O Diário de Edward Cullen escrita por LiceCullen


Capítulo 5
Capítulo 5. O Encontro. Por Bella Swan




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Ainda estava totalmente absorta pelas passagens daquele diário quando fui desperta pela voz de Charlie..
- Ei Bella quer uma carona até a Faculdade? Ele perguntou
- Hmm, seria uma ótima idéia, mas preciso passar pela cidade primeiro, me deixa lá? Eu o indaguei
- Claro, querida, vamos. Ele concordou enquanto descia as escadas na minha frente.
Charlie me deixara bem em frente da biblioteca como eu pedira, estava curiosa em relação a muitos fatos que Edward contará em suas escritas, aproveitei o tempo para reler e ler algumas passagens, me sentei numa lanchonete que havia na esquina da rua Charleston, e abri o diário na última página que eu havai lido, o bilhete para Lissa.

"A segunda guerra mundial foi algo que vimos passar por nós como um bonde,era mais uma coisa horrenda de humanos contra humanos por razões ainda mais imbecis do que eles mesmos,
causando uma baixa em sua própria espécie,muitos dos que morreram nem tinham noção da razão da tragédia,Carlisle então decidiu que teríamos de ir embora depois que a guerra terminou,
e outra vez tivemos de nos reambientar com a nova vida numa nova cidade,e novamente tivemos de fazer o segundo grau...decididamente era meu inferno na terra,enfrentar longos períodos de tempo imerso em tédio,ouvindo tudo o que eu já sabia e se cada mestre soubesse que eu já sabia mais do que eles,certamente Carlisle teria que sair da cidade outra vez,creio que Seattle foi o lugar onde mantivemos maior tempo de residência...o clima nos favorecia e a caçada era sempre garantida na encosta das montanhas."

Uau Segunda guerra...exclamei...

" Após alguns anos, Carlisle voltou a se instalar em Forks, era incrível como mesmo os mais antigos não conseguiam se recordarem de nós, as garotas haviam ficado mais atrevidas através do tempo, eu ouvia seus pensamentos, e me divertia com suas fantasias, e com a pobre ilusão delas, de sonharem que poderiam se aproximarem de mim.
era uma coisa impossivel para mim e inviável eu me apaixonar ou me casar com qualquer uma delas,seria perigoso demais, eu seria capaz de matar sem querer,esmagar qualquer parte de seus corpos frágeis por acidente,além disso seria ainda pior o risco do segredo de minha familia ser revelado,resultando na transformação demais uma de nós e eu não queria
que ninguém mais sofresse a dor tenebrosa da transformação,era uma coisa da qual eu jamais me esqueceria enquanto vivesse,não deixaria que isso acontecesse a nenhuma delas,não quando tinham milhares de escolhas,eu era
um perigo para todas elas e eu me mantive alheio a toda e qualquer relação com humanos,mantendo apenas a comunicação básica com os mestres ou membros da direção das escolas pelas quais passamos,tinha de me manter distante para poupar o resto das pessoas do perigo constante que eu Edward Cullen e minha família representávamos."

 Eu tive de reler as últimas frases para absorver o que ele estava dizendo...ele se sentia um perigo?
nesta parte fiquei tentando entender a amargura constante das palavras dele,senti que a cada etapa de sua existência ele reafirmava odiar a si mesmo e isso ele deixava
presente mesmo que não declarasse abertamente enquanto escrevia.
Senti coisas diferentes durante esta parte,foi uma mistura de compaixão e carinho,era como se eu quisesse
estar com ele e lhe dizer palavras doces,tentar convencê-lo de que ele era melhor do que pensava,um ser magnífico que deveria agradecer por estar tentando sempre ser bom,
mas era como eu tentar abraçar um prédio,era uma linha de pensamento tão insana...querer consolar um vampiro! um vampiro!
          Aquilo soava louco até para mim...eu ainda lutava com aquele paralelo louco,vampiros eram criaturas mitológicas e era nisso que eu deveria acreditar,criaturas que dizem
ter existido ou existem em algum lugar mas só isso, eu deveria achar que eram só coisas da minha imaginação,deveria.Mas depois de confirmar com provas concretas e ter frente e frente
o próprio Carlisle Cullen,aquilo tudo foi por terra e agora eu tinha apenas de conhecer mais sobre o dono do diário,aquele cujos pensamentos e sensibilidade me tocavam de formas
inimagináveis...meu coração estava batendo de forma  curiosa,acelerava e se normalizava oscilando numa carrossel de emoções inexplicáveis,e constatei naquele momento que eu estava fascinada por Edward Cullen.
Olhei no relógio e já era hora do almoço quando senti meu estômago protestar,arrumei tudo na bolsa e saí andando pensativa em tudo o que eu havia lido até agora,toda a trajetória dele pelas décadas,seu sofrimento em não machucar mais ninguém...sua luta para se manter sob controle e não magoar ninguém de sua família...com alguém com tais prioridades
poderia ser um monstro?Ele se julgava assim...ele era bom,se não fosse deixaria que aquele assassino matasse a noviça na década de vinte,se ele fosse mau não teria retornado
aos braços dos Cullen,não teria inclusive sentido carinho por seus novos irmãos...não,definitivamente ele não era um monstro.
De repente enquanto eu estava completamente distraída imersa dentro das escritas de Edward, ouvi um grande estrondo e então gritos apavorados invadiram meus ouvidos, pude notar que todos olhavam diretamente para mim com cara de espanto, então de repente tudo escureceu, e pude jurar que havia sido acertada por um raio, mas então eu ouvirá um zumbido e fora tudo muito rápido, senti minhas pernas flutuarem no ar, e eu senti uma pressão envolver minha cintura, bati a cabeça em algo sólido, mas eu estava completamente em choque sem saber o que estava acontecendo, talvez eu já estivesse morta ou então aquela fosse alguma experiência extracorporêa, resultante do esmagamento do bloco de concreto, estava de olhos fechados ainda com medo de abri-los e descobrir que eu realmente estava morta.
- Ei, pode abrir os olhos, acabou. Uma voz doce e musical ecoou nos meus ouvidos.
Aos poucos fui abrindo meus olhos, e me deparei com o que parecia ser um anjo, seu rosto era branco como a neve, e seus olhos tinham um tom dourado intenso e me encaravam com preocupação, os cabelos cor de cobre que esvoaçavam ao vento eram lindos, e ele então sorriu, e fora como se eu realmente estivesse no céu.
- Pode Andar? Ele me indagou
Meu tremor aumentou, e assim que tentei dar o primeiro passo, meus joelhos amoleceram, e antes que eu pudesse enconstá-los no chão, eu já estava nos braços dele, as vozes nervosas ecoavam á nossa volta, e eu não percebia direito até que um homem alto de uniforme policial, me viu mole nos braços do rapaz que havia me salvo a vida.
- A ambulância chegou. A voz doce do rapaz ecoou novamente em meus ouvidos.
- Venha vou te por na maca. Ele disse caminhando comigo no colo.
- Senhora pode soltar o rapaz, está segura. Ouvi a voz do paramédico que me pegava dos braços do meu salvador, tentei me sentar na maca procurando por ele, mas antes que eu pudesse lhe agradecer, ele já havia desparecido em meio a multidão eufórica, tentei respirar, e então tudo ficou escuro, e perdi a consciência.
Abri os olhos e um jorro de luz penetrou nos meus olhos, fiquei cega pro alguns segundos, e um rosto desconhecido me fitou.
- Como se sente? A enfermeira me perguntou enquanto injetava alguma coisa no soro que era levado até minhas veias.
Levantei-me tentando me sentar, e a dor do galo na minha cabeça veio forte, como uma pontada.
- Ai droga.. Resmunguei
- Deite-se novamente, vou chamar o médico. A enfermeira disse enquanto saia pela porta.
Dei um impulso com as pernas para descer da maca e fugir, mas era tarde demais,congelei quando o médico retornou,seu sorriso de astro e cinema me fez tremer por um segundo quando ele se aproximou de mim.
- Ei mocinha tentando fugir da maca? Ele me indagou com sua voz melodiosa.
Não conseguii dizer nada, o médico era tão belo quanto o rapaz que havia me salvado, ele era alto, tinha cabelos loiros, e um olhar penetrante que passava tranquilidade, ele se aproximou me fazendo sentar-me novamente na maca, e então começou a me examinar, após observar todos os detalhes possíveis, ele me ordenou que eu deitasse novamente.
- A Senhorita precisará passar a noite me observação, mas ao que vejo você teve muita sorte . O médico disse enquanto assinava alguns formulários.
Fora quando a voz no alto-falante anunciara :
" Dr. Cullen comparecer a recepção"...
Naquele instante estaquei completamente na maca, não eu não podia crer que estava acontecendo, então eles realmente eram reais e eu estava diante de um vampiro de mais de 300 anos, senti meu coração saltitar dentro do peito, então o bip da maquina que estava ligada em mim, entrou em alerta, começara a apitar, meus olhos estavam repletos de lágrimas, e eu simplesmente não sabia como explicar a emoção que tomava conta de todo meu corpo.
 - Fique calma,vai ficar tudo bem...agora olhe para mim.
Era um pedido idiota,eu já estava olhando.Ele acendeu uma luzinha e esticou o dedo indicador.
- Agora quero que acompanhe meu dedo.
Olhei para o movimento da direita para a esquerda que ele faz sob a luzinha e ele sorriu levemente.
-Muito bom.-ele apagou a luzinha e se aproximou mais,abrindo meu cabelo...estremeci ao sentir os dedos dele pressionando
o galo da minha cabeça,me traí emitindo em gemido abafado quando ele tocou no ponto certo em cima do galo.
-Ai, essa doeu. Eu resmunguei
- Desculpe. Ele disse com a voz doce enquanto me encarava com seus olhos dourados.
Ele voltou novamente a atenção para a prancheta, enquanto isso eu encarei seu crachá, tentando ler o seu nome, apenas para ter certeza de que eu não havia tido uma alucinação devido a forte pancada na cabeça, mas não, lá estava escrito Dr.Cullen e sua foto, então ele realmente existia, eu não havia enlouquecido.
- Ei, tome este analgesico por algumas semanas e ficará bem. Ele disse com a voz doce.
Pensei em lhe indagar sobre seu filho, mas concerteza ele pensaria que eu era louca, pois eles não deviam ter voltado há tanto tempo, e concerteza seria loucura fazer isso.
Naquele momento Charlie adentrou pela porta do quarto vindo em minha direção, sua expressão era de desespero e preocupação, ele se aproximou colocando as mãos sobre as minhas.
- Oh Bells, o que aconteceu? Charlie indagou
- Eu não me lembro. Respondi
- Sr.Swan? Dr.Cullen se aproximou de Charlie cautelosamente.
- Sim, me diga o que aconteceu com minha filha? Charlie perguntou
- Ela foi atingida por uma marquize que caiu no centro, mas graças a um bom rapaz que a salvará, tudo que ela teve fora um galo na cabeça, logo ficará boa. Carlisle disse tentando tranquiliza-lo.
- Obrigado. Charlie lhe agradeceu enquanto se sentava ao meu lado.
- Dr. quando posso ir embora? Eu o indaguei apenas para ver aquele sorriso tão encantador mais uma vez.
- Durma, amanhã lhe darei alta. Ele respondeu enquanto sai pela porta.
Tudo que vi fora a enfermeira se aproximar e aplicar algo em meu soro, não demorou muito para que eu adormecesse, eu ficava imaginando como ele seria, e se ele estava em Forks, assim como sua família, eu ainda não conseguia acreditar que depois de tantos anos lendo sobre os Cullens, eles finalmente eram reais, e Carlisle era uma prova disso.
A noite passara de forma muito mais rápida do que eu esperara, logo despertei com os primeiros raios de sol que entravam pela janela, demorei para me localizar, mas logo pude perceber que não estava mas no hospital e sim no meu quarto, tentei me sentar, mas minha cabeça rodopiou.
- Ei, devagar...Bells... A voz doce de Jacob soou em meus ouvidos.
- Como você veio para aqui? Eu o indaguei
- Seu pai nos ligou para contar o que havia acontecido. Jacob retrucou
- Mas... Eu tentei dizer alguma coisa, mas nada parecia fazer sentido.
- Minha mochila. Foi a primeira coisa que pensei, me recordando que o diário estava lá dentro.
- Ei, está aqui. Jacob disse enquanto me passava a mochila ainda ensaguentada.
- Aqui está ele. Eu suspirei enquanto pegava o diário nas mãos.
- O que tem de tão importante nesse caderno? Jacob me indagou curioso.
- Meus segredos. Menti enquanto colocava o diário dentro da comoda e o trancava com cadeado.
- Nossa..Ele retrucou brincalhão.
- Ei acho que vou embora, você precisa descansar. Jacob disse enquanto beijava minha testa caminhava em direção a porta.
Assim que ele se fora, abri a gaveta desesperadamente e abri o diário, eu precisava encontrar a parte em que Edward falava sobre Forks, porque acima de tudo, agora que eu sabia que ele era real, era quando ele voltaria para Forks.


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