A New Beginning escrita por lalys


Capítulo 5
Conversations




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/134329/chapter/5

– Tia Vanessa é o máximo, pai, o senhor vai gostar de conhecê-la! – falou pela milésima vez a Valentina. O Nate estava na minha sala ajudando a Valentina arrumar a casinha de boneca, que ele havia trazido de presente, enquanto esperávamos a tal Vanessa, madrinha da Val.

– Ela está atrasada, não é? – assim que o Nate questionou, a campanha soou.

– Que boca! – brinquei com o Nate indo abrir a porta com Val, na minha cola.

Abrir a porta, deparando com a figura da suposta Vanessa. Seus cabelos eram longos, encaracolados e pretos, seus olhos eram castanhos escuros, sua pele era branquíssima, tão branca quanto à da Valentina, mas estava meio vermelha por causa do sol. Ela vestia uma calça jeans escura, e uma blusa de mangas justas, que mostrava bastante as suas curvas.

– Tia Vanessa! – Val retirou os meus devaneios, se jogando nos braços da tia, que a abraçava.

– Minha pequena! Minha rainha! – Vanessa falava entre beijos – Titia estava com tantas saudades!

– Eu também estava tia Vanessa! – Val falou e depois se virou para gente – Papai, tio Nate essa é a tia Vanessa! – ela falou nos apresentando.

O Nate ainda estava babando pela Vanessa. Ele parecia que havia sido enfeitiçado, e a morena não tinha nem trocado um olhar com ele.

– Olá! Chuck me desculpe aparecer, assim, mas é que eu estava morrendo de saudades da Val! – ela fez cosquinha, na barriga da minha filha e depois olhou para o Nate, que continuava babando pela tal da Vanessa.

Joguei a almofada nele, arrancando risadas da Valentina.

– Acorda, Natanael, você está constrangendo a moça! – falei e observei revirar os olhos, e a Vanessa corar levemente.

– Olá! Desculpe-me pelo meu amigo, depois que ele virou pai perdeu o pouco do juízo que tinha! – Nate falou de pé, e foi a minha vez de revirar os olhos – Eu sou a Nate, amigo e sócio do Chuck! – ele estendeu a mão para a moça, mas o Nate era folgado mesmo, estava dando encima da garota na minha casa, na frente da minha filha, na maior cara lavada.

–Vanessa! – ela apertou a mão dele, e sorriu levemente – Amiga da Blair, e madrinha da Valentina!

Valentina observava a cena, sorrindo animadamente. E a conversa do outro dia veio a minha cabeça, a Valentina achava que a Vanessa e o Nate poderiam ser um casal, e pela reação do Nate – meu eterno amigo galinha -, ele estava pronto para dá o bote.

– Engraçadinho! – ironizei.

– Tia, eu vou poder falar com a mamãe agora? – Val perguntou. Como assim? Ela não iria falar com a Blair, muito menos na minha frente.

– Eu acho melhor, não. Mamãe deve está dormindo essa hora! – Vanessa falou calmamente, e eu vi os olhos da minha filha banhar de lagrimas, ótimo o meu ódio pela Blair só fazia crescer, ela não via que estava fazendo a filha sofrer? Para quer? Só por causa de um capricho, que era trabalhar pela Vogue internacional – Mas, titia pode levar você para tomar um delicioso sorvete, e passear no Centro Parck, algo me diz que iremos ver novamente neve! – as duas gritaram, e por um momento eu não sabia distinguir a criança da madrinha, elas pareciam ter cinco anos de idade, ela não, Vanessa.

– Nós podemos papai? – Val perguntou, com os seus enormes olhos cor de chocolate, me despertando do transe, não tinha como negar algo, quando ela fazia aquela carinha de cachorro abandonado.

– Tudo bem! Você pode trazê-la antes das quatro? Ela ainda tem a atividade de casa para fazer! – falei.

– Claro, pode deixar comigo! – ela falou colocando a Valentina no braço – Agora dê um beijo no papai – Val beijo a minha bochecha - e agora no tio Nate! – o corpinho da Val se inclinou e beijo a bochecha do Nate – Devolvo –a em menos de três horas! – ela falou animada, antes de sair pela porta do apartamento.

– Ela é gostosa! Altamente gostosa! – Nate falou, me fazendo revirar os olhos, o meu amigo galinha havia voltado com força total.

– Ok! – tentei ignorá-lo, a minha cabeça estava na minha filha, eu espero que a Vanessa a traga em perfeito estado.

***

Já havia se passado duas semanas desde a chegada da Vanessa, ela e a Val estavam cada vez mais inseparáveis, e eu com ciúmes, era só o que em faltava, a Vanessa estava roubando a atenção da minha filha, e do meu melhor amigo. Minha mãe havia chegado de viajem, e se hospedado na casa da Serena – para o pesadelo do Dan, que vivia mais no meu apartamento do que no dele -, e eu estava evitando um encontro com ela, por isso estava pensando em uma maneira de evitar o almoço familiar, do domingo.

– Inventa que esta com dor de cabeça! Eu não sei! – Nate falou pela vigésima vez em menos de uma hora, se ele não queria me ajudar, ficasse calado.

– Oh! Claro gênio! – ironizei.

– Você vai levar a Valentina? Se você quiser posso ficar com ela! – Nate sugeriu e eu contive uma revirada de olhos, Nate não sabia nem falar direito com Val, muito menos tomar conta dela.

– Claro! – falei irônico – Você também vai brincar de casinha com ela? – eu sei que ele estava tentando me ajudar, mas eu já estava estressado e me via num beco sem saída, domingo estava próximo e eu não queria que a Valentina presenciasse a cena que a minha mãe iria fazer, e nem queria passar por essa situação. Pois conhecendo a dona Lily, como eu conheço, prevejo altas tempestades... – Me desculpa Nate, eu estou nervoso com a reação da dona Lily...

– Tanto faz, mas se quer um conselho? É melhor contar a verdade de vez, sua mãe do jeito que é esperta, vai saca logo que você está escondendo algo, e ainda por cima pode magoar a pequena. Mas mudando de assunto, a gata da madrinha dela deu sinal de vida? Com uma mulher daquela eu me casava, é serio! – ele falou divertido e eu revirei os olhos, Nate casando? O solteiro mais convicto do mundo estava falando – mesmo que de brincadeira – sobre casamento? As pessoas mudam... Ou o que uma presa difícil não faz.

– Eu quero ser o padrinho! – falei entrando na sua brincadeira, e o Nate bufou.

– Eu odeio compromissos, Chuck, a única pessoa com quem eu me caso é com o meu trabalho! – ele falou e eu ri;

– Nem comigo, Nate? – questionei divertido – Você sabe que nascemos um para o outro! – falei com uma voz mais afeminada, e ele conteve o riso.

– Casaria... Se você não tivesse uma filha, e amasse a mãe dela incondicionalmente, mesmo depois de ter abandonado há anos... – ele falou mexendo na minha ferida.

Nate sabia o quanto ainda doía falar da Blair, fazer coisas que a lembrasse... Era inevitável não pensar nelas todos os dias, quando você tem em sua casa uma miniatura perfeita dela, com os meus gostos, gestos... A quem eu quero enganar? Eu não consigo esquecê-la por que ainda a amo, mesmo depois dela ter me abandonado, de ter me feito sofrer todos esses anos... A onde ela estaria? Como ela estaria? Eu nunca havia pedido informações a Valentina, pelo contrario evitava falar da Blair na sua presença sabia o quanto fazia falta a presença da sua mãe...

POV Blair

Revirei – me novamente na cama, não esta acontecendo nada, repetia a minha mesma. Só por que a Vanessa não tinha dado noticias nas ultimas quatro horas, não significa que aconteceu algo com a Valentina. Minha filha... Eu era maluca, não devia ter deixado a pequena com aquele lunático, fazia anos que eu não o via quem garantia que ele era iria tomar conta dela? Quem garante que ele não ia abandoná-la?

Chuck era um mau caráter. Eu havia provado o quanto, só esperava que ele tivesse amor pela a minha bonequinha, ou pelo menos não fizesse mal, se ele machucasse um só fio de cabelos dela, eu acabaria com a vida dele, e seria no sentido literal da frase.

Peguei o telefone, e liguei novamente para a Vanessa, eu não iria conseguir dormir sem noticias da minha filha, Vanessa só podia está fazendo de propósito, ela sabia como eu ficava louca sem informações.

O telefone tocou duas vezes, até a voz de a Vanessa ecoar pelo bocal.

– Olá, Blair! – ela falou num tom culpada.

– Oi! – respondi secamente – Aconteceu alguma coisa, com a Valentina?

– Não ela está ótima! – Vanessa falou – Você não precisa ficar preocupada, uma hora dessas deve está na casa do pai, dormindo!

– Isso é o que me preocupa, o Chuck! – falei com pesar.

– Ela está bem! – me assegurou – Ele o trata como uma princesinha! – Vanessa falou admirada.

– Hum... – concordei inserta – Então. Conta as novidades? – perguntei, queria sondá-la por mais informações.

– Você quer saber como ele está? – Vanessa me perguntou impaciente. Paciência não era uma virtude da Vanessa.

– Não! –falei, afinal era isso. Eu só havia ligado por que eu queria saber da minha filha e mais nada, Vanessa era que gosta de inventar as coisas... De colocar palavras na minha boca. Eu não queria saber noticias suas, eu não queria voltar a vê-lo... Eu só queria...

Para quem eu estou mentindo afinal? Eu queria ter algum tipo de noticias dele sim, mesmo que isso fosse me machucar... Eu sei é horrível, mas eu não conseguia mudar esse sentimento, mesmo depois de anos, mesmo a um oceano de distancia, Chuck ainda mexia comigo, e de uma maneira terrivelmente assustadora.

Eu já havia me envolvido com outros rapazes, após o fim trágico do meu romance com o Chuck, mas eu não conseguia levar a relação à diante, pois sempre acabavam os comparando com ele ou simplesmente queria que eles se transformassem em um protótipo de Chuck Bass.

– Você pode mentir para todo mundo, até mesmo para você, mas a mim você não me engana! – Vanessa falou e eu bufei. Era isso que dava você dá liberdade às pessoas...

– Tudo bem Vanessa! – disse vencida – Como ele está? – questionei olhando para os detalhes do meu edredom, extremante corado.

– Eu posso ti ver corada, a distâncias! – cantarolou divertida.

– Vanessa se você vai me dizer, diga logo! Eu estou gastando uma ligação internacional e...

– Ele não tem outra! – Vanessa falou. Meu coração parou por alguns segundos. Minhas mãos gelaram, senti a minha cabeça rodar um pouco e...

– Como assim ele não tem outra? E tal de Jenny? – questionei - É mesmo do feitio dele, sempre volúvel! Espero que aquele filho da puta tenha caído do cavalo e... – eu estava com raiva, com muita raiava. Chuck Bass podia está sozinho, mas ele continuava o mesmo canalha de sempre.

– Você está com ciúmes? – Vanessa questionou divertida - Blair Waldorf, com ciúmes de Chuck Bass, eu queria ter um gravador de voz agora, para usar posteriormente ao meu favor!

– Eu não estou com ciúmes dele! – falei – Espero que ele se exploda! Que morra! – falei dois oitavos mais altos – Agora eu tenho que ir dormir Vanessa! – falei. Se eu ficasse com ela na linha mais alguns instantes nós iríamos acabar brigando – Boa noite! – falei desligando o telefone, antes de obter algumas respostas.

Fechei os meus olhos irritados. Eu queria pode odiá-lo, mas o máximo que conseguia era me odiar. Odiar-me por não conseguir odiá-lo e principalmente me odiar por não conseguir esquecê-lo, por deixar me abalar quando escuto simplesmente o seu nome, ou fico tentando lembrar o seu tom de voz...

Virei-me na cama, tentando me concentrar na Valentina. Ela era que importava, era ela que valia apena. E como esse último pensamento adormeceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meninas, desculpem a demora do capitulo. Minha vida estava uma maior bagunça, mas prometo postar com frenquencia!!!
Espero que tenham gostado do capitulo, e comente para mim saber se devo ou não continuar!!!!
beijomeliga
xoxo
Lay