Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 25
Capítulo 25 - Ironia


Notas iniciais do capítulo

Ta, demorei séculos pra postar. Mas tenho meus motivos. Muitas coisas aconteceram e eu estava super estressada e ocupada com coisas da escola e com uma provinha da ETEC se aproximando. Então deixei as coisas por aqui meio de lado. Desculpem. Vou postar uns três capítulos hoje, ou quem sabe todos que tenho aqui. Depende se eu ganhar reviews rapidinho. *-*



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Duas semanas depois.


Eu estava certa sobre eu e Alexandre; juntos, ajudarmos um ao outro a superar as coisas, nesse caso pessoas. Ao menos em parte, nos sentíamos bem juntos e conseguíamos suprir a maior parte de nossa carência juntos. Minha mãe ficara muito feliz quando soube que estávamos namorando, Karol ficara surpresa, mas até que indiferente. Já Ceci, para minha surpresa, quando soube que Alexandre e eu estávamos mesmo namorando, não pulou nem ficou se gabando de saber antes que nós tínhamos algo. Ela ficou meio... estranha. Se afastou ainda mais. E querendo ou não, isso foi bom para mim. Já que com ela afastada, seu namorado se afastava também, o que me deixava mais tranquila.

Quanto a Alexandre, definitivamente ele era um bom namorando, principalmente no quesito... físico da coisa, embora não tivéssemos chegado nem perto de algo mais sério. Eu nunca chegara com Igor, então definitivamente não chegaria com Alexandre. Nosso ‘namoro’ estava até indo bem, mas pelo fato de ser mulherengo ainda lançava olhares por aí. Eu não tinha ciúmes, mas já havia avisado que eu não admitiria traições. Para minha surpresa, ele disse a mesma coisa. Estávamos nos esforçando tentando levar o relacionamento adiante. O primeiro relacionamento sério dele. E eu descobri que gostava de ficar com ele. Era divertido. Porque tínhamos aquela amizade bem forte, embora nos últimos dias tivéssemos deixado de contar várias coisas um para o outro. Não era um relacionamento perfeito, porque muitas coisas haviam mudado. Eu estava feliz por ele me deixar sempre ocupada, sem tempo para pensar em Igor. Mas sentia muita falta de como éramos antes. Éramos mais despreocupados, fazíamos confissões um ao outro e sempre tínhamos sobre o que conversar, e rir, do que ele me falava, de seus encontros...

– Malu?

– Sim?

– No que está pensando?

– Na praia. Hoje tem festa não é?– Uma festa na praia. Junta todos os amigos, familiares, alguém trás o carro com o som, a comida é feita na hora. Era gostoso festas assim, bem familiar, mas eu estava sem ânimo.

– Tem, quer ir?

– Não sei se quero... – Estava dividida entre a ideia de ficar entediada o resto de dia no meu quarto, ou encarar o casal do momento.

– Porque Ceci e Igor estarão lá?

– Adivinhou. – sorri, sem graça. Estranho, nós dois namorando e apaixonados por outras pessoas. Que baita confusão.

– Ouvi dizer que eles estão brigando.

– Ah é? – procurei não dar trela pra Alexandre. Mas ele parecia realmente pensativo enquanto mexia na minha mão. E quando ele ficava assim, tão sério, era porque algo estava incomodando ele.

– Arran...

– Quem te contou? – suspirei, vencida pela curiosidade.

– Minha fonte hipersecreta. – Fonte super secreta que eu não precisei nem pensar duas vezes pra descobrir:

– Minha mãe, óbvio.

– Não foi sua mãe...

– Claro que foi ela. – Minha mãe sempre foi louca por Alexandre, e eu sabia que ela não perdia uma boa fofoca. Os dois juntos então... Era um desastre.

– Ok, foi ela. – Eu sabia. – Você sabe de mais alguma coisa?

– Faz tanta diferença assim?

– É só curiosidade.

– Eu não ando falando muito com Ceci. Ela anda me evitando.

– Hum...

– Sabe, eu ainda quero saber o que você fez pra ela ter ficado irritada com você. – puxei minha mão da dele, cruzando os braços. Ele bufou, me olhando sério.

– Eu também quero saber se Igor te beijou. – Nos encaramos, um esperando a resposta do outro.

– Discussão total e inteiramente inútil. – declarei. Ficamos em silencio por um tempo, até que Alexandre quebrou o silêncio.

– Acho que precisamos sair desse quarto. Eu me sinto mofando em pleno sábado.

– Por que sair? Eu gosto de mofar. – reclamei. Ele me puxou da cama, me fazendo abraçá-lo por trás.

– Deixa de ser sedentária.

– Ah Alexandre, por favor. Quero ficar em casa. – Ele soltou minha mãos, me virando. Me olhando nos olhos, parecia concentrado.

– O que foi?

– É que tem uma coisa... na sua testa...

– O que?

– Acho que é poeira... Definitivamente é poeira. – Ele fingiu tossir.

– Idiota. – revirei os olhos.

– Tem poeira aqui ó, perto da sua boca. – Ele me puxou para perto, passando a mão pelo canto da minha boca. Seu rosto chegando perto. Me mantive relaxada, sentindo uma vontade súbita de rir de sua cara marota.

– Você é a pessoa mais carente que eu conheço...

– Ceci é mais carente que eu. – Olhei para Alexandre, abismada como ele era ótimo em quebrar o clima as vezes.

– Tem razão. – Me desvencilhei dele. – Vou me arrumar. Você precisa ver logo Ceci antes que comece a trocar o meu nome pelo dela.


Sinceramente, eu não estava magoada com Alexandre ao dizer isso. Era só um fato. Ele era doido por Ceci e isso era palpável, não era algo que eu competiria. Mas né, ele era meu namorado e eu me sentia levemente incomodada com isso. Caminhei até o banheiro, deixando um Alexandre com cara de taxo pra trás, indo me arrumar. Essa ia ser uma tarde muito previsível. Iríamos encontrar Cecília e Igor e no final das contas... Eu sairia magoada. Céus, eu realmente não quero encontrar com ele. Mas no final das contas, nada do que eu queria acontecia mesmo.



~*~


Eu e Alexandre não conversamos enquanto íamos para a praia. Vesti um vestido azul leve e uma sandália rasteirinha. Ele estava bonito de bermuda e camisa folgada. Olhei ao redor, a praia estava cheia. Cheia de conhecidos e parecia bem animada. Estavam falando de estender a festa para a noite, acender uma fogueira. Aquelas coisas bem familiares e simples.

– Maria... Fala comigo, sério.

– Espera mesmo fazer com que eu fale com você me chamando de Maria?

– Foi só pra chamar a atenção. – ele riu baixinho. – Me desculpe se eu ando falando muito dela e...

– Relaxa. Sei que deve ser involuntário pensar nela.

– É... Eu sinto muito.

– Não se desculpe. É sério. Estou acostumada. – Acostumada com meus ex, atuais e futuros namorados se apaixonando pela minha irmã. Eu estava quase me convencendo que era algum tipo de espécie de karma.  – Só, vamos curtir a festa antes que meu azar atraia os dois para perto da gente.

– Tarde demais. – olhei para onde ele estava olhando. Ceci estava rodeada de amigos, e Igor naquele meio. Ele estava rindo. Realmente rindo com eles. Isso me surpreendeu. Desviei os olhos deles.

– Então... Dá tempo de fugir?

– Não. – Ele continuou olhando naquela direção. – Igor já nos viu.


– Droga... – gemi, contrafeita, respirando fundo. – Vamos lá logo antes que eles venham.


– Espera... – Ele me puxou pelo braço, então rapidamente veio e me beijou. Sua mão segurando minha nuca, retribui o beijo desajeitada. Ele se separou e piscou para mim, maroto. Segurando minha mão e me puxando para perto de um Igor e Ceci boquiabertos. Não pude deixar de sorrir para a ironia de toda a situação.



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Notas finais do capítulo

Reviews? bjsbjs