Coincidências escrita por HopeL


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom nem capa eu fiz :D
Essa one foi feita para o concurso da comunidade Twilight fanfictions., espero que gostem!



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O sol iluminava o quartel por volta das seis da manha, aquela era a época do ano que o amanhecer acontecia mais cedo. Isabella Swan passara a noite na vigília. Desde as seis da tarde do dia anterior ela se encontrava em uma guarita, segurando a lanterna em uma mão e sua arma em outra, enquanto a seus pés estava uma garrafa térmica, atualmente vazia.

A exaustão tomava conta de seu corpo. Era a segunda noite, seguida, que a Tenente Rosalie Hale, a nazista, a deixara na vigília noturna. A garota estava começando a se preocupar com a atual perseguição da superior, não entendia o que estava acontecendo.

Rosalie sempre fora uma mulher justa, apesar de seu adorável apelido. Não tratava ninguém de modo diferente, mesmo que Isabella Swan fosse filha de seu superior, o General Charlie Swan, e noiva de seu igual, o Tenente Edward Cullen. Rosalie Hale era imparcial.

Havia comentários, entre suas colegas de brigada, que Isabella era privilegiada, o que não passava da mais pura inveja, sendo a garota havia se alistado escondida do pai, que só veio a descobrir depois que o pedido da garota foi aceito.

O pai a apelidara de “Stubbornswan*”, pois a garota parecia sentir prazer em afrontá-lo a todo o momento. Isabella perderá a mãe quando era muito jovem, tinha apenas cinco anos, e desde então fora criada pela empregada que o pai contratara em seu nascimento.

* Stubbornswan: Cisne teimoso

Desde pequena, a menina nunca havia morado em uma mesma casa por mais de dezoito meses, então não era surpresa alguma que não tivesse nenhuma amiga, além da mulher que a criou. Ela nunca reclamou da vida que levava, mas o pai se arrependia do que impôs a vida da menina, culpando-se agora pela escolha da filha de seguir a vida militar.

E de certa forma tinha razão. Afinal, por que a menina seguiria a carreira militar se tivesse conhecido algo alem dessa fronteira? Isabella crescera entre militares, estudara entre militares e agora seria esposa de um militar. Nada mais natural em sua vida do que seguir a carreira, mesmo que Edward fosse contra esse desejo da noiva.

A garota suspirou ao se lembrar do noivo. Não entendia o motivo de se casar com alguém como Edward Cullen, ele era tudo o que não esperava de um marido. Serio, contido, nada espontâneo… era fato que tinha uma ótima aparência. Os olhos verdes, o cabelo de um tom anormalmente bronze, o corpo bem delineado. Mas de uma forma estranhamente anormal ele lhe lembrava seu pai. Charlie Swan era moreno, de postura altiva, tinha os olhos do mesmo tom da filha, castanho chocolate, e cabelos castanhos escuros que estavam começando a ficar coloridos de cinza pela idade que estava avançando. Fisicamente Charlie e Edward não tinham semelhança alguma, mas a personalidade de ambos era idêntica. Isabella às vezes perguntava-se se não estava prestes a se casar com o próprio pai.

A sirene tocou, anunciando que ela estava liberada de seu posto e suas companheiras estavam prestes a acordar.

Isabella estava servindo em Washigton, há quase seis meses, e sabia que houvera interferência do pai nesse aspecto, pois sua colega, Alice Withlock, que havia se alistado no mesmo dia e mesmo horário que ela, havia sido mandada para uma base fora do país. Mas, em que vida, o General Charlie Swan deixaria sua filha única sair do país em uma missão perigosa? Simples, nenhuma.

A garota ainda lutava para entender o excesso de cuidados que recebia do pai, e atualmente do noivo. Eles pareciam ter medo que ela quebrasse. Enquanto descia as escadas da guarita, matutava, tentando entender os motivos do atual excesso de preocupação com seu estado de saúde e seus desejos. Afinal, Charlie não passara anos indo de base em base sem se preocupar com a opinião da filha, que crescia em lares diferentes ano a ano? Por que passara a se preocupar tanto com sua opinião e suas vontades agora?

Não foi surpresa encontrar o noivo vindo em sua direção, enquanto ela caminhava em direção ao pavilhão do café da manha. Edward era um bom homem, amigável e confiável, mas ela jamais sentira seu coração bater mais forte por ele, nem mesmo quando ele sorria para ela seu particular sorriso torto, que fazia suas colegas de brigada perderem a respiração.

- Bom dia. – ele disse a ela, enquanto selava levemente seus lábios. Ela sentiu seu hálito matinal, menta e café, e esperou que algo acontecesse em seu corpo, mas nada, apenas aquela sensação de familiaridade, conforto.

- Bom dia. O que faz aqui tão cedo? – perguntou, curiosa com sua visita. – Esperava vê-lo apenas no almoço. Não acho que a Tenente irá gostar muito de vê-lo.

- Vim vê-la. Você fica particularmente sexy quando está fardada. – ela corou diante do comentário do noivo, não era de seu feitio agir dessa forma, mas ela não podia dizer que reprovava sua atitude, mesmo estando aparentemente cansada e necessitada de lavar os cabelos. – E duvido que Rosalie vá se importar por me ver aqui.

Ela colocou sua arma no coldre, e a lanterna havia ficado na guarida. Carregava sua garrafa térmica em uma mão, enquanto Edward enlaçava seus dedos aos dela para andarem de mãos dadas.

Mais uma vez a garota estranhou o comportamento do noivo, ele nunca agia dessa maneira, chegava a ser outro homem. Olhou para o lado e o observou atentamente enquanto continuavam a caminhar até o galpão.

Ele estava calado e observava o horizonte. Mordia sua bochecha por dentro, como se estivesse se segurando para dizer-lhe algo.

- Você sabe que pode me falar qualquer coisa, não sabe? – ela comentou sugestivamente, e sentiu os dedos do noivo se apertarem um pouco mais aos seus.

- Você parece ter um sexto sentido incrível. – ele comentou, sem olhar para o rosto da garota.

- O que está havendo Edward? – ela foi direto ao ponto. Uma das coisas que gostava muito no noivo era sua capacidade de ser objetivo. Lembrava com perfeição de quando ele á pedira em casamento.

Ele havia ligado minutos antes, avisando que havia chegado de viagem e queria vê-la. Depois de quase um mês sem vê-lo Isabella sentia falta de sua companhia, e avisou que estava em casa esperando por sua visita.

Cerca de dez minutos após, Edward estava parado diante de sua porta com o rosto adoravelmente vermelho. Suas mãos escondidas dentro do casaco militar.

- Entre. – ela pediu e ele se moveu silenciosamente para dentro da casa, sem nem ao menos lhe dar um beijo de “olá”.

A garota o fitou temerosa. Acreditando que ele estava tão ansioso em vê-la para por um fim no relacionamento. Não que ela realmente fosse sofrer tanto, mas agradava muito ao pai vê-la com alguém como Edward, e ela não queria desapontá-lo.

- Isabella? – Edward pegou sua mão após ela se sentar no sofá, e se ajoelhou em sua frente. – Aceita casar-se comigo?

E foi assim, ele á havia pedido em casamento de forma abrupta, e ela aceitou sem pensar duas vezes. E agora enquanto ele ponderava sobre o que desejava falar, ela voltava a se perguntar se havia feito à escolha certa.

- Você não costuma agir dessa maneira, está me deixando preocupada. – ela comentou, analisando seu rosto. Ele tinha uma pequena rusga entre os olhos, como se pensasse na melhor maneira de lhe dizer o que estava nevoando seus pensamentos.

Ele estava vestido formalmente. O verde da farda militar deixava seus olhos mais vivos, e qualquer mulher na face da terra iria olha-lo mais uma vez ao vê-lo passar na rua. Mas a garota não podia deixar de lembra-se de quando havia se conhecido, quando ele ainda era um soldado, e ela estava no inicio do ensino médio.

O rapaz, oito anos mais velho do que ela, que era filho do melhor amigo do seu pai, Carlisle Cullen que havia morrido durante a guerra do Vietnã. Edward conseguia ver Charlie como seu segundo pai, e não escondeu de ninguém seu encantamento por Isabella desde a primeira vez que a viu. Tanto que, depois que a moça se mudou novamente com o pai, ele fez questão de pedir transferência para a mesma base em que ela se encontrava.

A garota fora capturada por sua aparência, como uma pessoa normal, ela não pode deixar de notar a beleza anormal do rapaz. Mas também se encantara com sua educação. Estava acostumada com a rigidez e até mesmo falta de educação do pai e dos homens que a rodeavam, e Edward era tudo, menos rude. Possuía uma polidez que às vezes parecia fluir naturalmente por seus poros.

Charlie era só sorrisos no inicio do relacionamento. Segundo ele, não havia ninguém melhor no mundo para a filha, o que o deixava insanamente satisfeito. Principalmente quando a moça aceitou seu pedido de namoro, como o mesmo sorriso tímido que havia encantando Edward assim que se conheceram.

Ela fitou com orgulho as condecorações que havia no peito do noivo. Antes de conhecê-la ele havia passado um ano no Iraque e um outro ano na África, trabalhando como voluntário, e após disso tinha resolvido voltar a América para iniciar seus estudos em medicina. Mas esse pouco tempo que passara longe do país lhe concedeu muitas medalhas, além das que ele conseguiu após sua volta.

Segundo o que ele lhe contara certa vez, o pai havia lhe escrito uma carta anos antes de morrer, informando o desejo de que seu filho fosse médico. Porém, ele queria a carreira militar, e acabou descobrindo que poderia conciliar as duas coisas, o que fazia atualmente.

Ambos sabiam que teriam um longo tempo de noivado, sendo que ele gostaria de estar formado antes do casamento, e ela igualmente, mas mesmo assim, Edward jamais se arrependeria da tarde em que chegará a casa de Isabella e pedira em casamento sem meio termo.

Mas agora ele estava preocupado. Sentia que a noiva se afastava, talvez estivesse assustada com a rapidez que o relacionamento tinha andado, afinal, eles tiveram pouco mais de um ano de namoro antes do casamento, e queria ter certeza que lhe deixara claro que suas intenções eram as melhores, mas que ela não era obrigada a aceitar nada.

Chegaram até onde o café da manha estava sendo servido e o rapaz ainda não tivera coragem para dizer-lhe o que lhe passava pela cabeça. Muitas cabeças viraram na direção do casal que entrava de mãos dadas, enquanto Edward a guiava até a mesa onde Rosalie tomava calmamente seu café da manha.

Rosalie Hale era uma mulher alta, loira e de corpo escultural. Qualquer pessoa que a visse na rua, sem farda, pensaria automaticamente no termo “super-modelo”, jamais pensariam em “tenente mãos-de-ferro”.

Ela não se deu ao trabalho de cumprimentar o casal que se sentava a sua frente, o que fez Isabella mais uma vez pensar o que havia feito para irritá-la tanto.

- Bom dia Tenente. – Isabella a cumprimentou antes de se sentar ao lado do noivo, que observava Rosalie atentamente.

Ele e Rosalie haviam se conhecido na África, em uma viagem de apoio que ela havia feito no seu período de soldado. Eram considerados amigos, apesar de Isabella notar que a mulher sempre ficava tensa quando o noivo da garota vinha vê-la.

- Você está bem? – Edward estava preocupado com o silencio de Rosalie, havia se acostumado a ser insultado por ela antes de receber qualquer cumprimento.

- Swan, você fica na guarita hoje à noite. – ela disse se levantando.

- Enlouqueceu Rosalie? – o noivo se levantou e a encarou. – Isabella não dorme há dois dias. – disse rudemente.

- Está me desautorizando na frente de meus soldados tenente Cullen? – ela o fitou friamente, arqueando a sobrancelha.

- Não tenente Hale. Mas aprendemos a prezar pela saúde de nossos soldados, e dormir é algo essencial, sabe disso. – ele disse calmamente, tentando controlar-se para não gritar com ela na frente de todos.

- Não me ensine coisas que aprendeu em um hospital tenente Cullen. – a loira praticamente cuspiu para ele. – Não existe tempo para dormir durante uma guerra. Passou por isso, sabe melhor do que qualquer um desse galpão como é viver em uma guerra…

Os lábios do tenente formaram uma linha rígida com o comentário da mulher. Ambos estavam com os ânimos exaltados, enquanto Isabella assistia o combate de olhos arregalados.

O homem respirou profundamente e apertou as têmporas com o polegar e o indicador antes de fitar friamente a responsável por aquela subdivisão do quartel.

- Espero que não se importe de me aceitar como companheiro de Isabella na vigília dessa noite tenente Hale. – ele disse de forma polida.

A loira cerrou os punhos e fitou a mesa, controlando-se. Nunca acreditou ser possível tira-la do serio daquela maneira, mas o tenente Edward Cullen foi capaz de tal ato.

- Sei que não estou infligindo regra alguma. – ele comentou, avaliando como a tirara do serio.

- Sei que não. – a moça replicou. – E não vejo nada de ruim em acompanhá-la essa noite.

- Ótimo. Nós nos vemos a noite então. – ele sorriu largamente, e não pode deixar de perceber alguns suspiros femininos a sua volta.

Se aproximou de Isabella e beijou-lhe levemente os lábios antes de dizer:

- Tenham um bom dia senhoritas. – e se afastou, enquanto Isabella continuava sentada, observando-o sair.

Como se sentisse o olhar que Rosalie lhe envia, Isabella virou a cabeça levemente para o lado e quase sentiu dor física ao ver a expressão furiosa de Rosalie Hale. Encolheu-se levemente, antes de se levantar e pedir licença, com medo de que ao ficar ali seria punida.

Enquanto caminhava até seu dormitório, Isabella refletia que nunca havia visto Edward discutir com alguém como havia discutido como Rosalie, ainda mais para defendê-la, e não podia deixar de se sentir lisonjeada com tal atitude vinda do noivo, novamente. Edward estava diferente aquela manha, definitivamente.

Porem, não podia deixar de temer o futuro que teria nas mãos da tenente a partir desse dia. Sendo que, mesmo antes disso, a mulher parecia ter decidido tornar a vida da moça um inferno, ela não podia deixar de imaginar o que aconteceria depois.

A garota conseguiu, com alguma dificuldade, passar o dia sem um confronto direto com a superior. Mas nas vezes que viu Rosalie Hale naquele dia, teve certeza que uma conversa com ela naquele momento não seria nada amigável.

Por volta das cinco ela já se encontrava em frangalhos. Duas noites sem dormir haviam acabado com seu animo e as forças de seu corpo, mal tinha idéia de como agüentaria mais uma noite em claro. E ao pensar que teria a companhia do noivo sentiu seu estomago revirar.

Edward era um homem cumpridor das leis, e de certo jamais deixaria que ela descansasse durante o seu dever. Era fato que ele estava estranho naquele dia, agindo de uma maneira que ela jamais havia visto, mas isso não mudava o fato de que: Edward Cullen sempre seguia as regras.

Ás seis em ponto, subia as escadas de sua guarita, armada por duas garrafas de café e energético, uma mistura no mínimo poderosa. Não foi surpresa encontrar Edward sentando num canto do abrigo, á sua espera.

- Você é bem pontual. – ele comentou se levantando.

Ela não deixou de notar que ele estava vestido como um soldado. A farda simples, sem as inúmeras medalhas que sua roupa de tenente apresentava. As botas de combate, gastas, mas ainda assim parecia que sua beleza duplicava com o excesso de simplicidade. A garota conteve um suspiro quando constatou que preferia o noivo daquela maneira.

Não comentou nada e caminhou até o canto da guarita, depositando seus suprimentos antes de se virar e encontrá-lo inconvenientemente perto.

- Bella, me desculpa se a irritei com meu comportamento está manha. Não queria ser inconveniente. – ele raramente a chamava pelo apelido que o pai usava constantemente, contudo, era sempre útil utilizá-lo quando um simples sorriso não servia para acalmá-la.

- Dizer que fiquei magoada seria uma grande mentira. – a garota falou, enquanto se virava de costas e fitava o quartel por cima. – Estou lisonjeada por ter me defendido e por ter se proposto a passar a noite como meu parceiro de vigia. Mas devo admitir que não foi fácil fugir a Tenente Hale durante todo o dia. – a garota corou levemente com a revelação.

- Fugir? – o rapaz segurou o queixo da moça e a obrigou a encará-lo.

- Conhece Rosalie Hale melhor do que eu, sabe que ninguém gosta de vê-la furiosa. – ela comentou com noivo, arqueando a sobrancelha como se fosse uma constatação obvia.

- Eu só vi Rosalie Hale realmente furiosa uma vez. – ele murmurou enquanto passava a mão livre pelo cabelo, deixando-os ainda mais desorganizados do que a natureza já havia se encarregado de deixar.

A garota virou-se para fitá-lo. Estranhando a resposta do noivo. Sendo que todas as vezes que o via, Rosalie não era nada simpática. Pensava que eles tinham um tipo incomum de amizade, não uma convivência forçada.

- E quando foi essa única vez? – ela perguntou, visivelmente curiosa.

- Enquanto estávamos no Iraque, no dia em que ela partiu. – ele deu ombros levemente.

A garota o encarou intrigada, se perguntando o que havia acontecido no Iraque que irritara Rosalie Hale daquela maneira.

- Bella… - ele murmurou, fitando as mãos.

- Edward, uma das coisas que mais admiro em você é que nunca fica dando voltas em um assunto quando quer falar de algo. Não me faça mudar meu conceito em relação a isso! – a garota falou diretamente, começando a se enfurecer com as voltas que o noivo dava.

O rapaz olhou para o rosto da noiva, ela nunca se irritava, nunca mesmo, e agora estava visivelmente começando a se chatear com as voltas que ele estava dando. Não entendia que ele estava procurando um jeito simpático de dizer-lhe o que queria dizer.

- Rosalie e eu fomos noivos. – soltou as palavras num fôlego só e fechou os olhos, esperando a explosão que viria da parte dela.

Isabella encarou o rapaz com a boca levemente aberta, seus olhos mostravam que ela estava lutando para assimilar as palavras do noivo, e Edward esperava que ela gritasse, esperneasse, ou quem sabe, desmanchasse o noivado. Mesmo sabendo que todas aquelas opções eram absurdas. A garota não tinha motivos para nada disso.

Ainda analisava o rosto da moça quando um barulho suspeito chamou a sua atenção. O sol já havia baixado e a escuridão da noite tomava conta da guarita. A moça se preparava para dizer algo, após o choque, Isabella acreditava ser até engraçado o fato de Edward e Rosalie terem sido noivos, contudo, quando tentou pronunciar algo o noivo tapou-lhe a boca e mandou que se abaixasse.

- Edward o que está havendo? – a moça perguntou, agachada ao lado do noivo.

Suas mãos tremiam levemente, e ela sentia o suor começando a escorrer pela testa. Não era comum ela ficar tão nervosa, mas após a revelação do noivo, sua proximidade com ele parecia deixá-la desconcertada.

- Tem alguém aqui. – ele murmurou, olhando no fundo dos olhos castanhos da garota e sentindo algo mudar em seu interior.

Esse é o momento errado” censurou-se, ao perceber que o que estava sentindo era desejo pela noiva, um desejo diferente, e mais intenso, do que estava acostumado a sentir.

Isabella continuava a fita-lo com aqueles belos olhos arregalados, quando viu o noivo se levantar subitamente, com uma arma em punho. Ela não fazia a mínima idéia de onde o noivo havia tirado a arma, mas estava aliviada com a eficiência dele.

- Você! Pare! – Edward falou com a voz firme ao estranho. Isabella se levantou, ficando ao lado do noivo e observou o corpo alto e forte que tinha as mãos levantadas em rendição.

- Meu nome é General Emmett McCarty, Cullen abaixe a arma! Sou seu superior. – o homem falou de forma autoritária e Isabella sentiu o noivo ficar tenso ao seu lado.

Edward abaixou a arma e desceu rapidamente as escadas, com Isabella a seu encalço. O rapaz estava nervoso e envergonhado por ter mirado sua arma a um superior.

- Senhor. – prestou continência ao parar diante do general.

- Como vai Edward? – Emmett perguntou amistosamente, como antigos melhores amigos, enquanto observava Isabella que encara o loiro sem fala.

Emmett McCarty era um homem alto, musculoso, parecia viver dentro de uma academia, o que não era verdade, sendo o que homem jamais entrara em uma. Tinha olhos verdes e um sorriso infantil, capaz de encantar qualquer garota que estivesse distraída demais para resistir.

Edward relaxou visivelmente com o comprimento amigável do superior e respirou fundo, enquanto enlaçava a mão com a de Isabella.

- Isabella Swan, há quanto tempo! – Emmett ignorou o olhar interrogativo de Edward e encarou a bela morena que havia tomado seu coração há anos atrás. A garota emudeceu, e quase agradeceu quando ouviu a voz estridente de Rosalia Hale se aproximando.

- O que está acontecendo aqui? – a mulher perguntou rudemente, mas sua expressão mudou quando viu Emmett, parado a poucos metros de distancia. Parecia feliz, mais do que feliz, radiante. – Emmett! – a moça falou ao se jogar nos braços do homem.

Isabella e Edward se encararam antes de olhar mais uma vez para o casal abraçado. Ambos sem entender coisa alguma.

- Não sabia que tinha chegado. – Rosalie continuava a falar, ignorando as outras duas pessoas presentes no local.

- Rosalie, acredito que eles precisam de uma explicação. – Emmett disse docemente a loira, que olhou para Isabella e Edward a contra gosto.

- Isabella, Edward, esse é meu noivo, Emmett McCarty. – a moça falou, ainda abraçada ao homem, que a fazia parecer pequena.

- Noivo? – Isabella engasgou com a própria saliva, fazendo Emmett gargalhar fortemente, e o noivo o olhar de maneira indagadora.

- Você continua encantadora Bella. – o general comentou enquanto continuava a rir e Edward arqueou a sobrancelha para a noiva, pedindo uma explicação. Ela se encolheu.

O obvio pareceu atingir Emmett McCarty tardiamente, pois só agora ele podia ver o quanto Isabella se encolheu quando ele disse aquelas ultimas palavras, o noivo da moça não sabia, assim como Rosalie não sabia. E o encarava de maneira nada amigável.

- Céus! Ele não sabe, não é? – perguntou a moça que desejou sumir naquele momento, enquanto negava com a cabeça. – Mas você sempre foi uma garota tão aberta, com exceção de seu pai, todos conheciam essa história. – ele comentou pensativamente. - Edward, veja meu amigo… - começou cautelosamente, sabia que o tenente a sua frente tinha posse de uma arma a poucos centímetros de distância, o que não acontecia com ele, que havia deixado sua defesa em casa. O rapaz mais jovem não parecia nada satisfeito com a descoberta de um ex-namorado da garota que estava com ele no momento. - Isabella foi… minha namorada. – disse simplesmente, sentindo os olhos de Rosalie perfurarem sua face.

- O que? – sua noiva pediu entre dentes.

- Foi há muito tempo. – Isabella interviu. – Eu ainda estava no colégio. – disse como se não importasse.

- Namorou seu orientador? – Edward perguntou firmemente a noiva.

- Ora Edward, não me venha com essa. Foi noivo da minha tenente e não disse nada. – a moça rebateu deixando o noivo sem fala.

- Muito bem, muito bem. Por que não conversamos tomando um café? – Emmett tocou o braço de Edward, que continuava a fitar a noiva de maneira magoada, ignorando o pronunciamento de um relacionamento entre Edward e Rosalie, ele pouco se importava com o passado.

- Edward, são acasos. Coincidências. Por favor, pare. – Isabella falou ao noivo enquanto caminhava a seu lado e tocou levemente seu braço, querendo, pela primeira vez, uma proximidade maior com ele. Emmett e Rosalie estavam mais a frente de mãos dadas. O general não parecia estar tendo muito sucesso nas explicações que dava a noiva.

- Tudo bem Isabella. Eu entendo. Só não se esqueça de uma coisa. – ele disse calmamente enquanto parava diante dela. O ciúme o corroia por dentro, imaginando sua Isabella nos braços de outro, e sentia uma necessidade incontrolável de marcar território.

- O que? – a moça parou e o encarou. Tinhas esperanças de que ele superasse aquele episodio e que eles pudessem iniciar o noivado de maneira correta, pois agora, sabia que não estava com ele apenas para ver a satisfação do pai, sentia algo por Edward Cullen, e estava disposta a fazer aquele pequeno sentimento crescer e dar frutos.

- Não quero mais nenhuma coincidência. – ele disse antes de tomar os lábios da moça em um beijo faminto.

Fim 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, deixem seus cometários, isso é muito importante para mim.
Mais histórias no blog: hopelavelle.blogspot.com
Leiam Pianist: http://www.fanfiction.com.br/historia/129471/Pianist

Beijos
Hope