A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls...
Respostas...
-Somos mortais?
-Somos. Mas não com qualquer coisa.
E amor...
-Estás a pensar em ficar comigo nos próximos anos?
-Sim, porque não? Não tenciono sair de Mystic Falls.
Vão fluir...
-Nunca pensei que gostasses destas coisas.
-Que tipo de coisas?
-Coisas românticas, pieguinhas e isso.
Em Mystic Falls...
-Vamos passar uma noite maravilhosa.



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Capítulo 27

POV Demi Adams

Acordei no dia seguinte com dores de cabeça, mas mesmo assim levantei-me e fui para a escola. A conversa com a tia Melinda ainda estava a fervilhar na minha mente, e recusava-se a sair.

Flashback ON

-Tia, preciso que me contes tudo – pedi.

Ela suspirou e fitou-me muito séria.

-É bom que te acalmes porque preciso que te prepares para o que eu te vou contar. Tenho a certeza que já deves de ter lido a nossa origem. No entanto, há consequências. Aos dezoito anos nós passamos por algumas transformações. O nosso corpo muda e as nossas hemoglobinas também.

-Somos mortais?

-Somos. Mas não com qualquer coisa. Se morrermos ás mãos de algum poder sobrenatural, voltamos dos mortos, mas podemos matar alguém da nossa espécie. Isto tudo, apenas quando fazemos dezoito anos.

-E a minha mãe? Ela também era?

-Sim, era, mas o teu irmão não. Ele era simplesmente humano, apenas transportava o ADN das ninfas.

-E porque é que eu sou? E tu és?

-Porque somos ninfas, e no nosso mundo não há nada de masculino a não ser os nossos consortes.

-Isto é muito para mim – afirmei. – Vou dormir.

-Demi, só mais uma coisa.

Virei-me para ela e encarei-a.

-Nós temos como função matar os seres que magoam os humanos. Eles habitam a Terra e são filhos dela, logo, são nossos irmãos. Nós protegemos o que é nosso e somos vingativas.

-Que género de seres? – indaguei, já com medo da resposta.

-Vampiros, lobisomens, monstros do Tártaro que querem a morte dos nossos.

Acenei com a cabeça, sem dizer uma única palavra e retirei-me para o meu quarto.

Flashback OFF

Bateram no vidro e eu pulei assustada. Stefan estava com Elena atrás dele e olhavam-me preocupados. Abri a porta e saí do carro com a mochila e com os livros.

-Bom dia – falei e eles cumprimentaram-me.

-Ainda tens muito que me explicar – falou Elena.

-Estás com ele. Não há nada para explicar.

-Há sim! – exclamou ela. – Eu estava com o Stefan porque ele me perguntou se aquela eras tu.

-Porquê? Estou diferente?

-Não me perguntes. Então vimos-te… estavas distante.

-Era porque estava – disse e fui para a minha aula. – Até logo, Elena.

Entrei na aula e tentei prestar atenção, mas a conversa não me saía da cabeça. Tomei apontamentos do que o professor estava a dizer, mas nem sabia o que estava a escrever. Havia mexericos na sala, como todos os dias, mas naquele dia, incomodavam-se especialmente. Tinha algo a ver com alguém novo em Mystic Falls, mas não percebi. Só entendi quando entrei na aula de História com Bonnie e Caroline. O novo professor de História tinha chegado.

-Chamo-me Alaric Saltzaman – disse ele. Tinha um aspeto jovial e ao menos sorria de maneira verdadeira. Foi tudo o que ouvi, porque desliguei completamente. Tinha outros problemas em mente, como por exemplo o Damon. Ele tinha saído de casa em estado de choque e eu não sabia como ele iria reagir a mais umas quantas coisas sobre mim.

Felizmente, História era a minha última aula naquele dia, por isso, fui direta a casa dos Salvatore. Bati à porta e ninguém atendeu.

-Queres que eu abra? – indagou Stefan atrás de mim, sorrindo.

-Sim, por favor.

Dei-lhe passagem para a porta e ele rodou a maçaneta.

-Nunca trancamos a porta – disse ele e deixou-me passar primeiro.

-Nem eu conseguiria abrir a porta! É tão…

-Antiga? É do século passado.

-Literalmente – brinquei e ele riu.

-O Damon está lá em cima – informou ele e eu dirigi-me ás escadas. – Demi.

-Sim?

-Preciso de um favor teu.

-Se eu puder ajudar.

-Acho que sim. Podes, por favor, falar com a Elena?

Acenei com a cabeça, percebendo o que ele sentia. Damon também correu para longe de mim quando percebeu o que eu era.

-Claro que sim. Fica descansado.

-Obrigado, Demi.

-De nada, Stefan.

Subi as escadas e bati à porta do quarto do Damon, com o meu coração a palpitar de tal forma que parecia que o batimento cardíaco estava no meu cérebro.

-Entra – disse Damon e eu abri a porta, espreitando lá para dentro. A televisão estava ligada e ele estava deitado na cama com um copo de whisky na mão, atento à televisão.

-Damon – falei e ele desviou os olhos da televisão. Os seus olhos brilharam e numa fração de segundo ele estava de frente para mim. Colocou a sua mão no meu rosto e obrigou-me a olhá-lo nos olhos.

– Fui um estúpido. Estou desculpado?

Acenei com a cabeça e beijei-o. Os seus braços rodearam a minha cintura e eu larguei a minha mochila no chão. Coloquei as minhas mãos no seu pescoço, puxando-o mais para mim. Os beijos com Damon eram sempre assim: deixavam-me sem fôlego e ele nunca tinha medo de me magoar. Na verdade, ele nunca me magoava, apesar de usar um pouco mais de força do que algum humano usaria.

-Explica-me tudo – sussurrou ele, com os lábios no meu pescoço.

-É difícil explicar, mas para esclarecermos as coisas, fiquei a saber que somos inimigos.

Fitou-me atento.

-Preciso mesmo que me expliques tudo.

-Primeiro, explica-te tu. Porque saíste ontem de casa assim? Deixaste-me ali, mais confusa do que aquilo que eu já estava e por momentos pensei que era um monstro.

-Não! – exclamou ele. – Não, de maneira nenhuma. Não és um monstro. És o ser mais belo deste mundo.

-Não exageres! – exclamei, afastando a sua mão do meu rosto.

-Não estou – ele apertou a minha mão e encaminhou-me para a cama. – Conta-me. O que sabes sobre ti?

-Sou uma ninfa da terra. Se é que isto faz sentido.

-E aos dezoito vais atrair todos os géneros de espécies. Bem, é melhor preparar-me.

-Estás a pensar em ficar comigo nos próximos anos?

-Sim, porque não? Não tenciono sair de Mystic Falls.

-Isso é bom.

-Ai sim?

-Sim.

-E posso saber porquê, senhora ninfa das terras com o sangue tentador – disse ele, passando os seus dedos pela minha carótida.

-Estás com fome?

-Não, que ideia. Sou só um vampiro! – ironizou ele.

-E se… - parei a frase a meio, com medo a reação dele. Não seria a primeira vez que ele beberia do meu sangue, mas foram sempre circunstâncias anormais. Aqui não. Estávamos num sítio calmo, sem qualquer tipo de tensão.

-Diz, o que estás a pensar?

-Não sei se será uma boa ideia – disse, tentando desviar a conversa.

-Hum… tenta-me.

-Tu é que pediste, não te esqueças – avisei-lhe e saltei da cama. A primeira coisa que vi afiada foi uma tesoura com bico. Peguei nela e antes de ele ter tempo para reagir, desferi um corte no pulso.

-Ah! – gritei.

-Não! – gritou ele, sobre o meu grito e ficou estático.

-Tu está com fome. Não faz mal – assegurei e subi para cima da cama.

-Isto não é boa ideia.

-Damon, não há problema.

Ele fitou-me, com os olhos cheios de desejo.

-Estou a falar a sério.

De um segundo para o outro, estava no outro canto do quarto com uma mão no meu pescoço. Ela não me apertava, apenas me imobilizava e assustou-me um pouco.

-Para a próxima, diz-me para não ser apanhado desprevenido.

Vi-o morder o seu pulso e colocou-o na minha boca. Tentei soltar-me a todo o custo, mas já era tarde demais.

-Eu gosto de morder, mas é no sítio que eu quero e quando eu quero – disse ele furioso e voltou a beijar-me de maneira selvagem.

POV Damon Salvatore

Eu estava realmente muito chateado com a Demi. Eu gosto de morder e de beber sangue, mas o dela era diferente e chegava a tornar-me viciado no sangue dela, por isso, mais valia beijá-la do que pensar no sangue que ela tinha a escorrer pela mão.

Ela correspondeu ao beijo e colocou as pernas em volta da minha cintura. Levei-a para a cama e comecei e distribuir beijos pelo seu pescoço. As coisas já estavam a aquecer e muito, quando me lembrei que ela era simplesmente uma humana. Quer dizer, uma humana não, uma ninfa. Isto era de doidos. O que ela disse era completamente verdade: nós éramos inimigos. Mas isso importava? Raios, claro que não! O que eu sentia era ainda mais forte do que eu sentia pela Katherine, e só de pensar que ela já chegou a raptá-la… é melhor nem pensar nisso.

-Damon! – exclamou ela, assustada. – Os teus olhos!

Saí de cima dela e tentei acalmar-me, respirando fundo, mas o seu sangue tinha impregnado o ar com aquele cheiro sedutor e tornou-se praticamente impossível resistir.

-Sabes uma coisa? Tens toda a razão, eu tenho fome – falei e aproximei os meus caninos do seu pescoço. A sua pulsação acelerou logo. – Posso?

-S-sim.

Nem pensei duas vezes. Cravei os meus caninos na sua pele macia e bebi do seu sangue quente, sedutor e cheio de sentimentos.

POV Demi Adams

Depois de ele ter bebido do meu sangue, deu-me mais do seu e fiquei a descansar sobre a sua almofada na sua cama, enquanto ele ia buscar alguma coisa para eu comer. Sim, porque já era meio da tarde e a única coisa que o meu estômago tinha engolido no dia todo tinha sido café e coca-cola.

Acabei por adormecer de exaustão e quando acordei, já era pôr do sol. O sol refletia nos vidros e tornava difícil a visão do meu ponto de vista. Os raios de sol penetravam por entre as folhas das árvores.

-Uau! – exclamei e fui até à janela.

Os seus braços abraçaram-me por trás e pousou o queixo no meu pescoço.

-Nunca pensei que gostasses destas coisas.

-Que tipo de coisas?

-Coisas românticas, pieguinhas e isso.

-Pois ficas a saber que eu gosto e muito.

-Então faremos isto todos os dias. E este fim de semana vou levar-te a um sítio.

-Agora estou curiosa. Onde?

-Um sítio. Não fica muito longe, mas podemos acampar e passar lá o fim de semana inteiro. Espero que a tua tia deixe.

-Ah, claro! E se ela não deixar?

-Bem, vejamos… eu tenho uma coisa que se chama poder de persuasão.

-Que não deixas ninguém recusar algo que tu não queiras.

-Exatamente – disse ele e acabámos de ver o por do sol em silêncio. – Passas comigo aqui a noite?

-Estás com medo do escuro, é?

Vi-o revirar os olhos pelo canto do olho.

-Claro que não. Só gostaria muito da tua companhia.

-Tenho que falar com a minha tia.

-Eu falo, pode ser?

-Não consegues compeli-la a nada daqui – disse e fui até à mochila pegar o meu telemóvel.

-E quem disse que eu preciso disso? – falou ele apontando para ele mesmo. – Sou lindo, charmoso, confiável, com muitos argumentos e podemos estender a lista, se quiseres.

-Sim, claro – disse-lhe e entreguei-lhe o telemóvel. – Boa sorte!

Ele procurou na lista o nome dela e depois retirou-se para a cozinha para conversar com ela. Por incrível que fosse, ela deixou.

-Vamos passar uma noite maravilhosa – disse ele, abrindo muito os olhos e sorrindo travesso para mim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Desculpem não ter postado ontem, mas não consegui entrar na minha conta.
A sinopse hoje este mal, não foi? Desculpem, mas foi o melhor que consegui =(
Concurso: Digam a vossa frase favorita deste capítulo e para o próximo vamos recordá-la!
Bjs



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