Capítulo 5 – Medical consultation (Consulta médica)

“O carinho é responsável por nove-décimos de qualquer felicidade sólida e durável existente em nossas vidas.” (C. S. Lewis)

O resto da semana se passou tranquilamente, fora os olhares pouco amistosos do grupo da Lauren, percebidos por qualquer um que estivesse ao meu lado, seja Edward, Jasper, Alice, Rosalie ou Emmett, mas felizmente não fizeram nada.

Finalmente tinha chegado o dia da minha consulta com o Dr. Carlisle Cullen e minha mãe, Jasper e Edward iriam comigo.

- Hoje é o grande dia Bella! – falou Emmett enquanto Edward me ajudava a me sentar e ia comprar seu almoço com Jasper que iria comprar o meu.

- Que grande dia Emm? – perguntou Alice meio distraída.

- Hoje é o dia da consulta da Bella com seu pai. – respondeu Emmett.

- É verdade! Eu tinha me esquecido! Quem vai com você Bella?

- Minha mãe, o Jazz e o Edward.

- Seu pai não vai? – eles sabiam do meu desentendimento com meu pai. Por causa dele eu não falo com ele há uma semana.

- Não, hoje ele trabalha até as oito da noite.

- Então eu posso ir com vocês? Eu quero estar com você quando meu pai disser que você vai recuperar a visão.

- Claro que pode, se você quiser ir. Vai ser muito bom ter você ao meu lado.

- Então Bellinha, como já vai ter muita gente na consulta de hoje, na próxima nós vamos nem que seja para te esperar do lado de fora. – disse Emmett.

- Obrigada Emmett, saiba que o apoio de vocês importa muito pra mim.

- Pode contar sempre com a gente. Estamos do seu lado para o que der e vier. – disse Rose.

- Obrigada Rose.

- Sobre o que vocês estão falando? – chegou Jasper com o meu almoço e Edward com o dele, cada um sentando em um lado meu.

- Sobre a consulta de hoje da Bellinha. – respondeu Emmett.

- A Alice vai conosco também Jazz. – complementei.

- Vai mesmo Allie? – perguntou Jasper, feliz.

- Vou sim, só vou ligar pra minha mãe avisando. Ela não vai criar problemas, além do mais o Edward vai, fora que o médico é o meu pai, minha mãe é tranquila.

- Que ótimo.

Almoçamos tranquilamente e fomos para o resto de nossas aulas. Não sei como, mas minha consulta chegou aos ouvidos da professora Keller.

- Boa sorte hoje na sua consulta, senhorita Swan.

- Obrigada professora Keller.

Estávamos na entrada da escola quando minha mãe chegou. Rose e Emm também estavam, segundo eles para me desejar boa sorte.

- Oi filha, pronta para a consulta?

- É claro, mãe, não me estou aguentando de ansiedade. Deixe-me apresentar a Rosalie e o Emmett, meus amigos que você ainda não tinha conhecido.

- É um prazer Rosalie e Emmett.

- O prazer é nosso Sra. Swan. – respondeu Rose.

- Por favor, só Renée. Vamos filha?

- Vamos. Mãe, a Alice também vai com a gente, tem problema?

- É claro que não, desde que sua mãe não ache ruim...

- Eu já liguei para ela e pedi. Ela deixou.

- Tudo bem, então vamos.

- Boa sorte, Bella! – desejaram Rose e Emm.

- Obrigada!

Entramos no carro com minha mãe no banco do motorista, Jazz no carona e Edward, Alice e eu no bando de trás, sendo que eu no meio. Ficamos ouvindo músicas e cantando até a chegada ao consultório.

- Bom dia, senhora Kepler, meu nome é Renée Swan e minha filha tem uma consulta com o Dr. Cullen.

- Qual é o nome da sua filha? – perguntou ela, simpática.

- Isabella Marie Swan.

- Ok, aguarde só um instante enquanto eu faço a ficha dela. Boa tarde Edward e Alice. Vieram falar com seu pai.

- Não senhora Kepler, viemos acompanhando nossa amiga.

Cinco minutos depois eu fui chamada pelo Dr. Carlisle.

- Senhorita Isabella Swan. – chamou ele. – Edward. Alice. O que fazem aqui? – perguntou o doutor, confuso.

- Viemos acompanhar a Bella, pai. Lembra daquela amiga que eu lhe falei. – respondeu Edward.

- Ah, mas é claro, que cabeça é a minha. Então, vamos entrar.

Entramos e Edward me sentou em uma cadeira.

- Então senhorita Swan...

- Por favor, me chame só de Bella.

- Tudo bem, Bella. Agora me explique o que aconteceu.

Expliquei tudo, desde quando eu peguei meningite e me curei, mas fiquei cega. Disse que tinha ido em vários médicos no meu país, mas nenhum queria me operar e disse a forma como eu o havia encontrado.

- Bom Bella, normalmente quando há o descolamento da retina também há a possibilidade de um tratamento que nem é assim tão complicado, você infelizmente deve ter se deparado com alguns médicos incompetentes.

- Disso eu não tenho dúvida, Dr. Cullen.

- Por favor, para vocês é Carlisle, vocês são amigos dos meus filhos então também são meus amigos. Bom, Bella, deixa eu dar uma olhada na sua vista, assim poderei dizer quais exames são necessários.

Carlisle veio até mim e abriu bem os meus olhos, examinando, ficou um bom tempo examinando os dois olhos.

- E aí, pai? A Bella pode voltar a enxergar? – perguntou Edward, parecendo ansioso.

- Eu creio que sim, filho. – ele respondeu ao filho. - Bella, pelo que eu percebi podemos tranquilamente fazer a cirurgia para recuperar sua visão. Vou lhe passar alguns exames, alguns o resultado demora para sair por isso você só deve ter todos em mãos daqui a mais ou menos um mês. Quando todos eles estiverem prontos, você os traz para eu examinar e se tiver tudo certo podemos logo marcar a cirurgia.

- Não sei o que dizer, Carlisle, é bom demais que eu tenho medo de ser um sonho e eu acordar.

- Mas é verdade, minha querida, há grande possibilidade de você voltar a enxergar e talvez melhor do que eu! E olha que eu me gabo de nunca ter precisado usar óculos.

- Obrigada, doutor. Bella fará esses exames o quanto antes, eu mesma vou me encarregar disso.

- Muito bem, senhora Swan. Bom Bella, espero ter ver em breve e com boas notícias se Deus quiser. – disse Carlisle pra mim, depois se virando para os filhos. – Vão querer me esperar? Saio em quinze minutos no máximo.

- Vamos sim, pai. Vamos ficar lá na sala de espera, tudo bem? – respondeu Edward.

- Ok, me esperem que daqui a pouco eu saio.

- Vem Bella, eu te ajudo. – disse Edward, vindo me amparar.

Peguei seu braço e fui andando até a sala de espera, até que eu ouço uma voz que eu não me esqueceria nunca.

- Oi, eu gostaria de saber se Isabella Swan ainda está sendo atendida? – perguntou meu pai.

- Ela está saindo, senhor.

- Bella... – com certeza meu pai viu que quem estava me guiando não era nem minha mãe nem o Jazz e sim o Edward. – Quem são eles e o que eles fazem aqui?

- Pai, esses são Edward e Alice, meus amigos e filhos do Dr. Carlisle, eles vieram ficar ao meu lado durante a consulta com o doutor.

- Bom, depois eu quero conversar com você. Despeça-se deles e vamos para casa.

- A mamãe está de carro também.

- Eu sei, por isso eu deixei o meu em casa e vim de taxi.

- Tchau Allie. – despedi-me de Alice, abraçando-a. – Obrigada, seu apoio é muito importante pra mim.

- Não é nada, Bellinha. Estou do seu lado para o que precisar.

- Tchau Edward. – abracei-o e dei um beijo em seu rosto, que logo retribuiu. – Obrigada, você é muito precioso pra mim! Obrigada por estar sempre do meu lado.

- Faço das palavras de Alice as minhas também. Conte comigo para o que der e vier. Até amanhã! – disse ele, dando outro beijo em meu rosto, deixando um rastro de calor.

- Até amanhã Edward e Alice! – disse Jasper.

- Até logo, meninos! – disse minha mãe.

- Até amanhã! – disseram para mim e para o Jasper.

Descemos e fomos para o carro da minha mãe. Meu pai assumiu o volante e minha mãe foi para o carona, com Jasper e eu no banco de trás. O caminho foi silencioso até chegar em casa, quando saí do carro e fui para o meu quarto tomar um banho para descansar. Depois de roupa trocada eu escuto alguém batendo à minha porta.

- Com licença, filha. Podemos conversar?

- Claro, pai. Fale.

Ele respirou fundo e sentou-se na minha cama. Sentei-me na minha cama também, tentando ficar de frente para ele

- Bella, eu sei que fui muito severo com você na semana passada e me arrependo. Na minha opinião, aqueles seus amigos só queriam brincar com você. Depois que eu os vi com você hoje, o carinho e a atenção de demonstraram para com você me surpreenderam, percebi que eu estava errado e você estava certa. Eu peço que perdoe esse velho pai que só quer o seu bem, só que às vezes ele faz da forma errada. Você me perdoa, minha filha?

- É claro que eu perdoo, pai, nem precisa perguntar. – respondi abrindo os braços para ele me abraçar. Eu odiava ficar brigada com meu pai, ele era uma das minhas bases, meu alicerce em tudo que me formei, alguém com quem eu poderia confiar sem pensar meia vez.

- Eu te amo, minha filha.

- Eu também te amo, pai.

Meu pai deu um beijo em minha testa e saiu do meu quarto. Eu estava muito feliz, tinha feito as pazes com meu pai e ele havia aceito meus amigos. Para melhorar só recuperando minha visão.

****

Acordei bem humorada e cantarolando. Tomei meu banho rapidamente e desci para o café com a minha família.

- Bom dia família linda! – cantei quando cheguei na cozinha.

- Bom dia filha! – responderam meus pais.

- Bom dia Bells. – respondeu Jazz.

- Está de bom humor, filha? – perguntou minha mãe.

- Estou sim, tenho motivos de sobra para estar feliz. – disse eu, me sentando.

- Tenho certeza que sim. – disse meu pai.

Tomamos café alegremente e fomos para a escola. Minha mãe nos deixou lá como sempre e também, como sempre, Edward e Alice estavam nos esperando na porta da escola.

- Bellinha! – cantou Alice, vindo me abraçar. – Bom dia!

- Bom dia Allie! – respondi a ela, sorridente, e fui para o Edward. – Bom dia, Edward!

- Bom dia Bells! – disse ele me abraçando e me dando um beijo na bochecha. Dei um beijo em sua bochecha e comecei a falar.

- Tenho uma boa notícia!

- Fale Bells. – falou Edward.

- Meu pai parou de implicar com nossa amizade. Ele disse que viu o jeito que vocês me tratam e assumiu que estava errado, até me pediu desculpas!

- Que bom, Bellinha! Assim podemos ir te visitar. O que acha, Edward?

- Perfeito, Alice! Podemos ir nesse final de semana?

- Tranquilo, eu falo com nossos pais e eles não devem implicar, meu pai agora está de bom humor. – respondeu Jasper.

- Vai ser perfeito, imagina. A Bella e o Edward podem tocar juntos, conversar à vontade, sem se preocupar com o horário das aulas ou com os professores estarem ouvindo. Podemos chamar a Rose e o Emm também?

- Mas é claro, não seria a mesma coisa sem eles. – falei. No mesmo momento bateu o sinal.

- No intervalo combinamos melhor. Temos que ir para a aula se não levaremos uma bronca daquelas. – falou Edward.

Fomos andando para a aula, combinando o que iríamos fazer quando eles fossem lá em casa. No intervalo não tinha nenhum amigo nosso no refeitório, pois nosso professor havia nos liberado mais cedo, então eu o acompanhei enquanto comprava o almoço dele e mi ajudava a comprar o meu, eu dizia o que eu gostava e ele colocava na bandeja. Quando eu fui pegar o dinheiro para pagar Edward não deixou.

- Não precisa pagar, eu pago pra você.

- Não Edward, não é certo você pagar meu almoço.

- Eu quero pagar seu almoço. Não aceito não como resposta.

- Mas Edward...

- Sem mas, Bella, eu vou pagar seu almoço e não há nada que você possa fazer a não ser aceitar.

- Tudo bem, já que não tenho escolha.

- Não tem mesmo.

Fomos para nossa mesa e assim que sentamos Jasper, Alice, Rosalie e Emmett.

- Bella, por que não me esperou? Eu ia comprar seu almoço... – disse Jasper.

- Nós chegamos e vocês ainda não estavam aqui, por isso o Edward me ajudou, nem me deixou pagar.

- E não deixei mesmo. Foi um prazer. – disse Edward.

- Vamos lá comprar nosso almoço e já voltamos. – disse Alice. – Vamos Jazz!

Assim que eles voltaram Jasper falou.

- Bellinha, não vou para casa com você hoje. Alice e eu temos um trabalho de literatura para fazer e depois da aula eu vou pra casa dela. Eu já falei com a mamãe e ela disse que tudo bem.

- Por mim não tem problema nenhum, Jazz.

- Depois a gente podia marcar de fazer o trabalho de história na minha casa ou na sua, Bella... - falou Edward.

- Temos sim. Quando você prefere?

- Pode ser sexta, na minha casa.

- Perfeito.

- Bellinha, vamos terminar de combinar para ir na sua casa no sábado.

Começamos a falar de nós faríamos. Jasper já havia ligado para a nossa mãe e ela havia aceitado alegremente. Ficou determinado que todos iriam para lá às duas horas da tarde. Realmente, para ficar mais feliz, só recuperando a visão. Ou eu achava isso, mas felizmente o destino estava preparando surpresas pra mim, surpresas maravilhosas.