Pertencemo-nos escrita por Joearmstrong


Capítulo 11
Plano - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Leitores, desculpem-me a demora mas eu só consigo postar nos finais de semana. Agradeço a compreensão.



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Saímos em direção a floresta negra, não tínhamos muito tempo e por isso estávamos quase correndo.

- A erva Alux deve estar mais no interior da floresta não será fácil achá-la e nem retirá-la. – Disse Hermione olhando a cada raiz que passávamos.

- Retirá-la? Por que seria difícil retirá-la? – Retruquei, afinal ela era uma erva, ervas não tem varinhas, ou pelo menos eu acho.

- Estas ervas só crescem próximo a faglandes. Eles não são muito dóceis.

- Faglandes? Pensei que eles só vivessem nas épocas de neve. Na verdade eu tenho quase certeza que li no...

- Grande livro de criaturas encantadas. É eu também li, mas devido às propriedades das ervas Alux, eles sobrevivem no tempo sem neve. E é justamente por isso que é difícil retirá-las, a Alux é como o ouro dos flagrandes. – Disse Hermione interrompendo minha fala.

- Eu deveria prestar atenção no Snape. – Respondi em um tom baixo, e olhando entre as raízes das árvores.

Ela sorriu, mas logo tornou a ficar séria.

- Ali estão... Alux. Rony, acho melhor pegar sua varinha. – Neste momento, Hermione andava vagarosamente em direção as ervas.

A Alux era avermelhada, de folhas largas e com nervuras marcadas. Com a presença da luz do sol ela enegrecia e fechavam suas folhas. Não tinham muito delas, e isso só queria dizer uma coisa: Seria muito mais difícil tirá-las.

Hermione foi se aproximando, vagarosamente. Eu tentava acompanhá-la, mas mantinha distância, pois a qualquer momento algum flagrande poderia aparecer e eu não sei o que ele é capaz de fazer. A cada passo que Hermione dava, o meu coração batia mais rápido.

- Peguei. – Disse ela tocando uma das folhas.

- Hermione, Cuidado!

Um enxame de insetos verdes saia de um espaço entre as raízes, estavam todos unidos como se fossem um só. Pareciam furiosos. Hermione puxou minha mão, mas antes eu pulei nas ervas e guardei algumas folhas em meu bolso. O enxame vinha em grande quantidade.

- Vai Hermione. Corre. – Bradava eu, enquanto os flagrandes cresciam em tamanho. Eles emitiam um zumbido estranho que faziam com que as coisas a minha frente se embaralhassem.

Os animais não voavam rápido e pareciam um pouco estabanados pois batiam frequentemente nas árvores. Mas seu zumbido era intenso, e por isso, minha visão ficava cada vez mais enegrecida e embaralhada.

- Rony! – gritava Hermione um pouco distante diante da minha enorme vagarosidade e da aproximação dos flagrandes.

Não agüentei, cai como quem não tinha os sentidos. O Zumbido parecia controlar minha mente, só consegui falar uma coisa:

- Vai Hermione. Saia daqui.

Senti um calor ao meu lado, algo me tocou e sussurrou ao meu ouvido:

- Não, eu nunca irei te deixar. – A voz parecia bem distante, não sei se por conta da minha fraqueza, mas algo estava ao meu lado.

Consegui olhar o rosto de Hermione, mesmo que não perfeitamente, ela estava de olhos fechados e segurava sua varinha firmemente.

- Cartago flamejantes!

Alguém havia conjurado uma magia de dentro da floresta, se não fosse a altura e o cabelo nunca saberia quem era.

Um pouco de força voltava a mim, visto que os zumbidos diminuíram bastante. Um círculo de fogo formava-se ao redor dos insetos e só assim, Hermione pode me levar para o lado de fora da floresta.

Já do lado de fora, não havia sinal dos flagrandes.

- Rony, você está bem? Perguntava Hermione aflita.

- Sim, estou ótimo. A propósito Obrigado por me ajudar – Respondia-lhe humildemente.

- Eu faria isto por qualquer um. – Dizia ela com um tom de tristeza cruzando os braços devido ao frio que fazia. Não hesitou muito tempo e continuou:

- E agora, o que faremos? Não conseguimos a Alux.

Soltei um riso sarcástico e pus a mão em meus bolsos:

- Não teria tanta certeza disso, Senhorita Granger.

Abri as mãos e mostrei-a as não muitas folhas de Alux. Seu semblante parecia surpreendido.

- E mais um ponto para nossa dupla! – Dizia eu tentando quebrar o silêncio.

Ela apenas sorriu, olhou o relógio e falou:

- Vamos, não podemos perder tempo, temos que ir a meu quarto. Os ingredientes da polissuco estão lá.

Seguimos em direção aos fundos de Hogwarts, nunca havia ninguém lá, além de possuir um menor caminho ao dormitório feminino pela passagem secreta do quadro da Musa das estrelas. O tempo trabalhava contra nós.

Chegando aos fundos, havia uma pintura de uma senhora sentada às pedras.

- Hipoglifos falantes. – Dizia Hermione fixando os olhos na senhora.

- Podem passar minhas jovens. – Respondia o quadro.

Neste momento só veio uma coisa a minha cabeça: minhAs jovens? Por acaso ela não percebeu que eu sou um homem? E, geralmente, garotos não gostam de ser chamados de minhas.  Tratei de questionar a Hermione:

- Minhas jovens?

- Ela é uma velha cega ,Rony. O que você esperava? Além do mais quem entraria em um dormitório feminino além de meninas?

- Meninos viajantes do tempo, oras.

- AH! Isso é bem óbvio. – Dizia ela.

Depois de ter atravessado um longo corredor, enfim chegamos ao dormitório feminino.

Havia um grande número de meninas sentadas a uma lareira fazendo feitiços bobos, que formavam corações.

- Fique em silêncio, e me siga. Não faça barulho. – Alertava Hermione.

Atravessamos o quarto em direção a porta do quarto que Hermione se instalava. Foi difícil, mas conseguimos atravessá-lo sem que nenhuma menina nos notasse, tivemos ajuda das longas cortinas que ficavam nas janelas.

Entramos no quarto e Hermione abriu uma mala que ficava em baixo de sua cama.

- Aqui está! Rony, feche a porta não podemos deixar ninguém nos ver. – Falava Hermione abrindo alguns saches e misturando alguns líquidos.

Ela mostrava-se um pouco nervosa, a custa do tempo e do plano que estávamos fazendo por legítimo instinto. Qualquer erro poderia ser fatal, por menor que ele fosse.

Olhei para dentro da mala e vi três tubos com um nome em cada um: Rony, Hermione, Harry. Não contive a pergunta:

- O que é isso?

- Ah, são os nossos fios de cabelo. Peguei alguns casos precisássemos. – Disse ela com um tom bastante irônico.

Arregalei os olhos.

- Nossa, Hermione, eu quero morrer sendo seu amigo.

- Eu espero que não. – Disse ela concentrada em sua poção, na qual ela já tinha quase prática.

- Como?

Ela atrapalhou-se um pouco, e falou:

- Tome, Beba! Não temos tempo para perguntas. – Disse um pouco corada.

Segurei o copo com um tom de dúvida, e engoli com os olhos fechados aquela poção com o gosto de tudo que se pode imaginar de ruim.

Minha pele começou a borbulhar, minha vista embaçar, e fiquei um pouco mais magro. Eu estava com a aparência do Harry. Ao me vir, ela soltou um suspiro fechou a mala com as coisas que havia tirado mesmo que um pouco desarrumadas e a pôs embaixo da cama.

- O plano é o seguinte.  Nós temos que fazer com que o Harry não vá ao grande salão. No lugar dele você que irá aparecer lá. Tome cuidado, pois o “outro você” estava lá e qualquer descuido pode... – ela hesitou por um tempo e continuou:

- Os trasgos irão atacar você, tome cuidado.

- Que ótimo Hermione, você me dizer isso logo agora e ...

- Vai dar tudo certo Rony! Preste atenção, você irá salvar você mesmo, como da última vez você só precisa fazer tudo o que o “Harry” fez.  Quando o levarem a enfermaria, estaremos lá esperando. Damos a Alux ao verdadeiro Harry e a enfermeira irá pensar que ele está morto.

- Hermione... isso parece... não sei se consigo. – Respondi impaciente.

Ela segurou forte minha mão, olhou meus olhos, e disse:

- Nós podemos, você irá conseguir, precisamos ir está quase na hora.

Ao sairmos do quarto, Hermione parou.

- O que houve? – Perguntei-a assutado;

Ela não respondeu, sacou sua varinha apontou para a porta.

- Protego maximum!

-Hermione o que está fazendo? – Perguntei-a novamente.

- Nos protegendo.

- Protegendo? Contra o quê? – Minha dúvida permanecia estampada no rosto.

- Os comensais, quando viemos este quarto à primeira vez , algo os empatou por um tempo nesta porta. – Respondia ela finalizando o feitiço e continuando:

- Vamos, temos que ir ao corredor do grande salão. Todos estão indo para lá, e consequentemente o Harry deve estar à caminho.

Atravessamos o quarto com facilidade, pois não havia ninguém lá, corremos em direção ao corredor, e exceto alguns fantasmas ninguém nos viu.

- Aqui estamos. Trouxe a Alux? – Falei.

- Aqui no meu bolso. – Respondeu Hermione um pouco nervosa. – Fique do outro lado, quando o Harry passar em direção ao Hall, eu o paralisarei e ficarei com ele no armário de vassouras, esta será sua deixa. Não se preocupe que estaremos na enfermaria na hora certa. Ah, e Rony, por favor, Tome cuidado.

- Pode deixar, Granger. – Disse eu indo me esconder ao lado de uma das luminárias do corredor, pois por serem de concreto não deixava que quem passasse no corredor me visse.

Antes que Hermione se escondesse também, eu mostrei o rosto:

- Boa sorte, Hermione!

- Boa sorte, Weasly. 


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Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário, críticas e sugestões são muito bem vinda. Obrigado por lê-la.



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