The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 1
O1.


Notas iniciais do capítulo

OOI :D
bom, é o primeiro capítulo.
Espero que gostem.
Beijos.



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- Miranda Stephen

     “Sempre amei a fotografia. Desde pequena a máquina fotográfica era minha fiel companheira. Até que um dia minha mãe e meu pai... Bem, sobre isso eu não falo com ninguém. Enfim, após esse acontecido, perdi o apreço pela tal arte e vivi minha vida longe de qualquer coisa que me fizesse recordar daqueles momentos. Contudo, superei – ou quase – tudo e voltei a apreciar a arte de congelar e eternizar momentos.”

     Olhei para a folha metade escrita e metade em branco. Eu não sabia o que escrever naquela maldita redação. Eu não queria dar tantos detalhes sobre minha vida. “Ah, por favor! É a última redação do ano letivo, tem que sair alguma coisa!”, pensei desesperada, mexendo em meu cabelo.

     - Miranda! Saia do quarto, queremos falar com você! – Minha mãe gritou do outro lado da porta do meu quarto.

     Abri a porta do quarto e umas seis pessoas entraram nele, mexendo em tudo ou montando coisas.

    - Ei, o que é isso?  - Perguntei à única pessoa que não havia entrado. Ela falava no celular.

     - Tchau, Oprah. – Ela desligou o celular. – Olá, você é a Miranda ou a Norah?  Seus pais estão te esperando lá embaixo.

     Ela levantou dois crachás com um nome cada. Peguei o que tinha o meu nome e desci.

     Minha mãe lia seu livro enquanto papai conversava com um homem alto e bonito.

     - Ah, oi, querida. Bom dia. – Minha mãe falou.

     - Bom dia. O que está acontecendo aqui? – Perguntei.

     - A casa será usada para gravar um clipe. – Papai falou num tom categórico que me surpreendeu, uma vez que ele sempre ficava de cara amarrada pela casa das últimas vezes que usavam a casa para isso.

     - Imagino que eles vão usar meu quarto como camarim, então eu só quero que deixem tudo arrumado quando terminarem. – Falei, mandando um beijo para eles. Peguei minha mochila que já estava no sofá e fui para a porta.

     - Sua câmera, não vai levar? – Ela perguntou.

     Sorri em agradecimento, peguei a câmera e me voltei para a porta. Quando a abri, esbarrei em alguém, que derramou café em mim. Era um garoto da minha idade, acho. Ele apenas se desculpou e seguiu andando. Uma moça que transportava uma arara de roupas sorriu e pediu desculpas por ele, e me deu uma blusa para eu vestir. Agradeci e fui para o meu carro. Troquei de roupa e fiquei impressionada com o fato de que ficou ótima em mim.

     Liguei o carro, liguei o som, pisei na embreagem e depois o acelerador, e agora a... Agora nada; “esqueci a minha redação!”, pensei, irritada.

     Voltei correndo para meu quarto. A porta estava trancada. Bati.

     - Sim? – Uma voz masculina perguntou.

     “Tem um garoto no meu quarto?”, pensei.

     - Hã... Preciso pegar algo no meu quarto, se não se importa. – É bom que não se importe mesmo.

     - Ah, você é a Ma... – Ele tentou lembrar meu nome.

     - Miranda. – Corrigi rapidamente.

     - Sim! Miranda. Já vou abrir. – Ele disse.

     Ele demorou dois minutos. “Droga! Vou me atrasar!”, pensei. A porta se abriu. Entrei correndo e arranquei uma folha que tinha como título: Minha vida.  Não me lembrava de ter colocado aquele título, mas eu não estava nem aí.  Saí tão depressa quanto entrei. Tive apenas uma visão de um garoto enrolado com a minha toalha.

     Graças aos céus a aula de literatura não havia começado. Após dois garotos lerem, chegou a minha vez. Respirei fundo e reforcei em minha mente que era só ler o que eu havia escrito. Comecei.

     “É claro que ainda penso neles como um casal. Mas só me lembro das brigas. Sempre achei que era por minha causa que eles brigavam. Mas hoje vejo que eles apenas não se acertavam, e ainda somos uma família...”, li a última parte baixinho. Olhei em volta e vi a professora esperando eu prosseguir, e, ao invés de fazer o que era esperado, simplesmente falei que aquela não era a minha redação.

     Suspirei de alívio ao sair do colégio. Dirigi até o parque, queria tirar algumas fotos.

     Depois de tirar algumas fotos de crianças brincando e animais com seus donos, notei um garoto sentado num banco, os olhos fechados, a expressão de tranquilidade no rosto. Peguei a câmera e...

 - Justin Bieber

     Click! Abri os olhos imediatamente. Olhei espantado para uma garota com uma câmera nas mãos, me fotografando. Click! Mais uma foto. Ela sorriu ao olhar a foto no visor. Ela saiu andando e tirou uma foto de um cachorro pegando um disco no ar. Levantei e fui até ela.

     - Se a TMZ acha que pode me enganar mandando uma garota da minha idade tirar fotos minhas, está muito enganada. – Falei, meio irritado e meio vitorioso ao mesmo tempo.

     Ela se assustou.

     - Hã? Não sou nenhum paparazzo, se é o que quer saber. – Ela falou.

     - Se não é paparazzi, é uma fã. Não pense que eu vou deixar você vender isso aí na internet. E se você se atrever, eu te processo!

     - Não vou vender essa foto. Não se preocupe. Tudo vai para meu álbum pessoal e...

     - Álbum pessoal? Espere, você não é fotógrafa?

     - Bem que eu queria. Mas, tecnicamente, eu sou uma não sou? – Ela riu ao dizer isso.

     - Bem, se for verdade, me desculpe.

     - Tudo bem... Mas qual é o problema de tirar um foto sua? Sabe, ela até que ficou boa e...

     - Você não sabe quem eu sou? Eu sou o Justin Bieber! – Tive cuidado ao enfatizar meu nome.  Não queria causar um alvoroço no parque, ainda mais porque, por enquanto, estava muito tranquilo, sem nenhuma fã louca para tentar me agarrar.

     Ela riu.

     - É claro! Era por isso que eu estava te achando tão familiar. Desculpa não ter notado antes.

     - Que isso! Na verdade isso é... Tudo bem, não é comum, mas vamos esquecer isso.

     Ela riu de novo.

     - Então você gosta de fotografia, hein? – Perguntei.

     - É... Gosto desde criança. Minha mãe fazia questão de fotografar minha vida, então eu acabei gostando.

     - Também gosto muito de fotografia.

     - Sério? – Seus olhos castanho-claros brilharam.

     - É, gosto da arte de congelar e eternizar momentos. – Eu disse.

     - Engraçado, eu escrevi a mesma coisa na minha redação. Mas eu acabei trocando ela por outra quando... Esquece.

     Começamos a andar. Quando ela se virou, o vento jogou o cabelo dela para trás, revelando uma cicatriz no pescoço, logo abaixo da orelha direita dela. Fiquei extremamente tentado a perguntar como ela a conseguiu. “Não, Justin, não seja inconveniente.”, me adverti.

     Sentamos numa mesa do lado de fora de uma sorveteria.

     - Posso perguntar uma coisa? – Ela perguntou timidamente.

     - Claro.

     - Como é ser Justin Bieber? – Ela perguntou, olhando a mesa. Já me fizeram essa pergunta bilhões de vezes, mas ela perguntou de um modo tão atencioso que tive vontade de ser sincero com ela.

     - Bem... É legal!

     Ela arqueou as sobrancelhas, provavelmente pensando que eu não poderia ser mais vago, provavelmente pensando que eu era um bocó.

     - Hã, você falou da sua mãe. Foi ela quem te deu essa máquina? Eu adorei ela. – Perguntei, mudando de assunto. Mas ela não respondeu. – Seus pais devem estar muito orgulhosos de ter uma filha tão talentosa. – Eu disse, enquanto via as fotos na câmera.

     - Ahn, Justin Bieber...

     - Só Justin.

     - Justin, desculpe, mas tenho que ir, hã, tenho que, hã, levar o carro para uma revisão. Tchau, Justin Bieber, quer dizer, Justin.

     Ela sorriu e foi embora. Fiquei olhando até ela entrar num Honda City preto e desaparecer de vista. Nem preciso comentar que fiquei feliz ao ver que ela esqueceu sua câmera comigo. Achei minha foto, na verdade eram duas... Eu de olhos fechados e eu com cara de espanto. “Ela é boa... em todos os sentidos...”. Epa! Não começa Justin. Olhei para o relógio e logo vi que havia uma chamada não atendida em meu celular. Estava atrasado, tinha que ir para o estúdio e Scooter ia comer meu fígado se eu não estivesse lá em cinco minutos.


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Notas finais do capítulo

Ah, esqueci de avisar que vou sempre postar uma parte de Miranda e uma parte do Justin.Sei que é cedo, mas reviews? :D