O Culpado escrita por sara_nunes


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo, meus amores ): Falo com vocês, lá em baixo, ok?

Ah, vocês vão precisar desse link: http://www.youtube.com/watch?v=Qf81iC8uPoI&feature=related , quando for precisar, vai tá avisadinho lá, ok?

Beijos!



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POV ARO

Eu sempre fui um monstro, e sempre tive noção disso. Eu penso em mim em primeiro lugar, depois no meu poder e no meu dinheiro, e só depois eu penso nas outras pessoas.

Por isso eu tramei, junto aos meus irmãos, a morte dos meus próprios pais, e a morte da minha filha. Mas se tem uma coisa com a qual eu achava que podia contar era a cumplicidade dos meus irmãos, e eu simplesmente não podia acreditar que todos esses anos tudo isso foi mentira.

Meus pais, minha esposa, minha filha... Estavam mortos. Meus irmãos e meu filho tinham se voltado contra mim, e de repente eu percebi que eu estava sozinho, e que eu não tinha mais motivos para continuar.

Eu não me enganaria, nós três iríamos para a cadeia. Com certeza já estavam investigando e daqui a pouco marcariam uma audiência para nos julgar. Eu tinha perdido tudo... Só me restava o poder, que também seria tirado de mim.

Eu poderia suportar tudo, eu viveria nesse mundo vazio sem aqueles que eu amo, mas eu seguiria em frente, pelo poder... Sim, eu admito, sou um escravo dele, mas até isso seria tirado de mim, então eu não podia continuar...

Peguei a arma que estava ao meu lado, coloquei-a na minha cabeça... A última coisa que vi foi o relógio marcando 21h, e a última coisa que senti foi meu sangue sendo jorrado, meu próprio sangue.

POV ALEC

Eu estava triste por tudo que tinha acontecido, acho que fundo eu ainda tinha esperança de que meu pai e meus tios fossem “do bem”, mas, claro, foi ingenuidade minha pensar assim. Eles eram da minha família, mas não eram como eu.

A campainha tocou e eu fui atender, quando olhei no olho-mágico vi os meus dois tios. Pensei se deveria atender ou não, mas optei pela primeira opção, eu realmente queria saber o que eles estavam fazendo aqui.

Assim que abri a porta, dois homens, que estavam escondidos, surgiram, me amarrando em minha própria cadeira tão rápido que eu só me dei conta do que estava acontecendo quando minha boca já estava vendada. Eu tentava gritar, mas não conseguia.

Meus tios deram dinheiro para os dois e eles saíram sem falar nada. Nem vi seus rostos, porque estavam mascarados.

- Então, sobrinho, o que deu na sua cabeça de merda para testemunhar contra a gente no tribunal? – O Caius perguntou, girando uma arma na mão.

- Ah, mais que exagero, pra que essa fita na boca dele? Ele não é doido de fazer nada – Marcus deu um olhada sugestiva para a arma e depois tirou a fita que prendia a minha boca – Eu quero tanto conversar com você.

- O que vocês querem? – Eu tentei não entrar em pânico.

- Terminar o que começamos, é obvio. – Caius respondeu.

- O que vocês começaram? – Eu realmente estava com medo, eles estavam cada vez mais maníacos, e isso me preocupava muito.

- A acabar com a “família perfeita” do Aro. – Caius continuou dando as repostas, enquanto Marcus ficava parado, me encarando com um sorriso cínico.

- Vocês vão pra cadeia, não tem noção disso? – Eu tentava lutar pela minha vida, apesar de achar que fosse meio em vão.

- Sobrinho querido, nós já vamos para a cadeia, e não vai demorar muito. Vão provar que matamos a sua querida irmã, sua mãe, sua vovó e seu vovô. – Marcus finalmente disse alguma coisa.

- Mas por que vocês fizeram isso? – Caius colocou a arma na minha cabeça.

- Olha aqui, você está fazendo perguntas demais, mas eu sempre quis cuspir essa história na cara de algum de vocês, então eu vou contar.

“Pra começar, mamãe sempre preferia o Aro... Aro isso, Aro aquilo... Achava que ele era o santo da família, mal sabia ela que ele era o melhor ator, isso sim. Ficamos sabendo que nossos pais, no testamento, iriam deixar mais coisas para ele do que para nós, e isso foi o cúmulo.”

“Começamos o nosso plano para matá-los, mas não sem antes deixar tudo muito bem preparado. Para começar, sabíamos que as ações iriam para o filhinho predileto de qualquer forma, mas resolvemos falar para ele que isso era escolha nossa. Ele acreditou”

“Desde que ele assumiu a empresa as coisas ficaram mais insuportáveis ainda. Os lucros eram divididos igualmente, mas quem tinha todo o status era ele, AQUELE DESGRAÇADO” Ele estava começando a ficar nervoso, e aquela arma começou a ficar cada vez mais perigosa.

“Então resolvemos acabar com a farra da família. Primeiro a esposinha mala, depois a filhinha. Ah, a gente estava planejando matá-la e incriminar o Cullen há muito tempo, e toda aquela aproximação ajudou tanto” Ele riu.

- Por isso vocês mentiram sobre o nome da empregada, vocês ficaram com medo do meu pai procurá-la e ela falar que vocês estavam tendo contato há muito tempo.

- É, e porque fazer seu pai de idiota é gratificante. – Marcus disse com um sorriso maior ainda.

- Vocês parariam por ai? – Perguntei, mesmo sabendo a resposta.

- Claro que não, docinho. – Marcus chegou mais perto. – Como eu disse, estamos aqui para terminar o serviço. Você é o próximo a morrer em nossas mãos.

Não sei se isso é bom ou ruim, mas meu celular tocou.

POV BELLA

Estávamos todos na minha casa, felizes, e todos em casal... É, todos tinham se resolvido mais cedo, e a Rose e o Emmett iam até se casar... A Rose estava grávida, e isso era tão lindo.

- Sabe, estou sentindo falta de uma pessoa. – A Nessie disse.

- Quem? – Eu perguntei.

- Ah, o Alec, ele nos ajudou tanto nesse julgamento, e sempre estava com a gente nas reuniões, sei lá, eu me acostumei com a presença dele. – O Jacob fez um bico enorme, e ela simplesmente riu e deu um selinho nele. – Deixa de ciúmes, eu estou falando sério, ninguém lembrou de ligar pra ele?

- Não, não, a Nessie está certa, esperem.

Eu disquei o seu número, mas eu não esperava quem atendeu.

- Ei, Belinha. – Disse uma voz cínica, que eu conhecia muito bem como sendo a da família Volturi, e, infelizmente, não era do Alec que eu estava falando. Era... o Marcus?

- Cadê o Alec? – Eu perguntei preocupada.

- Ah, pode deixar... Nós estamos cuidando muito bem dele, e tente não incomodar mais, ele está ocupado. – Ele desligou na minha cara, e eu podia jurar que ouvi um tom de ameaça na sua voz.

- Ele está com o Marcus, acho que com o Caius também, gente, eu estou preocupada. – Eu disse para todos.

Jasper já começou a ligar para os seus amigos e Edward foi pegando a chave do carro. Quando se trata de Marcus e Caius, é sempre bom ser paranóico. Eu, Edward, Nessie e Jacob fomos no Volvo e os outros foram no Porche da Alice,

Fomos a toda velocidade para a casa do Alec, que, graças a Deus, sabíamos aonde era. Fui até lá orando, o Alec tinha sido tão bom pra gente, eu realmente não queria que nada acontecesse com ele.

Quando chegamos, a polícia ainda não estava lá, mas isso não era importante naquele momento, só queríamos tirar o Alec dali. Os meninos tentaram impedir que nós, meninas, fossemos, mas, obviamente, não aceitamos isso.

Jasper arrombou a porta e vimos uma cena horrível. Marcus mais afastado, com uma cara surpresa, e Caius com a arma apontada para o Alec, que estava amarrado.

Ele desviou a arma do Alec e apontou para nós.

- Belinha, achei que o Marcus tivesse sido bem claro quando disse que era pra você não incomodar mais. Estamos no meio de uma reuniãozinha familiar, e vocês não foram convidados.

O barulho de sirene invadiu o local, e o Caius pareceu bem confuso. Sem nem pensar direito, ele atirou pra onde o Alec estava. Depois disso o local foi tomado por gritos, e um deles era o meu.

A polícia chegou, os prendeu e foi prestar socorro ao Alec.

Estava tudo muito confuso, eu fui tentar ver mais de perto, mas braços me impediam. Eu só queria saber se ele estava bem e eu podia sentir que estava chorando, muito, apesar de não estar consciente de muita coisa.

-x-

Estávamos no hospital esperando notícias. Queríamos que alguém estivesse lá com ele, mas não foram permitidas visitas. Acabamos de saber que o Aro tinha se matado. Marcus e Caius iriam ser julgados. Maria, Ângela, Jessica e a outra funcionária também, afinal, tinham dado falso testemunho. Elas seriam mais difíceis de prender, pois elas podiam facilmente dizer que realmente achavam aquilo. Mas o Caius, Marcus, Maria e, infelizmente, a Angela, provavelmente iriam para a cadeia.

O médico chegou e eu praticamente pulava na cadeira querendo notícias. Eu estava um pouco mais calma desde que tinha descoberto que ele ainda estava vivo. A Nessie está desmaiada no momento, parece que ela é fraca a sangue.

- Gente, ele ficará bem. A bala não atingiu nenhum dos órgãos vitais e já foi retirada. Só precisaremos fazer uma transfusão, já que ele perdeu muito sangue, mas depois disso ele ficará ótimo.

Todos respiraram aliviados.

Alguns meses depois:

Eu estava na casa do Edward, tinha dormido aqui ontem, e simplesmente me recusava a levantar da cama, apesar dos seus beijinhos me dizendo que era hora de acordar.

- Bella, vamos, o chá de bebê da Rosálie. Você é a madrinha, não pode se atrasar. – Ele deu uma pequena mordida no meu pescoço.

Ele estava certo. Eu era madrinha e ele o padrinho, então não era nada elegante da nossa parte chegar atrasados.

- Ah, tudo bem. – Me levantei e fui me arrumar.

As coisas estavam muito bem nos últimos meses. Marcus e Caius tinham pego muitos anos de cadeia, e como não estavam mais tão novos, com certeza morreriam lá. Maria ficaria um bom tempo também. A Ângela também tinha pego alguns anos, mas conseguimos algumas mordomias para ela, já que eu mesma fui a sua advogada.

O filho da Rose estava muito saudável, sim, seria um menino. Ela e o Emmett já tinham se casado, e o casamento tinha sido lindo.

Fomos para o local onde seria o chá de bebê, e todos já estavam lá. Ops, acho que a madrinha atrasou um pouco...

- Nossa, achei que vocês tinham morrido. – Rose disse levantando com sua barriga já bem grandinha.

Nós rimos... O Alec estava aqui também, com sua nova namorada, a Vanessa. Estávamos todos muito felizes por ele, que, como o médico tinha prometido, se recuperou muito rápido.

- Eu não estou nada satisfeita com não ter sido madrinha, então alguém trate de engravidar. – Alice disse fazendo biquinho.

- Deixa de ser rabugenta, Alice. Você e a Nessie foram madrinhas do casamento, troca justa. – Rosálie disse.

- É, mas eu quero escolher roupinhas, olhar decoração... Se bem que eu posso fazer isso mesmo não sendo madrinha... – Ela começou a pensar, e quando ela começa, ela realmente viaja, então eu parei de prestar atenção no que ela estava falando.

- Bem, mas já que você tocou no assunto, Alice, eu tenho uma coisa pra fazer. – O Jasper chegou mais perto, se ajoelhou e pegou um anel de brilhante. – Se casa comigo?

- AAAAAAAH! SIM, SIM, SIM. – Ele colocou o anel em sua mão e logo depois eles se beijaram, foi lindo e a Alice ficou radiante.

-x-

Eu estava com uma venda nos olhos desde que eu e o Edward saímos de casa. É, eu não sei como ele me convenceu a usar isso. Ah, lembrei, ele me disse que ou eu usava ou ficava sem saber qual era a surpresa que ele tinha me preparado, e como eu sempre fui mega curiosa...

Fiquei um bom tempo dentro do carro com a venda, até que ele estacionou. Eu ameacei tirá-la, mas ele me impediu.

- Não, ainda não.

- Mas, amor, como eu vou andar? – Minha coordenação nunca foi muito boa, imagine de olhos fechados.

Ele riu, e a sua risada ainda me deixava arrepiada.

- Eu te guio, não se preocupe.

Ele realmente me guiou... Até que finalmente tirou aquela maldita venda dos meus olhos.

O que estava na minha frente era... inexplicável. Era um chafariz, mas o mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida.

O link que eu coloquei lá em cima é o chafariz.

- Lembra o quanto aquele pequeno chafariz do shopping esteve presente em todos os momentos da nossa vida? Então, significa muito pra mim, e eu queria tornar isso especial. Só que como o que eu vou fazer é bem... maior do que tudo que fizemos antes, merecia um chafariz especial. – Ele sorriu e pegou minha mão.

Eu estava definitivamente boiando, até que ele se ajoelhou, e eu entendi tudo. Não podia ser... sim, era.

- Isabella Swan, você aceita ser minha esposa e me fazer o homem mais feliz do mundo? - Eu estava quase chorando, mas consegui sussurrar um “sim” audível.

Logo depois ele me abraçou e trocamos mais um beijo em frente a um chafariz.

FIM


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Notas finais do capítulo

Aing, gente, muito obrigada a cada um de vocês que leram, comentaram, e me fizeram muito feliz.

É a minha primeira longfic, então me desculpem por qualquer coisa... qualquer dia eu aprendo, kkkk

Eu tenho uma short, e quem quiser ver é só dá uma passadinha no meu perfil *pisca*

Ah, eu vou fazer um epílogo... Só não sei quando, né... Mas acho que não demora muito não, vou tentar postar quinta, ok?

Como sempre, reviews, e se tiver gostado da história, não custa nada recomendar, ne? Último pedido da autora... KK

No mais, obrigada por tudo, gente... s2

Beijos