The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 24
Destiny jokes- parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ainda tem continuação...



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Dirigi quase alucinada até a casa de Bob. Saí correndo irrompendo na sala.

Olhei pra cada um ali e só faltavam Dean e Sam. Subi as escadas correndo e por pouco eu não estourei a porta de Sam. Cutuquei-o e nada e me lembrei do que Gabriel me disse, mas eu não o faria se tivesse outra saída. Olhei atenta ao redor, o lugar parecia diferente, a cama agora era de casal e onde ficava uma mesinha agora tinha uma porta. Fiquei curiosa e a abri com certeza sem estar pronta pro que vi.

Tudo a minha volta era bizarro, onde ficava o quarto de Dean agora era um quarto de bebê em proporções adultas, o ambiente era decorado em verde pistache e ursos marrons, um contraste muito delicado. Ouvi um doce ressonar e fui até uma cama de solteiro com grades e um móbile de ursos, logo então aquilo era um berço gigante. Mas isso ainda não foi o que me chocou, Dean estava ali deitado vestido com um macacão azul.

-Eu também fiquei pasma quando vi isso também, você de todos nós deve saber o que está acontecendo não é?- Hellen perguntou da porta- nenhum dos dois acorda por nada.

-Gabriel aconteceu Hellen, aquele anjo maluco quer me fazer acatar a profecia, coisa que não farei. E segundo ele, eu devo estar preparada pra ser mãe e esposa, isso explica por que Sam e Dean estão assim- eu expliquei.

-E o que os fará acordar?

-Não vou falar Hellen.

-Annice, eles estão inertes, se não despertá-los eles vão morrer de fome, mas eu acho que despertá-los não é o problema não é?O que te perturba é o que romperá isso não é?- Ela deduziu e eu assenti.

-Pra quebrar isso eu tenho que beijar Sam apaixonadamente Hellen- sussurrei.

Ela ficou sem reação, eu por minha vez tinha que despertá-los e o que eu teria que dizer com certeza não queria sair de meus lábios.

Encarei Sam dormindo tranquilamente enquanto Hellen me deixava no quarto com ele, suspirei resignada e comecei a sussurrar em seus ouvidos:

-bom dia amor, já está tarde.

Ele rolou pro lado e depois voltou me abraçando sonolento.

-Bom dia amor, Dean já acordou?- ele perguntou rouco.

Levantei e fui até o segundo quarto, me aproximei do berço e comecei a sussurrar:

-bom dia bebê da mamãe, acorde que o sol já nasceu.

Senti mãos passarem por minha cintura, e depois Sam me sentou em um tipo de poltrona. Olhei confusa enquanto ele sorria pra mim me pedindo pra esperar. Ele se virou e levantou Dean do berço até colocá-lo sonolento em meu colo.

-Você não vai amamentá-lo?-Sam perguntou- é melhor você fazê-lo antes que ele chore Anny.

Dean foi abrindo lentamente seus olhos verdes e me olhou parecendo um tanto quanto confuso antes de fazer um bico muito fofo e começar a resmungar baixinho.

-Certo, então pegue a mamadeira- eu disse.

Sam me olhou confuso, e veio pra perto colocando a mão delicadamente em meu seio, olhei confusa pra baixo e vi que ele olhava pros meus peitos, mas mais enfaticamente pro círculo úmido que se formava em meu vestido. Come é que é?!Aquilo era leite?O que Gabriel estava pensando?Que eu amamentaria meu próprio irmão?

Fui tirada de minhas abstrações pelo choro alto de Dean que praticamente berrava clamando por minha atenção. Sam me encarava parecendo confuso.

-Annice, ele está com fome, tá tudo bem?- ele perguntou.

Fechei os olhos tentando não imaginar o que eu faria em seguida, puxei uma das alças que sustentavam meu vestido e deixei um de meus seios à mostra. Dean me encarava parecendo faminto, engoli em seco e coloquei meu seio em sua boca, o que ele começou a sugar avidamente. Sem minha permissão uma lágrima escorreu por meu rosto.

-Amor, está tudo bem?Fala comigo, Annice?-Sam pedia aflito.

Continuei com meus olhos fechados tentando não pensar no que estava fazendo, acenei com a cabeça e Sam suspirou aliviado enquanto afagava minha cabeça.

-Olhe, eu sei que ficar só nós dois de novo aqui em casa depois de vinte dias do nascimento de nosso bebê, entendo que deve ser difícil, mas acho que já está na hora de sua família nos deixar um pouco a sós- Ele disse.

Abri os olhos e dei Dean de volta a Sam; saí correndo escada a baixo e encontrei na mesa um bilhete de Jennifer.

“Maninha, essa luta é sua, nós temos que caçar alguns monstrinhos por aqui, mas o que precisar me liga tá bom. Olhe, eu entendo que você deve estar nos odiando agora, mas você sabe que a única que pode dar fim nisso é você.”

Se cuida, bjos, Jennifer

Sentei no sofá e suspirei; aquilo estava em minhas mãos.

Subi as escadas de novo e fui até meu quarto, pelo menos estava tudo igual. Coloquei outro vestido solto e cheio de babados que eram emendados uns nos outros e ia até minhas coxas, era um mini vestido.

Respirei buscando não o ar, mas coragem, e fui de novo pro quarto ao lado.

Dean chorava novamente, então eu concentrei minha mente em mandar força pro meu corpo e o peguei no colo deixando Sam ali parado e confuso. Peguei uma chupeta que estava em cima da cômoda e coloquei em sua boca, fazendo-o parar de chorar e passar pra um suspirar cálido.

Desci devagar até a sala e fiquei ali ninando Dean delicadamente, fechei meus olhos e senti outra lágrima cair por meu rosto sem meu consentimento. Passei as mãos pelo cabelo quase derrubando Dean no processo. Prestei mais atenção e vi que Dean tinha em sua expressão uma serenidade e inocência que me surpreenderam, ali não tinha aquele olhar desconfiado e paranóico de sempre, encarei-o mais e ele sorriu docemente de volta.

Aquilo mal tinha começado e já tinha se tornado doloroso pra mim; abracei Dean e me permiti chorar.

-Amor, conversa comigo, por favor, está tudo bem?Isso é depressão pós-parto?- Sam perguntou acariciando meu rosto.

-Não Sam, eu só fiquei com saudades de minha irmã, está tudo bem- menti.

-Annice, você se arrepende de nosso casamento, é isso?Não está feliz com nossa família?- Sam perguntou.

-Não é nada disso Sam, eu nunca disse isso tá legal?Só estou um pouco mexida com tudo isso, entenda, isso é novo pra mim, novo pra nós, vamos com calma tá legal? – eu disse baixinho.

Sam sorriu e foi pra cozinha e voltou trazendo um cup cake todo confeitado na mão, Dean olhou aquilo com interesse, mas Sam colocou o doce na mesa de centro e pegou Dean de mim

-Esse é da mamãe garotão, você já comeu - Sam disse pra Dean em tom de advertência.

Sorri e comi metade do cup cake e dei a outra metade pra Sam e dei um pouco do creme na boca de Dean que cuspiu e sorriu como se desafiasse Sam. Depois disso Dean começou a soluçar e a querer chorar de novo, peguei-o de volta no colo e se não estivesse enganada, Dean estava molhado.

-Ih mamãe, acho que Dean está molhado – Sam disse sorrindo- você vai trocá-lo ou dar banho de uma vez?

-Me ajuda Sammy?- perguntei levantando.

-Nunca gostei desse apelido e você sabe disso, quantas vezes vou te pedir pra parar hein Annice?- Sam disse seco.

-Faço isso sozinha sem problemas Samuel, prefere assim?- eu rebati ríspida.

-Amor, desculpa vai, é que... Que você sabe que eu não gosto que me chamem assim- ele tentou se explicar.

-Sem problemas Samuel, não vou mais te chamar assim, agora com licença que Dean vai ficar com assaduras se continuar molhado- eu falei contornando-o e subindo as escadas.

Entrei no banheiro trancando a porta, liguei a ducha e deixei a água cair na banheira. Dean me encarava sério.

-Que é?Foi ele quem começou- eu disse.

Tirei aquele macacão de Dean e o deixei só de fralda sentando no que me pareceu um trocador. Tirei sua fralda deixando-o totalmente nu e evitando olhar pra baixo eu o sentei na banheira de água morna.

O ensaboei todo e fui esfregando sua pele macia desde o dorso até os pés, Dean tinha o corpo perfeito de homem másculo e um rosto angelical que contrastava com toda sua pose de machão inveterado. Ali era fácil não ter vergonha de imaginá-lo chorado como tantas vezes eu o peguei se escondendo pra fazer.

Agora quem queria chorar era eu, como eu beijaria apaixonadamente meu próprio irmão?Afastei as imagens que se formavam em minha mente de Sam correndo as mãos por meu corpo e me puxando num beijo avassalador.

Terminei de dar banho em Dean e comecei a secá-lo me sentindo estranha enquanto eu passava a toalha por todo o seu corpo. Enrolei-o ao máximo que pude na toalha e levei-o de volta ao quarto onde Sam estava sentando na cama, Deitei Dean ali enquanto entrava o outro quarto procurando pelo que eu precisava.

Peguei um lindo macacão verde musgo com pequenas estrelas bordadas na gola redonda, pomada, uma fralda e uma calça plástica. Voltei ao quarto e troquei meu irmão em silêncio enquanto Sam me encarava. Peguei-o de volta e comecei a descer as escadas novamente.

-Por quanto tempo ficaremos assim hein?- Sam perguntou vindo logo atrás de mim.

Deitei Dean no tapete no chão da sala, e sentei ao seu lado enquanto ele parecia brincar com meus dedos.

-Vai depender de você Samuel- eu retorqui.

-Amor, nós temos um filho agora, eu sei que tudo está parecendo novo, assustador, eu também me sinto assim. Eu quero ser maduro pra cuidar de você e de nosso filho, e acabo me esquecendo de levar na boa algumas coisas, entenda que é difícil pra mim como é pra você- ele disse sentando ao meu lado.

Sam será um marido; pai e homem maravilhoso quando achasse alguém que o entendesse e completasse esse meu irmão era bem mais sensível do que Dean e não tinha medo de externar suas emoções, prova disso é que uma lágrima rolava por seu rosto. Como poderia ser um anjo do Senhor tão cruel a ponto de tirar a vontade de alguém de manipulá-la assim, não sou melhor que um anjo, mais ao menos tinha sentimentos. Será que ele não enxergava o quão eu estava sofrendo por ter meus irmãos assim, e por ter que me submeter a algo tão tosco pra tê-los de volta?

Puxei Sam num selinho delicado e fraternal.

-Amo vocês, amos vocês dois mais que tudo no mundo, vocês são a única coisa que eu tenho no mundo- eu declarei.

-Então, vamos pedir o que pra comer?- Sam perguntou disfarçando uma lágrima traiçoeira.

-Peça o que quiser amor, não ligo, mais não compre bebidas com álcool já que eu não posso se quiser compre pra você- eu disse passando as mãos nos cabelos de Dean.

-Acho que não vai precisar amor, tem aqui uma pizza pra assar, e o suco que você gosta, eu não preciso ir comprar nada. - Sam disse olhando na geladeira.

Precisava que ele saísse, e rápido.

-Amor, se eu te pedir uma coisa você faz?Quero uma torta de cereja e sorvete de creme pra sobremesa, compra pra mim?- perguntei docemente.

-Ahn, tá certo então amor,vou comprar e já volto,vou por a pizza no forno e já vou.

Sam saiu rápido e eu subi colocando Dean de volta no berço. Respirei fundo e fiz o que era preciso.

-Gabriel, eu sei que está me ouvindo seu desgraçado, apareça!- eu sussurrei.

Esperei de olhos fechados por algum som, uma nuvem ou coisa do tipo, nada. Abri meus olhos e ele estava lá me encarando.

-Que sem graça, não teriam nuvens ou coisa do tipo?- perguntei decepcionada.

-Há!Não gosto de entradas triunfais meu bem, como também não gostei da sua ofensa- El disse sorrindo.

-Você não pode me tocar não é?A chave disso tudo é o que?Fazer-me sofrer já que não pode me ferir fisicamente?Você é patético, mas me fale, pra que tudo isso?- eu perguntei sarcástica.

-Você na entende agora, mais vai entender no final que isso é um exercício dois em um meu bem, eu tenho métodos diferentes pra alcançar objetivos- ele disse.

Ouvi Dean chorar e me virei, quando voltei, ele não estava mais lá. Peguei meu bebê tamanho extra no colo e me deitei na cama de casal com ele ao lado. Algum tempo depois eu adormeci com Dean em meus braços.

-Anny, amor, acorda vai- Sam sussurrou me cutucando de leve.

Abri os olhos e sorri delicadamente enquanto Sam me dava um selinho.

-Já estou acordada, eu acabei pegando no sono depois de ninar Dean- menti.

-A pizza já está assada amor, põe o Dean no berço e vem comer comigo – ele disse me beijando de novo.

Fiz assim e desci as escadas chegando até a cozinha; a mesa estava perfeitamente arrumada.

-Que mesa linda Samuel- eu disse.

-Amor, eu já te pedi desculpas por isso não?Não me chame de Samuel- ele disse vindo ao meu encontro- dança comigo?

Sam ligou o rádio da sala em um volume médio, e tocava La cumparsita num tipo de versão remixada. Ele veio tirando a camisa lentamente até encaixar nossos corpos e começar uma dança quente e cheia de mãos em lugares indevidos, a cada volta eu me sentia arfar e comecei acompanhar o ritmo. Sam era intenso, mas não era bruto como um dançarino de tango deveria ser, suas mãos e seu jeito me provocavam, mas não provocavam o fogo que essa dança deveria ter.

-Você é quente, como eu tive sorte de achar alguém tão incrível assim hein?- ele disse me puxando pra um beijo delicado e envolvente que foi tomando forma e se transformou num beijo quente, cheio de paixão, mas não era eu quem sentia aquela paixão.

Sam me amava mais eu sabia que aquilo era errado, por que ele foi induzido, não sabia o que estava fazendo. Liberei sua boca e coloquei a cabeça em seu peito sentindo o pulsar forte e ritmado de seu coração. Sam tinha pegada, mas não era o meu tipo de pegada, eu gostava de carinho, mais gostava mesmo é de alguém que realmente me fizesse dele.

-Eu sei, eu sou incrível mesmo, e sou quente, mais daqui a pouco não vou poder dizer o mesmo da pizza- respondi me afastando.

Saí de seu abraço desajeitado e corri pra mesa me sentando em frente aquela maravilhosa pizza de queijo.

-Pode deixar que eu te sirva amor- ele disse puxando um pedaço pro prato dele- vem, aqui na sala, come comigo.

Sam se sentou comigo entre suas pernas e começamos a comer aquela pizza juntos ao som de várias músicas românticas. Sam não merecia ser enganado mesmo indiretamente e Dean não merecia ficar assim.

Fechei meus olhos e comecei a manipular meus próprios sentimentos me fazendo sentir um amor sem medidas e, pra tomar coragem um pouco de luxúria me faria bem. Beijei Sam com todo o amor que eu tinha, mais era amor carnal associado com amor fraternal, o amor imenso que eu sentia naturalmente por ele fizeram com que eu sentisse uma explosão de sentimentos quase que mágica.

Sam se libertou de meus braços e subiu pro quarto, sorri satisfeita por enquanto. Aquela loucura todo tinha acabado e sinceramente espero nunca mais ver aquele projeto perturbado de anjo.

-Nossa você foi rápida nessa não é?Sam foi um prato fácil, mas agora quero ver como você se comporta com o representante da luz, acho que com Dean o negócio vai ser diferente não é?- Gabriel perguntou sorrindo.

-Isso não é justo, pare com isso!- eu sibilei.

-E que disse que te perguntei alguma coisa, meu jogo, minhas regras meu amor, pra despertá-los o esquema é o mesmo, agora boa sorte, e não tenha tanta pressa dessa vez, curta o jogo.

Uma luz branca quase e cegou fazendo com que eu colocasse as mãos sobre os olhos, quando passou ele já não estava lá.

-Isso foi uma saída melhorzinha Gabriel, mais ainda precisa melhorar- disse eu irritada.

Certo, Sam era carinhoso e meigo, e Dean era bruto e direto, como será agora que os papéis se inverteram?


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