Three Cheers For Sweet Revenge. escrita por biamcr_


Capítulo 10
Hang 'em High


Notas iniciais do capítulo

Bom, já tá perto do fim, como perceberem rsrs não sei o que escrever aqui



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Acordei realmente cedo no outro dia, com aquela senhora gritando que o café da manhã estava pronto. Eu havia esquecido o quanto estava faminto. Comi e fui para o quarto, para colocar o celular para carregar. Consegui um carregador com um senhor com uma cara de simpático e moderno que estava sentado por lá. Eu, muito inteligente como sou, havia esquecido o meu em casa. Deixei o celular carregando enquanto eu tomava banho. Ao voltar, peguei o aparelho e liguei para o Gee, finalmente. Ele não atendeu, tentei de novo.

– Gee? É você? Que saudades! Como você está? Preciso te falar uma... – Ele me interrompeu.

– Frank, eu não posso falar agora. Eu... estou meio ocupado, entende? Depois te ligo, tchau. – Ele desligou. Gerard tinha a voz baixa e apressada e eu pude jurar que ouvi uma voz feminina o chamando no fundo.

Ótimo, Frank! Ele te traiu, idiota. Quem mandou se entregar assim? Agora você não tem casa, brigou com os pais, foi expulso da escola e perdeu tudo por causa de um cara que está te traindo com qualquer puta aí. As lágrimas começaram a cair pelo meu rosto. Deitei-me na cama e fiquei o dia todo lá, chorando. Acabei dormindo algumas horas e nem comi. Acordei de noite e não consegui dormir de novo. Peguei minha carteira, meu celular e minhas chaves e saí do quarto. Peguei meu carro e saí. Eu precisava dele, eu precisava esquecer ele. Tudo ao mesmo tempo. Parei em um barzinho qualquer que tinha por lá e comprei algumas bebidas. Rodei à toa por Orleans até amanhecer. Acabei passando em frente à casa dos meus pais uma vez, e vi um carro de policia lá. Quando eu estou lá, eles não se importam, mas quando eu saio, eles fazem esse drama todo? Que se fodam. Passei na frente do prédio do Gerard umas três vezes, e só nas duas primeiras a luz da janela do apartamento dele estava ligada. Acabei voltando à pousada quando o sol já havia nascido e eu já estava num estado crítico de sono misturado com álcool. Aliás, quase atropelei um monte de gente de novo. Esses idiotas insistem em se meter em frente ao meu carro! Entrei na pousada e fui dormir. Apesar de tudo, eu gostava daquele lugar. Lá ninguém me impedia de ficar dormindo na hora que eu queria, e eu podia sair pra beber. Acordei com meu celular tocando e acabei atendendo, mesmo sem ler o nome, pois eu acreditava que realmente era o Gerard.

– Way, seu desgraçado, é você? – Eu perguntei com voz de sono.

– Finalmente, seu irresponsável! Mas já descobrimos a sua localização e estamos indo até aí. Você não tem tempo de fugir. – A ligação terminou.

Eu estava com sono demais – sem falar na ressaca – para tentar reconhecer a voz da pessoa que estava falando. Só fiquei me perguntando que infernos foi aquilo. Será que a policia descobriu que eu quase atropelei um monte de gente, dirigi em alta velocidade e bebi pra caralho, mesmo sendo menor de idade?! Resolvi me vestir, sendo quem fosse, não iria querer me ver quase pelado. Terminei de me vestir e fui olhar pela janela do quartinho, um carro da policia estava lá. “Fodeu, Frank, eles vão te levar” foi a primeira coisa que pensei. Logo, veio uma batida na porta do quarto. Abrir ou não abrir? Eis a questão. Resolvi abrir, eles iriam me achar de qualquer jeito, pelo menos eu iria preso como o homem corajoso que sou!

– Anthony, por que você fez isso com a sua família? – Minha mãe se jogou nos meus braços – Estivemos procurando por você durante todo esse tempo! Não sabe o quanto eu estava preo...

– Sai de cima de mim, sua maluca! Como me acharam? E não vêm com esse drama todo, eu sei vocês não se importam comigo.

– Já chega, Anthony, você nunca mais sai de casa, entendeu? Ficamos sem carro durante todo esse tempo! – Meu pai disse, aparentemente tentando manter a calma.

– Quem se importa com o teu maldito carro? Só você, pelo jeito. Eu não volto, nem fodendo!

– Bom, então vamos ter que apelar. Viu o carro da policia lá fora, não? Eu ia os mandar prenderem você, por ter roubado o meu carro e todas essas besteiras que fez, mas sua mãe insistiu que você seria um bom garoto a partir de agora. Então, o que me diz? Vai pra casa conosco, e lá ficará até completar a maioridade, ou vai pra cadeia por roubo e por dirigir bêbado?

– Como sabe que eu bebi?

– Revisei o carro e encontrei latas de cerveja lá. Agora se decida.

– Ta, eu vou com vocês. Eu me rendo. Não adiante eu tentar brigar, essa luta já ta perdida. Já percebi que vou ter que passar o resto dos meus dias naquela maldita casa junto de vocês. Mas não vem te jogar em cima de mim, sua maluca! – Disse rapidamente quando minha mãe veio abraçar-me.

Peguei minhas coisas e me dirigi ao carro enquanto meus pais pagavam a diária para a senhora da recepção. Entrei no carro, lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Realmente, a guerra toda já estava perdida. Gerard estava me traindo e eu seria obrigado a viver para sempre naquele inferno. Eu nunca deveria ter me envolvido com um homem, principalmente com aquele homem. Talvez ele apenas esteja se vingando de mim, por ter dado a arma à sua namorada. Ou talvez ele tenha percebido que eu fui só uma fase em sua vida. Seja qual for o motivo, o importante é que ele estava com outra. Com uma mulher, e ela também o chamava de Gee. “Gee, venha cá” o som daquela voz aguda o chamando não para de ecoar na minha cabeça. Talvez ele estivesse acordando exausto de uma longa noite de sexo agora mesmo, com ela ao seu lado. Ou talvez ele estivesse beijando-a. Ou pensando nela. Enfim, de qualquer jeito, ele com certeza estava fazendo algo relacionado à ela... E não à mim. Não pude evitar de derramar mais algumas lágrimas após pensar sobre isso.

Quando percebi, já estávamos em casa. Não vi meus pais entrando no carro e não percebi o mesmo se movendo, eu estava com os olhos fixos no chão, e só prestava atenção aos meus pensamentos.

Saí do carro com minha mochila e minha guitarra, sem trocar uma palavra com ninguém, e subi para o meu quarto. Tranquei a porta e as janelas e me joguei na cama. Chorei até não achar mais lágrimas presentes no meu corpo, e acabei adormecendo. Com certeza os meus pais tentaram falar comigo enquanto eu dormia, mas mesmo assim, continuei a dormir. Acordei apenas algumas horas depois. Saí do quarto e desci as escadas, precisava de ar fresco.

– Anthony, por que não me respondeu quando falei com você em seu quarto? – Minha mãe apareceu do nada.

– Será que eu não posso nem sair pra respirar agora?

– Seu rosto está completamente inchado e seus olhos estão vermelhos! Você andou chorando?

– Mas é claro, mãe. Analise tudo que tem acontecido comigo e pense se eu não deveria estar chorando. – Respondi, sentando-me no jardim.

– Por que você fugiu daquele jeito, Anthony? Não foi assim que o criamos! Você tem sorte de o seu pai não estar em casa agora, se não você teria de ouvir poucas e boas dele!

– Quem se importa com o que ele tem a dizer? Eu não, pelo menos. E você ainda me pergunta por que eu fugi?! Vocês fazem da minha vida um inferno e ainda me perguntam por que eu fugi??? Ah, por favor. – Eu disse, com uma cara sarcástica, voltando pro quarto.

– Anthony, ouça, eu sei que o seu pai tem sido um pouco duro – Ah, um pouco? – Mas eu quero dizer que... ah... quero pedir desculpas.

– Eu até te desculpo, mas não vai pensando que eu vou virar teu amiguinho ou alguma coisa assim, porque eu não vou! Depois de tudo isso que vocês me fizeram, me recuso a ter um relacionamento amigável com algum de vocês. Agora, se me der licença, eu vou me jogar na cama e vou chorar até morrer desidratado pois, caso não saiba, meu namorado está com outra. E, se você me ama tanto quanto tenta parecer, tenta convencer aquele cara que deveria ser meu pai a só me deixar ir à escola segunda-feira e não deixa ele ir pro meu quarto.

Fui correndo para o meu quarto e me joguei na cama. Meu celular tocava ao lado da mesma. Gerard. Não atendi, eu não estava com vontade de ouvir a voz da tal namoradinha do Way de novo. Será que ele queria me falar sobre como era fazer sexo com ela? O celular parou de tocar, dormi.


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