The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 27
Congratulations Mommy


Notas iniciais do capítulo

E aí gente,demorei mais estou aqui com um capítulo novo,meio que uma inspiração inexplicável do além.Bem,espero que gostem e que não achem muito confuso,se estiver,com calma eu vou acertando.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135363/chapter/27

Olhei assustada pra Zacharias, ele se aproximava me fulminando com os olhos, todos o encaravam apreensivos.

-Como você pôde?Ele é um mestiço de demônio!Tem noção do que isso significa?!- ele gritava me segurando pelos braços.

Suas mãos pareciam estar no meu pescoço, me sufocando.

-Me... Me larga Zach- eu sussurrei.

-Você é uma ingrata mesmo depois de tudo o que fizemos por você, você ainda continua aquela patricinha egoísta e orgulhosa, aqui não está em jogo com quem você vai transar, mas quem ganhará uma guerra envolvendo bilhões de pessoas mortas se perdermos, bilhões!- ele exclamava-não posso te forçar a nada, mas pelo amor de Deus, tenha um pouco mais de senso!

Aquelas palavras estavam estampadas na minha frente côo e estivessem gravadas no ar que agora tinha se tornado rarefeito. Senti-me traída, deslocada, fora de rota.

-Me desculpe, eu não sabia, Chuck me pareceu... Diferente- eu sussurrei.

-Ele não é o eleito das trevas, mas mesmo assim, isso podia te tornar suscetível a ele, você não entende os riscos?- ele disse mais calmo.

-Pare de tratar isso como uma estratégia de guerra!Não sou algo a ser usado, muito menos uma matriarca de sei lá o que!- eu exclamei voltando de meu estado inerte.

Zacharias olhou pra porta e sorriu maldosamente, não sei o porquê, mas eu me ericei ao vê-lo assim.

Num piscar de olhos eu estava novamente sentada na sala com minha família ao lado, encarando-me como se eu fosse um experimento.

Comecei a me sentir mal, minha vista estava se turvando e meu estomago dava voltas, eu estava ali de corpo, mas de alma com certeza não, temia por Chuck.

-Dean, o que vai acontecer com Chuck?- perguntei.

-Provavelmente deve estar morto- ele respondeu seco.

-Não!Dean, ele não fez nada!- eu tentava argumentar.

Levantei fazendo menção de correr, sair dali pra nunca mais voltar, e principalmente tendo Chuck vivo comigo. Senti um puxão pela nuca e depois uma sonolência estranha, profunda.

Abri os olhos e eu estava sozinha num lugar branco, a atmosfera era tranqüila e alegre, mais contrastando com isso estava meu medo e confusão, onde eu estava?

-Chamaremos isso de treinamento Annice, já que é algo que você fará; sua profecia não era como a de Dean e Sam, Dean pôde correr, ele era secundário, mas você não, nós dependemos de você. Então relaxe por enquanto, aproveita a situação- Zacharias disse- e tente cuidar de seu filho.

Pisquei e ele tinha saído, comecei a escutar barulhinhos, balbucios invadindo a sala branca,quando olhei de novo e cena era bizarra,vários bebês vinham ao meu encontro se aproximando cada vez mais e fazendo minha claustrofobia ir a mil.

Tentei sair dali, mas a única coisa que encontrava eram paredes e mais bebês se aproximando, eles eram de todo o tipo e um mais fofo que o outro, mais já que eles me perseguiam eu não achei nada disso fofo. Por fim eu vi mais dois bebês entrarem, um casal que vinha junto ao meu encontro, a essa altura eu já tentava escalar as paredes pra fugi daquilo, jurando que era um pesadelo macabro.

O bebê que entrou por último era lindo, incríveis olhos azuis contrastando com a pele branca e lindos cabelos castanhos, por algum estranho motivo a criança me lembrou Dean. Saí de minhas abstrações enquanto corria tentando não pisar nos bebês, aquilo era estranho demais.

O pequeno bebê sorriu calidamente pra mim esticando seus gordos bracinhos em minha direção, os outros por sua vez, principalmente a menina queriam atacá-lo subindo em cima dele e puxando seus cabelos. Em poucos segundos o lindo bebê estava soterrado por inúmeras crianças e chorando desesperado, reagi aquilo empurrando a todas aquelas crianças cruéis e pegando-o protetoramente em meus braços, as crianças avançavam pegando em minhas caças quase como se quisessem me escalar; vai parecer maldade, mais eu chutei cada uma delas até saírem de perto, mais não adiantava; principalmente a menininha agarrava minhas pernas furiosamente, e seus olhinhos lilases me encaravam marejados; o bebê que eu segurava chorava desesperadamente se segurando em meus braços como se estivesse com medo.

-Zacharias, socorro!- eu gritei em desespero.

Fechei meus olhos, mas continuei ouvindo o choro interminável daquela garotinha, minha alma doía por ouvir seu choro tão desesperado, esticando seus braços pra mim e me olhando com aqueles bizarros olhos lilases que pareciam transpassar minha alma, segurei o bebê mais forte ainda em meus braços agora que estávamos ali somente eu, ele e aquela garotinha.

Coloquei a criança no chão e me encolhi na parede, eu nunca tive medo de nada em particular, mais aquilo era realmente assustador, aquelas duas crianças se aproximando de mim era bizarro.

-O que são vocês?- perguntei retoricamente.

-São anjos nascidos, um representa o bem, e a outra o mal- Zacharias apareceu atrás de mim- que bom que os reconheceu.

-Reconheci?Pra que eles estão aqui, o que eu tenho e ver com eles?- eu perguntei.

-A mãe deles foi morta te protegendo, a matriarca deles morreu no dia em que sua mãe morreu, o mínimo que você pode fazer é cuidar deles, uma dupla de mestiços, só que um é doce, mais anjo do que humano, e a outra é mais humana do que anja, um problema quando se trata de gêmeos.

-E você tá pensando o que?Que eu vou criá-los?Zacharias, isso não faz sentido algum!- eu exclamei.

-Aquela anja deu a vida por você, após ter engravidado, ela se doou completamente pra te salvar, acho que é o mínimo, mais a garota não é sua, ela é de Jennifer- ela disse- entenda isso como um treinamento, eles são sua responsabilidade agora.

Senti aquela sonolência estranha de novo, aquela moleza e estado de inércia, mas estranhamente eu só conseguia pensar naquelas duas crianças.

Senti-me sendo chacoalhada de um lado pro outro, abri os olhos e minha irmã me encarava preocupada.

-O que aconteceu?- ela perguntou.

-Zacharias veio com um pão estranho pro meu lado, e agora estou aqui- respondi.

-É; junto com esses dois aqui- ela disse apontando pra dois cestos, dentro deles estavam as duas crianças daquele lugar.

Dei um pulo e quase corri daquele lugar, aquilo era bizarro demais, e aquelas crianças ainda me assustavam.

-Isso não é normal- eu sussurrei.

-Castiel, nós temos um problema aqui- Jennifer sussurrou.

Castiel apareceu e encarava os cestos num misto de surpresa e felicidade, não entendi bulhufas.

-Então você é a responsável por eles?Fico feliz- ele disse se aproximando.

-Ei, eu não sou responsável por nada não, não sei nem por que essas coisinhas estão aqui- eu disse apontando pros cestos.

-Eles não são coisinhas, e você vai cuidar deles- Castiel sibilou.

Ouvi um balbucio, que depois se transformou num choro e depois em outro, olhei pro lado e vi as duas crianças chorando e olhando pra mim, agora que tinha ferrado tudo!

O menino parecia menos, mais indefeso do que eu me lembrava, a menina a mesma coisa. Senti uma dor estranha e quando olhei eu estava toda suada, deitada na cama de casal em que Sam dormia com duas crianças ao meu lado sujas do que me pareceu ser sangue, eu olhei confusa e tentei levantar sentindo aquela dor de novo me fazendo sentar no processo.

Ouvi barulhos de ambulância se aproximar rapidamente e pés ritmados correrem escada acima. Olhei de novo e um médico e dois enfermeiros me encarando da porta.

-Uau moça, nós não chegamos na hora, mas você parece bem depois de um parto de gêmeos feito em casa- o enfermeiro disse- agora temos que levar vocês pro hospital.

-Hey, peraê, que papo é esse?Eu não vou pra hospital nenhum!- eu exclamei alterada.

-Note bem, eu entendo que você esteja com dor, mas precisamos ir pro hospital pra poder registrar as crianças- o médico disse- e temos procedimentos.

-Sou cirurgiã neurologista meu senhor, sei disso, vamos então – eu disse resignada e me levantando.

-A senhora não pode andar, espere que nós vamos buscar as macas- o enfermeiro disse.

Levantei teimosa já não sentindo nada além de estranhas pontadas; Zacharias queria o que, que eu assumisse aquelas crianças como minhas?Eu o odiava!

Levantei e vi duas bolsas de maternidade em cima de uma cadeira, definitivamente eu odiava Zacharias!

-Podemos pegar os bebês?- os enfermeiros disseram.

Assenti e comecei a descer as escadas lentamente fumegando de raiva. No andar de baixo Nataniel me encarava confidente enquanto Dean se segurava pra não rir.

-O pai pode acompanhar se quiser, na ambulância eu digo- o médico falou saindo.

Saí da casa olhando os enfermeiros com os cestos nas mãos, pra todos os efeitos agora eu seria mãe daquelas duas crianças estranhas.

Nataniel entrou silencioso na ambulância comigo, atrás todos nos seguiam de carro.

-Uau, eu sou pai e nem tive que transar- ele murmurava olhando pros cestos- mais ao menos eles são bonitinhos.

Olhei na mesma direção que ele e vi os dois ressonando tranquilamente.

-Como eles vão se chamar?- Nataniel perguntou me encarando.

-Não sei, estou aceitando sugestões- eu respondi.

-Ava- ele disse.

-Como?- eu perguntei.

-Ava, Ava Elizabeth, e o garoto é por sua conta- ele respondeu.

Sorri de lado enquanto via Nataniel encarar aquelas crianças, que agora pareciam tão minhas; tão nossas. Esse seria o tal “sentimento materno”.

Chegamos rápido a um hospital/maternidade da região, saí olhando pros lados com Nataniel segurando minha mão e os bebês na outra, ele era forte pra apoiar dois cestos com bebês num braço só.

Entrei no hospital e fiz os exames de praxe e o médico dizendo que nunca tinha visto uma recuperação tão rápida, que nem parecia que eu tinha tido filhos.

Fiquei sentada no quarto esperando a liberação das crianças, Nataniel esta sério ao meu lado.

-Nate, o que foi?- perguntei me aproximando.

-Nada- ele respondeu olhando pro chão.

-Nate, esses seus olhos azuis não me enganam, alguma coisa tem aí- eu disse virando seu rosto pra mim- fala comigo?

-Agora eu sou pai Annice, pai!E não sei como vou sustentar uma família, e não quero depender de seu dinheiro, eu quero ser capaz de cuidar de minha família!-ele exclamou passando a mão pelos cabelos.

-Nate, isso aqui é imagem, não somos pais, você não tem compromisso nenhum aqui- eu disse encarando-o.

-Você que acha; você não sente isso Annice?Não os sente como seus?- ele perguntou segurando minhas mãos- somos uma família agora.

Eu não queria admitir, mais eu sentia aquilo, sentia o compromisso que ele sentia, mais eu só tinha uma pergunta a fazer: Seria aquilo verdadeiro ou só mais uma ilusão cruel de Gabriel?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gente,o que acharam?
Vejo vocês no próximos capítulos! O/ e não se esqueçam de comentar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Third Winchester" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.