A Força dos Otakus escrita por L Okihiro


Capítulo 2
Batalha Inicial




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135081/chapter/2

Yue ajudava Tetsuo a levantar enquanto eu lhes contava o que estava acontecendo e a minha hipótese. Tetsuo olhava para a criança, ainda desacordad, que eu suspeito ser um mamodo, e Yue olhou para sua caneta e fez ar de que entendia, Hiro tentava descobrir o que havia mudado nele.

Tudo aconteceu muito rápido, então eu acabei não dando tanta importância para o esquadrão do exército que entrava na área do evento. Na verdade, só fui realmente me ater a esse fato quando um dos vários soldados parados na entrada do evento falou:

– Rendam-se. Por ordem do governo federal, qualquer um relacionado direta ou indireamente com o Japão deve ser imediatamente preso. O país de agora em diante assume guerra contra o Japão. Vocês estão sendo acusados de serem indiretamente ligados ao Japão e, portanto, agentes duplos em potencial.

Todos estavam atordoados, então ninguém respondeu. Em contrapartida, os soldados não quiseram saber de mais nada, e realmente começaram a prender as pessoas que estavam ali. Por nada realmente concreto.

Um cara tentou argumentar e não se deixou prender e foi apoiado pelos que estavam pertos. Particularmente, fiquei surpreso ao ver ele gritar daquele jeito enquanto tentava ficar em pé. As outras pessoas perto dele, "meio que" concordaram com ele, mas todos estavam tontos.

Bom, não é como se um cara franzino, tonto e desarmado apoiado por outras pessoas tontas e desarmadas fossem intimidar o grupo bem armado de soldados. Mas eu realmente não esperava que os soldados partissem para a violência tão rápido. Com um golpe forte próximo ao pescoço, o rebelde que finalmente havia se posto em pé caiu desmaiado no chão.

Talvez eu tivesse pensado mais em uma situação normal. Sério, eu, normalmente, não sou impulsivo. Mas aquilo tinha estrapolado vários limites, e convenhamos, qual otaku ficaria bem quando vê que está prestes a ser preso por ser ele mesmo? Até uma pessoa normal ficaria com raiva. Acho que a mistura sangue quente com profecia da voz num me fez muito bem porque as seguintes palavras escapuliram da minha boca:

– Nunca que eu vou me deixar levar por uma idiotice dessas, agora EU declaro guerra contra vocês. Henkan, Samjyuugurin. - A minha zampakutou explodiu em cinzas na minha mão, o significado da minha shikai venho instantaneamente na minha cabeça e eu falei:

– Souten ni Saze, - As cinzas que a pouco pairavam a minha frente, quase como se flutuassem, rapidamente se reuniram em uma katana. Na verdade, uma nova katana. O punho da minha espada se tornou verde-água, o guarda mão mudou, uma corrente brotou do fim da minha katana terminado numa lâmina em formato de lua crescente e eu senti o a espada esfriar sobre minha mão. - HYOURINMARU!

Não acho que aqueles soldados houvessem aprendido como atacar aquilo em qualquer academia pela qual tivessem passado. Depois de dois segundos, um deles gritou e os outros passaram a atirar, mas muitos ainda estavam em choque.

Meu movimento deve ter inspirado os outros porque eu ouvi um "Coléra do Dragão" a minha direita, e os soldados definitivamente caiam. A carnificina era geral, alguns se mantinham quietos tentando ativar seus poderes, vi que Tetsuo tinha realmente conseguido um mamodo com poderes de invocação porque ele tava fazendo espadas surgirem de onde ele tocava.

Terminamos matando muitos soldados, havia uns que estavam paralisados ou congelados e o general, supûs que era o general, apesar de muito machucado estava amarrado numa cadeira passando por um "interrogatório" com um cara que conseguiu um Geass (Geass da Resposta Absoluta).

Eu olhava para minha zampakutou sem acreditar no que estava acontecendo, na verdade ninguém acreditaria. Yue tinha conseguido uma caneta de luz e tinha adquirido Solid Script (N.T: Para quem não lembra Solid Script é a magia de Levy, da Fairy Tail, ok?). O mamodo de Tetsuo se chamava Gurin. Hiro tinha conseguido execultar alquimia.

Apesar de serem 50 soldados vs uns 30 e poucos Otakus, nós só tínhamos uns poucos feridos, em especial aqueles que não conseguiram usar seus poderes, ou que tinham poderes que não vieram a calhar tipo ter um Death Note, entre outros. Apesar de estarem machucados os ninjas médicos (2) fizeram um ótimo trabalho.

Tentei invocar a Minazuki, mas era iniviável. Aparentemente, minha zampakutou só havia "conquistado" a Hyourinmaru. De certa forma, faz sentido porque era uma das minhas zampakutous favoritas.

Eu já estava ficando impaciente quando o cara do Geass, estupefato, finalmente falou:

– O que ele disse é verdade o país entrou em guerra com o Japão. - Ele hesitou por um instante. - Aparentemente porque um cara que se diz japonês tentou explodir uma bomba num aeroporto daqui. O Japão negou, mas o presidente não considerou. Eles fecharam a embaixada japonesa e intimaram os japoneses ou descendentes no Brasil a se exilarem. E que a poucas horas foi expedida Ordem Federal para prender todos os diretamente ou indiretamente ligados ao Japão, porque têm uma ridícula fantasia que podemos servir como agentes duplos e atacar o país de dentro pra fora. Isso acabou incluindo os Otakus. Babacas!

Minha cabeça rodava um pouco. Como chegamos a esse pontos tão rapidamente? Como não ouvimos nada da mídia? Uma guerra? E por que diabos estávamos sendo acusado de conspirar com o Japão?

Pensando um pouco, era bem possível que isso acontecesse. Mas era radical demais. Rápido demais. Irreal demais.

Outro ponto que, estranhamente, correspondia ao que a voz dissera. Pensando nisso eu não me aguentei e falei:

- Ok, ok, parem e pensem um pouco. - Acho que falei alto o suficiente porque os murmúrios e vozes desesperadas se calaram. - Nós conseguimos uma oportunidade única. Realmente parece um sonho. Mas, consideremos queseja realidade, otakus iguais a nós podem estar correndo perigo, não sabemos se eles tiveram a mesma sorte que nós. Realmente acho que devemos tentar ajudá-los. Proponho, inclusive, que nos dividamos para juntar a maior quantidade de otakus possível, em grupos pequenos para não chamar a atenção.

Yue falou, quase imediatamente, ao meu lado:

– Eu concordo, mas antes vamos lembrar que o Japão sempre teve uma boa relação com nosso país não tem um motivo para ele ter feito isso, acho que tem a mão de alguém aí. Acho que deveríamos fazer desse lugar, algo como nosso QG. Podíamos levar os soldados e os corpos pra fora, retirar as armas e deixá-los voltar.

Interrompi:

- Deveríamos curar os que ainda estão vivos e alterar as memórias deles se possível, alguém pode fazer isso? Acho que não medimos bem as coisas. No fundo, todos eles estavam cumprindo ordens. Por sinal, acho que deveríamos nos organizar logo, antes que algum outro esquadrão venha.

Yue logo acrescentou:

- Aqueles que descordarem e não quiserem lutar por seus iguais, é realmente tudo repentino demais, portanto saiam daqui e tentem se proteger, os que concordarem vamos ao auditório daqui para discutir um plano.

Fiquei no mínimo boquiaberto com o espírito de liderança dela, mas mesmo com suas lindas palavras todos ficaram parados, pelo menos por algum tempo. Depois pareceram se ligar no que estava acontecendo, vi que alguns faziam menção de ir embora, outros tentavam ajudar um amigo, e quase todos discutiam. Então fiz o que achei plausível. Embanhei a katana e fui ao auditório Tetsuo, Gurin, Hiro e Yue fizeram o mesmo.

Mais algumas pessoas se juntaram e no fim o auditório tinha umas 13 pessoas.

Alguns de nós se apresentavam, e decidimos formar algo como um "conselho". Decidimos que íamos ajudar os soldados e levar-nos pra longe do nosso "QG" e simultaneamente começar a procurar por outros otakus e pessoas que pudessem acabar sendo alvo.

Muitos de nós erámos amigos entre si, portanto os grupos pequenos já estavam definidos, só faltava nossa estratégia. Foi, mais ou menos, por aí que nosso "conselho" digievoluiu e abrimos um verdadeiro Conselho de Guerra.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!