Game On escrita por leburberry


Capítulo 11
11) Fuel Night -Parte I


Notas iniciais do capítulo

Heey! Cap novo =)Só um recado antes: Algumas pessoas me deixaram mensagens perguntando se ia ter percabeth, sim terá. Inclusive eu iria fazer no próximo capitulo, mas dai eu tive que dividir esse aqui em dois (inclusive vou tentar postar a segunda parte antes de domingo, mas não prometo nada), dai o capitulo que vai ter percabeth vai então ser depois da segunda parte desse. Por favor tenham paciencia, principalmente porque pretendo fazer duas temporadas, dai as coisas não podem acontecer rápido demais aushauhsuahsuhas=)Espero que gostem!^-^



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-Então, como está seu primo? –Perguntei.

Estávamos dirigindo há uns 20 minutos. Era uma sensação boa estar naquele carro, me sentia leve e feliz, um tipo de felicidade que não sentia ha muito tempo. Era uma tarde quente de verão, o sol estava começando a se por, no rádio tocava Man! I feel like a woman da Shania Twain e as janelas do carro estavam abaixadas, de maneira que  o vento batia violentamente no meu rosto, mas eu não liguei. A sensação de paz que aquilo me trazia, era tão tranqüilizadora, que naquele momento eu não me importaria nem com o fim do mundo.

Abençoada seja minha tia! Eu deixei um bilhete pra minha mãe avisando que ia passar a noite na casa da minha tia Arielle, que mora quase na saída da cidade. E graças a Deus a minha tia, que pra minha sorte é totalmente louca das idéias, concordou em me acobertar.

-Está bem. Com dor mais bem. Hoje a noite já iam dar alta. Quem não parece muito bem é sua amiga. Ela passou a noite no hospital ontem se desculpando.

Rimos.

Luke e Thalia tinham saído para jogar boliche ontem a noite, o negocio é que ela não sabia jogar direito, então Luke foi ensinar ela a como jogar a bola, mas parece que ela fico nervosa com a proximidade dele, e puxou o punho muito pra trás para dar o impulso, de jeito que acertou a bola direito na barriga dele.

A sorte dele é que ela estava com a bola mais leve na mão, o problema foi na hora que ela foi se desculpar e por acidente esbarrou na esteira onde fica as bolas e uma das mais pesadas caiu no pé dele e ele teve de ser arrastado pro hospital.

Haha, esses dois deviam é ter uma ordem judicial para ficarem longe um do outro pra própria segurança deles e dos que estão em volta! Nunca vi casal tão atrapalhado, vou te contar viu.

Continuamos com o nosso caminho, na maior parte silencioso. Mas não era um silencio constrangedor, era um silencio...bom. Na outra parte fomos conversando sobre trivialidades.

Já estava quase escuro, quando Anúbis parou o carro em mirante que havia na parte deserta da estrada.

-Chegamos. Era aqui que eu queria te trazer. Da pra ver a cidade toda daqui.

-Uau.

Uau.Era só o que eu conseguia dizer. Dava mesmo para se observar a cidade inteira dali.

Anúbis tirou uma manta vermelha xadrez e colocou em cima do capo para nos sentarmos. Ficamos ali apreciando o finalzinho do sol em silencio.

-Vamos conversar!- Disse - Cansei de ficar em silencio!

Anúbis se levantou e ficou de costas pra mim.

-Ahhhh, Mano! Conversar! –Exclamou ele de um jeito entre a preguiça e o divertimento – Esse o problema das meninas! 

Agora ele já estava de frente pra mim, que por minha vez já tinha me sentado na beira do capo.

-Só querem conversar! – emendou ele. –Cadê a ação no mundo?! Cadê, cadê?!?

Comecei a rir.

-Está bem então! – eu disse.

 Puxei-o mais para perto, fazendo menção de beijá-lo, mas quando nossos lábio estavam quase se tocando eu falei:

-Vamos conversar.

Anúbis se afastou com uma cara de derrotado e murmurou algo como “só para provocar...” e depois sentou-se de novo do meu lado.

-O que deseja conversar?

-Se lá. –respondi.- Me conte algum segredo seu.

Anúbis ficou um tempo me encarando sem dizer nada, depois desviou o rosto e encarou a cidade que se estendia diante de nós e lentamente começou a falar:

-Vim para cá, morar com meu primo porque não suportava ficar em casa. Lembra quando eu te contei sobre a minha avó?

Assenti lentamente, lembrando do dia em que ele me atropelou na pista, parecia que foi anos atrás, apesar de ter sido só ha poucos meses.

-Então a culpa foi minha.

-O que? Anúbis a culpa não foi..

-Shhh. –disse ele interrompendo. - A médica que errou o medicamento era a minha mãe. Ela estava cuidando da minha avó. E eu não falei a verdade naquele dia. A culpa não inteiramente por negligencia dela e sim minha.

Eu tinha 13 anos e estava em uma fase rebelde. Aquele dia eu tinha me metido em uma confusão séria, eu e meus amigos resolvemos brincar com explosivos na escola, foi idiota, eu sei, e alguém podia ter se machucado. Minha mãe estava furiosa comigo, era o meio do ano letivo e ela estava se desdobrando para que eu não fosse expulso - o que não fui já que meu pai acabou doando uma biblioteca para escola -, então ela decidiu me levar junto ao hospital para poder ficar de olho em mim. Eu estava brincando com os vidrinhos de remédio no armário e ela me pediu para pegar o da minha avó.  Eu também estava zangado com ela porque como castigo ela tinha me proibido de ir num acampamento com meus amigos no fim do ano e eu realmente queria ir. Nem prestei muita atenção quando ela falou as especificações do remédio. E como para mim todos os nomes pareciam os mesmos, peguei qualquer um. Ela como estava com a cabeça ocupada tentando ajeitar minhas burradas, nem reparou que eu peguei o frasco errado. E foi assim que aconteceu.

Ele continuava não olhando para mim, e agora já tinha lágrimas nos olhos.

-Desde então as coisas não andaram muito bem entre nós. Afastamos-nos e começamos a evitar um ao outro. Ela nega, mas eu sei que ela me culpa pelo o que houve. E com razão; Então esse ano, eu resolvi aceitar a proposta da minha tia e vir morar aqui.

-Anúbis...- disse- A culpa não foi sua. Quer dizer...você era uma criança, e não importa o motivo, sua mãe que deveria ter verificado o remédio antes de dar a sua avó.

Ele não disse nada, apenas começou a chorar. E assim ficamos...deitados em cima do capo do carro, eu com a minha cabeça apoiada no peito dele, até ele se acalmar.

-Anúbis?

-Sim?

Agora a tristeza já tinha ido embora de sua voz, dando lugar ao divertimento.

-O que nós somos...? Eu sei que você disse que não acredita em amor, e que não deveríamos nos envolver mais do que o preciso, mas eu preciso de uma definição.

Ele ficou um tempo em silencio. Depois sorriu e se virou para mim:

-Friiiends, lovers or nothiiing. –cantarolou ele – Conhece essa música?

-Ahm..sim. E? estou confusa.

-Nós somos as três coisas. Amigos, amantes e nada.

-Que eu saiba na música o cantor diz que o casal só pode ser um. Então qual dos três nós somos?

- Isso se aplica apenas a casais comuns, nós não vamos ser um casal comum! Casais comuns acabam em uma rotina e eu não curto essas paradas de rotina não! Portanto eu digo que nós somos tudo, gata.

Disse ele piscando.

-Então somos amigos, namorados e nada ao mesmo tempo?

-Aham!

- Não estou certa de que gosto da parte do nada. – comentei.

-Nunca ouviu falar que ‘nada’ é só uma palavra esperando tradução?

-E qual seria a sua tradução para ‘nada’?

Ele me encarou de um jeito intenso e sério.

-Eu. Você. Nós. Agora. Sempre. Enquanto o tempo permitir.

Sorri.

-Quer ver...- Anúbis tirou o isqueiro de metal prateado do bolso – Alcança aquele galho ali pra mim.

Peguei uma vareta que estava no chão a poucos metros de nós e entreguei a ele, voltando a sentar-me do seu lado. Em segui escreveu na parte da tampa FLN. Friends, Lovers, Nothing.

-Pronto! –disse ele abrindo um sorriso radiante- Escrevi no isqueiro, agora é oficial!

Comecei a rir.

-Que nada a ver você! Desde quando escrever em um isqueiro torna as coisas oficiais? – perguntei ainda rindo.

-Desde agora!- Respondeu ele se inclinando para me beijar.

-Anúbis...-Murmurei. A esse ponto os beijos já tinham esquentado e ele já estava quase totalmente deitado em cima de mim, me esmagando.

Se você parar para pensar bem, não era uma cena muito romântica, capôs de carro são extremamente desconfortáveis ainda mais quando se tem uns 75 kg em cima de ti. Enfim...

-Que?- perguntou ele entre os beijos.

-Está chovendo.

-E? – disse ele enquanto beijava meu pescoço e fazia carinho na minha bochecha com seu nariz.

-Estou com frio e encharcada.

-Eu te esquento- Disse ele, tornando a beijar minha boca.

Ri um pouco.

-é sério!

Ele se afastou um pouco e um num pulo desceu de cima do carro.

-Vem –disse ele estendendo uma mão para mim –Vamos dançar.

-que?!

Desci do carro também indo em direção a ele.

-Qualé! Não é o sonho de toda menina dançar numa tempestade como se estivesse numa musica da Taylor Swift?!  Nem vem dizer que não! Eu lia as seventeen da minha irmã!

Fiquei chocada com a ultima afirmação. Me refiro a ele ter uma irmã, não ao fato dele ler revistas femininas adolescentes. Não que isso não fosse meio questionador também...mas enfim...

-Você tem irmã?

-Aham. Georgina, tem 15 anos, um amor de pessoa. – respondeu ele um tanto quanto irônico.

-Porque  ainda estamos falando dela? – continuou ele- Vem cá!

-Mas eu to encharcada já, vou ficar ainda mais!

-Eu não vejo problema nenhum nisso. –Disse ele me olhando de um jeito malicioso.

Voltei meu olhar ao meu corpo. É lógico que ele não se importa. Camiseta de tecido fino + chuva = duas vezes mais transparente. Revirei os olhos, me sentindo corar.

-Mas nem tem música! – reclamei.

Ele foi até o carro e ligou o som

-A próxima musica que tocar será a nossa música! E nós vamos dançá-la!

...E vai descendo descendo perdendo a linha devagar
E vai subindo subindo ela não para de dançar
Amor assim não dá...
É eu gosto de você eu gosto de te amar!
Mais se ficar bebendo a gente vai terminar...

Se eu soubesse como, uma sobrancelha minha estaria erguida para ele agora.

-Ok, a próxima então- Disse ele trocando a estação de rádio.

... Você me embebeda
Você me enlouquece
Ai meu Deus como é que você pode!

Se eu tivesse um canudinho
Eu chupava você pra dentro do meu mundinho
Pra comigo viver pra comigo viver

Comecei a rir.

-Tá Difícil?

Anúbis sorriu. E foi até onde eu estava, me puxando.

-se eu tivesse um canuuudiiinho, me enchia de voce, para acabar com o vazio, o vazio de viveeeer!

Ele cantava a música super alto e desafinado, enquanto eu ria e me deixava guiar. Não estávamos exatamente dançando, parecia mais uma quadrilha desajeitada do que qualquer outra coisa.

Logo a música acabou e foi substituída por uma mais lenta.

(Musica: http://www.youtube.com/watch?v=M4UxxQinfAI)

Agora dançávamos do jeito certo. Abraçados. Balançando no ritmo da música.

-Essa musica é completamente minha para você, Annie.- Disse ele sussurrando no meu ouvido.  - Don't rush tonight, I need you like the ocean needs the tide. Didn't wanna want you, Didn't wanna need you so bad, Didn't wanna wake up  and find that I was falling so fast, Didn't wanna need you, Didn't wanna need anyone, Now look what you've done. Now I can't go on without you, I'm naked, I cant fake it. I'm not that strong without you. Never thought I could love you the way I do.

(Não se apresse essa noite, eu preciso de voce igual o oceano precisa da maré. Eu não queria te querer, não queria precisar tanto de voce, não queria acordar e descobrir que estava me apaixonando tão rápido, eu não queria precisar de voce, nem de ninguém. Agora veja o que voce fez. Eu não consigo sem voce, estou nu, não posso negar. Não sou tão forte sem voce. Nunca pensei que te amaria como te amo.)

Ele cantou a letra inteira no meu ouvido. Eu apenas fique calada e afundei meu rosto em seu ombro.

-Algum problema?

Levei um susto. Tinha um policial parada perto de nós.

-E ae! –disse Anúbis. –Problema nenhum. E voce? O que tem feito da vida?

AIMEUDEUS. Era só o que faltava: ele arrumar briga com o guarda!

-Está chovendo crianças. Vocês não deveriam estar em casa? Vão pegar um resfriado.

- Que nada, tio! Chuva purifica! A minha tia que é meio médium, na verdade ela acha que é, mas ninguém leva muito a sério, ela lê umas paradas no chá e tem uns gato que ela diz que são ajudantes dela e pá, mas ela disse que a chuva....

O guarda encarava Anúbis, tentando descobrir se ele estava ou não bêbado.

Dei uma cotovelada de leve na barriga dele.

-AI! Ta vendo seu guarda?! ISSO É ABUSO! Ela bate em mim! PODE ISSO?

Eu estava tentando o máximo segurar o riso. Anúbis tirava com o guarda e ele só ficava nos olhando com a boca aberta e uma expressão que só podia ser traduzida como ‘meu pai, que retardado’.

-Está legal – disse o policial, lentamente, ainda com aquela cara – Tomem cuidado. As estradas não são muito seguras a noite, ainda mais com chuva. E Boa sorte com esse aí, moça.Tchau.

Se afastou murmurando algo como ‘cada uma...’.

-Vem. – disse pra Anúbis – Vamos embora. Quero ir pra algum lugar que tenha comida e seja quente.

- Você que manda. Mas é serio, sobre a minha tia...

Ai Merlin.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??Fiquei a tarde inteira escrevendo, espero que tenha ficado bom =)