que quando saia com ela e mais alguns amigos sempre o via entre os convidados dela, mas nunca aprofundou uma conversa com ele por que nunca tinham sido apresentados corretamente. Porém poderia não ser o que ele estava pensando, poderia ser apenas uma conversa sem intenção... Do mesmo jeito que poderia ter alguma intenção! 

- Locke eu vou me sentar um pouco, estou muito cansado. Depois volto para ajuda-los. – disse enquanto colocava os gravetos em cima de outros que já estavam ali.
- Ok! Espero que volte para nos ajudar mesmo, precisamos da sua ajuda.
- Eu volto sim! Só me deixe descansar por algum tempo. 

Locke acenou com a cabeça afirmativamente e Charlie foi em direção à Claire e Jack 

- ...mas eu com certeza o amava, o amava muito.
- E você nunca mais teve notícias dele? – Jack “interrogava” Claire.
- Não, ele saiu de casa e nunca mais mandou notícias. Nem para saber sobre o...sabe...o bebê, que também é dele!
- É, eu sei. Ninguém pode ficar grávida sozinha – sorri. 

Claire sorri e vê Charlie se aproximando. 

- Posso entrar na conversa? – Charlie se senta ao lado de Claire.
- Se você quiser – respondeu o médico.
- Então, sobre o que estavam conversando?
- Sobre o pai do bebê.
- Hum... sobre o que exatamente? – curioso.
- Charlie, se veio aqui só para saber sobre o que estávamos conversando faça o favor de se retirar imediatamente – Claire, agora havia se irritado com a atitude dele.
- Desculpem me. Eu não estava fazendo isso, mas... deixem-me ir.
- Sim, é melhor que vá.
- Ele pode estar com ciúmes de você – Jack falou depois que viu que Charlie já tinha se afastado o suficiente para não ouvir.
- Ciúmes? – sorri – O Charlie? Acho pouco provável.
- Acho muito provável...
- Não sei... – sorri, pensativa.
- Bem, preciso ir – se levanta – foi ótimo conversar com você.
- É sempre bom conhecer mais uma pessoa dessa ilha, principalmente quando ela é tão “influente”.  


- - -*passado*   


- Eu já te disse, Caçulinha. É melhor você não aparecer nesse encontro.
- Depois de tanto tempo sem vê-la eu não vou faltar à esse encontro só por causa de um amor idiota que eu estou sentindo, Liam? Não... Eu vou e nada vai acontecer.
- Eu estou lhe avisando. Conselho de irmão.
- Valeu, mas sinto que preciso ir.
- Ok! 

Liam abre os braços, num pedido de abraço, que logo é respondido por Charlie. Os dois se abraçam fortemente, Charlie olha para ele e sai decidido para o encontro. 

- Charlie! – Ana vinha andando de mão dadas com o rapaz.
- Olá! – se desencostou da parede e foi em direção a eles.
- Charlie, este aqui é o Ryan. Se lembra que lhe falei na carta?
- Sim claro! – ele estende a mão para o seu novo conhecido.
- Olá Charlie! – aperta a mão dele – O tão famoso Charlie! A Ana fala muito de você?
- Fala é? Espero que você tenha tido uma boa impressão de mim pelo que ela fala.
- A melhor! 

Todos sorriram e resolveram ir ao cinema, depois comer alguma coisa. No começo Charlie não estava notando nada que lhe pudesse fazer sofrer, mas logo depois de entrarem na sala em que passaria o filme os dois começaram a se abraçar e se beijar. Ryan parecia querer mostrar a Charlie que Ana era dele e toda vez que ela chegava perto de Charlie para falar alguma coisa, ele a abraçava e começava e lhe dar beijos no pescoço e nos ombros. 

- Ana, preciso ir ao banheiro – Charlie já ia se levantando.
- Espera, Charlie! – Ela segura sua mão, e Charlie a olha fixamente nos olhos – Vou com você!
- Ao banheiro?!? – assusta-se Ryan.
- Não, meu amor – Dá um selinho em Ryan – Espero o Charlie sair do banheiro e depois vamos comprar pipoca.
- Posso ir para você.
- Não, não. Vou com todo o prazer.
- Ok! Se queres assim. 

Charlie viu que Ryan ficaria ali contrariando todos os seus desejos naquele momento, mas não podia fazer nada, tinha sido ela quem havia se oferecido para ir com ele. O caminho para o banheiro era curto, então não daria muito tempo para eles conversarem, mas a pipoca ficava um pouco distante e dava tempo suficiente para Ana perguntar o que Charlie não queria responder. 

- Escuta Charlie – quando começavam a andar em direção à pipoca – Por que você está assim?
- Assim como?
- Assim... Tão quieto, tão triste, tão calado, tão distante da realidade.
- São algumas coisas que não saem como a gente quer.
- Como o que, por exemplo?
- Deixa para lá, Ana. Não se importe com isso.
- Eu me importo sim Charlie. Você é meu amigo! 

“Pena que só amigo!”, pensou Charlie. 

- É eu sei, por isso quero deixar você cuidando da sua vida.
- Não vejo o por que você querer deixar seus amigos fora disso.
- Por que não é tão simples assim, Ana.
- Escuta Charlie...
- Estou escutando.
- Tem alguma coisa a ver comigo?
- Com você? 

“Terei mesmo que responder?”

- Quero que diga a verdade, Charlie! – vendo a demora
- Bem... Em partes... De repente... Hum... Tem. Tem a ver com você sim, Ana – corando.
- O que eu tenho a ver com isso?
- Por que... Eu... Gostodevocê!
- Como?
- É, é isso mesmo. Eu gosto de você, eu te amo. Mas agora já é tarde para dizer, não é mesmo. Já era! Você já tem namorado. Tenho que aceitar isso.
- Charlie! – a voz dela parecia normal. Calma e suave. – Há uma coisa que eu aprendi quando era mais jovem e que uso até hoje. Não há nada mais nada mais bonito que o amor, Charlie...
- Eu sei, mas... – ela levantara o dedo, pedindo para ele a escutar.
- ... quando se ama alguém Charlie, não se espera por um momento adequado ou uma hora oportuna. Toda hora é a hora de contar, todo momento é o momento certo de se declarar. O problema, é que a chance de ser correspondido pode passar por você e não ser vista. Também já gostei de você, mas agora já estou com outro.
- É, eu sei. Não há nada mais que eu possa fazer.
- Nem eu, Charlie.
- Pode fazer o favor de avisar ao Ryan que eu não vou poder ficar mais, inventa qualquer desculpa para ele. 

Ana balança a cabeça afirmativamente, compra a pipoca, dá um beijo na bochecha de Charlie e se vai.  


- - -  


A noite estava, como haviam previsto, muito fria. Charlie havia feito uma fogueira apenas para ele e Claire se esquentarem. 
- E ai... O que você contou sobre o pai do seu bebê para o Jack?
- A verdade.
- E qual é a verdade?
- Você já sabe.
- É, eu já sei...
- Por que está perguntando sobre o Jack?
- Sobre o Jack? Não, eu tava perguntando sobre... o seu ex-namorado.
- Charlie, você não me engana. Você estava com ciúmes de mim com o Jack?
- Eu? – sorri – Com ciúmes de você com o Jack?
- É... Você!
- EU?!?
- É!
- Estava. Ainda estou... – cora
- Mas... Para que ciúmes Charlie?
- Por que? Bem Claire. Sabe, quando a gente sente ciúmes de alguém é por que a gente gosta muito dessa pessoa – fala sem jeito.
- É, mas essa pessoa não sou eu. Sou?
- É. Eu estou gostando de você, Claire.
- Você é tão fofo que não dá para não gostar de você, Charlie. Não queria falar nada, mas também te amo. 

Suas faces se aproximaram lentamente, o fogo dava uma iluminação perfeita para a cena. Os dois olhavam fixamente um para o outro e os lábios aos poucos começaram a se tocar até se tornarem um só, o desejo tomou conta de ambos e tudo em volta tornou-se nada comparado ao momento pelo qual os dois passavam.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Is It Love?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.