No dia seguinte eu fui meio abalada para a escola, os problemas não estavam saindo da minha cabeça. Quando entrei na sala as meninas olharam para mim começaram a rir achei que estava com a maquiagem borrada, mas não estava. Um tempo depois tacaram um papel na minha cabeça e estava escrito:

" Aqui não é lugar para pessoas feias e estranhas, por que você não vai para o mesmo lugar em que sua mãe está? Vai pro inferno!!"

Queria saber quem tinha escrito isso fiquei na dúvida entre várias pessoas, aquilo tinha me magoado muito. Na hora do recreio eu me desloquei totalmente de todo mundo não queria conversa com ninguém, a minha vida nunca tinha ficado tão ruim a esse ponto.

Quando acabou a aula eu fui direto para casa, estava me sentindo péssima e estava sentindo a falta da minha mãe. Ao chegar eu fui ao meu quarto me tranquei lá e deitei na cama para refletir um pouco sobre a vida, estava sentindo uma dor enorme no meu coração. Eu sabia que havia alguma maneira de aliviar aquela dor. Entrei no banheiro e procurei algo para me cortar, não achava nada, porém finalmente encontrei uma lâmina de gillette no armario e passei nos meus pulsos. Enquanto eu olhava o sangue pingando no chão a dor que eu sentia estava passando e me senti melhor. O meu pai viu que eu estava demorando no banheiro e foi me chamar:

- Emanuele, Emanuele! Saia logo desse banheiro, vamos almoçar!

- Só um minuto pai já estou saindo! - E fui limpar o sangue que estava no chão.

Depois do almoço eu votei ao meu quarto e deitei-me na cama e escutei uma voz dizendo:

" Filha, não faça mais isso, você não está sozinha a mamãe está aqui com você, não escute o que essas pessoas estão falando sobre você. Fique bem."

No momento eu me arrependi do que tinha feito, saber que a minha mãe não saiu do meu lado em nenhum momento foi a melhor coisa que eu pude saber naquele dia.