Doce Insanidade escrita por Monny


Capítulo 11
Nas pétalas da Camélia


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto! O próximo já entrará no livro/filme HANNIBAL!!!



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Você sente seu corpo estremecer dos pés á cabeça, um turbilhão de sensações invadem o seu Eu, é confuso, é propício, é gostoso, dá medo... Seu corpo fica anestesiado e seu coração dança, pula, salta em desespero, lhe falta o ar e sua cabeça começa a pesar, seus pés e pernas tremem, você fica quente, á ponto de erupção e aí acontece... Você sente seu corpo flutuar, é tão leve, é tão único e intenso, e tudo o que você deseja é que essa sensação não tenha fim...

Seus olhos grandes e azuis foram abrindo levemente, fitou o teto em ruína, olhou para o lado da janela, não havia sol mas uma luz branca entrava sorrateira dentro do pequeno quarto; tateou a cama, estáva sozinha esparramada sobre os lençois de seda, levantou-se meramente, a porta entreaberta, não havia som algum; ao seu lado no criadomudo um buquê de flores, Camélias Brancas, com um pequeno cartão, levantou-se ansiosa, pôs os pezinhos no chão frio, pegou o buquê, cheirou as flores, leu o cartão.

'' Ver você dormindo ao meu lado, fez-me aguçar meus sentidos extintos, não existem palavras para descrever o que fez comigo durante o crepúsculo da madrugada... Minha doce Ayelleen, sinta-se beijada dos pés á cabeça.

Seu, Hannibal Lecter.''

Seu rosto estampou um lindo sorriso, enigmátco e aveludado como o toque nas pétalas das flores que a acompanharam até a sala onde sentou-se no piano, apoiou-se no mesmo e passou muito tempo pensando, refletindo e lembrando...

Nossas memórias são tesouros tão deturpadores que tornam-se alimento de nosso mais ilustre veneno, nosso presente.

Hannibal Lecter levantou-se assim que os primeiros feixes de uma luz fúnebre e cinza começaram a cruzar o quarto indo em direção á seu rosto, fitando o teto em ruína enquanto sua mão estáva envolta á pequena mão dela que dormia, suave, encostada em seu peito.

Deixa-la agora fora tão difícil quanto deixa-la partir naquele Dia dos Namorados... Sua atração pela jovem era tão poderosa, que poderia passar cem anos e em todos os segundos desse longo tempo, apenas admirando sua inerte beleza.

Hannibal saiu naquela manhã nublada, na ponte Vecchio apoiou-se e começou a pensar, pensou no presente, o que era o certo á fazer, mas também pensou no passado... Sua memória foi além... Sorriu ligeiramente, lembrara de um caso, lembrara de uma certa agente do FBI, lembrara de como costumava ser prazeroso decifrar a ingenuidade dela, deixa-la nervosa pisando nos próprios pés, entrando na mente dela como um protozoário faminto por insegurança e falhas e dores... Como estaria a agente Clarice Starling? Será que algum dia poderiam voltar a se encontrar? Será que ela gostaria de saber que ele estáva amando? Qual seria a reação dela ao saber que existe alguém certo para ele? Alguém cujos olhos azuis seduzem até agouros? Ele continuou sorrindo e imaginando as caras e bocas que ela poderia fazer quando soubesse da surpresa...

Passou então á pensar no futuro...


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