Jealous escrita por Nuvenzinha


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Me matem se quiserem, mas eu imaginei o Shinra nessa fanfic jogando Project DIVA, pelo simples fato de que EU quero jogar esse jogo, sacs?

Celty x Shinra rlz, é o melhor casal do anime, por isso resolvi escrever isso aqui.


Minha primeira fanfic de DURARARA!!, dêem uma trégua >:

Enfim, leiam ~~



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Aquela era uma manhã de clima agradável em Ikebukuro, a cidade onde cada canto oculta um segredo obscuro e lendas urbanas nascem. Celty acabara de acordar de um sonho que ela preferia não contar à ninguém. Acordou agitada, com um batimento cardíaco mais rápido que o normal, logo se levantando de sua cama e indo para a cozinha, atrás de Shinra, que poderia acalmá-la.  Mas não havia sinal do rapaz em lugar algum do apartamento.

A Durahan, já preocupada, calçou seus sapatos, colocou seu peculiar capacete sobre seu pescoço e foi em direção de sua moto negra, quando viu um papel amarelado colado na porta metálica do elevador do prédio.

"Celty,  fui dar uma volta e comprar umas coisas que estão faltando.  - Shinra "

Dizia o bilhete, aparentemente escrito às pressas, que explicava a ausência do rapaz. Celty soltou um suspiro, deixando seu capacete sobre o banco de sua moto e relaxando os ombros, dando meia volta e entrando no apartamento novamente. Não havia com o que se preocupar, no final das contas.  O que restava fazer era esperar Shinra voltar.

Celty deitou-se no sofá da sala, deixando os chinelos caírem de seus pés, repousando as mãos sobre o abdômen e imaginando que tipo de coisas estariam faltando, uma vez que nada ao seu redor parecia mudado. Resolveu olhar melhor. Levantou-se, foi à cozinha e abriu todas as portas de armários e também da geladeira. Estava tudo como sempre, nada faltava. Foi dar uma olhada nos quartos e no banheiro e tudo parecia normal também.

Foi quando a palavra "mentira" apareceu em sua mente, piscando como um botão de emergência.  "Não, não, não! Não pode ser!" Pensava a Durahan, virando para um lado e para o outro no sofá, com as mãos juntas ao pescoço e as pernas dobradas, levando as coxas para perto do abdômen.  Um sentimento de nervosismo corria por seu corpo como um tsunami, que alastra tudo à sua frente.

Celty foi perdendo sua calma, que já era curta, isso se ela realmente tivesse alguma com relação à Shinra. Ela levantou-se num pulo, pondo-se à caminhar pelo apartamento com passos largos, inspirando rápido e expirando devagar, procurando pensar em qualquer outra possibilidade do que o rapaz poderia estar fazendo, agora que mentira se tornara algo claro como água.  Nada lhe vinha a mente, tirando a hipótese de que ele poderia estar com alguém. O que deixava a Durahan ainda mais nervosa.

Mas ela queria algo concreto, uma vez que já se enganara com alienígenas.

Ela já estava à porta do quarto de Shinra, quase entrando e começando a mexer nas coisas dele, quando ela ouviu o barulho da porta do elevador e correu até lá.

-Tadaima! - Exclamou Shinra, fechando a porta do apartamento com uma das mãos, logo sentindo os braços de Celty envolvendo-o. - O-Ore? Aconteceu alguma coisa?

-" Onde você estava?!" - Digitou Celty em seu palmtop, assumindo uma postura tensionada e indignada, como se fizesse birra - "O que tinha ido fazer?! Que sacola é esta na sua mão?!"

-Ah, isto? - Respondeu o rapaz, erguendo a mão com a sacola, logo tirando seus sapatos e sentando-se junto da Durahan no sofá da sala do apartamento- É um programa que comprei na loja de informática para poder jogar um jogo de computador que baixei.

-"Jogo de computador?"  

-É! Vem, eu vou instalar e te mostro como funciona.

Shinra então pegou a mão de Celty e levantou-se num pulo, logo correndo para o escritório e sentando-se na cadeira do computador, que girou com força e parou deixando o rapaz bem de frente ao PC, animado. Ela, por sua vez, parecia bastante preocupada com a alegria do rapaz ao seu lado, que mal ligara o computador e já havia colocado um CD no drive do aparelho.

Sem demora, o programa foi baixado do CD para a memória e Shinra já foi abrindo o jogo, que chocou Celty com suas cores vibrantes, com as figuras em 3D que não paravam de mexer e o altíssimo som que saía dos auto-falantes ligados ao computador.

-"Eu não vejo nada de divertido nisso, Shinra!"

 Digitou Celty, num bloco de notas no computador, mostrando seu lamento por não ter orelhas, para poder tapá-las e não ouvir aquele som, virando as costas e saindo do escritório, logo depois batendo a porta com força, indignada. Shinra deu um riso abafado logo depois do impacto da porta, dizendo algumas palavras para si. Mas, depois de tanto esforço, não seria agora que ele pararia de jogar.

~x~

Já havia passado do meio dia, o Sol já se mostrava num ângulo mais agudo no céu. Celty estava sentada no sofá, de pernas cruzadas, deixando que a fumaça que saía constantemente de seu pescoço mostrar seu atual sentimento de raiva, que havia evoluído da indignação. Levantou-se com os pés pesados batendo no chão, andando apressada até o escritório, onde Shinra ainda estava à jogar seu joguinho musical.

-"Você não sente mais fome?" - Celty colocou seu palmtop bem na frente do rosto de Shinra, deixando a outra mão cair sobre sua cintura que estava levemente pendida para a esquerda, enquanto batia o pé no chão - "Vai acabar muito magro se não comer direito."

-Ahh, Celty! - Disse Shinra, finalmente olhando para a Durahan depois de alguns minutos vibrado na tela do computador - Não precisa se preocupar comigo, estou bem!

-"Tem certeza? Eu posso cozinhar algo para você, se quiser"

-Tenho certeza sim.

O silêncio se instalou por alguns instantes, até que Shinra finalmente sugeriu que Celty achasse alguma ocupação, uma vez que ele queria ao menos continuar com seu jogo antes que trabalho aparecesse. A moça bateu o pé, quase deixando escapar parte de sua raiva através de energia negra, mas logo saiu, batendo novamente a porta de vidro, desta vez quebrando-a.

Ela jogou-se no sofá, frustrada, mirando o teto. De alguma forma, outro sentimento agora fluía juntamente de sua raiva. Um sentimento profundo de tédio e de menosprezo. 

Resolveu tomar um banho. Levantou-se do sofá, escreveu um bilhete à Shinra num papel post-it amarelo semelhante ao que estava no elevador mais cedo naquele dia e colocou-o na parte superior da tela do computador, onde o rapaz pudesse vê-lo.

Celty dirigiu-se rapidamente ao banheiro, fechando a porta à chaves, logo tirando suas roupas e sentando-se na banheira, abrindo a torneira, com o objetivo de obter uma leve sensação de relaxamento enquanto sentia a água subir por sua canela. Uma tentativa quase sem efeito.

Resolveu ir procurar alguma coisa a mais pra fazer, depois de se vestir.

Tentou de tudo. Foi atrás de livros para ler, organizou as coisas em seu quarto, arrumou a cozinha, deu um giro nos canais da televisão e até mesmo tentou estourar plástico bolha para descontrair. Mas tudo que ela tinha em mente era o desgosto que sentia do jogo de Shinra.

Ela queria que aquilo perdesse a graça logo, assim tendo o rapaz de volta.

~x~

-Não faz nem um dia e Celty já parece responder ao meu experimento. Isso é bom, não esperava que ela sentisse ciúmes tão rapidamente. Vou continuar. Desligando agora!

~x~

Já haviam se passado dois dias desde que Shinra começara à jogar. Apesar de ainda conseguir conversar com o rapaz assim que acordavam, durante a refeição e pouco antes de dormir, o fato de que o rapaz parecia apreciar mais a companhia do computador do que a dela deixava Celty louca da vida.

Louca de ciúmes.

Mais uma vez, ela acordou agitada, desta vez com o acréscimo de impulsividade. Levantou num pulo, em poucos instantes já indo atrás de Shinra, para botar pra fora o que andava pensando e sentindo, mas tudo que encontrou foi seu bilhete na tela do computador, que jazia ali desde que ela o havia escrito, dois dias antes, sem ver o rapaz em lugar nenhum do apartamento. Ele havia saído de casa sem falar nada.

-Droga! Droga droga droga! - Ela repetia em tom alto, despedaçando o computador com os próprios punhos furiosos,  não conseguindo mais segurar sua raiva.

O ataque de Celty só cessou quando ela já podia ver fumaça saindo dos circuitos quebrados. Afastou-se, bufando, logo depois saiu do escritório, colocou seu capacete e deixou o prédio em sua moto em alta velocidade.

Celty percorreu quase a cidade inteira, até que parou numa praça, onde se sentou bem de frente à fonte central da praça. Era uma bela e pacata manhã, com o céu bem azul, o sol brilhante e os pássaros cantando agradavelmente, enquanto alguns adolescentes corriam em grupos pelas ruas, rindo, à caminho da escola. A Durahan respirava profundamente, deixando a coluna arquear e o peso pender para frente, de forma que ela quase deixava os seios tocarem os joelhos, com as mãos sobre o pescoço da mesma.

- O que faz aqui à essa hora? - perguntou Shizuo, aproximando-se da mulher com curiosidade, logo sentando-se ao lado dela, sem tirar as mãos do bolso.

-"Ah, Shizuo..." - Celty digitou em seu palmtop sem demoras, logo voltando a digitar e mostrar ao amigo: - "... Eu quebrei o computador do Shinra."

-Quebrou? Como quebrou? - Indagou o rapaz, deixando a cabeça tombar um pouco para a esquerda, com seus olhos deixando transparecer sua confusão mental por trás das lentes azuladas de seus óculos. A Durahan então mudou de postura, ficando ereta, logo pondo-se a encarar Shizuo, que não demorou em compreender que havia algo mais naquilo - ... Por que você quebrou?

Com sua rapidez habitual, Celty digitou tudo que havia acontecido de uma vez só, pondo para fora todas as suas frustrações e logo entregando o palmtop para Shizuo, que leu o relato com atenção. O loiro leu cada palavra com todo seu foco, à cada vez que abaixava o foco da tela com o dedo sua expressão ia ficando cada vez mais estranha e profunda. Até que ele finalmente parou de ler, indagando:

-Então era disso que o maluco do Shinra estava falando!

Celty então arrancou o palmtop das mãos de Shizuo, que pareciam que iriam derrubar o aparelho a qualquer segundo, logo digitando um impactante "O que ele estava falando?!", dando brecha para que o rapaz contasse que viu Shinra com uma câmera de vídeo, perguntando à todo mundo algo sobre quanto tempo levariam para sentir ciúmes se alguém querido seu te trocasse por algo material.

-Coisa que não me faz sentido algum.

Completou Shizuo, que acabou falando para o nada, uma vez que Celty já havia saído correndo, provavelmente para acertar as contas com o rapaz.

A moto negra da Durahan cortava o ar com sua velocidade, sem dizer que também cortava a monotonia das pessoas que caminhavam por ali, que paravam e olhavam curiosas. Ela daria uma surra no Shinra quando ela chegasse! Ela não ia deixar barato todos os dias que ela ficou com aquele ciúme cravado no peito dela por causa daquele estúpido.

Chegou ao prédio que habitava em poucos minutos, logo passando pelo pequeno saguão com passos pesados até o elevador e apertando o botão com certa brutalidade, tentando conter a energia que borbulhava dentro de seu ser.  Quando o elevador finalmente chegou, pareceu levar uma eternidade até que finalmente chegasse ao andar correto.   

-Okaeri, Celty! - Exclamou Shinra, ao ver a Durahan saindo pelo elevador, logo tirando o sorriso de seu rosto e escondendo sua câmera de vídeo ao ver as sombras negras saindo junto dela, percebendo que todo o seu plano havia sido descoberto - E-Eu posso explicar, C-Celty...

Celty foi se aproximando cada vez mais do rapaz, com as mãos prontas para lhe dar um merecido soco, tentando acertá-lo, enquanto ele ia andando para trás, contornando os objetos no apartamento e desviando dos punhos da mulher, até que ele caiu de costas no sofá, se sentindo indefeso. Aquele seria seu fim, acabaria ficando todo roxo. Mas, ao menos, ele pôde provar à si mesmo que até mesmo criaturas míticas também sentem ciúmes.

No impulso (e para a surpresa de Shinra), a Durahan se jogou por cima dele, logo deixando o capacete apoiar-se no ombro esquerdo do rapaz, entre as costas do sofá e a cabeça de Shinra, erguendo seu palmtop, que tinha escrito em letras grandes:

"Nunca mais faça esse tipo de coisa, seu idiota."

-Você fica muito fofa quando fica com ciúmes. - ele deixou escapar as palavras saírem de sua boca, enquanto também deixava seu rosto corar, logo em seguida recebendo o soco que ele estava esperando já haviam dois dias.

O soco que provava que Celty o amava o suficiente para não querer dividi-lo com nada, e nem ninguém. Assim como ele não estava disposto a abrir mão de sua querida Durahan.

E por fim, eles formam um ótimo casal ciumento. 


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