Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 8
Capítulo 8: Infantil e Babaca


Notas iniciais do capítulo

Desculpeem a demora, mas eu tb não tive mt vontade de postar por causa dos reviews =/

VAMU LÁÀ povãão, mais reviws = mais capitulos



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Infantil e Babaca

  Me levantei da cama, sentando-me e levantando em seguida. Droga, hoje tinha Supernatural...

  Por que diabos minha cabeça doía tanto?!

  Liguei a tevê da sala, escutando papai cozinhar. Vênus subiu no meu colo depois que me deitei no sofá, e acariciei seus pêlos alaranjados, e coloquei na Warner.

-Droga, perdi cinco minutos do episodio.

  Reclamei para mim mesma, enquanto admirava a beleza do Dean.

  Eu estava na paz, até algum infeliz tocar a campainha.

-Lisa!

-Ah, pai, não dá não! To vendo o Sam matando lá o demônio, sinto muito. Manda o babaca do Chad, que não faz porcaria nenhuma o dia todo!

  É, ele estava matando aula. Mas só eu sabia disso, meu pai não.

-Lisa Favret, atenda essa porta já!

  Ele gritou da cozinha; e eu xinguei o mundo e o desgraçado do outro lado da porta.

  Girei a maçaneta, os olhos grudados na tela.

-Quem é?

  Perguntei, antes de puxar a porta.

-Eu.

  Puta merda...

  Abri a porta tão rápido que meus cabelos chegaram a voar para trás.

-Olá.

  Tinha que ser o desgraçado do Brian. Revirei os olhos e fechei a porta. Teria conseguido, se seu pé não tivesse entre ela.

-Isso não é muito educado.

-Ah, jura? E eu que pensei que você fosse burro.

  Revirei os olhos novamente, e reclamei quando os comerciais acabaram.

-Olha, estou no meio de uma coisa importante, pode voltar mais tarde?

  Eu tentava ser educada.

-Não seja presunçosa! Não vim falar com você, vim falar com seu pai.

  Disse, bufando, entrando na casa como se eu tivesse (novamente digo isso) dividido meu lanchinho no primário. Fiquei encarando-o boquiaberta, ate me convencer que babar o Dean era melhor, e ignorar sua presença na minha casa também.

  Eu tentava não imaginar o que meu pai teria para falar com um sujeito como ele.

  Logo o episodio acabou, e os dois continuavam conversando como duas velhas fofoqueiras no portão de casa. Revirei os olhos e fui até a cozinha, cruzando os braços e me apoiando na pilastra da entrada. Encarei os dois com um olhar curioso.

-O que estão conversando?

-Nada do seu interesse, meu amor.

-Hum, sei.

  Disse, me virando de costas e indo atender o meu celular que começava a tocar freneticamente “Estranged”, do Guns.

  Depois de dar Supernatural, só podia ser uma pessoa.

-Oi, Avril.

-MENINA! VOCÊ VIU O QUE ACONTECEU COM O SAM?

  Revirei os olhos, me sentando na varandinha do apartamento.

-Avril, esse episodio foi reprise.

  Ela não se tocou que deu o mesmo na semana passada?

-Eu sei, garota, mas eu não me conformo!

  Suspirei.

-Nem eu. Olha, posso ter ligar daqui a pouco? To com um pequeno problema aqui em casa.

-Aconteceu alguma coisa? O que?

  Ela começou a falar enrolado, e deduzi que estava com sono ou comendo algo.

-Brian está aqui.

  Escutei-a engasgar alguma coisa assim que disse. É, ela estava comendo.

-Como?! Brian está na sua casa? Huuuuuum, ele tá fazendo o que aí, Srta. Favret?

-AI! SUA NOJENTA! Não é nada disso, Deus me livre!

  Eu dizia, com repulsa.

-Falando de mim?

  Dei um berro assim que Brian apareceu na porta da varanda, caindo da cadeira. Ele prendeu um riso, se virando de costas. Vi seus ombros balançarem e senti uma ligeira vontade de acertá-lo com o vazo de planta aqui.

-Tchau.

  Disse logo para Avril, desligando o telefone e interrompendo as suas palavras. Me levantei, e acertei um tava no seu ombro.

-Está maluco? Você fica escutando conversa alheia agora, seu fofoqueiro?

  Perguntei sussurrando.

-Isso te incomoda?

-Mas é claro!

-Ótimo, vou fazer isso mais vezes.

  E se virou, gesticulando para que eu viesse abrir a porta para ele. Oh, meu Deus, dai-me paciência para não acertar com a vassoura na cara dele...

  Com passos pesados e largos, abri a porta e o empurrei para fora.

-Vai! Sai da minha casa, seu convencido de uma figa, rala daqui!

  Eu tentava empurrá-lo pelas costas, mas ele ficou completamente imóvel. Quando eu finalmente consegui empurrá-lo, ele me puxou junto para fora e me tacou contra a parede, encarando-me nos olhos.

  Eu vou bater na cara dele!

-Presta atenção aqui, ô sua anã de jardim!

-Está me chamando de que? Quem você pensa que é, Brian haner Elwin Junior?!

  Eu perguntei, tentando não gritar. Ele ergueu uma sobrancelha, dando um sorriso torto.

-Sabe meu nome todo?

-Se o professor parasse de falar ele, eu não ia saber!

  Disse, fuzilando-o com os olhos.

-Mas isso não muda o fato de que você parece um peso de papel.

  Disse, e saiu correndo.

-Vem aqui, seu medroso!

  Eu gritei pelos corredores, calçando os chinelos e saindo correndo atrás dele. Ele desceu as escadas correndo, e quase rezei para eu não cair, e quando em fim consegui alcançar ele, ele de repente me deu um abraço e disse:

-Oi, Sra. Taylor. Tudo bom?

  Disse, e a mulher encarou-nos como se fossemos completos idiotas. Sorri também, ao me lembrar de que ela era sindica, abraçando Brian e cravando minhas unhas em seu braço. Ele suspirou, e eu ri.

  Quando a velhinha passou, no soltamos e eu logo pensei que precisava de um banho com máxima urgência.

-O que você está fazendo?!

  Perguntei, enquanto ele passava a mão pelo braço machucado.

-Está maluca? Aquela velha é do mal, minha filha!

  Aí eu não me agüentei, e comecei a rir da cara dele. Ele só podia estar brincando, certo? Estava mesmo com medo de uma velhinha toda quebrada e inofensiva? Ah, me poupe.

-Qual é a graça?

-Você... hahahaha... você tem medo da... hahahaha!

  Eu não conseguia terminar nem se quer uma frase. Já chorava de tanto rir, e minha barriga doía.

  De repente, Brian me acertou com um tapa na cabeça. Parei de rir na hora e o encarei, acertando outro tapa nele. E ele em mim. E eu nele.

  Aí ele correu.

-Você só sabe correr de garotas, seu idiota?

  Perguntei, vendo-o ir para fora do prédio, se molhando no pé d’água que caía la fora. Sai, mas fiquei debaixo da cobertura.

-Ah, vem me pegar, valentona!

  Ele gritava, no meio da rua, já completamente ensopado.

-Não vou me rebaixar ao seu nível, Brian.

  Nós tínhamos que gritar para um escutar o outro, no meio do barulho da chuva.

  Ele pareceu pensar durante alguns minutos, e depois sorriu maliciosamente para mim.

-Sabe de uma coisa? O Billie Joe é feio pra cacete.

  Senti um ódio imenso correr pelas minhas veias, mas entendi o que ele queria. Queria que eu fosse até lá, me molhasse e tomasse bronca depois do meu pai. Ele pensa que eu sou burra?

-Não vai conseguir me confrontar, seu idiota!

  Gritei.

-Então venha aqui e prove que você é mais inteligente que eu!

-Sem chance.

  Disse me virando de costas e dando dois passos. Até escutar isso:

-Eu sabia! É só mais uma poser do Greenday!

-Criancice.

  Disse fincando as unhas nas palmas das mãos. Não, eu não vou lá.

-Se você não vier, eu vou.

  Brian me puxou pela mão, arrastando-me para a chuva.

-Brian, já chega! Para, Brian! Não posso chegar molhada em casa.

-Para de ser chata, vem de divertir!

-Quem é você para saber que eu sou chata? Quem te garante isso?

-Você mesma!

  Ele ria da minha cara, e logo depois eu já estava debaixo da chuva, completamente ensopada, tentando voltar para dentro.


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