(No último capitulo: - Osman, não acha melhor parar não? Tá chovendo muito. - Falei preocupada.
   - Aqui não tem onde parar... Mais para frente tem um posto paramos lá e podemos até tomar um café. - Disse olhando para a estrada. Eu vi que vinha um enorme caminhão correndo muito rápido em nossa direção.
   - Cuidado! - Gritei para ele, que logo depois o carro se chocou fortemente com o caminhão, eu pude ver que o carro girava muito. Depois disso eu não vi mais nada.) ·.

Eu senti alguém passando as mãos em meu rosto e falando comigo.
   - Meu filho...
   - Calma, seu filho está bem, foi um milagre, uma benção de Deus. Agora, descanse meu anjo. Vamos cuidar de você e de seu bebê. - Disse uma mulher que eu não conhecia, eu não sabia onde eu estava exatamente. Eu dormi de novo.

Três horas depois.

Eu acordei e vi Julius me olhando com lágrima nos olhos. Eu comecei a chorar e ele se aproximou da maca onde eu estava.
 
    - Julius... Que bom que você está aqui. - Falei sem força alguma.
    - Você ainda está muito fraca Bella, você tem que descansar.
    - Meu filho? - Perguntei com medo de ter perdido ele. Eu não ia suportar a ideia.
    - Fica tranquila, que está tudo bem com ele.
    - E o Osman? Como é que ele tá? Como é que o Osman tá? - Perguntei desesperada, ele não respondia.
    - O Osman Bella, O Osman... Não sobreviveu Bella.
    - Meu amigo... E agora o que vai ser de nós dois?
    - O Jacob... Ele tinha que saber.
    - Não Julius.
    - Escuta.
    - Não.
    - Escuta! Ele me procurou e me disse que está arrependido e me disse que quer casar com você.
    - Mentira, tudo mentira.
    - Bella, ele me pareceu sincero.
    - Você não disse para ele não é?
    - Não disse Bella, mais diante do que aconteceu, você vai precisar de ajuda, precisa de cuidado, minha amiga.
    - Não, se o Jacob descobrir onde eu estou vai querer tirar o meu filho de mim. - Eu chorei com a ideia.
    - Não! Eu não vou deixar nada de mal acontecer nem com você nem com seu filho.
    - Hm mm... O Osman coitadinho. - Ele fechou os olhos. - Você vai ao enterro dele?
    - Não. A família  dele vai estar lá Bella.
    - Você é a família dele.

Ele ficou mais um tempo até eu dormi novamente. Assim que eu acordei eu vi um homem entrar no meu quarto. Eu não conhecia aquele homem. Era muito bonito.
    - Pelo visto você parece estar bem melhor. - Disse o homem sério.
    - Quem é o senhor? - Perguntei.
    - Eu sou o pai de Osman.
    - Hm mm... Dr. Carlisle. - Sorri. - Eu sinto muito pela morte de seu filho. Ele... Era uma das melhores pessoas que eu já conheci.
    - Quem bom que você pensa assim. Porque eu tenho uma proposta para fazer a você.
    - O senhor falou que tem uma proposta para me fazer? - Perguntei com dúvida.
    - Eu preferia nós conversarmos em outro momento.
    - Pode falar agora. Não tem problema não. - Falei achando estranho sobre essa proposta. O Dr. Carlisle começou a andar pela sala.
    - É um assunto muito delicado. Nós ainda não nos conhecemos, mais acho que você vai me entender. - Disse sério. - A minha esposa, a Esme, esteve aqui ontem com você enquanto você dormia, ela ficou muito comovida com você e... Com sua gravidez. Ela acredita ser um milagre de Deus você ter sobrevivido.
    - Nossa... - Eu sorri com o que ele falou. - Eu que fico comovida pela Esme ficar comovida comigo dessa forma.
    - Mais a preocupação da dona Esme, se deve a um detalhe, muito específico. - Eu olhei confusa para ele. - Ela acredita que esse filho que você está esperando é do Osman.
    - O que? - Eu me sentei rapidamente. - Mais o meu filho não é do Osman Carlisle.
    - Eu sei, eu sei. - Disse. - Eu sei da escolha dele e essa parte pela vida de meu filho nem passa pela cabeça dela. O sonho de minha esposa é que ele se casasse e morasse conosco. Ela estava certa que isso ia acontecer assim que vocês chegassem.
    - Não entendi.
    - O Osman disse para a mãe que estava trazendo uma pessoa muito especial, que ela iria gostar muito. Ela, então, deduziu que era a namorada de Osman, seria você. E agora como nós sabemos da sua gravidez...
    - Mais o filho não é de Osman Carlisle.
    - De que é esse filho então?
    - Isso não vem ao caso. - Falei sem humor por lembrar-se de Jacob.
    - Esse filho não tem pai?
    - Não. Esse filho é só meu.
    - Sendo assim você vai aceitar a proposta que eu vou fazer. - Disse se aproximando da maca. - Eu quero que você confirme para Esme que você era a namorada de Osman e que esse filho é dele. - Eu demorei para processar essa informação. Eu fiquei inconformada com o que ele disse. Eu não poderia aceitar essa proposta de forma alguma.
   - Carlisle, eu não posso falar que o meu filho é do Osman não. Isso não é verdade, eu estaria enganando a sua esposa. Pelo o amor de Deus. - Ele balançou a cabeça.
   - Estou muito aliviado de saber que você tem consciência moral. Pois eu não pediria, jamais, uma coisa dessas a uma pessoas que eu nem conheço. - Disse. - Se não fosse um caso de vida ou morte.
   - Como assim? - Perguntei.
   - A minha esposa, a Esme, operou um câncer, há alguns meses. Na quimioterapia não tem sido fácil. Ela anda muito debilitada e se alimentando muito mal. Foi justamente por isso que Osman estava voltando, para incentivar, dar força a ela, para continuar lutadando. Mais aí deu essa tragédia e eu temi que ela sucumbisse de vez. Agora graças a esse filho que você está esperando, ela encontrou um motivo para continuar vivendo.
   - Carlisle, eu entendo a sua aflição mais o que o está me pedindo é muito sério. Por mais difícil que possa ser a Esme tem que saber a verdade...
   - A Esme é uma mulher muito religiosa, muito frágil, que não entende certas coisas, e, além disso, já está sendo uma força sobre humana aguentar a morte do Osman e ainda mais se ela descobrir que o filho não é nada disso que ela pensava. Eu conheço a Esme, ela não vai suportar, ela vai sucumbir. Bella, eu já perdi meu filho, já está sendo difícil, não vou aguentar perder a minha esposa. - Ele destacou a última parte da fala e encarei-o.
   - Carlisle... - Eu tentei falar mais ele não permitia.
   - Se você não puder fazer isso por nós, faz pelo seu filho. Bella olha aqui. Nós temos dinheiro, tenho recurso, vou dar uma vida de príncipe ou de princesa para o seu filho ou filha. - Disse, eu ficava mais inconformada com o que ele falava. Eu não poderia aceitar uma coisa desse tipo. Por mais que eu quisesse ajudar ela eu não podia. Eu não ia aguentar mentir por tanto tempo. O pai de meu filho pode aparecer mais isso eu tenho certeza que não iria acontecer. Se ele aparecer vai querer tirar a criança de mim e irá desmentir tudo isso para Esme, e, tenho medo que possa acontecer alguma coisa de ruim a ela por isso eu não poderia aceitar.
   - Não é questão de dinheiro Carlisle. Eu não seria capaz de carregar uma mentira dessa dimensão. - Eu mordi meus lábios.
   - Tá certo, você não precisa responder exatamente agora. Tem alguns dias nesse hospital, reflita. - Disse nervoso, ele foi até a porta e voltou. - Nós precisamos de você e eu sei também que você precisa de nós, você está sozinha no mundo. Eu posso dar uma vida muito boa você e seu filho. - Ele saiu do quarto e eu fiquei pensando sobre o que ele me pedira. Eu nunca, jamais, poderia aceitar algo desse tipo. Esme parece ser uma pessoa tão boa. Ele me parecer ser uma boa pessoa, apesar de me fazer esse pedido, mais eu sei que ele estava fazendo tudo isso para salvar sua esposa, que ama muito.
    Depois de um tempo refletindo sobre isso eu vi Esme entrar no quarto com lágrimas nos olhos.
    - Eu sou a mãe do Osman.
    - Eu sei... - Disse sorrindo para ela. - Esme. - Falei o nome dela ainda sorrindo.
    - Que bom que você está bem. - Ela veio até ao meu lado e pegou minha mão que estava apoiada na maca. - Eu rezei tanto por você e pelo seu filho... Essa criança é um milagre. - Eu suspirei nervosa quando ela disse isso.
    - Esme, eu tenho que conversar uma coisa com a senhora. - Disse já decidida que eu iria contar toda a verdade para ela.
    - Calma calma... Calma Bella, você ainda está muito fraca. A gente vai ter todo o tempo do mundo para conversar, ainda mais agora que você... Carrega no ventre um filho de Osman. - Passou a mão em minha barriga e eu a olhei chateada com tudo aquilo que aconteceria neste momento.
    - Esme... Espere...
    - Eu quase morri quando soube o que aconteceu. - Ela era igual Carlisle, eu acho. Não me deixava falar, impressionante. Ela foi até a poltrona e colocou a bolsa que carregara em cima da poltrona. - Eu imagino também a dor imensa que você está sentido.

    - Olha...

    - Mais olha, a partir de hoje... Nós temos uma a outra. - Falou. - Você é minha filha. Eu vou cuidar de você, não vou deixar nada lhe faltar. - Isso não podia estar acontecendo comigo. Ela está muito apegada a mim, mesmo nem sabendo que eu era, fique impressionada com tudo aquilo. - O pai de seu filho se foi, mas você não vai ficar sozinha. - Falou.

    - Eu nunca me senti tão sozinha em toda a minha vida... - Falei já em prantos e balançando a cabeça negativamente.

    - É por isso que precisamos tanto uma da outra. - Exclamou vindo em minha direção e pegando a minha mão. - Entende? Eu sei que você não tem ninguém nesse mundo. Deixa eu cuidar de você. Cuidar de você, cuidar de seu filho. É o que vai fazer sentido em minha vida a partir de agora. - Sussurrou colocando a mão no peito.

    - Esme, eu quero dizer...

    - Deus sabe o que faz. - Que droga! Eu queria logo falar a verdade mas ela não deixava. - Apesar de tudo o que aconteceu, eu estou muito feliz de poder colher você... Deus não te trouxe à nossa vida à toa. Eu tenho certeza. - Disse. - Eu volto amanhã, descanse. Fique com Deus. - Falou acariciando a minha mão esquerda. Eu apenas concordei com a cabeça para confirmar. Ela foi até a poltrona, pegou sua bolsa e saiu. Assim que ela saiu, eu já soluçava de tanto chorar. Como poderia ter acontecido uma coisa desse tipo comigo? Porque logo comigo? Depois de ficar um longo tempo pensando eu adormeci.

Na manhã seguinte eu mal tinha acabado de acordar que Julius já estava em meu quarto e nós já estavámos brigando sobre ele ter ligado para o Jacob sem ter me consultado antes.

     -... Julius, eu não acredito que você ligou para o Jacob, você não podia ter feito isso. - Falei, parecia que eu estava falando sozinha. Ele estava virado em direção a porta sem olhar para mim. - Você tá ouvindo? - Disse me sentando e nervosa com ele.

     - Tô! - Quase gritou e se virou para olhar para mim. - Mais de toda forma não adiantou. - Eu bufei. - O Jacob não está mais nos Estados Unidos. - Disse indo para ao lado da maca. - Ele foi para a Inglaterra, tá? Ele vai passar um ano estudando fora. - Disse ainda bravo e fazendo gestos com as mãos.

     - Para quem dizia que me amava, até que ele me esqueceu bem de pressa. Agora ele deve estar lá. Conhecendo gente nova, se divertindo... - Falei sacudindo meu corpo. - Deve nem estar lembrando mais de mim. - Eu olhei para Julius e vi-o balançando a cabeça negativamente. - Eu não mais o que eu faço da minha vida gente. Eu não conheço ninguém aqui em Nova York. - Disse já chorando. - Eu não conheço ninguém, agora para Forks eu não posso voltar.

     - Essa história que você me contou da Esme pensar que o Osman é pai de seu filho...

     - Hã? - Disse desconfiada sobre o que ele iria falar.

     - E se você confirmar.

     - Não! - Respondi de imediato. - Não Julius, isso não é verdade.

     - Oh Bella! - Exclamou. - Indo para longe de mim. - Faz isso pelo Osman, tá? Bella, eu sou testemunha do quanto a Esme está sofrendo. - Exclamou apontando para fora. - A saúde dela está fragilidade Bella, ela não vai aguentar se você tirar mais essa esperança dela.

     - Eu vou dar uma esperança, Julius, contando uma mentira?! É uma coisa muito séria. - Ele fechou os olhos. - Vem cá, muito me espanta você estar pedindo uma coisa dessas.

     - Vem cá, quando ela melhorar nós contamos a verdade.

     - Julius, você tem ideia do que está me pedindo?

     - Bella, você tem ideia do quanto a família do Osman pode te aparar, pode proteger e ajudar o seu filho? - Disse olhando diretamento em meus olhos, eu balançei a cabeça negativamente. De repente eu ouvi batidas na porta e Julius se virou para ver quem era. A porta se abriu e eu vi Esme e Carlisle entrarem. Esme entrou sorrindo no quarto.

     - Nós viemos ver você meu anjo. - Disse ainda sorrindo e vindo em minha direção enquanto Carlisle fechava a porta do quarto. Carlisle a abraçou por trás olhando diretamente para mim. - Que carinh é essa? Eu posso estar triste você não. - Disse apontando para ela. - Faz mal para o nosso bebê. Você acha que vai ser um menino ou uma menina Carlisle? - Falou sorrindo e se virando para ele.

     - É... Tanto faz o sexo da criança não é? - Falou olhando ainda sério para mim.

     - Tem razão, vamos rezar para que a criança tenha muita saúde. - Ainda sorria. Gente, como eu poderia enganar uma mulher dessas, tão gentil. - É isso que importa, o resto...

     - Esme, é bom que você veio aqui, porque... - Falei olhando para a maca. O sorriso de repento sumiu de seu rosto. - Eu tinha mesmo que conversar com você sobre o meu bebê... - Ela ainda me olhou sem entender, eu vi Julius olhar para Esme e Carlisle seriamente.