A Minha Vida em Mystic Falls escrita por AnaTheresaC


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Today, on A minha vida em Mystic Falls...

Todos merecem saber a verdade...

-O que eu te vou dizer, não é fácil, Riley.

Até sobre coisas passadas...

-Uma rapariga chamada Katherine Pierce. Ela era a rapariga mais bonita que existia para mim, o riso dela fazia-te rir, era contagioso.

Mas até onde isso pode levar?

Ele parou de contar a história e ficou a olhar para mim.

...



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Capítulo 15

POV Damon Salvatore

Quando ela desmaiou nos meus braços, é que eu percebi que sou realmente um monstro e que não a mereço. Eu queria tê-la só para mim, mas tinha que a dividir com o caçador, que eu tinha que admitir, era um bom partido para ela. Preferia magoar um sem ninguém do que a ela, mas acho que fiz precisamente o contrário. Entreguei o corpo dela a Stefan, que estava preocupadíssimo com ela e fiquei no exterior da casa, pensando o quão monstro fui. Com tantos anos, eu devia de saber como me controlar, mas ela simplesmente tira-me do sério pelo jeito de ser dela: descontraído e profundo. A sua mente é inteligente e não é fútil (ao contrário do meu lanchinho regular). Não se deixa enganar e pela primeira vez permiti-me pensar em ter algo mais profundo do que simplesmente chegar os meus lábios ao pescoço dela e beber o seu sangue. Por ela, eu renunciaria a minha dieta de sangue humano pela dieta de sangue animal do meu irmão.

-Ela está melhor – falou Stefan, encostado à ombreira da porta. – Mas não ouses em tocá-la outra vez.

-Nem ela me quererá – desabafei.

-Damon…

-Deixa-me em paz! – gritei e corri dali para fora, ter com a rapariga mais fútil que já conheci. Nem a Katherine era assim.

POV Stefan Salvatore

Demi acordou no início da manhã. Olhou para mim e arregalou os olhos.

-O que aconteceu? – perguntou ela.

-Desmaiaste.

-E ele…

-Não. Ele não está aqui – respondi.

-Podes levar-me a casa?

-Posso.

Peguei nas chaves do carro do Zach e levei-a até casa.

-Não comentes isto com ninguém, por favor – pediu ela, antes de abrir a porta do carro.

Eu compreendia e jurei:

-Prometo. O que aconteceu ontem ficará lá.

-Obrigada Stefan – falou ela e saiu do carro. Ela pegou numa chave que estava por baixo de um vaso e só quando ela entrou é que eu voltei a casa.

-Porque levaste o meu carro? – perguntou Zach quando cheguei a casa.

-Tive que levar a Demi a casa.

-Tu queres dizer, a Elena.

-Não Zach, a Demi – falei e depois expliquei-lhe. – O Damon ontem trouxe-a cá para casa e ela sentiu-se mal. Acabei de a levar a casa.

-O Damon ainda não apareceu.

-Ainda bem – suspirei e subi as escadas, para preparar mais um dia de solidão. Talvez, hoje fosse a casa de Elena.

POV Riley Clouds

Demi ligou-me, lavada em lágrimas e pediu-me para a ir buscar a casa, dar uma volta. Quando a fui pegar ela falou:

-Eu quero saber como se mata um vampiro.

-Mas Demi…

-Eu preciso de te contar uma coisa, Riley. Não vais gostar, mas vai ter de ser.

-O quê?

-Vamos ao Grill? – falou ela, tentando desviar a conversa.

-Sim, vamos.

Fomos até ao Grill, que estava apinhado de gente, sendo que era Domingo, mas conseguimos arranjar uma mesa sossegada, longe dos nossos amigos, e assim ninguém nos iria incomodar.

-Podes começar a falar – incentivei.

Ela respirou fundo, olhou-me nos olhos e começou a falar.

-O que eu te vou dizer, não é fácil, Riley. Para começar, eu já sei do tratado que fizeste com o Damon. Meterem-me em cheque não foi uma atitude muito bonita – ela baixou os olhos e o seu tom de voz, começou a ser mais taciturno e um pouco desesperado. – Ontem há noite, quando me ia deitar, o Damon apareceu no meu quarto e nós beijámo-nos.

Eu congelei. Só me apetecia perguntar porquê, e dizer que já não valiam desculpas, que o que ela tinha feito não se fazia, e que o nosso namoro tinha acabado, mas a sua voz soava desesperada quando continuou, e falou tão depressa que eu tive que tomar muita atenção a cada palavra dela.

-Mas eu só correspondi porque fui obrigada, eu tinha medo de ele me magoar fisicamente e foi só por causa disso! Eu tentei afastá-lo, mas ele percebeu o que eu estava prestes a fazer, então eu não sei como, fui parar a casa dos Salvatore em três segundos, e depois apareceu o Stefan e o Damon estava quase a obrigar-me a beber o sangue dele quando eu desmaiei. Pronto, é tudo. E aqui estou eu, a ser sincera contigo, porque gosto muito de ti, e não te quero perder, Riley. Por favor, perdoas-me por eu ser demasiado egoísta e ter feito aquilo apenas por medo?  - ela fez uma pausa e falou mais baixinho. – Devia de ter sido mais corajosa.

-Não! – exclamei, um pouco alto e ela assustou-se. – Quer dizer, é claro que te desculpo, e foi o melhor que fizeste. Se ele te fizesse alguma coisa, iria arrepender-me para sempre. Alguém precisa de parar o Damon.

POV Demi Adams

Fiquei muito aliviada por o Riley me perdoar. Saímos do Grill e fomos até minha casa, onde ficámos a ver um filme e depois adormecemos no meu quarto. Quando acordámos, era quase hora de jantar, por isso, o Riley foi embora.

Jantei com a tia Melinda, que estava muito ralada porque tinha havido mais uma morte, com o sangue todo drenado e eles ainda não sabiam bem o que dizer às pessoas. Eu sabia quem era: Damon Salvatore. Fiquei com ela a ver um pouco de televisão, mas como amanhã teria aula, deitei-me cedo.

O meu sonho estava a ser dos mais estranhos possíveis. Era uma rapariga, igual a Elena, mas com os cabelos encaracolados, a andar por um labirinto baixo numa propriedade. Stefan corria atrás dela, e ambos estavam com roupas do século XIX (19). Eu estava escondida nuns arbustos.

-Ganhei! – disse a rapariga, tocando numa estátua e virando-se para Stefan. – Qual é o meu prémio?

Acordei sobressaltada, porque percebi que estava a ver pela perspectiva de Damon. E havia algo a entrar dentro da minha cama. Virei-me e deparo-me com Damon a olhar para mim com agonia.

-Desculpa. Acho que me entusiasmei.

-O quê? – perguntei confusa.

-Como não estavas a usar verbena, queria mostrar-te algo, mas não sabia bem o quê. Então, mostrei-te a única mulher que eu amei nos meus últimos 145 anos. Desculpa.

Olhei o seu rosto e o meu coração deu um baque ao ver que ele estava triste. Os seus olhos não tinham brilho e os seus lábios faziam um leve beicinho.

-Anda cá – falei e abracei-o com todas as minhas forças. Eu odiava ver gente triste, e percebi que ele não era qualquer pessoa para mim, ele era Damon Salvatore. Há apenas vinte e quatro horas atrás, ele estava a tentar matar-me. Eu parei a respiração, percebendo que estava a abraçar um assassino, mas não era um assassino qualquer, era ele.

-Porque me estás a fazer isto? – perguntou ele, um pouco indignado.

-Não gosto de ver pessoas tristes – respondi. Apetecia-me acrescentar “especialmente tu”, mas não tive esse atrevimento.

-Sabes que neste momento podia matar-te, não sabes? Os meus lábios estão tão próximos do teu pescoço, que tu nem terias tempo de reagir. Os meus braços apertar-se-iam e tu não conseguirias sair. Sugaria o teu sangue até não restar uma única gota, e amanhã, quando não te levantasses, a tua tia viria cá para te chamar, mas apenas encontraria o teu corpo, sem pinga de sangue.

O meu corpo ficou tenso a cada palavra que ele dizia. Todos os meus instintos diziam para fugir, mas, como ele disse, os braços dele apertavam-me o corpo, sem me deixar mover um músculo. Olhei para a minha mesa de cabeceira, onde estava o meu colar com verbena. Se eu agora o tivesse comigo… estava tão perto…

-Mas não o vou fazer – falou ele e beijou o meu pescoço com carinho. Repousou lá a sua testa e ficou respirando. – O teu corpo é tão quente… O teu sangue está a bombear com força, o ritmo de uma música movimentada. Emane um cheiro irresistível. Quem são os teus pais, Demi?

-Damon, não bebeste? – perguntei e cheirei o seu casaco. Cheirava um pouco a álcool, a ele e à casa dele, mas nada mais.

-Bebi. Cinco garrafas de whisky. Depois pensei em ti e em como és diferente da Katherine. Como não posso ir ter com ela, vim ter contigo.

-Quem era ela? Era tão idêntica à Elena… - disse e desfiz o abraço, fitando-o. Ele parecia indeciso em contar-me algo, mas acho que se decidiu porque pegou na minha mão e colocou-a no lugar onde o seu coração devia bater.

-Demi, se me conhecesses à 145 anos, o meu coração batia. Mas por uma rapariga chamada Katherine Pierce. Ela era… a rapariga mais bonita que existia para mim, o riso dela fazia-te rir, era contagioso. Mas também era egoísta e egocêntrica. Eu e o meu irmão lutámos por ela até ao dia em que Stefan denunciou-nos a todos: a ela, a mim e a ele próprio. Antigamente, a honra de família era uma coisa muito importante. Ainda o é mas, naquela altura, quem desonrasse a sua família, era morto.

Ofeguei por um momento. Ele estava a dizer que eles foram mortos?

-A minha família foi uma das fundadoras de Mystic Falls, e os Fundadores combatiam os vampiros que andavam na cidade. Eles capturaram-na e mataram-na! O pior, foi quando o nosso pai apontou-me a arma, a mim e ao meu irmão. Deixou-nos a morrer lentamente com um tiro no diafragma.

Ele parou de contar a história e ficou a olhar para mim.

-Lamento muito – falei e voltei abraçá-lo. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Comentem!
Bjs



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