When You Look Me In The Eyes escrita por da_ni_ribeiro


Capítulo 1
When you look me in the eyes.


Notas iniciais do capítulo

Ler a fic escutando a musica: When you look me in the eyes.



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Era impossivel ficar calma, totalmente improvavel. Tinha um nó em sua garganta, a angustia apertava o seu peito de maneira dolorosa, era capaz de sentir fisicamente. 

- Tudo bem, Mione? - perguntou Gina olhando atentamente para a amiga. - Você está palida. 

- Não, está tudo bem. Não se preocupe, Gina. 

- Voce tem certeza que está tudo ok? 

- Eu tenho... é melhor voce correr, vai se atrasar para a aula do Snape.

- Ja que é assim, eu estou indo, qualquer coisa me mande uma carta. 

- Pode deixar. - respondeu a castanha mecanicamente. 

Gina deu as costas a amiga, mas antes de atravessar o quadro da Mulher Gorda deu uma ultima olhada para trás e viu Hermione andar de um lado para o outro, perdida em seus pensamentos. 

If the heart is always searching
Can you ever find a home?

De algum modo, precisava conversar com ele, contar a situação. Não podia mais esconder. Uma semana inteira daquele jeito, uma semana inteira com aquele maldito nó na garganta, uma semana inteira o evitando! Por Merlin, estava a 7 dias sem olhar para ele, e sem ao menos dar qualquer tipo de explicação. Como pode ser tão irracional? 

Precisava tomar uma decisão. Quanto antes melhor. Podia sumir, fugir para algum lugar qualquer, bem longe de todo mundo. Assim, a situação jamais sairia do controle. 

- Medo... - ela resmungou, sentando-se no cantinho da parede, ao lado da lareira. 

Hermione abraçou os joelhos, precisava sentir-se protegida. Estava com medo... uma grifinória com medo! Fechou os olhos, apertando-os, podia ver diversas situações diferentes desenrolando-se em sua frente. E todas com o pior desfecho possivel.O que mais a assustava era a reação que ele iria ter. Isso a amedrontava. Só a possibilidade de perde-lo a deixava fora de controle. 

Ja não sabia ao certo onde toda aquela paixão havia começado, não conseguia compreender como é que fora parar naquela situação para ser mais sincera. Sempre fora tão racional, tão calma quando todos estavam em desespero, sempre tiverá um uso excelente de lógica. Muitos diziam que ela, Hermione Granger, era a voz da razão da Grifinória. Mas que mentira, olha o estado em que se encontrava naquele momento: Estava completa e totalmente perdida. 

Em um roupante, Hermione levantou-se de uma vez, as coisas rodaram e ela teve que se apoiar na parede para não cair. Esperou o mundo voltar ao eixo. Não adiantava procura-lo aquela hora, todos estavam em aula, menos ela. Que vergonha. Como iria olhar na cara de seus colegas? Como iria encara-lo? Suas mãos e o resto do seu corpo tremeram completamente. Estava apavorada. O que seus amigos iriam dizer? 

I've been looking for that someone
I never make it on my own

Onde ele estaria? Aula de poções? Improvavel... Aula de transfiguração... provavel. Iria ficar maluca. Sentou-se no sofá de dois lugares que ficava em frente a lareira. Apesar do aquecimento do castelo, o inverno estava sendo rigoroso. Naquele momento, podia jurar que o frio estava ultrapassando o seu casaco e entrando por seus ossos. Hermione tremeu novamente. Ficaria ali, esperando a hora passar. 

Só a possibilidade de perde-lo a magoava, machucava profundamente. O que iria fazer? Como iria contar? Estava perdida... completamente perdida... e sózinha! 

Hermione assustou-se quando viu o quadro da mulher gorda abrir. Logo Harry e Rony surgiram, tinham o olhar preocupado, mas o semblante aliviado por te-la encontrado ali, na segurança da sala comunal da Grifinória. 

- Por que não foi na aula, Mione? - perguntou Harry jogando sua mochila displicentemente no chão. Rony imitou o amigo, cada um sentou de um lado da castanha. - aconteceu alguma coisa?

- Não... - respondeu a castanha num fio de voz.

- Tem certeza? - fora a vez de Rony perguntar. O amigo parecia realmente preocupado. - Há alguma coisa em que a gente possa ajudar?

- Não há nada que voces possam fazer por mim. - disse ela olhando para um amigo de cada vez.

- Voces estavam na aula?

- Infelizmente sim. - respondeu Rony jogando a cabeça para trás. - E para piorar, a Mcgonagall mudou nossos perceiros de aula. 

- Como assim? - perguntou a castanha repentinamente interessada. 

- A partir de hoje, teremos aula com a Sonserina. - disse o moreno enojado. - Vou ter que aguentar aquela maldita doninha em, praticamente, todas as aulas. 

- Ele fez alguma graça hoje? 

- Hoje, por algum milagre feito por Merlin, aquele maldito não fez nenhum comentário desagradavel. 

- Até parecia preocupado com alguma coisa. - completou Rony de maneira displicente.

- Não parava de olhar pela sala. Devia estar procurando o cerebro que ele perdeu. 

Dreams can't take the place
Of loving you

Harry e Rony deram risadas, mas a castanha manteve-se calada. Precisava encontra-lo. Precisava conversar com ele o quanto antes. Hermione olhou para os amigos que continuavam a dar risada, e negou com cabeça. Aquele tipo de piada ja não tinha mais graça, ou talvez, nunca tenham tido graça para ela. 

- Ainda bem que a Mcgonagall terminou a aula mais cedo. Eu ja não estava aguentando mais.- suspirou Rony ainda com a cabeça apoiada no encosto do sofá. - Eu não aguento mais aulas. 

- Logo o ano acaba, Rony. - resmungou Harry em resposta. - Vamos nos arrumar... 

Ótimo, a aula deles havia terminado mais cedo. Precisava falar com ele o quanto antes. Terminar com tudo aquilo. Ou para o bem, ou para o mal. 

- Onde voce vai? - perguntou Harry ao ver a amiga levantando-se e indo em direção ao quadro da Mulher Gorda. - Não esquece que hoje tem...

- Preciso resolver umas coisas. Se precisarem fazer alguma coisa, não me esperem. 

Harry e Rony trocaram olhares confusos, mas não a questionaram. Hermione saiu apressada da torre que abrigava o salão comunal da Grifinória. Precisava encontra-lo, de preferencia sózinho. Desceu as escadas correndo, de dois em dois degraus. Respirou fundo antes de entrar em um dos corredores que davam acesso para as masmorras, em algum daqueles muitos corredores, ficava a entrada para o salão comunal da Sonserina. Apertou mais o casaco contra si, ali o frio era mais intenso. 

There's gotta be a million reasons
Why it's true

- Ta fazendo o que aqui, Sangue-Ruim? - Pansy Parkinson aproximou-se perigosamente de Hermione. Aparentemente surgindo de lugar nenhum. 

- Procurando voce, que não pode ser, Parkinson. - retrucou a castanha acida. Onde aquela maldita estava, ele também costumava a estar.  

- Olha como fala comigo, Sangue-Ruim. 

- Olha Parkinson, vamos fazer o seguinte, some da minha frente antes que eu acabe com voce, e olha que eu não preciso de varinha para fazer isso! - Hermione sorriu minimamente quando viu os olhos de Pansy Parkinson se arregalarem. 

- A Sonserina vai massacrar voces, hoje, sua maldita Sangue-Ruim! O meu Draquinho vai acabar com aquele testa rachada! 

Como podia ter esquecido? Hoje havia jogo de quadribol! Grifinória contra Sonserina! Não iria continuar a conversar com aquela inutil. Precisava correr, o jogo iria começar dentro de instantes. Aquela era sua chance de conversar com Draco, ou talvez não. 

- Onde vai com essa pressa? Voces vão perder! - gritou Parkinson ao ver Hermione sair em disparada. 


Precisava chegar ao estádio, na hora poderia decidir o que fazer. Como havia esquecido do maldito jogo? Correu o maximo que suas pernas conseguiram. Preciva encontra-lo pelo menos para dar boa sorte, caso não tivesse coragem de contar-lhe a verdade. Mas ja era alguma coisa. 
Quando finalmente chegou na beirada do campo, grossas baforadas de vapor saiam de sua boca. Podia sentir que seu nariz estava vermelho por causa do esforço. Seu coração parou. La estava ele, la estava Draco Malfoy em seus quase 1,85 de altura. Apesar do frio e do uniforme de quadribol especifico para o inverno, era facil notar os musculos por baixo daquela roupa. Aquele homem, a sua frente, em nada parecia com o menino franzino que havia conhecido a 7 anos atrás. 

When you look me in the eyes
And tell me that you love me

Seus olhares se cruzaram, e a conhecida corrente elétrica percorreu o corpo da castanha. Sentia-se protegida apenas de olha-lo, apenas de saber que a sua presença era conhecida por ele. Notou que ele ficou tenso, ela ja sabia como agir. Entrou no primeiro beco que encontrou, sempre se encontravam ali antes dos jogos. Logo pode escutar o farfalhar do uniforme dele raspando na neve. 


- Achei que voce não viesse. - disse ele aproximando-se rapidamente da castanha. 

Ela era cerca de 20 centimetros menor do que Draco, cem mil vezes mais fragil fisicamente do que ele. O loiro tinha essa noção. Olhou-a atentamente, algo estava diferente, ja fazia uma semana que ela o estava evitando, e agora, estava ali. O olhar ligeiramente perdido, a pele levemente palida. 

- Tudo bem? - perguntou ele parando na frente da castanha e a examinando mais de perto. - Eu vim lhe desejar boa sorte. 

Everything's all right
When you're right here by my side

- Por que me evitou durante esse tempo todo? 

- Não o evitei, só não consegui escapar do Rony e do Harry. - ela desviou o olhar. Não gostava de mentir, e para ser mais sincera, era uma péssima mentirosa.

- Esse jogo é importante. - disse Draco passando as mãos no rosto da castanha carinhosamente.

- Tem um olheiro do time nacinal da Bulgária. - comentou empolgado, sua voz saiu mais arrastada que o normal. - estou realmente tenso. 

- Eu estou vendo. - ela forçou um sorriso. - Mas vai dar tudo certo.

- Minha carreira depende disso.

- Vai dar tudo certo, Draco! Voce vai ver. - ela subiu nas pontas dos pés, e com algum esforço conseguiu selar os lábios do namorado. - Acho melhor voce ir se aquecer, o jogo começa dentro de poucos instantes. 

- Certo. - ele concordou. - Torça por mim. 

- Claro. 

Ele virou as costas, e ela suspirou. Não tivera coragem de contar... não era certo prejudica-lo, daria um jeito de seguir com aquilo sózinha. Precisava arranjar uma maneira. Ela era uma grifinória no final das contas, seria forte o suficiente para encarar tudo o que tivesse por vir, mesmo que sem ele. Mesmo que Draco não estivesse ao seu lado. 

Por algum motivo, Draco olhou novamente para trás. Não estava tudo bem, Hermione estava mentindo. Ela estava sofrendo, mas mantinha-se calada, por algum motivo que ele desconhecia. Aquilo o estava preocupando. Ela sempre tinha os olhos brilhando, as bochechas coradas, independente se estava frio ou calor. Ela sempre exalava vida. Draco girou nos proprios calcanhares e aproximou-se novamente da namorada. 

When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven

- O que aconteceu, Hermione? - ele apoiou-se contra a parede do beco que os protegia. 

- Eu ja lhe disse, Draco, não aconteceu nada! - ela forçou um sorriso. - O jogo vai começar dentro de apenas alguns minutos, voce não pode se atrasar. Os olheiros... eles estão aqui. 

Draco fechou o semblante. E um suspiro saiu da boca da castanha. 

- Eu não posso jogar sem saber o que está acontecendo, Hermione. 

Xeque-mate. Hermione suspirou, ele não iria desistir. Draco Malfoy estava acostumado a conseguir tudo o que queria, e não iria ser diferente naquele momento. Ele era capaz de faltar ao jogo só para saber o que ela estava escondendo. 


- Tudo bem, Draco. - ela disse vencida. 

- O que está acontecendo?

- Eu não sei por onde começar. - ela estralou os dedos nervosamente. - Eu realmente não sei.

How long will I be waiting
To be with you again?

- Seja la o que for, me conte. 

- Draco, eu não queria... eu não tinha pensado que podia acontecer. - a voz de Hermione saiu tremula.

- Esses dias todos, eu realmente me mantive longe de voce, mas foi para te proteger. Eu não queria causar problemas a voce. - Os olhos deles estavam estáticos, encarando-a. O mar que eram os olhos de Draco Malfoy estava prestes a sofrer uma pesada tempestade. - Eu preciso que voce confie em mim, Draco. 

- O que é que voce ta querendo dizer, Hermione? - a voz dele saiu mais baixa que um murmurio. 

- Eu... eu estou esperando um filho seu, Draco. - ela sorriu ao contar-lhe a noticia, todo o medo e o receio indo embora. - Um filho nosso meu amor. Uma criança. 

Ela esticou as mãos para tocar no rosto dele, mas não houve toque, ele se afastou. A mão dela tocou o vazio gelado do ar de inverno. Ele deu dois passos para trás, encarando-a com seus olhos cinzas, não havia expressão em seu rosto. Não havia qualquer indicio de emoção, e o sorriso que havia no rosto da castanha sumiu aos poucos enquanto ele dava as costas. 

I'm gonna tell you that I love you
In the best way that I can

- Draco, por favor... eu te amo...

Mas ele não parou, os olhos de Hermione ainda puderam registrar quando o loiro levou as mãos ao rosto. Ela havia acabado com a vida dele, e ele jamais a perdoaria por isso. Draco era um sonserino acima de tudo, e seu orgulho vinha antes de qualquer coisa. Como ela pudera pensar que ele renunciaria alguma coisa por ela? 

Foi escorregando pela parede até encontrar o chão gelado. O que iria fazer agora? A resposta era lógica: Iria fugir, sumir da vida de Draco Malfoy para sempre. Ela não tinha o direito de estragar a felicidade dele, não tinha direito de o privar de ser o melhor jogador de quadribol do mundo. Ela não podia e não faria isso. 

Os olhos ardiam e as lagrimas escorriam por seu rosto. Hermione passou a mão na barriga ainda lisa, mas que ja abrigava o fruto de um amor que ela julgou que poderia transpor qualquer barreira. Quanta ilusão de sua parte. Ela era uma mestiça, uma sangue-ruim, enquanto ele... ele era o poderoso Draco Malfoy. O principe da Sonserina. Onde estava com a cabeça?

Deveria ter fugido no momento em que descobrira da gravidez. 
Os soluços não sairam, não havia voz, apenas lagrimas e mais lagrimas. Sentia dor, desespero. Teria que começar tudo do zero. Seria apenas ela e o bebe. Ela não podia ter Draco, mas teria alguem que fazia parte dele. Um elo unico e eterno. Ela se contentaria com isso, seria o suficiente. Só sentia-se pelo bebe, cresceria sem o pai, mas ela faria o papel de pai e mãe sem nenhum problema. Ela conseguiria. Era a vida do seu filho que estava em jogo, nada além disso deveria importar dali por diante. Sua razão ja havia aceitado a situação, mas e seu coração?

I can't take a day
Without you here

Draco olhou para o campo, todos os esperavam. Ele deveria ser o primeiro a entrar na quadra, ele era o capitão, o apanhador do time. O jogador mais importante. Sem ele nada acontecia. 


- Atrasado, senhor Malfoy. - repreendeu Madame Hooch- Então vamos logo com isso. - respondeu seco. 

Ele montou em sua vassoura, e deu um impulso. 10 m, 15m, 20m, 40m... seus olhos não estavam procurando o pomo como deveria, eles procuravam Hermione, mas ela não estava. Piscou com força, precisava tira-la da sua cabeça... precisava esquecer. Aquela era sua grande oportunidade. 

- Eu vou acabar com voce rapidinho, Malfoy.


Draco olhou para o seu lado e la estava o maldito Menino Que Sobreviveu. Havia se tornado ainda mais insuportavel com o final da guerra. 

- Cale a sua maldita boca, Potter. Eu estou aqui para jogar e não para discutir com voce, Testa Rachada. 

Precisava concentrar-se no jogo, mas era impossivel. Ele seria pai... pai de um filho concebido com Hermione Granger, a unica mulher que amara em toda sua vida. Era a unica com quem ele sonhava todas as noites, era a unica que tinha o poder de lhe amparar quando tinha pesadelos. Ele não podia deixa-la ir embora. 

You're the light that makes
My darkness disappear

Ele rodou o campo com a vossoura, não estava preocupado com o pomo, precisava encontrar uma saida. Um meio para ter tudo o que queria: ser pai do filho de Hermione e o melhor jogador de quadribol do mundo. E se tivesse que escolher? E se não pudesse ter tudo o que queria? O que iria fazer? Não estava acostumado a ter que escolher e muito menos a renunciar. 

Fechou os olhos por um unico instante, sentia-se desnorteado com a situação. Era quase como estar bebado. Soltou as mãos da vassoura e passou-as no cabelo. Desespero. Era a palavra que o melhor descrevia naquele momento. Em sua cabeça podia ver duas cenas: Uma era ele, Hermione e o bebe que havia sido gerado no amor deles, e a outra era ele ganhando a Copa Mundial de Quadribol. Será que seria possivel viver sem os olhos de Hermione? Sem som do riso dela? Sem os carinhos? Sem as conversas? 

Move and more I start to realize
I can reach my tomorrow

- Ô Draco, vai ficar ai dormindo? 


Blaize Zabini havia parado ao seu lado, parecia levemente preocupado com a falta de atenção de Draco durante o jogo. 

- Acorda, cara, hoje é o grande jogo. - Eu sei disso. - E porque não está procurando o maldito pomo?

Não houve resposta da parte do loiro, ele apenas saiu de perto do moreno, não precisava ficar escutando nenhum tipo de cobraça. Começou a rodear o campo, não iria tomar a decisão naquele momento. Iria terminar o jogo, acabar com a Grifinória e depois iria procurar Hermione. Iria ter tudo. 

O jogo desenrolava-se de acordo com o tamanho da rivalidade entre as duas casas. Muita pancadaria, muitas faltas e muita briga desnecessária. Draco olhou para o outro lado do campo e viu Potter circulando perto das balizas, mas não parecia ter visto nada. Como tapado daquele havia sido o apanhador mais novo do século? Simples de responder: Ele era o maior puxa-saco do Dumbledore que ja havia existido. 

I can hold my head up high
And it's all because you're by my side


Um lampejo surgiu na mente de Draco: E se ela sumisse? E se a castanha sumisse com o seu filho no ventre? O que seria dele? Aquilo fora um choque, ele não seria nada sem ela. Hermione era metade dele. Era metade de tudo aquilo que sempre faltará na vida dele. Ela preenchera todas as lacunas, lhe ensinara a amar. Amar... e ele ja amava aquele bebe que ela estava esperando. Aquela afirmação viera como um baque, o pegara desprevinido. Ele ja amava aquele bebe, mesmo que houvesse descoberto sua existencia a poucos instantes. Ele o amava simplesmente por ser filho de Hermione, por ter sido concebido no amor deles. O amava simplesmente por amar. 

E ele entendeu que não podia mais ser um garoto de 17 anos querendo o mundo, ele tinha que ser um homem de 17 anos, pronto para o mundo. Tinha que pensar em ter uma casa para oferecer para a castanha e para o filho que embreve chegaria ao mundo, tinha que pensar que dali para frente ele era o responsavel por uma vida. 

Deu mais uma volta no campo, e la em baixo, na saida do campo ele a viu. A mão protetoramente sobre a barriga. Hermione tinha os olhos cravados nele, desceu alguns metros e pode ver a tristeza e a determinação cravadas na feição da castanha. Ela colocou as mãos nos lábios e lhe mandou um beijo e virou as costas. Draco arfou. Ela havia tomado uma decisão e ele sabia qual era. 

When I hold you in my arms
I know that is forever

Precisava alcança-la, não podia deixa-la partir ou sumir de sua vida. Entrou em um mergulho, ouviu a gritaria na arquibancada e num relance pode ver Potter aproximando-se. Parou a poucos metros de chão, saltou da vassoura. Podia escutar as pessoas gritando seu nome. Aquilo não importava, nada iria ter sentido se ela não estivesse ao seu lado. Ela não poderia estar longe, suas pernas reclamavam por estar correndo tão depressa, o frio batia dolorosamente contra o seu rosto. 

- Hermione! 

Não houve resposta, continuou correndo, ela não estaria longe. Então ele avistou-a. La estava ela, andando calmamente, os braços em volta do corpo, a cabeça abaixada. 

- Hermione, espera!

Ela virou-se assustada ao mesmo tempo que Draco segurava um de seus braços. Os olhos castanhos marejados encararam os olhos cinzas de Draco. 

- O que é que voce está fazendo? - perguntou Draco com a respiração acelerada. 

- Sou eu quem te pergunto: O que VOCE está fazendo, Draco?

- Nós estamos juntos nessa, voce entendeu? - com a mão livre ele segurou o rosto da amada. 

- Volte para o jogo, Draco, essa é a sua grande chance! - ela tentou se desvencilhar. - É o seu futuro. 

- Esse bebê é o meu futuro. 

Ela negou com a cabeça, não iria permitir que ele jogasse todos os sonhos para o alto por causa dela e do bebe. Ela daria um jeito. Estava com quase tudo pensado. 

- Isso é loucura, Draco. Eu não posso permitir que voce jogue tudo fora! 

Ela voltou a andar... e Draco percebeu que se ela sumisse de sua vista nunca mais a veria. Naquele momento ele tomou a decisão mais importante de sua vida. Ele a segurou pelo braço e a beijou. 

I just gotta let you know
And never wanna let you go

- Voce não vai embora. - disse ele a abraçando. - Eu não vou deixar voce partir, eu não posso permitir. 

- Voce vai ter que renunciar um monte de coisas, Draco. 

-Eu não me importo, Hermione. - ele beijou a testa da amada. - Eu a amo e jamais permitiria que voce saisse da minha vida. Nós seremos uma familia. Eu, voce e os filhos que venhamos a ter. 

- Eu te amo, Draco. 

Cause when you look me in the eyes
And tell me that you love me
Everything's all right
You're right here by my side

When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven
I find my paradise
When you look me in the eyes


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Notas finais do capítulo

Mais uma oneshot minha! Essa fic foi inspirada na primeira cena do filme 17 AGAIN... que é muito bom! =) ehhehehe. Eu fiquei tão apaixonada pela cena que eu resolvi pegar uma coisinha ou outra, adaptar e colocar numa fic Dramione!
Se voces assistirem a primeira cena do filme, vão ver que só tem alguma coisa mesmo... não é realmente uma adaptação. Eu posso definir que a inspiração para a fic veio da primeira cena, pronto... é isso! hehehe.
Eu espero que voces gostem e que deixem reviews falando ta?!

Beijos
Dani