21 Guns escrita por Sanyan
Notas iniciais do capítulo
Fazia tempo que não ouvia essa música e quando minha colega colocou pra tocar no celular dela me veio a ideia de fazer uma songfic de Hetália.
Seria bom se escutassem enquanto estiverem lendo :3
Bom, vai ter uma mudança entre qual personagem a narração está focada, isso se deve ao fato de que eu queria demonstrar bem o ponto de vista de cada um >—
Você sabe pelo que vale a pena lutar,
Quando não vale a pena morrer?
Isso te deixa sem ar?
E você se sente sufocando?
A dor supera o orgulho?
E você procura por um lugar para se esconder?
Alguém partiu seu coração por dentro?
Você está em ruínas.
Feliciano se encolhia atrás de uma árvore. Tremia desesperadamente e tentava não fazer nenhum ruído, embora quisesse gritar.
– Fique aqui, vou ver como Nihon está – Ludwig havia dito dez minutos atrás.
– O queeee? Você não pode me deixar sozinho, Doitsu! – choramingou Feliciano em resposta.
– Volto logo – Respondeu o maior, depositando um suave beijo na testa do menor e sumindo no meio das árvores em seguida.
– Doitsu ainda não voltou, espero que ele e Nihon estejam bem – sussurrou Feliciano, tentando tranquilizar a si mesmo.
-x-
Ludwig corria ligeiramente. Não era bom deixar Feliciano sozinho, ainda mais por que era Feliciano, o pior sempre lhe sobrava.
Mas ainda não havia encontrado Kiku, não devia ter se distanciado tanto procurando proteger o indefeso italiano. E se... o pior tivesse acontecido ao japonês?
Melhor seria não pensar nisso.
-x-
A panela de Yao estava no chão a alguns centímetros de seu pé, porém seria difícil recuperá-la com Kiku apontando a katana para seu peito.
Estavam na clareira, de um lado um solitário Kiku e do outro Yao e os Aliados. O céu se encontrava cinza, deixando o dia escuro. Poderia chover a qualquer instante.
O chinês Estava estranhando a hesitação do nipônico. Afinal, por que ele ainda não havia atacado?
– Nihon...? – sussurrou Yao, confuso.
O japonês estava prestes a falar, mas foi interrompido por Ludwig que chegou correndo na clareira.
– Nihon! – gritou, arfando.
– Doitsu-san? Onde está... – antes que pudesse terminar, Yao recuperou sua panela e desferiu uma forte pancada em sua cabeça.
Kiku caiu no chão e levou a mão até a região atingida, estava um pouco aturdido. Abriu lentamente os olhos e viu Yao voltando para perto de seu grupo, estava com uma expressão preocupada no rosto.
– Não pode se distrair muito facilmente – resmungo Ludwig enquanto erguia o amigo do chão.
– Sumimasen, ficarei mais atento. Mas onde está Itália-kun?
– Escondido, preferi não o colocar no meio disso.
– Boa ideia – respondeu Kiku balançando a cabeça.
-x-
– Por que ele não conseguiu atacar-me, aru?
– Ele ainda se importa com você, da.
– Será?
Ivan deixou a mão sobre o ombro do chinês
– Com certeza
Yao não conseguiu deixar de olhar para o japonês e sorrir com o canto do lábio.
-x-
Feliciano ainda se encontrava no mesmo lugar; atrás da mesma árvore; encolhido do mesmo jeito. Estava a alguns metros da clareira onde agora seus amigos lutavam. Queria muito ir ajudar, mas Ludwig havia falado que era melhor esperar ali.
– Se tiver acontecido algo a Doitsu ou Nihon? Neee~! – voltou a tremer como uma pequena criança.
Mas, segundos depois, se sentiu determinado e com uma forte vontade de fazer as coisas por si mesmo.
– Sei que sempre atrapalho em tudo, mas dessa vez não vou ficar parado, vee~!
E, com firmes passos de determinação, Feliciano começou a andar na direção da clareira sem olhar para trás.
-x-
– Já não aguento mais – sussurrou o alemão, tirando a pistola do bolso. – Vamos acabar com isso de uma vez, Nihon.
– Não posso fazer nada, Doitsu-san, perdi minha katana a alguns metros daqui – sussurrou Kiku de volta. – Agora é com você.
Ludwig assentiu e apontou sua arma para o primeiro que viu em sua frente – nesse casso, Alfred –, mas não atirou. Por alguma, razão estava hesitante. Alfred olhava fixamente para ele com uma expressão de medo.
-x-
Arthur olhou aterrorizado Ludwig apontar sua arma para Alfred e virou-se para poder fitá-lo. O rosto do loiro não era mais o mesmo, estava cheio de feridas que sangravam e estava com uma expressão assustada. Se pudesse escolher não teria feito sua ex-colônia passar por aquilo.
– América? – sussurrou.
– Eu. Não. Posso. Perder. – respondeu Alfred, sem olhar para Arthur. – I am the hero...
O modo como o americano falava preocupava o britânico, nunca havia visto-o assim... Segurou-o pelos ombros e o sacudiu.
– América, olhe para mim!
Alfred finalmente mirou seu olhar para Arthur, mas a expressão assustada não havia abandonado seu rosto.
– Igirisu...
Como se ainda estivesse nos velhos tempos, Arthur curvou-se e abraçou fortemente sua ex-colônia. Ainda tinha a vontade de protegê-lo, e era isso que tentava fazer.
-x-
Feliciano surgiu do meio das árvores com o rosto cortado e arranhado – provavelmente obra dos galhos das árvores –. Primeiramente dirigiu seu olhar para Ludwig que apoiava Kiku e segurava uma pistola apontada para o chão. Provavelmente havia desistido de atirar.
Depois visualizou Ivan com a mão no ombro de Yao, Francis olhando para o chão e Alfred e Arthur se abraçando.
O céu ainda se encontrava cinza e uma triste chuva começou a cair.
– Nee~, vocês não veem que essa guerra é inútil? Ninguém vai vencer, vamos nos machucar e sair perdendo! – disse o italiano, não conseguindo mais conter as lágrimas.
Ludwig observou o italiano soluçando. Repentinamente sentiu a vontade de confortá-lo.
– Deixe-me aqui, Doitsu-san – sussurrou Kiku. Já sabia da vontade do germânico.
Sem nada dizer, Ludwig atendeu ao pedido de Kiku e depositou-o levemente no chão, indo em seguida até Feliciano.
Parou a centímetros do italiano e fitou-lhe enquanto as lágrimas desciam por sua face. Não se conteve por muito tempo e abraçou fortemente o menor. Este por sua vez retribuiu o abraço e deitou a cabeça no ombro do maior.
-x-
Kiku contemplou a cena por alguns segundos, mas logo desviou o olhar. Achava incrível a relação dos dois, sempre quis ostentar algo assim com Yao.
Percebeu que o chinês agora olhava em sua direção sorrindo timidamente. Hesitante, Kiku se levantou e começou a andar em sua direção. Yao não se surpreendeu com a atitude do japonês, abriu os braços como se o chamasse.
Como se ainda fosse uma criança, o nipônico respondeu ao chamado correndo na direção daquele que tanto gostava. Abraçou-o fortemente e enterrou a cabeça em seu peito.
-x-
Ivan e Francis se entreolharam, não iriam se abraçar – até porque não tinham motivos para isso –, então apenas se deram as mãos e olharam para o céu, deixando pequenas gotas caírem em seus rostos.
Arthur e Alfred vieram logo em seguida, acompanhados de Kiku e Yao e Ludwig e Feliciano. Todos se deram as mãos e formaram um pequeno círculo.
– Acho que isso está resolvido – comentou Alfred, levantando os braços para o céu.
Arthur fez o mesmo que o americano, seguido de todos.
Os braços levantados para o céu, feridos e cansados, molhados pela chuva. Mas aquilo entre eles estava resolvido, todos poderiam ser amigos agora, sem ter a guerra entre eles.
Um, 21 armas
Abaixe seus braços
Desista da luta
Um, 21 armas
Levante os seus braços
Para o céu
Você e eu.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Depois que você posta uma primeira fic de Hetalia parece que vicia '-' Mas acho que estou perdendo meu medo de rejeição, fico feliz com isso *-*
Bom, nas minhas fics eu faço os personagens se chamarem por nomes de países mesmo. A razão? Não sei mesmo '-'
Anyway, espero que tenham gostado, dei meu melhor >—< e... reviews? ç-ç