No outro dia, Alice acordou bem cedo, como sempre, para dar uma volta no navio e procurar a irmã. Passando por perto das piscinas, que estavam completamente vazias, ela avistou um corpo ensangüentado esticado no corredor. Alice se apavorou, aquele poderia ser o corpo da irmã dela. O coração da garota acelerou, ele correu até o corpo, mas, para seu alívio, não era de sua irmã.

Ela se agachou e observou o corpo, era do capitão do navio. A garota não sabia o que fazer, havia um assassino no navio e ela sabia que ele estava com sua irmã. Alice daria a sua vida em troca da irmã, custando o que custar.

A garota queria chamar alguém para ajudá-la, mas ela decidiu seguir o caminho sozinha. Quem seria o assassino? Algum cozinheiro, guarda, Roxanne, Larissa, Miguel? A garota estava disposta a descobrir. Ela desconfiava de Larissa, que sempre olhava ‘‘torto’’ para ela e ficava tensa quando o assunto era Rebecca.

Olhando com medo para o corpo, em busca de alguma pista, ela observou que havia muito respingo de sangue na parede e no chão próximo ao corpo, e também pode ver que havia um grande corte no peitoral do capitão. Ele fora acertado por um golpe de faca em seu peito, que causou a sua morte.

- Ele fora atingido ainda vivo, pois há respingos no local do crime – resmungou Alice para si mesma. A garota estava estranha, ela estava completamente tensa e com medo. O assassino poderia ser qualquer um ali no navio, uma boa notícia era que ele não vai conseguir sair de lá muito cedo, a menos que saiba andar muito bem.

A garota deu mais uma olhada e viu que, dentro do palito do Capitão havia um envelope. Alice abriu e leu.

“Precisamos tratar daquele nosso assunto, Capitão. Encontre-me nos corredores das piscinas às 06h00min da manhã de Quinta-Feira para que possamos conversar.”

Alice concluiu que era um crime planejado. O capitão estava envolvido em algo perigoso para ser assassinado. Drogas, talvez? Mas o que esse crime tinha relacionado com o desaparecimento de Rebecca?

Ela colocou o papel no bolso e disse:

- Uma faca fora usada no crime. Um local concreto para se arrumar uma dessas é na cozinha.

Alice correu em direção da cozinha.

Não havia ninguém lá, o que era muito estranho. Alice ficou com medo. No caminho, ela viu poucas pessoas, tudo estava tão sombrio. A cozinha era enorme, a garota demorou muito tempo procurando algo fora do comum, até que, ao abrir um enorme forno, encontrou mais um corpo. Ele era irreconhecível, estava todo queimado e cheirava ruim. Alice desabou a chorar, aquele poderia ser o corpo de sua irmã.

Alice concluiu que o assassino era genial, fazia crimes quase perfeitos. Para ela, ele era um monstro. Ela abraçou o corpo, chorando, e percebeu que ele era muito pequeno para ser de Rebecca, uma garota que era alta. Alice parou de chorar, contente por ter um pouco de chance de encontrar a irmã ainda viva.

Alice sentou-se no chão e pensou nos amigos.