Quase Fácil escrita por lucy_b


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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       A garota ficou em silencio, fitando seus olhos castanhos indecifráveis. O sorriso que sempre brilhava no rosto da mulher desapareceu por completo, dando lugar a uma expressão de dor.

   - Porque fez isso? – Perguntou, confusa.

   - Porque não respondeu?

   Ela se aproximou dele, colocou a mão em seu rosto, contornando os traços do homem com a ponta dos dedos. Sorriu e deu-lhe um tapa, forte. Afastou-se e apontou para porta.

   - Se acabou com o showzinho...

   - Responde!

   - Dean, não posso ter sentimentos – Abaixou os olhos – Não posso... Amar, então também não posso sentir nada. Me desculpe.

   - O que? – Perguntou, confuso.

   - Eu disse que era a ultima pergunta, Winchester – Encerrou o assunto – E seu irmão? Onde ele está?

   - Foi procurar alguma coisa que ajude – Respondeu – Agora, o que sabe sobre o caso? – Sorriu, voltando a ser o Dean de sempre.

   - Nada – Suspirou, dando-se por vencida – Mas tem uma lenda sobre uma mulher que morreu exatamente nesse trecho da Rota, na verdade, ela desapareceu sem deixar nenhum vestígio ou objeto pessoal para trás. Desde então ela assombra essa vila e uma parte da estrada, aparecendo com um vestido branco e coberta de sangue.

   - E o corpo?

   - Nunca foi encontrado, mas alguns dizem que foi queimado pelos seus assassinos. A policia já abandonou o caso, não acharam nada que ajudaria a solucionar – Ela abriu um sorriso vitorioso, com uma pitada de ironia – Mas eles não sabem o que nós sabemos – Sacou um tipo de câmera que capta atividade paranormal e fez uma cara um tanto engraçada, gargalhando logo depois.

   Os dois saíram do quarto, Kat andou até o começo da escada, sorrindo para Dean e fazendo sinal para que a acompanhasse.

   - Não vai ajudar seu irmão? – Perguntou, descendo até a entrada do hotel. Ele apenas a seguia, em silencio.

   - Ele sabe se cuidar – Sorriu

   - Vamos dar uma olhada, por favor – Pediu, sem esperar uma resposta – Quero investigar isso – Falou fazendo um biquinho.

   A garota abriu um sorriso, andando até o encontro de Sam rapidamente, chegando atrás dele e assustando-o sem intenção.

   - E então? – Perguntou

   Sam abaixou os olhos, suspirou e começou a falar.

   - Nada de interessante, o lugar inteiro não tem cheiro de enxofre, alguma atividade estranha... Nada! Acho que é só um caso de policia mesmo, nem deveríamos estar aqui.

   - Castiel não poderia ter se enganado... – Dean sussurrou, para si mesmo.

   - E não se enganou – Kat respondeu também em um sussurro, apontando uma boneca de porcelana destroçada em meio à vegetação gigantesca – Definitivamente essa coisa me dá arrepios...

   Sam se aproximou da boneca e a pegou com delicadeza, observando enquanto a porcelana o encarava com aquelas perfurações nos olhos, a “pele” inteiramente derretida e incrivelmente suja.

   - Mas que merda é essa? – Perguntou para si mesmo.

   - Talvez possa ser um dos objetos pessoais nunca encontrados, certo? – Dean palpitou, ainda com o tom de voz baixo.

   - Mas porque apareceria justo agora? – Kat pensou alto.

   - Porque vocês estão aqui – Castiel respondeu, aparecendo atrás dos três repentinamente.

   Dean deu um grito e Sam pulou, ambos xingando Castiel após o susto. Menos a garota, que permaneceu imóvel ainda observando a boneca, virou-se para trás depois de um tempo, fitando o anjo.

   - Cass – Cumprimentou com a cabeça.

   - Katherine – Castiel fez o mesmo.

   - Porque você tem que aparecer assim? Não pode avisar? – Dean começou a gritar – Dá um sinal, pelo menos... Mas não, você tem que quase me matar de susto. Porque você só aparece nessas horas em que todo mundo está quieto, tenso e pensativo?

   - Espero que ele não tenha feito nada, Katherine – Cass advertiu, ignorando totalmente o chilique de Dean.

   - Não aconteceu nada, mamãe – Kat ironizou – Agora, se quiser começar seu discurso... – A garota fez um sinal com a mão para andar logo, visivelmente irritada com a presença do homem.

   - Não comece! – Censurou Castiel – Bom, vocês despertaram de alguma forma a fúria do espírito, apesar de ela aparentar não ser hostil, seu comportamento mudou da água para o vinho nesses últimos tempos... Um demônio pode estar por trás disso, por tanto cuidado.

   - Porque um demônio ia agir assim? – Perguntou Sam

   - Diversão, óbvio – Quem respondeu foi Dean, falando como se estivesse explicando a coisa mais óbvia do mundo para uma criança de sete anos – Ou você acha o que? Eles não têm televisão no Inferno.

   - O que Dean disse está certo – Interrompeu Kat – Demônios são imprevisíveis, só fazem isso para se distrair.

   - Vocês precisam deter essa coisa, ajudar esse espírito e saírem vivos daqui – Indicou Castiel – E, por favor, cuidem da Kate.

   - Castiel, não sou mais criança! – A garota rosnou.

   - Você sabe que só quero seu bem – Sorriu

   - Some daqui, Castiel! – Ela gritou, e logo depois o anjo desapareceu.

   Os Winchesters se entre olharam, confusos.

   - O que foi aquilo? – Sussurrou Sam para Dean.

   - Sem perguntas, por favor – Pediu Kat – Enfim, onde estávamos?

   Os três voltaram sua atenção para a boneca, que agora parecia mais suja do que antes. Um líquido vermelho começou a manchar o vestido da menininha de porcelana e um grito pôde ser ouvido de longe, vindo de dentro de um tipo de floresta perto da pequena vila.


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Notas finais do capítulo

Foquei mais no dialogo dessa vez, já que o próximo capitulo quase não vai ter. Espero que tenham gostado =)



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