O Culpado escrita por sara_nunes


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eii gente.

boa leitura !



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- Aro deve ter te contado de como nós somos invejosos e queríamos tomar a empresa dos Volturi, não é? – Ele resolveu começar bem no inicio, só para me torturar e me deixar mais nervosa.

- Na verdade, sim. Mas eu nunca acredito muito no que o Aro fala. – Não era mentira, nem um pouco.

- Não acredite. Há bastantes gerações atrás, os Volturi estavam abusando dos funcionários, por isso minha família resolveu interferir. Claro, o abuso acabou, ninguém hoje em dia é idiota a esse ponto. Se bem que meu irmão, do jeito que é uma anta... Bem, voltando ao assunto: A exploração acabou, mas não a injustiça da família Volturi não. Você entende o que eu quero dizer, não é? Corrupção, nepotismo, etc.

- Sim, entendo.

- Bem, voltando para o “meu” crime. – Ele deixou bem claras as aspas na sua voz. – Você sabe que eu tinha me encontrado com a Jane uma vez antes do assassinato?

Lembrei-me da agenda, Aro disse que ela tinha se encontrado com o Edward, mas não disse quando. E eu não parei para olhar.

- Sim, só não sei quando. – Disse sincera.

- Dois dias antes. Ela me ligou falando que precisava falar comigo. Eu dei o endereço da minha casa e marcamos o dia e a hora. Quando ela chegou lá em casa, falou sobre estar indignada com a corrupção e as injustiças da empresa. E eu sinceramente não sabia o que eu tinha a ver com tudo aquilo. Mas ela falou sobre mudanças, eu não sei, eu posso está doido, mas por alguns momentos, eu pensei que ela iria passar a me apoiar, me deixando com a maioria das ações ao meu favor. Mas parecia que não era só isso, tinha mais alguma coisa, alguma coisa que eu não sei.

Isso era interessante. Mas ainda não respondia a grande maioria das minhas perguntas.

- O sangue no carro? A arma? O corpo perto da sua casa? – Indaguei-o pelas provas, mesmo ainda nem tendo certeza se o sangue era mesmo da Jane.

- Calma! E caso você esteja se perguntando. A resposta é sim, o sangue é da Jane. – Isso me pegou de surpresa, mas ele continuou: - Ela se cortou no copo lá em casa e eu tive que levar ela para casa no meu carro, parece que algum engraçadinho tinha furado o pneu dela. Ela parecia assustada, como se soubesse quem poderia ter feito isso, mas não falou nada. Então, ainda estava saindo um pouco de sangue da sua mão, pingou um pouco no carro. – Me olhou por alguns segundos.

- Tinha um encontro dela com você no dia do crime. Explique-se. – Disse com a voz decidida.

- Encontro? – Ele riu. – Desse jeito parecemos dois adolescentes. Você a namoradinha ciumenta, eu o canalha e Jane a amante. – Eu estava tentando parecer séria, mas eu não conseguir não rir depois dessa.

- Sério Edward. – Disse depois de parar de rir. Ele bufou, mas continuou.

- Ela queria falar comigo, parecia que tinha resolvido alguma coisa e estava ansiosa para me contar. Eu não faço a mínima ideia do que poderia ser. Afinal, só tinha realmente falado com ela uma vez. O fato é que ela não apareceu. Depois disso eu sei tanto quanto você. Não sei por que o corpo foi parar perto da minha casa, provavelmente para me incriminar. E o mais importante. – Ele deu uma pequena pausa dramática. – Não faço a mínima ideia de como aquela arma foi parar na minha casa.

Eu queria acreditar nele, eu queria muito. Mas eu não podia. A historia fazia sentido, mas eu era advogada de acusação, não podia me deixar levar, não mesmo.

- Acho que acabamos. – A frase pareceu tão grosseira que eu completei: - Han... Quer beber alguma coisa? – Nossa! Que tragédia.

Ele deu de novo aquela risada rouca de parar o coração de qualquer mulher desse mundo.

- Não precisa fazer isso por mim Isabella. Aproveite bem sua noite de vantagem. – Ele disse e deu um gole em alguma coisa que ele estava bebendo. Nunca foi muito boa em nome de bebidas, ainda mais sendo bebida alcoólica, como eu tinha quase certeza que era.

- Bella. – o corrigi. - Pode deixar vou aproveitar... Dormindo! – Ele riu. Mas não era mentira, eu realmente estava quase caindo de tanto sono, e amanhã ainda tinha que acordar cedo para ver se o depoimento dele iria bater com tudo que ele havia me falado.

- Então, até mais. – Ele disse distraído com o copo.

- Até mais. – Disse, já ficando melancólica. Como eu ia conseguir colocar ele na cadeia?

[...]

Estava almoçando sozinha na minha casa. Não queria companhia de ninguém, eu queria pensar, só isso. O depoimento dele tinha batido exatamente com o que ele me contou. Alguns detalhes a mais que o delegado o mandouele falar, mas nada realmente importante.

A maior parte da minha mente, a parte racional, estava buscando jeitos de contradizê-lo e ganhar o caso, mas tinha uma pequena parte de mim que estava querendo desesperadamente acreditar que ele era inocente. E eu sentia raiva de mim mesma por ser tão idiota e indecisa.

Meu celular tocou: Alice Brandon.

- Alô.

- Bom dia. – Ela disse e eu podia imaginá-la quicando no mesmo lugar, às vezes parecia que era tudo que ela sabia fazer.

- Boas noticias? – Perguntei totalmente ansiosa.

- Acho que são melhores para Rosálie. Não acharam nenhuma impressão digital na arma. Bem, isso não significa muita coisa, afinal, não é difícil usar luvas.

- Ok Alice, muito obrigada, me mantenha informada sempre que puder. – Disse de modo pratico.

- Claro. Ah... Bella, eu preciso fazer compras amanhã. Quer vir comigo? – Essa baixinha era um pouco louca. Acho que não era muito ético a investigadora manter relação de amizade com a advogada. Afinal, ela poderia me beneficiar, mas eu acho que ela nunca faria isso, e nem eu pediria uma coisa dessas. – Bella, você está aí?

- Estou, estou, olha, eu vou sim. – Ah, eu precisava de roupas novas, e ela parecia bem legal, então qual era o problema? Nenhum. – Tchau.

- Tchau!

Hoje abririam o testamento da Jane, daqui a pouco. Eu tinha que acompanhar o Aro, mas eu sabia que não teria nenhuma surpresa.

Talvez Rosálie conseguisse autorização para assistir, afinal o seu cliente também era uma das partes interessadas, já que estava sendo acusado pela morte da Jane. Será que a Rosálie iria me tratar mal mesmo sabendo que eu era melhor amiga do seu irmão? Eu espero que não, porque eu queria tudo, menos uma briga com a família Hale.

Resolvi que já era hora de começar a me arrumar, larguei a louça na pia e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido e não coloquei nenhuma roupa especial, afinal era só a leitura de um testamento.

Olhei para o relógio e saí correndo. Como eu conseguia me atrasar tanto? Acelerei o máximo que eu podia, tentando não ultrapassar o limite de velocidade, afinal eu sou uma advogada, todo aquele papo de “eu deveria ser exemplo” e bla bla bla.

Quando eu cheguei – encima da hora, mas não atrasada – Aro já estava me esperando com um grande sorriso no rosto.

- Oi querida. – Ele disse com seu rosto calmo, mas desprovido de qualquer sentimento aparente. Sinceramente, nem parecia que ele tinha acabado de perder uma filha. Me dava nojo! Por que eu defendia um cara como esses mesmo? Ah, lembrei, porque eu vou ganhar 1 milhão de dólares.

Entramos na sala onde seria feita a leitura do testamento, e, como eu havia suposto, Rosálie Cullen estava lá. Senti um nó na minha garganta, mas ela nem olhou para mim, parecia bem concentrada.

Olhei para uma pessoa que estava sentada relativamente perto do Aro. Não tinha duvidas, aquele era Alec Volturi. Ele tinha uma expressão acabada no rosto. E dava para ver a depressão em seus olhos. Ele sim estava mal pela perda da irmã. Parecia que tinha mais alguma coisa errada, mas ele era... indecifrável, assim como seu pai.

O oficial começou a ler e eu não tive nenhuma surpresa, muitas coisas para o Alec, para algumas primas, e no final, finalmente, o oficial disse que ela tinha deixado as ações para seu pai.

Quando saímos Aro se despediu e foi embora com um olhar triunfante no rosto. Quando eu estava prestes a entrar no carro uma voz feminina gritou meu nome.

- BELLA! – Me virei e vi Rosálie vindo em minha direção com um sorriso no rosto.

- Oi. – Disse timidamente.

- Nossa, eu finalmente te conheci, meu irmão fala muito de você. “A melhor amiga do mundo” – Ela disse em uma imitação muito ruim da voz do Jasper. Acabei soltando uma risada.

- Que isso, ele é um amor. – Respondi, um pouco mais solta.

- OH! Eu tenho que ir! Estou atrasada, acho que nos vemos amanhã. – O que ela quis dizer com isso? Mas não tive tempo de perguntar, porque ela se virou e foi apresada para o seu carro do outro lado da rua.


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Notas finais do capítulo

Gente, os reviews cairam. o que aconteceu com as minhas leitoras? :(

vamos fazer assim, se tiver um numero bom de comentarios, eu posto um capitulo extra na sexta-feira. senao, só no domingo mesmo. ok?

bjbj gente.



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