Capítulo 1 – A fronteira

O vento soprava lentamente, e balançava a copa das árvores docilmente, e tudo que podia se ouvir era o som da água que corria pela fonte do mosteiro. Era um lugar calmo onde possuía muitas jovens estudantes da obra e atitudes de Deus. Entre todas que aquele mosteiro tinha uma jovem garota de aparentemente 17 anos de longos cabelos pretos e olhos perfurantes avermelhados, estava sentada no banco localizado debaixo de uma árvore. O vento corria devagar e o ar estava fresco era primavera o que deixava mais calmo ainda o local com suas belas árvores. Ela lia calmamente a bíblia aparentemente seus salmos.

- Catherine!!!! Soou uma voz ao longínquo do mosteiro. A garota agora de nome revelado ergueu a cabeça para fitar quem lhe chamava.

- Az Maria! Catherine sorriu gentilmente e se ergueu.

- Hoje a noite terá reunião dos estudantes no mosteiro de Bert Helen que tal irmos irmã???

- Por mim tudo bem! Anunciou Catherine acenando com a mão direita.

- Estarei te esperando no dormitório A as 18h00min irmã! Concluiu 

- Estarei lá!!! Disse Catherine sorrindo.

A jovem estava lá há muito tempo, aquele mosteiro era sua casa e o mínimo que poderia fazer para retribuir o favor de acolherem a jovem ainda pequena era de fato se tornar um membro daquele mosteiro. Ela não se lembrava de nada deis dos 6 anos. Era obscuro, não se lembrava de absolutamente nada... Catherine foi apenas um nome escolhida por Madre Helen, e sendo assim tinha carinho por seu nome. Talvez fosse triste, mas Catherine não sabia chorar, sorrir ou se quer saber o que é a tristeza. Ela tinha sido isolada de toda a dor do mundo e seguia cegamente as regras do Padre do mosteiro, que possuía um amor paternal pelo mesmo.

Andou um pouco e se aprofundou nas redondezas do mosteiro. “Mesmo estando aqui há tantos anos... nunca pude conhecer esse lugar completamente” Pensava Catherine enquanto caminhava em linha reta. “porque não posso ir além?” A jovem parou diante observando o outro lado. – Bem.. Esse é o meu limite! Suspirou fundo olhando para o chão que tinha um tronco de árvore velho tampando a passagem. – ah.... Suspirou fundo Catherine. – Quem diria que um mero tronco de árvore me impediria. A jovem sendo no tronco e ficou observando o chão. – O que deve ter ali dentro... e porque não posso ir além.

- Porque não descobre? Uma voz veio em resposta.

-... Catherine nada respondeu, seus olhos estavam arregalados e expressavam o espanto.

- Porque não descobre? A voz veio como provocação.

- quem.... Esta ai? Perguntou Catherine virando um pouco o rosto.

- Ham... Uma mera aprendiz de freira! Disse um rapaz de, sobretudo negro encostando-se na árvore.

- O que fazes na região do mosteiro de Liliuns?

- O que fazes você aqui? Disse o rapaz olhando de canto para a jovem.

- bem... Catherine não tinha resposta para a pergunta, foi muito do nada e não sabia o que havia ido fazer naquele local.

- Você é bem curiosa garota! Disse marotamente o jovem.

- Por que diz isso?

- Você vem quase sempre nessa divisa e faz muitas perguntas.

- Você estava espionando-me?

- Como eu disse, você faz muitas perguntas aprendiz

- Me chamo Catherine! Chame-me pelo nome irmão.

- irmão? Olhou sério para Catherine.

- Todos os seres humanos são filhos de Deus e por sua vez irmãos um do outro.

O jovem soltou uma gargalhada ao ouvir aquilo.

- O que houve?

- Todos somos irmãos? Não me diga bobagens! Disse o rapaz colocando as mãos no bolso e seguindo na direção da qual supostamente havia vindo.

- Mas é a verdade! Catherine insistiu um pouco nervosa.

- Se for assim eu sou um cara horrível.

Catherine fitou o jovem de costas parado não muito longe dali. Não entendia porque ele tinha tanta ironia em suas palavras.

- Se formos realmente irmãos eu sou como dizem... Um pecador!

- Irmão de cabelos pratas... Todos somos pecadores. Outra gargalhada veio em resposta.

- Se somos irmãos eu já me saciei com muitas irmãs minhas! Disse se virando revelando os olhos negros e um sorriso sarcástico no rosto.

Catherine levou as mãos na boca e ficou observando um pouco espantada.

- Volte para o seu mundo perfeito criança! Antes que fira sua pose de santa no lado de fora do seu mundo. O garoto estava sério e com essas palavras seguiu em frente.

- Hey! Espere.... A voz veio por um fio.... – qual é... Qual é o seu nome? Perguntou Catherine apoiando-se no tronco.

- quer mesmo saber? Observou Catherine, esperou a resposta e o silencio lhe veio como um sim. – meu nome é Kouta. Disse seguindo andando..... – Ah! E tome cuidado com os perfeitos, garota. Eles são os mais imperfeitos e pecadores.

- Kouta... Catherine observou o jovem sumir na profundeza da floresta.

“Por que... por que agora eu estou confusa!!! Como assim os perfeitos são os mais imperfeitos e pecadores.... não consigo entender.... Porque ele me deixa agoniada e me sinto suja de repente?” Catherine estava ainda perplexa e ficou observando o nada enquanto pensava no porque de se sentir pesada e suja.

Continua...