Bella PDV

- Bella, você está bem? – a voz rouca de Edward disse, atrás de mim.

Meu coração bateu disparado, eu me virei sobressaltada. Ele me olhou surpreso por um tempo e depois estreitou os olhos, analisando-me.

- Edward... – falei, dando-lhe um toque.

Ele pareceu voltar á realidade e deu um largo sorriso. Senti-me ruborizar com a profundidade que ele me olhou. Baixei a cabeça para que ele não visse meu constrangimento. Ouvi ele sorrir baixinho.

- Bella...é você mesmo? – perguntou.

‘Não, é a encarnação do capeta.’ – BellZ ralhou em meu cérebro.

- Cala a boca. – falei, entre dentes.

- Falou alguma coisa, Bella?

- Não, nada não. Mas porque você perguntou aquilo mesmo? É claro que sou eu. – respondi, voltando a andar pelo corredor.

- Não sei. Você estava diferente..quer dizer, pelo menos de manhã..você estava...estranha.

- É, eu sei. – suspirei.

- Não, Bella, não fique assim. Eu não falei por mal...

- Está tudo bem, Edward. Eu não ligo.

- Ok. E agora, vai me contar porque mudou de escola?

- Mudei de casa, e essa escola era a mais perto. Ponto final. – falei, sem entrar muito no assunto.

- Hummm. Aconteceu alguma coisa para essa mudança repentina? – ele continuou perguntando.

- Olha, Edward, eu não estou muito a fim de falar sobre isso não. – falei, soando fria.

Toda a personalidade fria de BellZ tomava conta de mim quando o assunto se tratava dessa parte da minha vida. Usava toda essa frieza como escudo. Escudo para barrar a dor, a minha arma para não cair mais na desgraça. E eu gostava disso, me fazia sentir forte.

- Err...desculpe eu não queria me intrometer. – falou, levantando as mãos, fitando-me.

Queria saber porque tanto ele me analisava. Era como se ele visse mais do que eu estava demonstrando. Como se soubesse quem eu sou de verdade e o que estou fazendo.

- Ok. Só não toque mais nesse assunto, tá? – falei, mais calma.

- Vai para casa? – perguntou.

- É, acho que vou sim.

- Então posso te acompanhar?

Até pensei um pouco, mas decidi que era uma boa ideia. Ter alguém do lado como companhia era bom. Principalmente quando esse alguém era...Edward.

- Claro. – respondi, sorrindo.

Já estávamos atravessando o jardim quando ouço a porta da escola sendo batida, violentamente. Olhei para trás e Edward fez o mesmo. Vi uma menina vindo em nossa direção, bufando como um touro em um ringue e partindo para cima do seu alvo para parti-lo ao meio.

- Edward Cullen! Aonde pensa que vai?! – gritou, ainda de longe.

Então ele era Cullen...

Mas que garota louca!

- Eu ia.. – ele começou a responder, mas ela cortou-o.

- O que está fazendo com essazinha aí? – perguntou, apontando o dedo pra mim. Ela me olhou de cima á baixo e arqueou uma sobrancelha para ele.

Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas me mantive forte e encarei-a levantando uma sobrancelha. Quem essa dona pensa que é, afinal?

- Tânya, eu não quero que fale assim da Bella. – Edward falou, calmo, mas autoritário.

- AH, então a coisinha tem nome?! – gritou, surpresa.

Á essa hora todos os alunos já olhavam curiosos o maior escândalo que a louca estava fazendo. Me mantive quieta, não querendo arrumar confusão no primeiro dia de aula, mas também não ia deixar barato.

- Olha aqui você me respeita, tá me ouvindo? – falei, ameaçadoramente para ela. – Edward, eu estou indo embora, não sou obrigada a ouvir essa louca. – me virei, saindo.

- Não Bella, espera...

- Isso! Vá, corra, queridinha. Tira o olho porque esse aqui já é meu! – falou a desaforada.

- Essa não vai passar...BellZ me ajuda. – murmurei baixinho, parando no meio do caminho.

Inspirei fundo, jogando minha mochila no chão. Virei para trás e Edward falava alguma coisa para ela, mas não dei atenção. Ela também pareceu estar mais concentrada em me fuzilar com os olhos. Coloquei um sorriso curto de deboche no rosto e falei.

- Olha aqui, sua baranga, eu nunca dei moral para você falar comigo...ainda mais desse jeito. Quem você pensa que é, hein? – falei fria e ameaçadora.

- Eu é que pergunto, quem você pensa que é para dar em cima do MEU namorado?

Ao ouvir a palavra ‘namorado’ meu coração apertou, mas me mantive firme e inabalada.

- Desculpa se você não confia no seu namorado. Aliás, coitada de você se não se acha suficiente para ele. – falei. Dei um suspiro e coloquei as mãos nos bolsos traseiros da calça, aparentando tranqüilidade, enquanto ela ficava vermelha de raiva.

Ela fez menção de vir para cima de mim, mas Edward segurou-a, infelizmente. Eu bem que podia dar uma surrinha nela. Ela se debatia e me xingava de todos os palavrões possíveis. Tirei uma mão do bolso, esfreguei a unha na roupa e assoprei, querendo parecer entediada e despreocupada. Isso a fez ficar mais nervosa ainda.

- Vem cá, sua idiota! Me solta Edward! Eu quero arregaçar a cara dessa vagabunda! – gritava.

- JÁ CHEGA, TÂNYA! CHEGA! – Edward gritou, exasperado. Vi ela engolir em seco e olhar para ele. – Eu não agüento mais, tá legal? Vai pra casa...pensar no que você fez e depois a gente conversa. – ele falou, largando-a lá.

Edward veio até o meu lado, pegou minha mochila do chão e saiu me chamando.

- Vamos, Bella.

Dei uma última olhada para Tânya pra provocá-la, e ela me fitou com ódio. Sorri abertamente e acompanhei Edward. Assim que atravessamos a rua ele falou.

- Desculpa por aquilo...

- Está tudo bem. – falei rapidamente. – Não sabia que tinha namorada.

Tive vontade de me socar por falar aquilo.

- É uma longa história. Qualquer dia eu te conto. – falou.

Ficamos em silêncio por um momento. Apenas o barulho do transito se afastava, enquanto entrávamos em minha rua. Por um momento odiei morar perto da escola, e o silêncio que se prolongava entre nós.

- Está com raiva por eu ter brigado com ela? – perguntei, de súbito.

- Não, não. É claro que não. – respondeu, rápido. – Aliás, foi bem legal a sua atitude. Acho que assim eu crio logo coragem para acabar de uma vez com isso.

- Como assim, vai terminar com ela?

- Vou.

- Mas porque? – perguntei, curiosa.

- Porque ela só está comigo por interesse, Bella. Eu não sei o que deu em mim quando fiz a merda da aposta com Jacob.

Franzi o cenho reconhecendo o nome. Jacob era o garoto que veio falar comigo no refeitório. Suspirei vendo que ele não ia falar nada agora.

- Bom, eu moro aqui. – falei.

- É sério?

- É. Porque?

Ele sorriu e me abraçou de supetão. Me girou no ar e gargalhou.

- Caramba, eu não acredito Bella. – ele falou. Continuei sem entender nada. – Está vendo aquela casa bem ali? – perguntou, apontando para uma casa mais á frente, do outro lado da rua.

- Sim....o que tem ali?

- Eu moro ali. – falou num tom brincalhão.

- É sério? – perguntei. Ele fez que sim com a cabeça. - Nossa, isso é legal.

- Bella?! – Renée apareceu na porta. Assim que ela viu Edward seus olhos se arregalaram. – Bella entra agora!!

Fitei-a.

Abri a boca para falar algo, mas ela me interrompeu.

- Anda!! Agora!!

Bufei.

- É melhor você entrar, vejo você depois. – Edward falou, entregando minha mochila.

- Ok. – murmurei, indo em direção á Renée, ainda parada na porta.

Entrei em casa e Renée fechou a porta atrás de mim.

- Qual é o seu problema, hein? – perguntei, cruzando os braços.

- Eu não quero mais ver você com aquele garoto, tá me entendendo?

- O que? Você bebeu, né? Só pode. Desde quando você me proíbe de falar com alguém?

- Não interessa! Eu não quero você fazendo amizade com ele.

- Ah, mãe. Vai encher o saco de outro. – falei, indo para a escada. - Você não tem o direito de escolher minhas amizades. Eu faço o que eu quero!

- Presta atenção Bella. Eu não quero mais ver você com esse menino, ok? – ela falou, com a voz subitamente ameaçadora.

Subi as escadas, ignorando-a, e me tranquei no quarto.

Se ela pensa que tem o direito de mandar em mim ela vai ver só. Nunca eu irei deixá-la fazer isso. Ela já perdeu todo o direito sobre mim, se é que já teve algum dia.

Rolei na cama, pensando em algo. As imagens da taquara rachada da Tânya vieram em minha mente. E notei, que eu já havia arrumado confusão em meu primeiro dia. Sim, confusão, porque aquela passou longe de uma briga. Mas bem que aquela vaca merecia uns bons tapas.

O que será que a escola deve estar achando de mim uma hora dessas?

Gargalhei, pensando nas possibilidades.

Mas por dentro eu estava curiosa para saber a história de Edward. Percebi que eu mal o conhecia.

Revisei mentalmente o que eu sabia dele. 16 anos. Mora com o pai, porque a mãe fugiu. E...namora com a garota mais otária da escola.

Sorri, fazendo essa afirmação.

Já ele..conhecia muito mais de mim. Decidida, murmurei para mim mesma que eu não iria me afastar dele e que descobriria até os seus piores segredos.

Decidi não descer para almoçar, evitando ter que discutir novamente com Renée. Ela estava insuportavelmente mais chata, se é que é possível.

14:00 hrs.

Tocava piano incansavelmente. Era entediante não ter nada para fazer. De repente uma ideia estalou em minha cabeça e eu soube para onde iria. Tomei um banho e coloquei uma blusa preta, com uma calça qualquer. Desci as escadas devagar, não querendo chamar a atenção. Mas constatei, ao chegar lá embaixo, que a casa estava vazia.

Peguei a chave, tranquei a porta e saí, deixando a chave embaixo do tapete.

A vantagem de morar aqui era que também era perto do Central Park. Eu não conhecia esse lado do parque então aproveitaria a tarde para fazer isso.

Edward PDV

Ainda estava estranhando a atitude da mãe de Bella. Mas deixei de pensar nisso. Não era da minha conta. Carlisle havia saído logo após o almoço e eu havia ficado em casa sozinho. Nem minha prima Alice estava lá.

Resolvi ficar na varanda. Fiquei lá mais pelo fato de poder olhar a casa da Bella do que por não ter algo para fazer.

Já estava cansado de cortar pedaços de mato, quase entrando para casa, quando avisto Bella saindo de sua casa. Ela estava...ainda estava diferente, mas parecia mais com a Bella que conheci antes do que com a Bella que vi na escola hoje.

- Bella?! Aonde vai? – perguntei alto, para ela escutar.

- Ao parque. Quer ir?

Não pensei duas vezes e atravessei a rua. Começamos a andar lentamente pela calçada.

- Obrigada por me convidar. Estava tedioso ficar em casa sem ter o que fazer.

Ela sorriu.

- É, eu também.

Sorrimos.

O parque estava calmo. Caminhamos por entre as árvores e eu lembrei de um lugar. Bella ainda não conhecia essa parte do parque, então resolvi mostrar a ela.

- Ei, Bella! Venha, vou te mostrar uma coisa.

Ela olhou para mim curiosa, mas me acompanhou. Ela mordia o lábio inferior, enquanto olhava para todos os lados tentando achar o lugar que eu queria mostrar-lhe. Tapei seus olhos.

- Não vale espiar. – falei.

- Ah não, Edward...eu não enxergo nada...eu vou cair. – falou, apalpando o ar com as mãos.

- Não confia em mim?

Ela respirou fundo e disse  - Confio.

- Então vamos.

Conduzi-a até o ringue de patinação do parque. Parei em frente á barra de proteção.

- Então, posso ver? – perguntou.

Tirei a mão de seus olhos. Ela piscou um pouco e fitou o ringue. Sua boca se abriu, em surpresa.

- Gosta? – perguntei.

- Definitivamente não. Patinar não é um dos meus esportes preferidos. Acho legal assistir. – falou.

Gargalhei ao lembrar de sua queda na lanchonete. Ela ruborizou e cruzou os braços fazendo uma careta.

- Mas aquilo não conta. Você caiu porque eu esbarrei em você. – falei. Ela fez um bico.

- Não importa, eu caí mesmo assim. – falou. Depois olhou para mim e perguntou. – Então...qual é a sua história com a Tânya?

Fiquei sério e respirei fundo.

- Ah, é uma história boba.

- Conta, eu quero saber.

Encostei nas barras de proteção e comecei a falar, olhando para o pessoal que patinava.

- Jacob fez uma aposta comigo de que eu não conseguiria ficar com ninguém daquele colégio. Ele sempre me chamou de maricas. Eu nem ligava. Até que um dia eu aceitei a proposta dele. Quando eu entrei pro time de futebol, logo a Tânia demonstrou seu interesse por mim. No começo eu ainda resistia, mas logo depois a gente começou a namorar. – falei. Bella fitava a frente também, deixando-me mais á vontade para falar. – Eu achava que gostava dela, mas de uns tempos para cá percebi que ela não queria nada mais do que fama. Ás minhas custas.

Parei de falar e Bella me olhou. Seus olhos brilhavam com o sol batendo neles.

- Humm. E é por isso que você quer terminar?

- Também tem mais um motivo...mas sim..esse é um deles.

- E qual o outro motivo? – perguntou.

Sorri. Esse ela ia descobrir, mas não agora.

- Agora você me deve uma coisa primeiro. E tem que pagar. – falei.  – Vamos patinar?

- Ah não, Edward, não.

- Sim, sim, sim.

[...]

Bella estava toda dura, com medo de cair. Ela havia aceitado, mas se recusava a dar um passo sequer. Fui até a sua frente, peguei em suas mãos e comecei a puxá-la.

- Não!! Não, Edward eu vou cair!!

- Não vai! Solta essas pernas, Bella!

Ela começou a andar, devagar. Segurei em apenas uma mão. Ela apertava fortemente, enquanto, finalmente, dava os primeiros passos. Algum tempo depois ela já patinava mais depressa, dando algumas escorregadas também, mas não caiu.

Dei algumas passadas rápidas e fiquei vários metros á frente dela. Vi ela se desequilibrar e corri de volta, mas acabei escorregando. A cena seguinte foi desastrosa.

Bella tinha equilibrado-se, mas por ímpeto, ao escorregar segurei-me em seu braço. Ela não conseguiu me segurar, então, eu fui ao chão levando-a junto comigo

- Aaaaii. – murmurei, quando minha cabeça bateu no chão.

Bella havia caído em cima de mim. Ela levantou o rosto e eu pude vê-la sorrindo. Sorri também e logo estávamos gargalhando. Seu sorriso deu lugar ao seu costumeiro rubor, ao perceber o quão próximos estávamos.

- Bella... – murmurei, sentindo seu calor e sua respiração ofegante.

Ela engoliu em seco e levantou, enquanto eu ainda admirava seus lindos lábios que estavam tão próximos aos meus. Levantei, querendo chutar a mim mesmo.

- Err...desculpa. – falei, enquanto me endireitava.

- Não foi nada. Mas acho que por hoje chega de patinação. – falou, passando a mão no cabelo, distraída.

Saímos do ringue e voltamos a caminhar. Uma pergunta veio á minha cabeça.

- Bella...a sua mãe..o que ela tinha?

- Ah...não era nada. – falou, balançando a cabeça. – Ela é doida.

- Humm. E como é mesmo o nome dela?

- Renée.

- É. Parece que ela não gostou muito de mim, não.

- Ela não tem direito de dizer com quem eu saio ou não. Ela tem que entender isso.

Digeri suas palavras e tentei não pensar que agora ela omitia mais coisas do que eu pensava. Principalmente o fato de ela não mencionar mais o pai.

- E...e o seu pai, Bella? – perguntei, inseguro.

Senti a atmosfera pesar e Bella ficou rígida ao meu lado. Me arrependi no mesmo instante de ter perguntado.

- Desculpa, desculpa Bella. Eu não devia perguntar essas coisas. – falei.

Ela não falou nada então eu mudei de assunto.

- E então..pode me dizer porque não está mais usando a pulseira que eu te dei?

Ela pareceu ficar sem graça com a pergunta.

- É que..err.. – gaguejou. – É que eu achei melhor mantê-la guardada.

- Mas porque?

- Porque...porque sim. – falou, dando de ombros.

Sorri.

Chegamos ao fim do parque e eu sabia que o nosso tempo estava acabando. Um leve nervosismo perpassou meu corpo, enquanto sentávamos em um banco qualquer.

- Obrigada pela tarde. Foi bem...agradável. – ela falou.

Fitei-a querendo que ela sentisse a profundidade do meu olhar, e desejando que aquele momento se prolongasse incansavelmente. Meu coração baita descompassado, enquanto eu guardava todos os seus detalhes em minha memória. Seus olhos brilhantes, sua boca vermelha, agora entreaberta. Ela respirava rapidamente, provavelmente sentindo o mesmo que eu. Provavelmente.

- Bella... – sussurrei.

Ela engoliu em seco, em resposta.

Não agüentando mais, aproximei meu rosto do dela, sentindo seu hálito de menta. Como eu gostava desses cheiros característicos dela. Fechei os olhos ao tocar de leve em seus lábios. Meu coração batia freneticamente e meus lábios formigavam pedindo por mais.

Encostei meus lábios novamente nos seus. Eu devia estar testando a minha sanidade. Bella correspondia ao beijo calmo, e cedo demais ela se afastou, deixando-me com a respiração ofegante e um desejo insano de poder sentir a textura de sua boca inteiramente. Ela colocou uma mecha do cabelo para trás, enquanto eu ainda tentava controlar minha respiração.

Não. Eu não deixaria isso acabar assim.

Forcei meu corpo para frente num impulso, impensado. Coloquei minha mão na nuca de Bella, para que dessa vez ela não me escapasse. A beijei, vorazmente, com toda a minha vontade, sentindo um desejo imenso tomar conta de mim. Minha língua invadiu a sua boca, explorando cada canto, e mordiscando seus lábios em um beijo intenso e cheio de ternura.

Bella PDV

Edward me segurou pela nuca e me beijou novamente. Ainda aturdida, correspondi ao beijo com tal intensidade, que meu pulmão chegava a arder, pela falta de ar. Edward explorava cada canto de minha boca, num beijo insano. Segurei os cabelos de Edward, não querendo que aquilo acabasse. Ambos nos desvencilhamos ofegantes.

Só aí que percebi o que tinha feito.

Levantei do banco de repente, colocando as mãos na cabeça, tentando encontrar algum vestígio de sanidade naquilo tudo. Eu estava louca, só pode.

Eu...eu havia beijado Edward Cullen!!