Acordei com um cheiro de sangue me incomodando. Tentei me levantar sem acordar Frank e vi uma manhca de sangue na cama. No primeiro momento me desesperei com a possibilidade dos pontos do Frank terem se rompido, mas não havia nenhuma mancha no local dos pontos dele, então, de onde vinha? Me deitei, não aguentei ficar apoiado naquele baraço, o olhei só pra prevenir. Meu braços tinha uma mancha gigante de sangue, me levantei e olhei para aquilo, foi quando me lembrei do que minha havia dito. Quando eu desmaiei eu tinha machucado meu braço. Fui tentar novamente levantar sem acordar Frank, o que não deu muito certo dessa vez, ele abriu os olhos na hora que coloquei meus pés no chão.

-O que foi Gee? - Ele disse meio sonolento, mas logo tocou na parte molhada de sangue na cama - O que é isso!? Gerard, você se machucou?

-Na hora que desmaiei ontem eu machuquei o braço. Ta sangrando...

-Me deixe ver.

Ele pegou meu braço e olhou, levantou-se da cama e foi até o meu banheiro, ligando o chuveiro. Logo ele apareceu na porta e me chamou com um aceno.

-Tome um banho e limpe isso, vou fazer um curativo depois de bem limpo. Não é nada muito grande.

-Você daria um ótimo medico sabia? - Brinquei tentando amenizar o momento

-Primeiros-socorros, minha mãe me obrigou a fazer quando eu tinha doze anos. Por isso sei fazer curativos.

Ele sorriu docemente e saiu do banheiro. Arranquei minha roupa e tomei um banho meio demorado. Limpei o maximo que pude o machucado, que ardia demais. Terminei o banho e sai enrolado numa toalha, Frank me fuzilou com os olhos, mas ao mesmo tempo seu rosto tomou um tom rubro. Sorri com sua timidez, ele desviou o olhar.

-Você não deveria estar tomando friagem, coloca algo no corpo. - Ele continuava olhando pra parede, um pouco vermelho.

-Não vai fazer o curativo?

-Vou sim.

-Então - Sentei ao seu lado - é melhor agora Frankie. - Ele ficou ainda mais vermelho.

-Coloca pelo menos uma cueca por favor.

-Ta bom - Peguei uma cueca, fiquei de frente pra ele e "sem querer" deixei a toalha cair. Ele desvio novamente o olhar, num tom estremamente vermelho.

Me sentei do lado dele, sorrindo malicioso. Ele pegou algumas faixas e começou a fazer o curativo, ainda estava muito vermelho. Ele terminou rapidamente e eu terminei de me trocar. Frank mandou eu me deitar e descansar um pouco, logo após saindo do quarto. Fiquei olhando pro teto, pesando em tudo que havia acontecido. Tanta coisa, desejo de morte, Frank entrando na minha vida e a mudando completamente, os acidentes. Suspirei alto, Frank entrou no quarto com uma xicara.

-O que é isso?

-Chá, sua mãe mandou te dar.

-Hmm, entendi.

Peguei a xicara e bebi um pouco, deixei de lado metade do chá, beberia o resto depois. Vi meu X-Box no canto do quarto.

-Frankie, vamos jogar? - Apontei para o video-game feito criança.

-O que vamos jogar Gee?

-Pega os jogos por favor, vamos ver...

Ele pegou os jogos, separamos em duas pilhas pra cada um pegar o seu favortio. Todos os jogos de tiro, que por acaso eram os meus preferidos, cairam com Frank, já que não achei nenhum deles. Frank achou algo rapidamente.

-Vamos jogar F.E.A.R.? - Peguei a capa do jogo, só havia jogado uma vez.

-Claro, vamos.

-Qual deles?

-Como assim? - Ele pegou mais duas capas, F.E.A.R. um, dois e três - Ér, vamos em ordem.

-Okay!

Ele ligou o X-Box e colocou o jogo dentro, pulou os "comerciais" do jogo e logo a tela principal apareceu. Ele selecionou o modo de dois jogadores. O jogo começou, acontencimentos sobrenaturais aconteciam o tempo inteiro em todas as telas. Ficamos jogando a primeira parte do jogo até metade da tarde, terminamos e começamos a segunda parte. Conseguimos finalizar o segundo jogo da saga quando estava começando a anoitecer.

-Frankie, não quer ir pra casa? Você precisa descansar, já te enchi muito desde ontem.

-Não, vou ficar com você. - Ele sorriu docemente, senti meu coração derreter.

-Mas Frankie... - Ele se levantou e desligou o video-game, logo se aproximou e ficou em cima de mim.

-Não vou e ponto final. Vamos Gee, não tente me convencer de algo que não vou fazer.

-Só estou preocupado com você...

-E eu com você.

Ele selou meu labios e me deitou na cama. Se separou de mim e olhou nos meus olhos, beijando minha testa e logo após se deitou no meu peito. Eu acariciava seus cabelos e ele meu peito, o que me causava alguns arrepios, já que seu toque era super leve. Alguém bateu na porta, era minha mãe que equilibrava duas tigelas de sopa, Frank se levantou meio constrangido e foi ajudar minha mãe, eu me sentei.

-Desculpa, atrapalhei vocês não é?

-Você nunca atrapalha senhora Iero!

-É verdade mãe.

-Obrigada pela ajuda Frankie. Vou deixar vocês a sós...

Ela saiu e fechou a porta. Frank me deu uma tigela e ficou com a outra. Tomamos a sopa silenciosamente, um silencio em que nós dois conversavamos pelo olhar. Ele ficou um pouco vermelho e desviou o olhar para a sopa. A campainha tocou...