Dança escrita por V01D


Capítulo 3
Dança


Notas iniciais do capítulo

Desafio 37 - Dança. Total Fluffy, então espero que possa trazer um sorriso aos seus lindos rostos que me deixarão rewiews. HSUAUASHUHASHU
bjoos e aproveitem!
#MaisUmDeHappyB-Day



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N/A: Isso ficou ridiculamente fofo, e eu não aconselho ninguém a ler minha série de fic's kawaii inteira de uma vez só. A menos que você tenha uma taxa de açúcar baixa no sangue. Sério. Não venham me culpar depois por diabetes ou algo do tipo. Eu simplesmente escrevo esse tipo de coisa por algum capricho meu sem explicação e pronto, mesmo que talvez fosse algo sério, basta uma música, uma frase, e voi lá, acaba ficando idiotamente doce, idiotamente apaixonado e idiotamente fofo.

E qual o problema disso, você pergunta? Bom... Meu único problema com isso tudo é que eu fico idiotamente apaixonada por cada uma dessas histórias também, assim como gostaria que cada um de vocês ficasse também. Acho que é isso, por agora. Leiam, e comentem, sim?

Amo vocês, seus lindos! Hahahahhaha

Bjoos

~Carol

Integra segurava um copo de alguma bebida não-alcoólica na mão, e olhava entediada para o salão muito cheio. O vestido carmim era até confortável, mas ela já não se sentia assim após as dezenas de olhares cobiçosos sobre si, mesmo que a Hellsing tivesse apenas 16 anos e todos aqueles homens fossem muito mais velhos que ela. Esvaziou o copo e o entregou ao garçom que passava por ali. Quando este ofereceu algum outro copo a garota aceitou sem nem mesmo se dar ao trabalho de saber o que era. Só quando o copo lhe foi entregue e o rapaz se afastou que ela percebeu que era um copo de whisky. Parecia um pouco surpresa. Não bebia nada alcoólico, não fumava, nem fazia nada do tipo, era menor de idade e certinha demais para essas coisas. Ainda não demonstrava tanto aquela rebeldia, e aquela ousadia em seu modo de agir que tanto encantavam um certo vampiro moreno. Vampiro que aliás encontrava-se ao seu lado naquele momento com um copo de vinho e aparentemente tão surpreso quanto ela com o copo de whisky.

Fingindo não se importar tomou um gole da bebida. Queimou. Queimou sua garganta e pareceu esquentar seu peito, o que foi bom, já que a Hellsing começava a sentir frio. O gosto também não era ruim, pensou a garota. O vampiro sorriu, como se achasse graça, e aproximou-se dela. Aquele era o primeiro baile em que Integra estava sendo aceita como herdeira e comandante da Hellsing. Tecnicamente, pela tradição, isso deveria acontecer apenas quando Integra atingisse os 21 anos de idade, mas como a garota já demonstrava um dom e habilidades implacáveis no comando de sua organização, a Rainha deu seu jeito e pronto, lá estava Integra.

Se ela estava feliz com isso? Não, nem um pouco. Ser aceita ou não como herdeira ou comandante da Hellsing não afetaria em nada suas funções, apenas teria esse título, digamos, socialmente, entende? Ah, e várias encheções-de-saco a mais, quer dizer, várias obrigações a mais (também apenas sociais) a cumprir com a Rainha. Nada realmente útil para ela, cuja função era apenas limpar a Inglaterra daqueles seres imundos que eram os vampiros.

Todos eles não passavam de criaturas nojentas, imundas, que apenas desejavam sangue e poder. Menos o seu, é claro. Alucard não era nem nunca seria assim aos olhos azuis da garota. Suspirou. Alucard também só estava ao seu lado naquela noite no lugar de Walter porquê ele lhe pedira. Naquela época a Hellsing ainda era mais flexível com ele. A rainha não tinha conhecimento de que Alucard havia despertado ainda, e só o teve após algum tempo, ao inquirir Integra sobre quem assumiria o cargo de 'lixeiro da Hellsing' quando Walter já não pudesse mais fazê-lo, e perguntou do vampiro. Integra, que perdeu a cor naquela hora, foi poupada de responder, pois o próprio vampiro se apresentou atravessando as paredes de pedra do palácio e curvando-se perante a monarca, beijando-lhe a mão e sorrindo como sempre fazia.

Mas naquela hora nada daquilo tudo importava, já que os mesmos olhos da Rainha pareciam persegui-la por onde quer que fosse naquele salão. No início ela não percebeu, mas começou a notar cada vez que Alucard chegava mais perto dela sem motivo aparente ou para falar algo que não tivesse muito sentido, conseguindo arrancar um sorriso dela por duas ou três vezes. Se Integra não o conhecesse poderia até falar que estava bêbado, mas sabia que não. Também reparou que ele se aproximava mesmo quando a Rainha não a olhava, mas algum rapaz mais ousado da festa sim.

No entanto, agora que o vampiro novamente se aproximava havia algo de diferente. Seu sorriso não estava ali, e a postura não era mais tão relaxada. Ele também aproximou-se muito mais, colocando os braços ao redor da garota, que podia perfeitamente sentir a pele fria da mão dele em seu rosto, mesmo através da luva. Os olhos, agora de um incomum tom âmbar, para disfarçar o vermelho, se encontraram com os azuis por um segundo antes de ele se abaixar para falar-lhe ao ouvido sem precisar exaltar a voz para se sobressair à musica alta. Não que fosse realmente necessário, já que sua voz forte ressoava na mente da mais nova.

'Milady, devo dizer que a Rainha está preocupada com seu comportamento. Ela reparou que dispensa todos os rapazes que tentam lhe convidar para dançar.'

Integra fez um som de escárnio.

'Não atribua todo o crédito a mim Alucard. Você fez isso por mim duas ou três vezes, e pelo que eu me lembre apenas quatro tentaram me tirar para dançar.'

O vampiro riu, alto, divertido. Realmente fizera isso, mas aquela era a sua mestra, sua Integra. Não deixaria quem quer que fosse se aproximar.

'Certo... Mas ela realmente não está feliz com isso.' Ele constatou.

'Quantas vezes preciso falar para parar de bisbilhotar a mente dos outros?' Ela brigou com ele, mas o moreno apenas riu.

'Provavelmente o mesmo número de vezes que mandará que eu pare de ver a sua.' Ele retrucou.

'E o que diabos você espera que eu faça? Aceite o convite do primeiro idiota engomadinho que aparecer na minha frente?' Integra se desviou do assunto anterior, decidindo que era mesmo uma causa perdida.

'Não.'

'Então o quê?'

'Dance comigo.'

'QUÊ? Não!'

O vampiro suspirou. Teria de convencê-la de outro modo, e afastou-se alegando ir pegar mais vinho. Uma ideia brilhante acabava de lhe ocorrer, e ele aproveitou o final da música para isso. Pediu que tocassem a música favorita de Integra, e acabou com qualquer hesitação por parte da banda com um simples 'olhar'. Voltou até onde Integra estava, ainda olhando entediada para o salão ainda mais cheio agora. Os acordes finais soaram e a música que Alucard pediu começou. A rainha os olhava, agora ele não poderia simplesmente puxá-la a força até o meio do salão para dançar. Teria que fazer um convite um pouco mais formal. Blé. Sacudiu de leve a cabeça, e voltou a sorrir ao se aproximar dela. Integra estava linda naquele vestido vermelho escuro, que combinava perfeitamente com sua pele e olhos claros.

Ele também estava lindo, para variar. Integra teve que admitir que sua respiração falhou uma ou duas vezes quando viu o vampiro esperando por ela. Os cabelos negros, curtos e sempre revoltos pareciam apenas um pouco mais contidos, os olhos âmbares disfarçando os vermelhos. O terno era negro, assim como os sapatos, camisa negra e a gravata cinza chumbo, adornada pelo crucifixo de sempre. Perfeito, mas obviamente ela não comentou nada a respeito e nem respondeu o comentário do mesmo sobre ela.

Estranhou que ele não tivesse taça nenhuma de vinho nas mãos, já que foi essa a desculpa que ele usou para se afastar, mas entendeu rapidamente a ideia dele quando seus ouvidos identificaram a música e Alucard pegou sua mão. Não deixou que ele falasse, apenas aceitou o convite e deixou-se ser guiada por ele até o meio do salão, onde começaram a dançar.

Vários pararam para olhá-los, e Integra tinha que admitir: Ele podia ser um demônio, mas dançava como um anjo. E ela também não era nada má, afinal, antes da morte de seu pai Integra fazia o que todas as garotas de sua idade fazia. Dança, piano, e aquelas frescuras todas. A única coisa que realmente a interessava era o piano, mas ela já não tinha tempo para isso desde que assumira o lugar do pai na empresa.

No entanto, naquele momento sua mente estava focada somente no homem à sua frente. Homem não, vampiro Integra. Não pense nele de outra forma. Ou era alguma coisa assim que a garota tentava repetir em sua cabeça, falhando por várias vezes ao olhar dentro dos olhos do vampiro. Ela bem sabia o quanto seria perigoso pensar nele de outra forma, e não podia e nem queria se arriscar a isso. Ou talvez quisesse né, mas ainda assim não podia. Sentia seu corpo ser guiado pelo vampiro, e não ofereceu nenhuma resistência, acompanhando-o. Vários dos casais que antes dançavam haviam parado também, observando-os rodopiar pelo salão. Por um breve momento, os olhos do conde pareciam mais verdes do que amarelos, e não só isso havia mudado. A música e as roupas de ambos também. Ela em um vestido que reconheceu como muito, muito antigo, e ele em vestes parecidas com as de um rei.

E foi então que ela prendeu a respiração. Sabia o que era aquilo, e sabia que naquele momento estava dentro das memórias do conde. Mas porquê ele lhe mostraria memórias de quando foi um rei? Olhou em seus olhos, agora sim definitivamente verdes, no tom mais bonito que Integra já vira, e ele sorriu. Não com o sarcasmo ou cinismo de sempre. Era um sorriso... Sincero. Quase que... apaixonado, talvez? Era um sorriso quente, assim como o seu corpo estava agora, sem aquele frio característico de sempre.

E então ela soube, como se estivesse em um sonho, que tudo aquilo realmente acontecera uma vez, e que aquela que dançava com aquele rei que ainda não era Alucard não era ela, embora tivessem exatamente a mesma aparência. O salão do castelo também era outro. Talvez um pouco menor, mas definitivamente mais bonito, elegante. Estava muito bem iluminado, mesmo que essa luz viesse de centenas de velas. A música ali parecia fluir naturalmente, assim como a dança. Integra percebeu que ainda dançavam, mas, de repente(e muito mais cedo do que ela gostaria, como constatou mentalmente mais tarde) tudo silenciou e escureceu. E não apenas a memória, mas o salão real também. Eles finalmente pararam no lugar, e Integra tentou sem sucesso fitar o vampiro, já que estava escuro demais para isso.

'O que houve?' Perguntou mentalmente.

'Queda de energia. O gerador do palácio falhou.' Alucard respondeu da mesma forma.

'Algum perigo?' Integra perguntou, atenta.

'Nada que eu possa sentir. A segurança está sendo reforçada nas entradas, ninguém entra ou sai daqui.' Ele garantiu, mas puxou a garota para mais perto de seu corpo, abraçando-a, como que para mantê-la segura, e Integra não pode deixar de se sentir agradecida. Não se sentia bem desarmada num salão escuro e cheio de pessoas não desconhecidas, mas em que ela não confiava nem um pouco. Sabia que Alucard poderia tirá-la dali a qualquer momento, se quisesse, mas não via necessidade disso. Estava confortável ali, de qualquer forma.

E então a mão enluvada de Alucard novamente tocou seu rosto, fazendo-a olhar para cima, para ele. Sentia a respiração fria dele contra sua pele, e ela parecia se aproximar cada vez mais, até que finalmente sentiu os lábios do vampiro sobre os seus. Um toque muito mais leve e carinhoso do que ela imaginou que o vampiro jamais poderia. Instintivamente correspondia a ele, cedendo-lhe mais espaço. É, pelo jeito a garota teria muito mais trabalho do que pretendia nas discussões dos anos seguintes entre eles para poder dizer que negou ou no mínimo que não gostou daquele toque. Sem que ela nem ao menos percebesse, sua mão ocupou-se em deslizar dos ombros para o pescoço do vampiro e depois prender-se em seus cabelos. Infelizmente, ar é algo necessário para seres humanos, e Alucard estava perfeitamente consciente disso. Afastou seu rosto do de Integra, devagar, e ficou grato como poucas vezes antes por poder enxergar tão bem no escuro. Tudo pelo adorável tom de vermelho que cobria as bochechas da garota em seus braços. Ele sorriu, e mesmo que Integra não pudesse vê-lo abaixou os olhos, e acabou por encostar a cabeça no peito do vampiro, ouvindo apenas sua respiração. Fechou os olhos.

E os abriu logo em seguida, sem palavras e com a respiração um pouco alterada em sua cama. Por que diabos ela havia sonhado justo com aquela noite? Justo uma que ela fazia tanta força para esquecer? Certamente teria que aguentar Alucard lhe atormentando por mais alguns anos se ele a pegasse se lembrando disso. A Hellsing agora contava com 23 anos, e ficou de certa forma surpresa ao notar que sete anos haviam se passado depois daquela noite. Alucard a acompanhou a outros incontáveis bailes, e dançou também por várias vezes com sua mestra, mas aquele episódio em si não se repetiu. Integra só não sabia se gostava ou não disso. Espera. É claro que não gostava Integra. Afinal de contas ela era Sir Integra Fairbrooks Wingates Hellsing, não precisava de coisas assim! Aham, claro...

Levantou-se e tirou os papéis de seu colo. Tinha levado alguns deles para avaliar no quarto, mas acabou dormindo e sonho com tudo aquilo. Ainda estava até mesmo com a gravata e as botas. Quis sair do quarto, e foi até a sala de música, sem nada especifico em mente. Acabou sentada no piano, encarando as teclas e se perguntando se deveria ou não tocar aquilo. Arriscou. Um som baixo e grave percorreu toda a sala e escapou pelas janelas que agora estavam abertas, e Integra sentiu um arrepio frio em seu pescoço que não tinha nada a ver com a música ou a brisa fria da madrugada que estava presente ali.

'Apareça' Ela ordenou, e uma figura muito familiar se formou à sua frente, mas não de vermelho como ela esperava, mas exatamente como em seu sonho. Franziu as sobrancelhas com irritação. Aquele maldito estava não só assistindo mas interferindo em seus sonhos também?

'Não, eu só estava presente porque achei que tivesse me chamado. Você estava pensando em mim com uma intensidade impressionante, mestra.' Alucard respondeu aos seus pensamentos antes mesmo que fossem verbalizados. Integra não respondeu, seu olhar foi o suficiente.

'Você nunca muda, não é?' Ela perguntou mais para si mesma do que para o vampiro, que ainda a observava.

'Você não ia querer que eu mudasse mestra.' Ele fez pouco caso. 'Se eu apenas acatasse todas as suas ordens exatamente como você as dá, fizesse apenas o que mandasse, com quem você discutiria? Em quem você atiraria? Na policial?' Ele concluiu.

'Idiota.' Ela disse em meio a um sorriso muito discreto.

'Se é o que você diz...' Ele suspirou. De repente um brilho novo apareceu em seu olhar e ele desencostou-se da parede e foi até Integra, levantando-a pela mão. Um sorriso maior se formou quando ele se curvou para beijar a mão dela, olhando-a nos olhos.

'Poderia me dar a honra desta dança, Milady?' Ele pediu. Integra apenas deixou que seu sorriso preso por tanto tempo se formasse, e então sentiu a mão do vampiro em sua cintura, puxando-a mais para perto dele, e vislumbrou o pentagrama vermelho que sempre denunciava os encantamentos do vampiro por apenas um segundo antes de ouvir uma música já conhecida, se ver dentro de um vestido muito, muito antigo, dançando com um rei em meio à um salão muito elegante iluminado por velas. A única diferença é que ela realmente estava ali dessa vez, e os olhos do rei já não eram mais verdes, mas vermelhos.

E Integra já sabia exatamente como tudo aquilo ia terminar, mesmo estando apenas no começo.


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Notas finais do capítulo

Entãããão? Rewiews lindos trazem mais desses!



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