The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 31
3O.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas consegui. Booom, queria agradecer à jessicag que mandou uma recomendação liinda. É muito bom saber que estão gostando tanto assim, sério, é muito gratificante. Bom, espero que gostem, até porque eu mesma não gostei.



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- Miranda

     - Sinto muito por isso. – Falou, passando os dedos pela bochecha que provavelmente estaria vermelha.

     - Está tudo bem, Jus. – Falei, me afastando e me apoiando na porta de casa.

     - Não, não está!

     - O que você disse a ela? – Perguntei, esperando debilmente por uma resposta. Como se ele fosse me dizer.

     O celular dele tocou. Era Pattie, o toque de uma chamada dela era diferente.

     - Tenho que ir. Depois...

     - A gente conversa. – Completei para ele, que sorriu, como quem se desculpa.

     - É.

     Ele me deu um selinho e foi embora. Entrei em casa meio mergulhada em pensamentos. Subi para o quarto e troquei de roupa.

     Fiquei encarando a marca vermelha no meu rosto pelo espelho.  O quê de tão ruim Justin disse a Victoria a ponto de ela me bater? Respirei fundo, tentando controlar a raiva que voltou. Ok, eu não ia revidar aquilo, não ia perder minha razão. Mas eu me conhecia muito bem para saber que essa determinação ia virar pó se ela encostasse em mim de novo.

     Ainda era cedo; cinco da tarde. Desci e fui direto para a cozinha beber algo gelado. Olhei em volta e resolvi fazer o jantar naquela noite. Peguei tudo o que precisava para fazer a carne assada e comecei a picar. Quando coloquei a travessa no forno, meus pais chegaram.

     - Cozinhando? Interessante. – Falou meu pai, entrando na cozinha.

     - Que cheirinho bom. O que mais esse Justin fez em você, hein? – Minha mãe entrou também, rindo. – Temos visita, meu amor. Seus tios estão aí.

     Meu pai pegou o vinho e minha mãe as taças, depois saíram para a sala.

     - Oi. – Tyler entrou.

     - Ty! Ótimo, me ajude com os acompanhamentos. – Ordenei.

     Ele estalou um beijo na minha bochecha e pegou a travessa com as batatas cozidas.

     - Está com um cheiro bom. – Falou.

     - Só porque você está me ajudando.

     - Aham. Como Lizzie está?

     - Não sei. Ainda não a vi hoje.

     - Ele não gostou de mim, não foi?

     - Hã? Quem? – Peguei as batatas e as deixei corando em outro forno.

     - O seu namorado, o Justin.

     - Ah. Eu acho que não. Mas uma hora ele vai ter que se acostumar com você, nem que seja à força. – Brinquei. – Passe os tomates, por favor.

     - Acho que ele tem esse direito. Depois do que eu fiz...

     - Ty, qual é. Eu já te desculpei, não foi?

     - Foi, mas...

     - Nada. Anda, pega duas cocas para a gente. – Pedi e ele foi até a geladeira e abriu a porta. – Ty! – Chamei, quando percebi que ele olhava as garrafas de champanhe.

     - Ah... Desculpe. – Ele pegou as latas e fechou a porta rapidamente, voltando para perto de mim. Deixei a salada de lado e nos sentamos na bancada.

     - Quanto tempo?

     - Uma semana e dois dias. – Falou, orgulhoso de si mesmo, colocando aquele lindo sorriso no rosto. Pigarreei para parar de olhá-lo.

    - Hm, o que foi isso? – Ele bebeu um gole e depois apontou para a minha bochecha. – Andou se envolvendo em briga de bar?

     - Não... Eu caí.

     - Não acredito. O que houve?

     - Uma garota me bateu.

     - Uh, e você bateu nela de volta? – Ele se empolgou.

     - Tyler!

     - Desculpe. Por que ela te bateu? – Quis saber, controlando a voz animada.

     - Justin. – Respondi com um suspiro, encarando minha coca.

     - Ah, entendi. Sinto muito.

     - Tudo bem.

     - Tem um pedaço de carne para eu colocar no seu rosto? – Perguntou, olhando em volta.

     - Ah, não. Nem vem. – Falei, bebendo mais um gole da minha saborosa coca.

     - Achei! Vem aqui! Ei, aonde você vai?

     Saí correndo da cozinha, passando pela sala e assustando os adultos, e ele veio atrás de mim, a carne em mãos.

     - Volta aqui! – Ele gritava.

     - Não! Sai! AAH!

     Àquela altura já estávamos correndo em volta da piscina. Ele correu mais rápido e conseguiu me segurar.

     - Ah! Que nojo, Ty! – Gritava enquanto ele pressionava a carne na minha bochecha.

     - É para o seu bem! – Ele ria. – Fica quieta, vai acabar indo para a sua boc... Ops. – Disse, quando a carne foi parar dentro da minha boca e eu cuspi. – Desculpe... Ei, por que você está me olhando assim. Miranda, foi um acidente e...

     Corri atrás dele, rindo como dois retardados, conduzindo ele de volta à cozinha. Ele se virou e me segurou pelos braços quando ficou encurralado entre a bancada e eu.

     - Ok, deu. Desculpa, sério. – Pediu, arfando. Sério, aham... Ele mesmo não estava nada sério.

     Olhei para ele e acabei encarando seu sorriso de novo. Puxei meus braços com força e alisei a camisa, ficando séria.

     - Dessa vez, Tyler. – Ameacei e ele riu. Tirei a carne do forno. – Vamos, me ajude a colocar a mesa.

     Depois do jantar, Ty e eu fomos lavar a louça e, depois de uma guerrinha de água e um tombo meu, subimos para o meu quarto.

     - Nossa, há quanto tempo eu não entro aqui? – Perguntou, jogando-se em minha cama. Por que todo mundo fazia aquilo quando entrava no meu quarto?

     - Alguns anos, acho. – Sentei ao seu lado.

     - Pois é... E então, o que anda fazendo ultimamente? Além de namorar estrelas e apanhar de garotas invejosas...

     - Estou tentando não bater no meu primo... Sabe como é, ele é um chato. – Dei um meio sorriso.

     - Vem cá, sua chata. – Ele passou o braço pela minha cintura e me jogou contra o colchão, fazendo cócegas em mim.

     - Para, Ty! Ai... Ar! – Eu tentava dizer, em meio às risadas minhas e dele. Depois de uma eternidade, ele parou. – Idiota.

     - Você gosta. – Ele deu um sorrisinho. Peguei a primeira coisa que vi em cima do criado mudo – que por acaso era um álbum que eu deixara ali quando estava com Lizzie – e bati nele. – Ai! Ei, me deixa ver. – Tomou o álbum das minhas mãos e começou a folheá-lo. – A gente costumava ser mais amigo. – Falou, de repente, fechando o álbum.

     - Eu sei. Acho que... Depois que a gente cresce, algumas coisas mudam drasticamente. Mas...

     - Que bom que a gente está voltando a ser o que era antes. – Ele sorriu.

     Ficamos lá, fazendo nada até que a mãe dele nos avisou que eles já iam embora. Nós descemos e eu me despedi dos três.

     - Até mais, priminha.

     - Até.

     Eles foram embora. Nem acreditei quando vi que já eram dez horas da noite. Engraçado como o tempo às vezes passa rápido. Dei boa noite para os meus pais e desmaiei na cama.

 - Justin

     Acordei com os palhaços gritando alguma coisa na frente do videogame. Ainda eram 9 horas da manhã. Scooter ia reunir a equipe toda para alguma coisa depois do almoço. Peguei o celular e mandei uma mensagem para Miranda.

     “Temos que conversar. Que tal almoçarmos? Eu te amo, JB.”. E ela me respondeu com um ok. Aquilo ia ser difícil. Suspirei. Nem eu sabia como falar sobre aquilo com ela, ainda mais depois do que Victoria fez ontem.

     - Ei, Biebs, no que está pensando? – Ryan perguntou, de repente sentado ao meu lado.

     - Estou ferrado. – Levantei o celular para ele, que o pegou.

     - Bom, isso é engraçado. – Ele riu.

     - O que?! Como isso pode ser engraçado?

     - Geralmente é a garota que quer conversar sobre a relação. – Ele debochou. Arranquei o celular de suas mãos, um tanto mal-humorado.

     - Vai rir de outra pessoa, mané. – Levantei e fui em direção ao banheiro. Aquilo o fez rir mais.

     Tomei um banho rápido e depois fui buscar um vinho que meu avô havia encomendado para o natal. Na volta, resolvi dar uma volta e esfriar a cabeça.

     - Eu sou o maior idiota do mundo! – Bati o braço no encosto do banco do passageiro, quando parei no sinal. Por que eu estava pressentindo que as coisas só iam dali para pior? O cara do carro ao lado olhou para mim, como se eu fosse um louco. Talvez eu fosse.

     Olhei o relógio. Era quase meio dia e decidi ir logo buscar Miranda. Precisava dela aqui, me reconfortando com seu sorriso.

     Dirigi até lá e pedi para Sam avisar que eu já estava lá. E ela desceu, com um sorrisinho no rosto. Senti tudo à minha volta ficando mais calmo, como se não houvesse nada de errado.

     - Bom dia, amor. – Falei, sorrindo.

     - Olá. Como foi sua manhã? – Ela sorriu como uma boba.

     - Chata.

     - Se a sua foi chata, a minha foi pior. Onde vamos almoçar? – Ela mudou de assunto de repente.

     - Lá em casa. Todos estão lá. – Falei e acho que foi meio que um erro. Ela se calou e fez uma cara estranha, como se estivesse enjoada. – Ei, baixinha. O que foi? Está quieta.

     - Não é nada... Só não dormi bem.

     Estacionei o carro na garagem de casa, desliguei o carro e a fitei.

     - Está bem mesmo?

     - Estou, amor!

     Arqueei uma sobrancelha e abri um sorriso.

     - O quê? O que foi? – Ela quis saber, com um sorrisinho curioso.

     - Você me chamou de amor.

     - Chamei... Você me chama assim também.

     - Achei que não tinha reparado.

     - Mas reparei. Anteontem foi a primeira vez que você me chamou assim. – Ela me deu um selinho e abriu um sorriso estonteante.

     Qual meu nome mesmo? Ah, sim, Jaxon. Não, ei, é o nome do meu irmão. Destravei as trancas das portas.

     - Não sabia que reparava nessas coisas.

     - Reparo. – Falou, indo em direção à porta da garagem. Deixei o vinho no carro e peguei-a no colo. – Justin! Me solta! – Ela pedia, mas eu ignorei, sorrindo e comecei a correr – bom, não correr, mas andar mais rápido, sei lá, eu podia a deixar cair. – Não! Justin, eu vou cair!

     Eu ri e coloquei-a no chão, abrindo a porta para ela e Kenny a pegou no colo de novo quando ela entrou.

     - Que demora! Pattie não vai nos deixar comer enquanto você não chegar. – Falou ele enquanto a carregava até a sala de jantar. Sentei-me ao lado dela.

     - Que bom que você chegou! – Minha mãe voltou da cozinha. – Vamos comer.

     Olhei a bagunça que se formou ali. Um bando de marmanjo se servindo e duas pessoas do sexo feminino apenas olhando. Minha mãe até tentava controlar a farra, mas Miranda estava muito quieta. Havia algo de errado. Ela se serviu, mas mal tocou na comida.

     - Ei, Jus, vou ganhar de você mais tarde. – Chaz provocou, me fazendo rir.

     - Garanto que não, seu...

     - Jus... – Miranda me interrompeu. Ela estava pálida. – O que você queria conversar? – Sua voz estava falhando ou era impressão minha?

     - Você está bem? – Perguntei antes de qualquer coisa que quisesse dizer.

     - Estou sim.

     - Tudo bem... Ahn, é... – Olhei para os lados, meio atrapalhado. Não queria chegar nessa parte, ter que conversar... – Com licença. – Pedi a todos e levantei-me, puxando Miranda junto. Subimos para o meu quarto e de repente minha garganta estava terrivelmente seca. – Bem, eu...

     Eu não sei o que dizer e ter te chamado para uma conversa foi uma idiotice. É. Ela ficou pálida e por um instante achei que ela iria desmaiar. Seu idi


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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações? HAHA, pedi demais agora. Beijinhos, vocês são as melhores leitoras do mundo por ainda lerem a fic dessa garota que demora eternidades para postar *-* xoxo, amo cada uma de vocês