Agora que sabia de quase toda a verdade Eloise modificar seu modo de ser, ate parecia um pouco fria. Robert ficou observando há horas, não continha, mas o mesmo brilho nos olhos parecia estar preocupada com algo a todo instante.

–Lise esta tudo bem com você? – questionou a.

Ela mostrou um sorriso seco e balançou a cabeça de forma positiva, mostrando que não estava nada bem.

– Algo a incomoda? – perguntou.

Ela parou de limpar o balcão e se virou para encará-lo.

– Será que pode me deixar um instante sozinha com meus pensamentos, não esta sendo fácil saber que todo esse tempo fui enganada por todos. – vociferou.

–Enganada por quem? – perguntou.

Ela mostrou um sorriso amarelo ironizando o.

–Por favor, Robert não se faça de besta agora. – disse largando o pano e caminhando na direção da porta dos fundos.

Robert franziu o cenho curioso, temia que Damon tivesse feito algo com a jovem, a seguiu.

– Me diga.

Lise se virou e o encarou.

–Olha Robert sei quem você realmente é.

–Sabe?

–Sim, alias você e todos que freqüentam esse local. – disse.

Robert cruzou os braços sobre o peito e permaneceu calado, então ela já sabia de toda a verdade.

–Foi Damon que contou não foi? – perguntou.

Ela balançou a cabeça de forma negativa.

–Não, Noah Willians quem me contou, alias me atacou acerca de um mês atrás, Damon apenas me salvou. – disse.

–Impossível Noah não faria isso.

Ela mostrou um sorriso forçado, como ele tinha tanta certeza que não tinha sido Noah Willians que havia atacado a.

–Não duvide de seus instintos Robert Casey. - disse a voz rouca de Damon.

Eloise se virou para encará-lo, ao vê-lo parado na porta com os braços cruzado encarando Robert, ela correu e o abraçou.

–Senti saudades. – disse apertando os finos braços envolta de Damon.

O vampiro retribuiu o afeto, beijou de leve os frágeis lábios rosados de Lise, passara quase três semanas fora.

–Também senti saudades.

Robert ficou enojado daquela cena.

–Então prefere acreditar nele a em mim?

Eloise abaixou a cabeça pensativa, nunca duvidara da bondade de Robert, mas o fato de todos terem omitido essa informação a deixara vulnerável e decepcionada.

–Nunca duvidei de você Robert, mais por que esconderam de mim todos esses anos o que realmente são.

–Não podia quebrar as regras Lise, devo protegê-la e isso que fiz.

Damon tomou a frente e com sua expressão serena disse.

–Não é mais seu dever agora eu cuidarei de Lise.

Robert mostrou um sorriso sínico.

–Você, a me poupe Damon Salvatore, deixou a mercê durante três semanas.

Damon sorriu, aproximou se de Robert.

–Quem a vem defendendo todo esse tempo senhor Robert Casey sou eu.

Eloise se aproximou de Damon e segurou seu ombro, sabia que deveria interromper a discussão antes que as coisas começassem a ficar feias e o que menos desejava naquele momento era uma briga.

–Todos sabem que você apenas veio fugir de outra decepção amorosa.

Os olhos de Damon ficaram vermelhos de raiva.

– De minha decepção só eu tomo conta senhor Robert, então tome cuidado com suas palavras. – disse.

–É melhor você ir Damon conversaremos depois. – disse Lise segurando seu rosto.

Damon mostrou um sorriso franco.

–Acho melhor. – disse.

Assim que o vampiro se afastou do bar, Lise se voltou para encarar Robert que permaneceu inerte na porta.

–Não tem o direito de falar da vida dos outros.

Robert descruzou os braços.

–Lise ele esta apenas te usando não vê, é questão de tempo para você virar o lanchinho dele.

Eloise franziu o cenho.

–Eu o amo.

–Mas ele não pode amá-la é um monstro não vê.

Eloise se aproximou de Robert.

–Não esqueça que você também é um Robert. – disse retirando o avental.

Lise colocou o avental sobre a mesinha pegou sua jaqueta velha e caminhou na direção da porta da frente, mas as mãos de Robert a impediram.

Ele a puxou de contra seu peito fazendo a se chocar.

–Não deixarei ele te transformar em um monstro. – murmurou nos ouvidos de Lise.

Lise estranhou a atitude repentina de Robert, estava um pouco amedrontada, ele afastou uma mecha teimosa do rosto da jovem.

Beijara de leve seus lábios, Lise recuou temendo que ele a beijasse a força, Robert era como um pai.

–Robert, por favor, não faça isso. – pediu cabisbaixa.

Ele a soltou e se afastou dando espaço para ela sair, Lise caminhou rapidamente na direção da porta sua mente parecia girar trezentos e sessenta por hora.

Seu sentimento por Robert era como de uma filha para um pai, nunca imaginou que ele fosse confundir essa amizade sincera.

Deus devo estar ficando louca. – pensou enquanto caminhava na direção da pensão.

Os ventos gelados de inverno sopravam bruscamente contra a face pálida de Lise, assim que chegou à pensão subiu depressa as escadas, precisava ficar a sós com Damon.

Seguiu direto para o quarto dele, mas para sua surpresa estava vazio, ela fechou a porta e retornou para o seu, assim que jogou a jaqueta sobre a cama notou um pequeno bilhete sobre o criado mudo.

Sentou se na cama para ler, a letra era magnífica e estranha para ela.

Querida Lise.

Corre grande perigo perto de Damon e todos dessa cidade.

Lise sentiu um calafrio percorrer lhe a espinha alguém estava tentando pregar uma peça de mau gosto nela, sabia que Damon não a machucaria.

Ele não me fará mal. – pensou.

Mesmo tendo tamanha confiança em Damon Salvatore deveria tomar cuidado com as palavras encantadas do vampiro, nunca duvidara de Noah e mesmo assim ele a feriu.

Mas Damon tinha algo diferente que era confiante, Lise caminhou na direção da janela e observou a rua deserta.

Amassou o papel e o jogou no canto do quarto, não queria pensar que alguém desejasse tanto seu mau assim, desabou sobre a cama e fechou os olhos, sua respiração estava lenta e pesada seu coração pulsava acelerado enquanto seus pensamentos girava deixando a beira da loucura.

Abriu seus olhos azuis e os fichou no teto.