Time Bomb escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 6
Capítulo 5 - Going Crazy


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa se demorei *---*
Só um aviso, provavelmente os próximos capítulos demorem mais (ou não) porque já tá chegando o fim do trimestre e logo tem as provas gerais, então se eu não estudar, to ferrado. : )

Decidi fazer algo especial pra hoje, fiz um POV Nico *-----*
Espero que gostem, nos falamos no fim.



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Depois de alguns minutos chorando e soluçando no meu ombro, Ann adormeceu. Sua respiração se acalmou, e ela me puxou com mais força em sua direção. Isso que ela tinha, acho que era um tipo de fobia de tempestades. Horrível, nunca havia visto alguém assim... Deitada ao meu lado, ela parecia tão frágil, como se fosse se quebrar se eu me mexesse. Bem diferente da garota do parque, uma mal educada que não olha por onde anda. Lentamente soltei seu braço do meu corpo, e junto com o cobertor, peguei-a no colo. Subi as escadas com cuidado, cuidando para não acontecer nenhum outro acidente, até conseguir levá-la a seu quarto. Empurrei a porta com o pé e coloquei-a cuidadosamente sobre a cama, cobrindo-a com o cobertor. Fechei a janela e liguei a luz do abajur ao lado da cama de Ann, para iluminar um pouco o ambiente.O quarto dela era como qualquer outro quarto. Tinha sua mesa com seu computador e seu rádio em frente a cama, o guarda-roupa com as porta entre-abertas. Espiei e vi que a maioria das suas roupas eram pretas, com algumas poucas de azul ou verde escuro. A parede da frente da sua cama era preta, com vários pôsteres de bandas que eu também gostava, como Slipknot, My Chemical Romance e Avenged Sevenfold.

As outras paredes eram brancas. Na de frente para o guarda-roupa, haviam muitos escritos inclusive: "Love is louder than the pressure to be perfect", "You are fuckin' perfect", "Stay Strong", "Everybody's going crazy" entre outras. Voltei a sentar ao lado dela na cama. Seu sono era profundo, ela respirar devagar, o peito subindo e descendo lentamente. Notei uma corrente prateada com um pingente em forma de um círculo pendurado no pescoço, assim como uma tatuagem do 'deathbat' na parte superior do seu pescoço. Não pude deixar de olhar para seus seios.

"Nicolas, seu tarado" pensei, enquanto desviava o olhar para seu rosto. O formado dele era oval, Ann tinha longos cílios escuros, sobrancelhas finas e lábios carnudos, avermelhados. Sua franja castanha escura caía sobre seus olhos, agora com a maquiagem borrada, mas bonita do mesmo jeito. O piercing de argola no nariz dava um charme inimaginável ao rosto dela. 
Haviam vários anéis em suas mãos, com as unhas pretas,e todos eram prateados. Ela usava uma pulseira do Avenged, e quando peguei no seu pulso para vê-la melhor, vi algo que não esperava.

Marcas longas e esbranquiçadas cobriam boa parte do pulso dela, algumas mais avermelhadas e uma que ainda mal estava cicatrizada. Fiquei horrorizado e soltei seu pulso, fazendo-a se mexer na cama e piscar os olhos rapidamente.

-Nico? - ela perguntou confusa, enquanto sentava na cama e olhava ao seu redor. Sentei na cadeira da escrivaninha, ainda chocado - O que diabos está fazendo aqui?

-Eu te trouxe aqui pra cima depois de dormiu.

Ela franziu a testa.

-Não precisava

.-Sua mãe pediu pra mim cuidar de você - falei e ela fez uma careta.

-Minha mãe e suas preocupações inúteis.

-Você tem fobia de tempestades, certo?

Ela fechou os punhos, mas me respondeu:

-Sim.

-E por que essas marcas?

-Que marcas? - perguntou confusa.

-No seu pulso - falei, sem rodeios

.Ela me olhou com raiva e ajeitou a pulseira no braço

.-Isso não é da sua conta - disse e levantou da cama, indo até o armário e pegando um moletom que foi posto sobre a pulseira para cobrir o pulso - Eu não te pedi ajuda, não precisa ter feito isso!

-Você precisa de ajuda - falei. Ela precisava de ajuda, mas continuava a negar a verdade. Deixe, vou ter que explicar agora. Eu sei o que ela está passando, porque um tempo atrás, era eu que estava naquele estado, 
me cortando para me poupar da dor de não ter uma família ou amigos. Logo depois que a minha 'irmã' morreu no acidente, Maria foi até o orfanato onde eu estava, e assim que me viu, veio conversar comigo. Depois de um tempo, perguntou se eu queria uma família. Obviamente eu queria, mas estava com medo de acontecer algo ruim na 'nova família', mas na verdade foi bem calmo. Maria é uma ótima pessoa. 

-Não preciso da ajuda de ninguém, e muito menos da sua!

-Deixe de ser teimosa - murmurei, levantando e indo na sua direção. 

Ann caminhou alguns passos para trás, batendo as costas na parede. Peguei seu pulso contra sua vontade, puxei a manga do moletom para cima e tirei sua pulseira. Levantei seu pulso até seus olhos, para que ela pudesse vê-lo.

-Está vendo isso? Está vendo?

Ela não respondeu.

-Está vendo isso? - perguntei novamente, com mais violência.

-Sim - ela respondeu suspirando.

-Então - continuei - Você não pode continuar a fazer isso. Não vai ajudá-la em nada.

-Eu não quero ajuda.

-VOCÊ PRECISA - gritei, e ela se encolheu contra a parede. 

Notei seu rosto virado para o lado, para não dar de cara contra meu peito. Ela levantou os olhos, e me encarou com raiva. Com a outra mão, foi tentar me dar OUTRO tapa, mas segurei-a pelo pulso e os levantei acima da sua cabeça.

-Você não aprende nunca? - perguntei no seu ouvido.

-Talvez eu não queira - respondeu, e senti sua respiração se aproximar contra meu ouvido.

Voltei meus olhos novamente para os seus, que me encaravam de um jeito que eu não sabia qual era. Não consegui interpretar sua expressão, mas parecia quase... de desejo. Seus olhos subiam e desciam dos meus para meus lábios, e eu sabia o que estava por vir. 


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Notas finais do capítulo

E AÍ?
CURIOSOS?
AUAHUAHAUHAUAH
até a proxima, beijos!