Ao Acaso escrita por Laura Penha


Capítulo 29
Avatar?!


Notas iniciais do capítulo

É, eu demorei, mas ainda assim peço que me perdoem. -qq
Tá, eu sei, não tem perdão, mas ainda assim... Poxa, pensem que o próximo capítulo é o final e me deêm a alegria de apoarecer nas reviews ao menos para me dizer um simplório "oi '-'". T-T
No cap. passado foram apenas cinco reviews, isso realmente não me ajudou muito, sabe? Mas ainda assim eu agradeço, por que por causa dessas cinco pessoas eu postei o cap. novo.
Estamos com 214 reviews e 6 recomendações, muito obrigada, leitoras lindas do meu coração!!! :*
Boa leitura
Kissis and Candys
:3



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Fui levada até o prédio que ficava de costas para o Hospital Central de Konoha (lê-se: meu trabalho). O prédio faliu e foi abandonado, mas havia quem dissesse que era mal-assombrado. E agora eu entendo o porquê... A palidez e a cara de peixe morto do Kabuto assustou à todos.


A aparência por fora, de um lugar caindo aos pedaços, era bem diferente do que era por dentro. Dois sofás vermelhos e espaçosos, uma TV led, assoalho de madeira, frigobar, máquina de lanches, geladeira, estante de livros, sem contar com o tapete que cobria até metade da sala. – Uau! – Comecei. - Até que para um cara sem cérebro e coração você vive bem. *U*


- Obrigado... – E depois murmurou um “eu acho...”.


– E então, né? – Me remexi um pouco. Estava sendo bastante incomodo sentir meus pulsos segurados, ainda mais quando não era meu gato. Não um gato mesmo, mas meu namorado. Até por que gatos não têm mãos, e se tivessem seria bem estranho ter um gato te segurando, já imaginou? Meow, vou te seguraaarw. O-o É, seria um pouquinho bizarro.


– Pode me soltar agora? – Acho que ele revirou os olhos nesse momento e logo em seguida me jogou em um dos sofás. Tirou duas cordas (não me pergunte de onde) e amarrou minhas mãos e pés. Bem... ao menos pude ficar sentada. .-.


– Quero vê-los. – Falei séria como havia visto naquele filme de ação do canal 10.


Ele passou um bom tempo examinando meu corpo com os olhos e se demorou mais nas pernas, já que o vestido que eu estava usando havia subido um pouco. Antes que ele cogitasse qualquer porcaria na sua mentezinha poluída e obscura, repeti com a voz forte: - Quero vê-los, Kanbulho, e agora!


– É Kabuto! – Bufou enquanto eu falava a frase pela terceira vez e errando seu nome de novo. - Claro, claro... – Kabuto balaçou a mão com descaso, embora eu pudesse ver seu aborrecimento por eu não conseguir falar seu nome, mas logo depois pegou o celular e discou, falando um “podem trazer” e desligando em seguida. – É melhor se comportar, rosada. Você não está em condições de exigir nada. – O tom de voz que ele usou me fez começar a sentir medo do que ele faria comigo. Jogar Uno não era uma coisa muito legal, principalmente com mãos e pés amarrados. U-U


Decidi me calar, já estava encrencada demais para responder as palavras do peixe morto do Kabuto... Mas é como eu disse, vou só me calar.


Dei de ombros e coloquei minha língua para fora como qualquer criança birrenta faria. Ele estava vindo com tudo para cima de mim só que a porta dos fundos se abriu e ele acabou parando. Haha, perdeu, playboy! ;P


Comecei a chorar quando olhei na direção da porta. Lá estavam minha mãe e Itachi, vivos! – Você está bem, mãe? Eles fizeram algum mal à vocês? – Itachi, que estava sendo segurado por dois brutamontes, me encarou como se eu estivesse entendendo tudo errado. Era quase como se estivesse sentindo pena.


Minha mãe estava livre, ninguém a detia. Tentei nervosamente tirar minhas mãos das cordas enquanto repetia “Vocês estão bem?”, me calei assim que senti um estalar de encontro ao meu rosto, me fazendo deitar no sofá. – Silêncio ou acabo com seu rostinho lindo em três tempos. – Kabuto ameaçou. Minha mandíbula doía, mas, por incrível que pareça, não tinha quebrado.


“AAAAAH, DESGRAÇADO FILHO DUMA PORCA ASSADA! O-O PRÓXIMA VEZ EU TE MATO.” – Pensa a garota que está amarrada e em completa desvantagem.


É, Sakura, mude seu nome para Cláudia e sente lá! U-u


Minha mãe ficou totalmente indiferente à essa cena. Caminhou e sentou-se de pernas cruzadas no sofá em frente ao meu. – V-você está por trás de tudo isso? – Perguntei trêmula.


– Não, mas acabei percebendo que poderia ser útil me aliar ao imbecil de cabelos brancos.


– Mais cuidado, Sayuri. – Ele avisou (e ela não escutou).


– Continuando... – Encarou de forma reprovadora para o Kabuto. – Eles realmente me sequestraram, mas depois de algumas negociações, vi que também poderia sair daqui com algumas vantagens. Kabuto vai se aproveitar um pouco de você e depois te devolve para mim. – Acariciou os próprios cabelos de forma despreocupada. Que maravilha! Agora eu sou um objeto! – Sabe... Depois que formos “libertos”, nós duas voltaremos à Kyoto e seremos novamente uma família.


– Não, obrigada. - Cortei - Konoha é um bom lugar. – Falei seriamente, embora tenha soado como ironia. – E além do mais pensei que tivéssemos nos entendido. – Acrescentei sentida.


– Mas nos entendemos, querida. Só que acabei mudando de idéia e agora sei que você, definitivamente, não pode ficar aqui. É perigos-


– NO MOMENTO O ÚNICO PERIGO É VOCÊ, DROGA! – Senti novamente algo bater em meu rosto e não precisei olhar para o lado para saber que era Kabuto. – QUER PARAR DE ME BATER, GASPARZINHO?


– Está vendo? – Ela começou. – Esta cidade está lhe fazendo mal. Você está ficando louca!


– Louca? Quem aqui está oferecendo o corpo da filha à um completo estranho? Você alguma vez já se importou com a minha opinião? Com o que eu sentia? – Senti um gosto de ferro na minha boca, mas ignorei a encarando fixamente.


Pude ver dúvida em seu olhar e por uma centelha ela quase voltou a ser a Sayuri amável e fofoqueira de sempre, mas isso não aconteceu. A máscara de frieza voltou e ela simplesmente se levantou e saiu de lá por onde entrou, murmurando alguma coisa a um dos brutamontes.


– I-Itachi... – Comecei. – Talvez não seja tão ruim jogar uno. – E sorri de orelha a orelha.


– Sua conversa com sua mãe afetou seus neurônios, Sakura. – Ele deu uma risada sem vontade e depois continuou: - Se eu pudesse fazer alguma coisa... – Ele murmurou olhando para os cafajestes feiosos que estavam segurando-o. Kabuto, com aquela vozinha irritante começou a falar de novo.


– Odeio interromper esse momento maravilhoso e emocionante, mas tenho muito que fazer. – Tediosamente mandou os homens retirarem Itachi da sala. Logo depois estávamos sozinhos e eu fiquei com medo (de novo), tudo indicava que ele iria apelar pra violência.


Ele tirou a corda que prendia meus pés e me pressionou violentamente contra o sofá colocando a mão atrevidamente debaixo do vestido. – Não vai dizer nada, rosada? – Ele perguntou com um sorriso sádico.


– Érh... Vou sim. – O encarei desafiadora. – Se não sair de cima de mim imediatamente vai se arrepender de não ter tido filhos antes.


Segurou minhas pernas e falou: - Isso não vai funcionar.


– Acho que vai sim. – Olhei na direção da porta e sorri. – Espera um pouco, aquele é o Justin Bieber? Kabuto olhou também (Uia, uma belieber! *U*) e nesse momento eu investi minhas mãos amarradas com tudo na cara dele, fazendo-o cair no chão.


Levantei e tentei chegar a porta da frente, mas alguma mão (?) segurou meu pé e me fez cair. – Você não vai escapar de novo.


Girei pelo chão e chutei aquela cara asquerosa e, antes que ele levantasse, procurei pela artéria principal do pescoço e pressionei por algum tempo até ele apagar. Como eu sei disso? Aula de Karatê para madames indefesas, minha mam’s do mal tinha me inscrito quando eu tinha 12 anos. U-u


Agora eu tenho que fazer alguma coisa, não é? Pensa... Pensa... Ah, Justin Bieber? Non, o celular!!! Comecei a xeretar os bolsos da calça do Vilambuto e acabei encontrando meu lindo celular da hello kitty. Liguei para Sasuke que atendeu quase que imediatamente. - Você está bem? Ele fez alguma coisa?


– Ao fundo ouvi a conhecida voz do Sai gritando “me deixa falar com ela, seu bocó!”


– É bom saber que vocês me seguiram. – suspirei aliviada. - Eu consegui me livrar do Kabuto, mas ainda tenho que buscar o Itachi.


– E sua mãe? – Sai perguntou, provavelmente estava no viva-voz.


– E-ela... Olha tenho que ir. – E desliguei. Destravei a porta da entrada, facilitando a entrada da polícia que chegaria dali à alguns minutos. Abri aquela porta por onde as pessoinhas haviam entrado e dei de cara com um longo corredor, repleto de portas. Comecei a caminhar por ali procurando ouvir algum tipo de barulho que indicasse a posição deles, mas não encontrei nada, até que escutei uma voz vinda detrás de mim: - Ora, ora... O que temos aqui?


Virei-me ligeiramente – Karin?


– Olá, vadia do cabelo cor-de-rosa, como vai?


– Estava bem até te encontrar. – Bufei chateada. O que aquela vaca ruiva estava fazendo em um lugar como aquele?


Retirando uma pistola da bolsa ela apontou para mim. – Diga adeus.


Primeiro pensamento: E eu nunca completei o GTA :c


Segundo pensamento: Ah, vontade de dormir! {bocejo}


Terceiro: EU VOU MORRER, MERDA!!! OoÓ


– Érh... Adeus. – E antes que ela atirasse em mim, alguma coisa a empurrou e a bala acabou atingindo a parede. Olhei para o lado com os olhos lacrimejando de tamanha emoção, afinal, Batman finalmente havia me encontrado e salvado para depois vivermos uma louca paixão!!!


No fim suspirei entediada, era só minha mãe. – M-mãe? – Ela chutou Karin a deixando inconsciente.


– Não, a faxineira da pensão Mãe Joana! Quem você acha que eu sou? – Ela perguntou colocando a mão na cintura e revirando os olhos.


– Nossa! Você parece bastante com a minha mãe, tia. *U*


– OH, GOD! Minha filha foi abduzida! – É, acho que é minha mãe mesmo. ¬¬ - Então, vamos embora daqui. – E assim ela me puxou pela mão dobrando para esquerda e direita e em linha reta e dobrando novamente.


Puxei minha mão de repente, o que estava dando nas pessoas dos dias de hoje para terem uma queda por agarrar meus pulsos e os fazerem ficar roxo? - Você vem, nem sequer se desculpa, e já pensa que somos amiguinhas de novo? – Perguntei deixando visível o meu sarcasmo.


Tomou fôlego e jogou: - Tomoremedioscontroladosparacontrolar minhabipolaridade.


– Mais devagar, Flash. U-U


– Eu sou bipolar, e tomava remédios controlados para me deixar mais “normal”. Acontece que num estado de loucura eu joguei todos os meus remédios fora, entendeu, criatura cor-de-rosa?


Por que as pessoas insistem em fazer piada com meu cabelo? :C - Ah, isso explica muita coisa. O sistema nervoso de uma pessoa normal envia um impulso de cada vez, mas, o das pessoas com bipolaridade, enviam tantos impulsos que podem deixar uma pessoa fora de controle.


– Não entendi nada, mas... – Ela encaixou sua mão no meu rosto de modo acolhedor – Me desculpe, filha. Por tudo que eu estou te fazendo passar.


Fiquei boquiaberta. De bruxa asquerosa para a madrinha da Cinderela... É, os surtos dela eram bizarramente sérios. - T-Tudo bem, mãe. Relaxa. Já passou. ‘u’ Agora temos que salvar o Itachi e cair fora daqui.


– Eu sei onde ele está. – E começou a me arrastar de novo. Estávamos em frente à uma porta e ela me jogou uma arma.


– Então, né? Como se usa? – Perguntei passando a ponta daquela coisa pela minha cabeça desajeitadamente enquanto ela me olhava com o queixo caído.


– Você já assistiu duro de matar? – Confirmei com a cabeça. – Posicione a arma como ele e, se quiser atirar, aperte esse trocinho.


– Você quer dizer o gatilho. – Corrigi.


– É... É... Esse trocinho aí. – Falou bufando.


Abri a porta rapidamente, dando de cara com aqueles gigantes jogando poker no chão com as pernas cruzadas. Apontei a arma para um deles enquanto minha mãe fazia o mesmo com o outro.


– Itachi! – Chamei. O vi deitado, virado para a parede e amarrado, além de estar vendado.


– Sakura? Mas o que...?


– Agora não! – Interrompi. – Se desamarre logo para sairmos daqui. – Falei vendo que ele se levantou sem esforço algum já desamarrado, tirando apenas a venda dos olhos em seguida.


– C-Como...?


– Eu já tinha me soltado, esses grandões não sabem dar nós como um verdadeiro escoteiro. – E deu um sorriso colgate. É, eu mereço. ¬¬


– Vem. – Chamei e Itachi obedeceu, o que me deu uma vontade louca de dizer pra ele latir , sentar e rolar, mas tudo indicava que aquele momento não era apropriado, portanto faria isso mais tarde. - Mãe? – Olhei pra ela em cumplicidade, meu plano era correr como verdadeiros papaléguas, o que caia bem na situação já que os tiozinhos (ões?) estavam de pé, prontos para enfrentar a arma de fogo. – CORRE, CAMBADA!! O/


E saímos correndo, desfazendo o caminho que fizemos para chegar até ali, até que Karin reapareceu ao lado de Kabuto, os dois nos apontavam armas, tentamos correr para o outro lado, mas os capangas já haviam chegado. Estava de quatro contra três, o que reforçava meu arrependimento por nunca ter terminado de jogar GTA, mas principalmente de nunca ter dito a Sasuke o quanto eu o amava.


Dei alguns passos a frente para pegar o impulso e corri atirando bala atrás de bala sem nem ver se estava atingindo alguém e pulei em cima de Karin e Kabuto. No processo, senti alguma coisa atravessar minha barriga e gritei, o máximo que eu pude, como se esses gritos pudessem de algum modo apagar a dor que eu estava sentindo.


Escutei tiros, mas eu estava alheia a tudo, encolhida no chão frio. Passei a sentir uma certa dificuldade para respirar, então percebi que a bala havia atravessado um de meus pulmões.


– S-sas-su-ke – arfei. Eu queria ele ali, agora. Podia ser o único momento em que poderíamos ficar juntos, poderia ser meu último respirar a qualquer momento, o importante pra mim é que esse momento fosse com ele.


Nunca disse ‘eu te amo’, mas agora era a coisa que eu mais queria fazer, em especial só para ele. Ouvi a sirene da polícia finalmente, embora eu soubesse que não sobreviveria se só ficasse parada esperando a morte chegar. Num esforço um tanto exagerado, rasguei uma tira do meu vestido e pressionei fortemente, obrigando meu pulmão a filtrar o ar. Agora o único problema era a perda de sangue.


Olhei ao redor e pude ver minha mãe caída, olhando para mim, murmurando um ‘conseguimos’, antes de tossir violentamente.


Queria me arrastar até ela e fazer alguma coisa, mas eu estava impossibilitada. Procurei Itachi com os olhos e o vi encostado na parede com a mão tapando uma grande extensão do outro braço, que também sangrava.


– Maldita! – Ouvi e virei meus olhos para ver que Karin se ajoelhara, arfando e engatinhando até a pistola mais próxima, e antes que chegasse até ela, um ser vestido de azul (avatar?! *-*) chutou a arma para o lado e a fez deitar de cara para o chão, prendendo seus pulsos com uma algema.


Antes de apagar completamente, ouvi meu nome ser chamado, e reconheci aquela voz como a de Sasuke, o homem que se tornou mais importante que todo o resto do mundo para mim.


Minha boca se abriu mas nenhuma palavra saía dela, tentei mais uma vez e nada. Minha última sensação foi a daqueles lábios tocando os meus com forte desespero.


Eu queria dizer para ele não se preocupar, que eu iria ficar bem, mas eu não podia, meu corpo não me obedecia. Eu decidi: por ele, e só por ele, eu sobreviveria, ou ao menos tentaria.



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Notas finais do capítulo

Aí está. Ficou bem longo, não foi? Hihi
Tudo pra vocês. ^-^
Aguardo reviews e quem sabe recomendações.
Beijinhos e ja ne, minna! :*



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