Nossos Filhos escrita por Suellen-san


Capítulo 2
Marin e Shina... Aldebaran?


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que a ideia é maluca e aqueles que forem corajosos fiquem a vontade para ler a fic. Boa leitura!



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A recepcionista chamou um nome e logo uma ruiva entra na sala seguida por uma mulher de cabelos verdes e um homem alto de mais ou menos dois metros e dez de altura. Depois de fazer todo o procedimento os três esperaram o médico que logo aparece com uma ficha na mão. Ao olhar a sala e vê três pessoas, achou estranho. Normalmente só vinha o pai e a mãe, mas talvez aquela mulher fosse um parente.

- Como vai mãe? – O médico sentou em uma cadeira ao lado da cama onde a ruiva estava deitada pronta pra a ultrassonografia. – Vejo que hoje trouxe o pai.

- Vou bem, doutor. – Sorriu como nunca por saber que veria o sexo dos bebês. – Ah! Esse é o Aldebaran. – Acenou o brasileiro.

- Prazer em conhecê-lo. – Sorriu para o homem e olhou a mulher com cara de poucos amigos. – E a senhorita deve ser a irmã dela.

- Não. – Falou friamente. – Eu sou mãe.

O médico que pegava uma espécie de gel parou o que fazia e olho os três. Vendo a expressão confusão estampada na cara do homem, o brasileiro resolver explicar, mesmo sabendo que alguém naquele recinto não ia gostar nada daquilo.

- Doutor, eu sou o pai, mas elas são as mães. – Deba tentou se controlar para não ri da cara do homem que ainda não compreendia o fato. – Elas são companheiras. – Não achou o termo adequado porque a expressão do médico não o deixava pensar. – E eu sou o doador. Entendeu?

- Bem... – Nunca na sua vida, o doutor viu alguém falar daquele jeito e ainda por cima dizer que é o doador. – Acho que podemos começar.

Resolveu por bem a sua saúde fazer o procedimento que veio fazer. Quando o médico que cuida de Marin falou que a mãe era especial não achava que era tão especial. Passou o gel na barriga saliente e olhou a mulher perto da ruiva depois o outro que parecia simpático.

Em pouco tempo, sons se instalaram no ambiente. Uma música que deixava as mães felizes porque o ritmo forte e rápido dizia que ali dentro em um espaço apertado, pulsava vida. E não era só um e sim duas pequenas vidas.

- Fortes e saudáveis.

Olhou as duas mulheres, a ruiva não se conteve e chorou de alegria, quem não se emocionaria ao escutar o coração dos filhos batendo perfeitamente. Voltou-se para a outra que para seu espanto deixou cair algumas lágrimas discretamente, tomou um susto ao ver aquele homem enorme chorando sem medo ou sem vergonha. O médico parou um pouco e lembrou que ali, naquele pequeno espaço, muito deixava as carapaças de frieza para demonstrar o quando amavam aqueles pequenos seres.

- Bem vamos ver o sexo. – Sorriu para a mãe. – Espero que eles não tentem brincar de esconde-esconde.

- Não Doutor, eles são comportados e vamos mostrar sim. – Sorriu a ruiva. - Não é Shina?

- Claro.

Só agora amazona de Águia percebeu que a amante chorava calada, segura a mão dela e voltou-se para o pai. Em sequência olharam a televisão onde imagens tridimensionais mostravam algo que não sabia o que era. Depois de um tempo o médico começou.

- Bem temos aqui. – Focalizou um dos bebês. – Uma menina. Vamos ver mais.

A expectativa deixou os três ansiosos. O médico via tudo da menina desde dedos até o rosto.

- Saudável mãe... Mães. – Corrigiu-se a tempo. – Com dois pés, duas mãos e uma das mãos nos olhos...

- Fazendo chame. – Os três olharam o brasileiro que sorria. – E o outro?

- É... – Focalizou o outro bebê, o médico. – Um menino. Também saudável. Logo esses dois virão ao mundo.

- Que bom doutor! – Falou a ruiva.

- Bem acho que meu trabalho acabou. Vou chamar a enfermaria para ajudá-la e trazer o DVD com as imagens. E parabéns a todos.

- Obrigada Doutor! – Falou Marin em nome de todos.

Cumprimentou os três e saiu os deixando a sós, a enfermeira entrou em seguida e ajudou Marin. Logo depois do lado de fora, na recepção, esperavam o DVD com as imagens dos bebês. Alderaban estava calado e isso deixou a amazona de cobra sem compreender. Será que o taurino havia achado a ideia ruim? Talvez pedir ao cavaleiro que fosse o doador do esperma para realizar o sonho delas de serem mães foi muito forte?

- Deba? – Falou Shina.

- Hum? – Voltou-se para a italiana.

- Algum problema?

- Sabe Shina... – Não sabia até onde poderia se envolver naquele relacionamento. - Eu estava pensando.

- Diga.

- Posso colocar o nome no menino? – Tentou ver o que aquela expressão da amazona de cobra queria dizer. - Mas caso você ache errado que eu me...

- Deba. – Marin pegou no braço do brasileiro. – Você nos ajudou a realizar um sonho e não seria justo não deixá-lo participar da vida deles.

- O que Marin quer dizer Deba é que eles saberão que você é o pai. – Observou as duas o cavaleiro. - E você vai participar da criação deles.  Nunca o deixaríamos de lado. – Foi categoria Shina.

- Nossa! – Riu o cavaleiro. – Eu só queria dar o nome e ganho uma enorme responsabilidade.

- Vai dizer que não aceita? – “Será que elas tinham feito a escolha certa?” Perguntava-se a italiana.

- Shina, claro que aceito.

- Bem que nome você quer dar ao menino?

- Aragon.

- Bonito! E nos já escolhemos o nome da menina, não é Marin?

- Hum... Hum... – Maneou com a cabeça a japonesa.

- E qual seria? – O cavaleiro estava curioso.

- Ela vai se chamar Diana. – Falou com alegria alisando o ventre a ruiva.

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Na maternidade algum tempo depois...

Aquele é o esperado dia. Marin sentiu as dores do parto e a bolsa estourou quando estava perto do carro. A ruiva pensou se não fosse o brasileiro talvez sua amante tivesse matado meio mundo de pessoas no trajeto do Santuário a maternidade.

- DEBA! – Gritou a italiana.

- Calma Shina. – Tentou não ri da situação. - É a Marin que deveria grita não você...

- DEBA!

- Estamos chegando.

- Shina... – A italiana olhou a ruiva. – Por favor... – Falou sentindo dores fortes. – Não grita com Deba...

- Mas ruivinha...

- Ah! – Remexeu no banco de traz. – Shi!

- Chegamos! – Falou o cavaleiro ao parar o carro.

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Entraram os três e logo Marin foi levada a sala de parto, os dois se olharam e não sabiam quem ia acompanhar a paciente. Até que o taurino lembrou-se de algo e chamou a enfermeira. Tudo estava preparado na sala, Marin procurou a companheira que entrou devidamente vestida assim com o obstetra e os enfermeiros.

- Shi... – Marin chamou pela companheira.

- Diga amor. – Alisou o rosto da japonesa.

- Cadê o Deba?

- Perdi o de vista enquanto a enfermeira me trazia para cá.

- Ele não vai ver?

- Não sei amor.

Sim. As duas haviam combinado com o cavaleiro que ele acompanharia o parto. O médico que acompanhou todo o pré-natal sabia do que havia algo entre os três. Sabia que o “gigante” havia cedido os espermatozóides e Shina os óvulos, Marin era a que desejava carregá-lo. O médico havia estranhado aqueles três malucos no seu consultório pedindo que os ajudasse, ou melhor, as duas mulheres querendo que o doador fosse o amigo.

Logo o obstetra começou o parto e Shina notou que havia um homem alto com uma filmadora portátil perto dela. Reconheceu aquele enorme homem e fez um sinal para Marin que fazia uma força fenomenal para trazê-los ao mundo. O primeiro choro foi de Aragon, o segundo de Diana, o cavaleiro pegou tudo o que pode desde cara de Shina que viu de onde veios os filhos. Sim a amazona italiana quase desmaiou ao ver a cabeça de Diana sair por aquele lugar, se o brasileiro não tivesse a puxado um pouco para longe ela ia mesmo desmaiar.

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Alguns meses depois...

Se não ouvisse dos próprios envolvidos o cavaleiro de fênix não acreditaria. E claro que os três ouviram os comentários, primeiro o de Máscara da morte que falou que poderia doar e muito esperma. Claro que o italiano recebeu um olhar fulminante do amante. O segundo foi Saga, ou melhor, os gêmeos dizendo que ambos foram os responsáveis por terem nascido duas crianças gêmeas. Fênix falou que se ele fosse o doar talvez os bebês já saíssem andando. O comentário foi repreendido por todos dizendo que o cavaleiro de bronze estava se achando demais por ter salvado o mundo.

Aldebaran não ligava, só olhava os dois pequenos no berço dormindo e percebeu o que as duas amazonas queriam dizer quando falaram de família estranha. Sim, os três eram uma família assim como todos no Santuário. Mas eles eram o mais estranho, no bom sentido, duas mães e um pai. Sorriu ao ver as duas mulheres juntas e percebeu que mesmo não encontrando a sua cara metade, ele teria um espaço na vida das duas, ou melhor, na vida dos quatro.

Afinal filhos são filhos, não seria só dele, mas dos três. Serão os nossos filhos.


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Notas finais do capítulo

Sei que muita gente não gosta de Yuri ou não encontrou um bom Yuri, mas a ideia quando escrevi essa fic era a instituição familiar. Espero que eu tenha pelo menos captado a ideia. Beijos e até...



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