My Darkness escrita por Lúcia Hill


Capítulo 11
Chapter – Strange Things


Notas iniciais do capítulo

Sempre em qualquer lugar do mundo acontece coisas muito estranha, atitudes que podem nos deixar muito surpresos com suas reações.



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Depois daquela noite estranha, Eloise não conseguia encarar Damon, sentia vergonha e certa atração pelo tal estranho. Continuou a limpar o balcão com sua mente fixa naqueles olhos azul turquesa que a hipnotizaram.

– Eloise? – Robert insistiu.

– S-Sim... – balançou a cabeça, sem graça, ao notar os olhos castanhos dele fixos nela.

Ele demonstrou um sorriso torto.

– Hoje o movimente está meio fraco, não acha? – rapidamente desviou os olhos para outro canto.

Eloise coçou a cabeça e soltou um longo suspiro, Robert estava estranho, algo estava o incomodando, era evidente.

– Você está bem? Parece um pouco cansado. – continuou a encará-lo de uma forma meiga.

Ele afastou-se um pouco do balcão e sentou-se na cadeira, o movimento estava muito fraco devido ao feriado nacional, 1º de Julho, aniversário da Colônia Britânica.

– Esses feriados que me matam... – forçou um sorriso.

Ela sabia que não tinha nada haver com o feriado que cairia na sexta, mas preferiu não o incomodar com suas perguntas, porém sua curiosidade foi maior:

– Robert... – pausou bruscamente, respirou fundo e continuou. – Noite passada, ouvi alguns uivos, e, bom... – novamente pausou.

Ele se endireitou na cadeira, e encarou-a.

– Você acha que eles podem... Sei lá, atirar pedras em uma janela...

Robert segurou-se para não rir, engoliu o riso e respondeu:

– Claro que não, lobos não têm mão, Lise, mas que pergunta estranha essa sua. – grunhiu.

Eloise bufou e encostou-se ao balcão.

– Idiotice minha, não é...? - sentiu seu rosto ferver.

Antes que pudesse responder, Brian e os demais adentraram no bar, Eloise sentiu um frio na espinha ao perceber o olhar furioso de Brian, os rapazes sentaram na última mesa como de costume e começaram a conversar.

– Não sei quem é a mais criança deles. – Robert pensou alto, com os olhos ainda fixos nos rapazes.

– O que? – Eloise arqueou a sobrancelha.

Ele se virou para ela.

– Esquece, vou atendê-los... – saiu na direção deles.

Robert sabia muito bem do que Brian Easton era capaz, assim como conhecia se avô Jonh, que era muito rebelde as ordens em sua juventude.

– O que vão quer? – Robert retirou o bloquinho do bolso.

Brian o encarou por alguns minutos e perguntou em um tom áspero.

– Por que não deixa sua funcionaria nos atender, Robert?

Robert encarou-o.

– O bar é meu e eu faço o que bem entender, Brian. – rosnou furioso.

Eloise começou a lavar os copos que estavam sobre a pia, até que ouviu a voz de Noah, que a encarava do balcão.

– Olá? – sorriu.

Ela encarou-o, estava diferente, até parecia o velho Noah de sempre, Eloise retribuiu o sorriso.

– Oi.

– Lise, preciso conversar com você, te devo muitas desculpas, não é? – sua voz estava calma.

Ela desviou seus olhos dos dele, não queria ficar sem graça com a forma que ele a encarava, não era uma forma de apenas amigos se olharem.

– Será que posso conversar com você depois?

– T-Ta, tudo bem... – por fim o encarou.

– Então te vejo depois...

Ele saiu em direção à porta, não encarou os demais nem fez questão de ir se juntar a eles, será que teria notado o que Damon disse a noite passada? Estava mudado, mais maduro e mais atraente também.

Assim que o relógio bateu no horário de ir, Eloise ajeitou as últimas coisas que faltavam e saiu rumo a sua velha caminhonete, como de costume, havia estacionado no quarteirão de baixo, tentou andar um pouco mais rápido, pois estava frio e era uma época perigosa de ficar sozinha na rua.

– Vamos, Cherb... – novamente bateu a chave na ignição, porém o motor negou. – Não, por favor... – suplicou, encostando a cabeça no volante.

Mas um barulho fez com seu coração disparasse, ao olhar para todos os lados, nada viu.

Meu Deus! – pensou desesperada, novamente insistiu e nada, assim que conseguiu, Brian apareceu na frente da caminhonete, fazendo-a frear e afogar o motor novamente.

– Eu te disse que tínhamos muitas coisas para tratar, querida... – sorriu ameaçador.

Eloise paralisou dentro do carro, seus olhos continuaram fixos nele, não tinha ninguém por perto.

– Saia daí agora... – berrou furiosamente.

Ele se aproximou da janela do condutor.

– Acho que não vai funcionar sem isso... – levantou alguns fios.

Não conseguia pensar em nada, os olhos de Brian brilhavam de forma estranha, tomou coragem e abriu a porta, nunca teve medo dele, não seria agora que teria.

– Que boa ideia... – zombou dela.

Eloise nada disse, apenas continuou a encará-lo, demonstrando que não estava com medo dele, arriscou uma resposta.

– Não tenho medo de você, Brian Easton... – grunhiu.

Ele se aproximou dela bruscamente, e agarrou seu fino braço, apertando-o, Eloise se debateu, tentando se livrar das mãos dele.

– Solte-me. – berrou com todo o ar que tinha nos pulmões.

– O que vai fazer? – zombou.

Não era um bom momento para deixá-lo ainda mais zangado, antes que ela pudesse responder, Noah apareceu.

– Solte-a, Brian. – sua voz estava alterada.

Brian se virou para encará-lo, demonstrou um sorriso debochado e respondeu.

– Olha quem chegou? Noah, o protetor... – riu. – Poupe-me ou acha que vou obedecê-lo só por que seu avô é o líder do grupo...

Eloise fez uma careta, não estava entendendo nada.

Como assim “Líder”, mas de que grupo? –pensou confusa.

– Eu mandei soltá-la ou será que está surdo, Brian... – o tom de sua voz era rude.

Brian novamente riu, aumentando a raiva de Noah.

– Não faça teatrinho, Noah, a gente já sabe o seu pequeno interesse por ela... – virou-se e apontou para Lise.

– Esperem... – grunhiu Lise, com a face vermelha, causada pelo vento frio daquela noite. – Como assim, do que vocês estão falando?

Noah engoliu seco e Brian parecia se divertir com tudo isso, nada mais faltava acontecer.

– Lise, não dê bola para esse... – pausou bruscamente, tomou fôlego e continuou. – imbecil.

Eloise continuou a observar ambos brigarem, não estava entendendo nada, até que um uivo, que quase a deixou surda, ecoou no vazio daquela noite gélida, Noah e Brian sabiam do que se tratava, reconheceriam aquele uivo a quilômetros.

– O que fez? – Noah grunhiu furioso na direção de Brian.

Como ele poderia ter feito aquilo?! Era um lobo e os lobos uivavam como sempre faziam, um vento muito forte soprou na direção de Lise, fazendo-a ajoelhar no chão frio e esconder o rosto.

– Você está bem? – aquela voz era bem familiar.

Ela levantou os olhos para encará-lo, e lá estava Damon com os olhos sobre ela, rapidamente se levantou e bateu as mãos na roupa.

– T-To… – gaguejou.

Damon sorriu.

– Sei... Sua caminhonete não quer funcionar? – arqueou a sobrancelha.

Lise voltou-se para o carro e demonstrou um sorriso sem graça.

– É... Mas acho que não vai funcionar.

– Então, vamos, faço-lhe companhia. – sorriu.

Ambos começaram a caminhar rumo à pensão, a mente de Lise estava muito ocupada para notar o olhar de Damon sobre ela.

O que poderia ter sido aquilo? Por que Brian e Noah desapareceram depois daquele uivo estranho, coisas muito estranhas estavam acontecendo em St. John's


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!