A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC
Capítulo 2
POV Demi Adams
A mãe da Sarah ajudou-me a tratar do funeral e a avisar apenas as pessoas mais chegadas (a meu pedido. Não queria pessoas fingidas no funeral da minha família). Falei por telemóvel com a tia Melinda e sobre o último pedido da minha mãe. Ela ficou chocada com tudo o que tinha acontecido, e que tinha que pensar melhor. Ela viria ao funeral dos meus pais e do meu irmão. Ela iria dar a resposta naquele mesmo dia.
-Demi, precisamos de ir – chamou Sarah.
Peguei na minha mala e saí de casa.
Look da Demi: http://img2.timeinc.net/people/i/2009/startracks/090209/demi_lovato.jpg
Quando chegámos à igreja, estavam lá as pessoas mais chegadas. Mal me viram, disseram que lamentavam a minha perda e depois recolheram-se para os seus lugares.
Uma senhora jovem, que eu conhecia de qualquer lado, mas não me recordava de onde, chegou ao pé de mim e falou:
-Olá, Demi.
-Olá – falei tentando parecer educada.
-Já não te lembras de mim, pois não? – perguntou ela, com um tom compreensivo.
-Lamento, mas não – admiti.
-Sou a Melinda, a tua tia.
Então era ela a minha tia que vivia algures na Virgínia.
-Ah. OK – disse. – Olá!
Tentei esboçar um sorriso, mas acho que o que consegui foi um trejeito. Hoje eu não conseguia sorrir.
-Demi, depois do funeral podemos conversar?
-Claro que sim.
Durante o funeral, Sarah esteve sempre comigo. Chorou comigo silenciosamente. Não me apetecia fazer teatro, por isso, limitei-me a engolir os soluços e a chorar silenciosamente.
Depois, seguimos para o enterro e Sarah passou o tempo todo abraçada a mim. Não suportava ver aquilo, por isso recolhi-me mais para trás.
Quando todos se foram embora, dando mais uma vez as suas condolências, aproximei-me da minha tia e falei:
-Acho que podemos falar melhor na minha casa.
-Claro que sim – concordou ela.
Virei-me para Sarah e disse:
-Eu e a minha tia apanhamos um táxi para falarmos em minha casa. Podes ir, Sarah.
-Tens a certeza que ficas bem? – indagou ela.
-Tenho – menti.
-Está bem. Então, até amanhã.
-Até amanhã – disse e despedi-me dela e da mãe dela com um beijo.
Eu e a minha tia apanhámos um táxi até à minha casa. Entrámos e fui preparar um chá verde. Naquele momento, era a única coisa que seria capaz de me acalmar.
-Demi, eu não sei o que dizer – falou ela sentando-se numa das cadeiras da sala.
-Eu também não. Mas sinto que o meu destino está nas suas mãos neste momento.
-Eu sei. Por isso eu quero dizer-te que se quiseres, podes vir viver para a minha casa, em Mystic Falls, na Virgínia.
-É muito longe de casa – afirmei.
-Eu sei, Demi, mas é lá o meu trabalho, a minha vida. Não te vou impedir de vires visitar os teus amigos nem nada do género. A fortuna dos teus pais vai continuar a ser tua.
-Portanto, se eu aceitar, ficará com a minha custódia, mas eu posso mexer no dinheiro da minha família?
-Claro que sim. Nem eu pensava noutra coisa – falou ela. – Os teus pais tinham um investidor e vou pedir-lhe para cuidar de alguns negócios. Eu ficarei a gerir o dinheiro, apenas porque ainda és menor de idade, mas sempre que precisares de dinheiro, eu dar-to-ei.
-Vou ser sincera, tia Melinda: eu não me lembro de si, mas a minha mãe fez-me um último pedido, pediu-me para ir viver consigo, por isso, parto do princípio que é uma pessoa de confiança.
-A tua mãe é minha irmã – afirmou ela.
Fiquei sem saber o que falar.
-Não foste só tu que perdeste alguém. Eu perdi o meu sobrinho, a minha irmã e o marido dela, que era um grande amigo meu.
-Eu não sabia. Juro que não me lembro de si.
-É bem provável, Demi. A última vez que foste a Mystic Falls tinhas dois anos.
-O que aconteceu? – quis saber.
-A tua mãe casou e veio viver com o Cameron para aqui. A minha carreira estava no início e eu estava a viajar pelo país inteiro a promover o meu livro. Falávamos sempre, mas com tantas coisas, deixámo-nos de nos encontrar. Ainda vim cá algumas vezes, mas tu estavas sempre fora com o teu irmão, a fazerem viagens. A última vez que vim aqui, foi há dois anos e tu e o teu irmão estavam em Milão.
-A minha mãe falou-me disso – lembrei-me. – Mesmo assim, já não me recordava do seu rosto.
-É bem possível – concordou ela. – Demi, serás bem-vinda na minha casa. Eu vivo sozinha, com um cão, o Buddy. Não tenho ninguém mais próximo a não seres tu, por isso, não será um incómodo. De qualquer das formas, acho que não gostarias de ir para um orfanato.
-Tia Melinda… eu gostaria imenso de ir viver consigo.
POV Melinda Courtney
O meu coração encheu-se de alegria com a frase que a minha sobrinha tinha dito. Eu iria amá-la ter comigo. Iria tentar protegê-la, como tinha prometido anos atrás há minha irmã. Se alguma coisa lhes acontecesse, eu ficaria responsável por eles. A Demi não seria nenhum peso para mim, pelo contrário: traria mais alegria há minha casa e aceitá-la-ia como uma filha.
-Então fica assim combinado: eu vou comprar as passagens para depois de amanhã; amanhã trataremos de alguns assuntos burocráticos, pode ser?
-Sim, claro que sim – respondeu ela. – Bem, a minha casa tem um quarto de hóspedes, podes ficar lá, se quiseres.
-Pode ser – assenti.
Fomos até ao andar de cima, e percebi que a cada passo que ela dava, mas tensa ela ficava. Eu também não gostava nada de andar ali sem a minha irmã. Normalmente, ela mostrava-me todas as coisas novas que ela tinha feito.
Os quadros pendurados na parede tinham a assinatura dela, cada canto tinha um pouco da sua personalidade.
Parámos em frente a uma porta branca.
-Este é o quarto de hóspedes. A cama está feita de lavada.
-OK. Muito obrigada, Demi – agradeci sorrindo maternalmente para ela.
-De nada.
POV Demi Adams
O dia seguinte passou num instante. Despedi-me de todos os meus colegas, pedi transferência de escola, fui entregar a comida que tinha em casa para a caridade, e mandei enviarem o meu carro para a morada da minha tia (que no futuro seria a minha).
Passei mais algum tempo com Sarah que fazia um ar corajoso, tentando a todo o custo não chorar com a minha ida.
-Vou sentir saudades tuas, Demi – disse ela.
-Eu também, Sarah, mas existem e-mails, telemóveis e vídeo chamadas! – tentei desdramatizar a coisa.
Quando cheguei a casa, Melinda estava lá a meter os pratos na mesa.
-Encomendei pizza. Espero que gostes. Pedi com fiambre e ananás.
-Está óptimo! – exclamei, tentando parecer simpática. Eu gostava da pizza, mas não conseguia ter um humor muito bom nesta altura. Daqui a 24 horas já estaria bem longe de casa.
Comemos e quando fui para o quarto arrumei as minhas coisas. Adormeci bastante cedo, porque o avião sairia às cinco da manhã.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem!
Para conhecerem melhor as personagens, podem ir ao meu blog: www.asminhasfanfics.blogspot.com
Bjs