A Lenda de Jamie Carter escrita por Live Gabriela


Capítulo 31
Dia de Folga


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por: Live Gabriela Woiciekoski ^^ e narrado por Jamie Carter



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135302/chapter/31

- Jamie... Jamie! - um empurrão me levou ao chão.

- Ai. Mas o que?

- Desculpe, mas estou te chamando faz meia hora. Levante-se depressa. - disse Campbell - Hoje você não tem treinamento devido ao importuno baile. Steve conta comigo e mais alguns cavaleiros para fazer a guarda do Rei e sua família na festa. Infelizmente não pude recusar.

Cocei os olhos. Ainda estava com sono.

- Levante-se daí.

Obedeci.

- Escute Jamie. Você terá o dia de folga hoje, mas espero que o use com sabedoria. Fique atenta a qualquer movimento suspeito e não se deixe descobrir. 

- Terei o dia de folga? - abri um enorme sorriso que denunciou minha felicidade. Campbell fechou a cara.

- É. Mas então... Soube que alguns franceses andaram por essas redondezas, quero que fique longe deles. Se os encontrar saia de perto sem ser vista e chame por Webb, ele saberá o que fazer.

- Está bem. 

Ryan fez que sim com a cabeça e saiu da cabana. Fui atrás dele.

- Hammel, Smith, Mark e Jhonson também vão ao baile?

- Hammel e Mark vão, os outros não são tão gabaritados para tal.

- Ah...

- Mais alguma dúvida? - perguntou retoricamente.

- Bom, é um baile certo?

- Sim. - ele revirou os olhos.

- Mas vocês só irão fazer a guarda?

- Somos convidados, mas o propósito é isso.

- E vocês vão em pares? Quero dizer... Com acompanhantes?

- Nem pense nisso Jamie. - disse e virou as costas.

Droga queria tanto comer no palácio! Em todo caso o dia era meu e agora eu iria aproveitá-lo. Como já estava de pé aproveitei a manhã para ir até o rio me banhar. O fiz e pensei em fazer algo diferente aquele dia. Já que não tinha treinamento eu não precisava ser James Carter.

Peguei o cavalo que tinha me carregado até Londres e fui até o mercado principal. Desta vez não estava preocupada em esconder meus traços femininos, na verdade, não me importara com nada naquele momento, estava bem a vontade com minhas vestes, eu queria apenas ser eu novamente.

Amarrei o cavalo numa árvore e fui até a feira. Tentei negociar algumas tralhas que achei na cabana por algumas frutas, mas não obtive sucesso o que me deixou um tanto frustrada.

- Você é louca?! Não darei duas galinhas por apenas trinta maçãs! Quero cinqüenta!- dizia o dono galinheiro a uma mulher grande, dona da barraca de frutas com a qual tentei negociar anteriormente.

- Ora! Pare com isso! Dê-me elas aqui seu porco imundo! Semana passada lhe dei trinta maçãs por duas galinhas e um ovo! 

- Pois eu aumentei o preço!

A mulher carrancuda o olhou com raiva e procurou uma ave mais magra nos caixotes.

- Dê-me aquela ali então! 

- São trinta maçãs.

- Mas o que?! Olhe o tamanho dela! Mal da pra fazer uma canja! - dizia a mulher tacando sua sacola de maçãs raivosamente no chão.

- Não me interessa. Já disse que aumentei o preço! Trinta maçãs ou cinco moedas de ouro, o que duvido que você tenha! - disse o vendedor batendo a machadinha no balcão.

- Ora, mas que desaforo! Isso é um roubo! UM ROU-BO!

- São os impostos, senhora... - disse o homem com um sorriso sarcástico no rosto. 

A senhora o encarou com raiva e bufou. Agachou para pegar a sacola de maçãs, mas por um instante não conseguiu encontrá-la, assim como nos instantes seguintes.

- Ora! Mas o que? Seu safado! Eu sabia que queria minhas maçãs! Onde você as meteu?! - gritou a mulher.

- Do que está falando? Está tentando me enganar? Pois agora é que não lhe dou minhas galinhas!

- Salafrário! Dê-me aqui as galinhas! - disse a mulher puxando o pescoço da magrela que soltou um alto cacarejo.

- Largue! Você não pagou! - gritou o homem pegando a ave de volta.

- Você me roubou! Ladrão! Patife! Vendedor trambiqueiro! - começou a gritar a mulher.

- Louca! Guardas! Guardas! Esta mulher está louca! Quer me roubar!

Alguns homens se aproximaram e logo uma multidão estava em torno do vendedor e da mulher que o perseguia com a machadinha em volta do balcão. O desfecho desta história não pude ver, afinal fui embora antes que me descobrissem, além disso seria um desperdício de tempo ficar olhando aquela cena ao invés de comer algumas maçãs deliciosas...

Andei por algum tempo no cavalo, o qual batizei de Larápio. Sei que não parece um bom nome, mas se tivesse visto a cena dele comendo as cenouras da cesta de algumas pessoas sem nem ser percebido você também o nomearia assim. Em todo caso, quando vi que o mercado estava mais tranqüilo fui até o dono das galinhas e consegui um frango gordo por apenas quinze maçãs. Acho que ele dá descontos para moças jovens. Mas não me interessava o motivo do barateamento, o que me importava era fazer uma fogueira em qualquer canto e comer logo aquele frango. 

O céu já estava laranja e eu estava quase terminando de comer a ave toda. Estava montada em Larápio indo para o acampamento, era um dos melhores dias que tivera desde... Desde muito tempo. Mas o caminho silencioso que me levava em direção ao acampamento me trouxe uma surpresa.

Quando joguei o osso da galinha no mato ouvi um gemido.

- Franceses... - e foi apenas eu dizer isso que três deles saíram do meio das árvores e começaram a me atacar.

Fiz o que Campbell mandou e saí de lá em direção ao acampamento para pedir por ajuda. Por sorte eu estava a cavalo e eles a pé. O que fez com que eu logo os despistasse. Fiquei escondida atrás de um celeiro e fiquei observando eles. Os três franceses me procuraram com os olhos, mas apenas isso, depois se enfiaram para dentro da floresta novamente.

 Eu já estava indo em direção à cabine de Webb, mas me ocorreu que segui-los seria o melhor a fazer. Silenciosamente deixei Larápio no celeiro e fui atrás deles, percebi então que não eram apenas três (aqueles eram apenas os três últimos), eram muitos, muitos mesmo e a trilha pela qual estavam indo daria em apenas um lugar. O castelo.

Dei meia volta a cavalguei o mais depressa possível ao acampamento. Disse o que vira à Webb que por sua vez juntou as tropas para ir em direção ao castelo. Cavaleiros, generais, novatos. Estavam todos juntos para a proteção do único homem que importava. Para todos, o Rei, representante de Deus na terra. Para mim, Campbell, representante de tudo o que eu tinha e que poderia perder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sinto muito pela enorme demora para postar, mas minhas férias foram lotadas, depois volta as aulas, e agora chegando o vestibular fica tudo turbulento e confuso. Peço, mil perdões leitores queridos! Por favor, não parem de ler, apesar da demora ainda estou viva e continuarei postando assim como o Mateus! Bom, como estava meio fria então não sei se ficou tão bom o cap, por isso espero reviews com suas opniões sinceras. Mais uma vez, me desculpem. Espero que gostem do cap.Ah, queria agradecer a recomendação que ganhamos do colega zack_escritor... agradecemos muito Zack(Samuel)! E claro, agradecemos também a todos os outros leitores que deixam seus reviews, pois é de grande incentivo para nós!. Love You All! ♥Bom, é isso aí gente, não esqueçam de postar seus reviews >.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Lenda de Jamie Carter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.