Nossos Filhos escrita por Suellen-san


Capítulo 7
Dohko e Shion


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Perdão por qualquer erro. =D



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O libriano tentava suportar a dor de perda, melhor dizendo, depois que Shiryu e Shunrey cresceram Dohko não tinha mais ninguém para cuidar. O romance com Shion esta na mais perfeita paz, mas o defensor de Atena ainda sentia que faltava a alegria de ter uma criança em casa. Via os outros cavaleiros conversando com os rebentos e a dor em seu peito voltava, deduziu duas coisas: ou que estava mesmo perto de morrer, coisa impossível ou como diria Shion são gases. 

Como a comida não ia ser feita por mágica o libriano foi a vila, cuidar da casa e manter a mente ocupada com atividades diárias o deixava mais humano. Dohko passou por um beco e estranhou ver um movimento anormal, com cuidado aproximou se mais e observou a cena mais linda que já viu em toda a sua vida.

Um menino repartindo o pão que ganhou com muito suor para um segundo menino que parecia adoentado. Tentou não fazer barulho, mas um gato se assustou com o cavaleiro que se aproximou sorrateiramente. As latas de metal caíram no chão fazendo um enorme barulho alertando tanto as duas crianças quando os pedestres.

- Afaste-se! – Falou o menino que parecia ser o mais velho e pegou um objeto qualquer para defender o mais novo. – Ou eu avanço.

Dohko tentou não sorrir da cena, viu no momento os seus dois filhos, pois o libriano considerava os dois, Shriryu e Shunrey, como seus filhos legítimos. Afastou-se um pouco ao ver o menino avançar não temendo nada e nem ninguém. O cavaleiro pegou o pedaço de madeira e retirou o artefato do menino que caiu sentado no chão. Sem perceber viu o cavaleiro sumir, mas ao volta-se para traz onde o segundo menino estava viu o homem ajoelhando olhando o outro.

- Seu tarado! – Falou o menino.

- Calma garoto. – Falou segurando o mais velho que tentava chutá-lo e afastar o cavaleiro do mais novo. – Eu só quero ajudar...

- Não quero a sua ajuda. – Lutou para afastar o cavaleiro do outro garoto. – Foram vocês que fizeram isso com...

- Hei! – Imobilizou o garoto que estava furioso no chão. Já o mais novo olhava com medo e admiração. – Eu só quero ajudar.

- Quer não.

- Vou soltar você e olhar o seu irmão. Caso ele precise de remédios eu o ajudo...

- Se me soltar eu avanço.

Dohko o soltou e o menino cumpriu com a palavra, mas só que o mais velho não contava com uma casca de banana. O garoto não teve tempo de se segurar e fechou os olhos, mas o chão não veio quando abriu os olhos viu que alguém o tinha segurado. O mais novo sorriu pela atitude bondosa do desconhecido, o cavaleiro recolocou o menino em pé e esperou qualquer reação agressiva, mas o que veio foi...

- Desculpa.

O libriano não esperava tal palavra e ia falar algo, mas ao escutar o outro menino tossir se voltou para o mais novo. Quando ia examinar o menino descobriu duas coisas: a primeira era que o menino estava coberto de sujeira, a pele estava escura demais talvez por não tomar banho; a segunda era que o menino não era um menino e sim uma menina.

A menina agora tossia com mais intensidade e cuspiu sangue no pequeno lenço que carregava. Dohko ficou apreensivo e não pensou duas vezes a pegou nos braços e rumo para o hospital seguindo pelo menino que pegou a sacola de comprar do cavaleiro.

-x-

Em pouco tempo, quem chegou ao hospital foi Shion que achou que se corresse um pouco mais, talvez ele precisasse ser atendido. Parou quando viu Dohko conversando com um menino e não compreendeu porque o amado o fez vir com tanta pressa se estava bem...

O libriano viu o Grande Mestre e se afastou do garoto indo falar com o amado, mas não esperou que Shion quase o matasse sufocado. O ariano teve a mesma reação de Mu quando viu o leonino com a pequena Manu e a dedução era óbvia para qualquer um...

- Solta ele moço. – Falou o menino temendo que o seu novo amigo morresse na mão do cara sem sobrancelha. – Ele...

- Olha aqui seu... – Controlou a voz por estar no hospital, Shion. – Você é um ser de baixo nível e ainda por cima faz o seu filho me convencer que você não o conhecesse...

- Mas moço ele só... – Falou o garoto vendo o libriano que estava entre o roxo e outra cor não definida. – Meu pai morreu a anos.

Shion fitou o garoto que pela expressão facial contava a verdade e soltou o libriano que foi acudido pelo menino. O Grande Mestre não sabia onde enfiar a cara, resolveu fazer o que sabia de melhor, sumiu diante dos olhos dos dois espectadores.

-x-

Uma semana depois...

- Shion para de agir feito o menino. – Falou o chinês. - Coisa que você não é a anos. Abre essa porta ou eu vou entrar a força.

Dohko tentou ser paciente com o amante, mas a uma semana do incidente no hospital e nada do ariano lhe dirigir a palavra. Já Shion se sentia o pior dos lemurianos da face da terra e ao longe observou como o seu amando cuidou tão bem da menina que estava recuperada da doença. Via sempre os três juntos, Dohko, o menino de nome Aroldo e a menina de nome Rose, andando pelo santuário e tinha medo da reação do amando e do olhar do menino.

- Shi! – Falou carinhosamente o libriano.

O ariano estava sentado na cama do seu quarto e lutava para não se teletransporta para um lugar distante do amado. Ao escutar o apelido carinhoso que o libriano o chamando ficou sem jeito e suspirou pesado até ver a porta ser levada a baixo. Dohko não queria saber de nada a não ser esclarecer as coisas ao amado e depois que viu a porta fazer um mega barulho ir ao chão foi que se deu conta da besteira que fez.

- Shi... – Apontou a porta. - Eu... – Ficou sem jeito. - A porta...

O velho mestre não esperou que o amante o beijasse com tanto amor e nem que reparou na porta quebrada. Talvez não precisasse lembrar-se de mais nada e deixou se levara...

-x-

Uma semana depois...

Shion trouxe a tigela com um negócio chamado feijão que os meninos comeram no templo do taurino e gostaram. O ariano teve que aprender a cozinhar o tal feijão do jeitinho brasileiro. Mas tudo valia a pena ao ver os seus novos filhos e até que tinha que concordar com o seu chinês que a casa sem crianças não era uma casa e nem uma família.

Os irmãos trouxeram uma alegria ao coração dos dois que até Mu teve um pouco de ciúme dos filhos do seu mestre. Até mesmo o cavaleiro de dragão quando ia ao Santuário fazia de tudo para chamar a atenção do seu velho mestre.

Mas os dois ex-pupilos e cavaleiros sabiam que se seus mestres estavam felizes com a nova família, eles deveriam aceitar os novos irmãos. Quem mais gostou das mudanças foi Kiki que via a cada dia mais crianças para brincar consigo.


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Notas finais do capítulo

Bem peço desculpa a todos estou passando por uma fase difícil, infelizmente é algo pessoal que só mesmo eu posso resolver.

Só falta dois ou três para terminar os filhos dos dourados e quem sabe virá uma série. Quem sabe? Eu não vou fechar essa história, pois possa ser que eu continue a fazer casais inusitados.

Agradeço a todos do FFnet e os meus novos amigos do Nyah que estão lendo e comentando ou não ou alguma coisa. Espero logo posta a fic de Miro e Kamus. Só peço paciência.