- Como assim, ele morreu? – Hermione falava completamente exaltada e com lágrimas nos olhos. Não só ela, mas eu também tinha lágrimas nos meus olhos, não pude me conter, afinal meu melhor amigo havia morrido.

- Acalme-se Hermione, não há tempo para chorar. Eu tenho que dizer a você e seu amigo Ronald irem para um local seguro, neste momento diversas criaturas estam tentando invadir Hogwarts, aqui não é mais o melhor lugar a se ficar- Dizia a enfermeira um pouco assustada, perante aos estilhaços e vibrações sentidas da enfermeria.

De repente, Hermione para no tempo, olha fixamente em algo distante, até que um estalo a tira daquele transe quase que hipnótico:

- Eu sei o que fazer. – Disse ele convicta.

- Você está louca? Harry está morto! Eu preciso vê-lo. – Dizia eu, ainda soluçando e com as bochechas encharcadas de lágrimas.

-Não, não há tempo. – Pegava em meu braço, Hermione não me deixando ir ver o corpo de meu amigo.

- Você não ouviu o que aconteceu? Harry está morto. – Implorava.

- Não, ele não está morto. Ou pelo menos, não estará. – Dizia Hermione convicta. – Vamos Agora, Rony – Encerrava sua pouca, mas intrigante fala.

Então ela me puxou e levou-me em direção a sala comunal da Grifinória. No caminho havia muita destruição, algo de muito terrível estava acontecendo em Hogwarts, ela estava completamente destruída. Chegando a frente da sala comunal, a fênix do Dumbledore estava morta, seus olhos brilhavam em um tom azul claro intenso.

- Como eu não desconfiei? Imperium. – Dizia Hermione analisando os olhos da fênix caída.

- Hermione, eu não sei por que eu estou aqui, e nem o que você está falando! Dava para você me explicar algo?

- Toda magia, principalmente magia do mal, deixa rastros. Toda criatura que morre enfeitiçada por imperium, que morre ainda com esta maldição, deixa sua memória escrita em seus olhos. Há alguém por trás destes ataques a Hogwarts, e com maldade o suficiente para lançar as maldições. – Respondeu Hermione.

- Voldemort.

- Talvez não ele, mas o seu herdeiro. – Retrucou Hermione.

- Snape?

- Não, idiota. Eu. – Uma voz falou atrás de nós. Viramos rapidamente para ficarmos de frente ao herdeiro de Voldemort, o culpado por toda a destruição e morte.

- Draco Malfoy. – Respondeu Hermione a minha pergunta antiga.

- Eu deveria saber que matar o idiota do Harry Potter não era o suficiente. Eu deveria ter acabado com vocês também. Pena que não estavam em meus planso – Dizia Draco com a varinha apontada em nossa direção.

- Então foi você seu... -  Eu Avancei em direção ao Draco.

- Não, RONY! Ele não está só. – Segurou-me Hermione.

- Ora, Ora. Não é à toa que você, Hermione SUJA, é conhecida pela inteligência. É realmente uma pena você não ser do meu lado. – Depois que ele disse isso, surgiram três comensais da morte, envoltos por uma capa preta e uma fumaça escura ao redor.

- Abra bem os olhos, crétinos, quero que vejam bem a hora de suas mortes. – Falava Draco.

- Ao meu sinal. – Hermione dizia segurando minha mão.

- Lummus Maximmus! – Lançava Hermione.

Um grande clarão preencheu o longo corredor, Hermione puxou meu braço e fomos em direção ao quarto feminino. Os comensais da morte, envoltos pela fumaça negra, vieram atrás de nós, porém chegamos ao dormitório feminino, antes deles, de alguma forma eles ficaram presos a porta do quarto. Escondemo-nos  dentro do longo guarda-roupa feminino. Hermione abriu uma gaveta e tirou um colar cor de prata e nos envolveu.

- O que é isso? – Eu dizia, enquanto ela girava o pingente em forma de ampulheta.

Ouvia-se um Boom, no quarto e a porta do guarda-roupa estava se abrindo.

Fechei meus olhos, confiando minha vida ao que quer que Hermione estivesse fazendo. Até que ela com um peteleco fez o pingente girar saindo dele uma brilhante luz do mesmo.