Em um prédio abandonado, Lúcifer esfregava as mãos aguardando o soar das trombetas. Já ordenara que todos os demônios se preparasse para a batalha final, pois sabia que Miguel seria escoltado pelo seu exército celestial.

Meg surgira logo atrás de seu mestre.

– Meu altíssimo, fiz o que me mandara.

– Muito obrigado minha criança. Conto com a ajuda de Carmen. O atnicristo se diz poderoso, mas a Nefilim tem possui um domínio superior de seus poderes. Percebi como ela ficou alterada ontem naquele hotel, e por motivos supérfulos. Imagine quando ela realmente tiver motivos para se rebelar. Quero ter aquela criatura em meu poder na batalha.

Lúcifer tomou sua espada de fogo nas mãos. Esguer-a às vistas e ficou a observar o magnífico instrumento.

– E tenho que agradecer à Amelia por ter impedido meu querido irmão de pegar sua espada. Mesmo ela a querendo para propósitos contra minha pessoa, mas ela me fez um grande favor...

– Eu havia lhe dito que ela puxara isso da nossa família.

– Uma parte sim, mas o sangue que corre nas veias dela é o mesmo que de seu tio. E os Singers são tão audaciosos quanto nós.

– Meu mestre, se permite meu atrevimento, mas como vossa excelência fará a Nefilim se unir à nós?!

Lúcifer não gostou da curiosidade da demônio, mas não quis se preocupar em repreendê-la.

–... Irei usar aqueles que ela mais ama contra si própria... Agora saia daqui.

Meg assentiu desaparecendo do quarto.

– Ah Amelia... Você não perde por esperar... - O arcanjo sorriu, mirando a janela, olhando para o horizonte.

Hot Blooded

– Tudo bem Dean, pode me atacar. - Eles estavam nos fundos da casa do Bobby, próximos as carcaças dos carros. Dean empunhava uma espada comum de anjo, que Castiel havia recuperado dos anjos mortos no Depósito Castelo. Sam também segurava uma, mas ele e Castiel estava ao longe, assistindo a performance de Dean; Amelia também esperava ele à atacar. - Mostre o que você sabe fazer com isso.

De espada em punho, Dean partiu para o ataque, erguendo a arma com as duas mãos sobre a cabeça. A nefilim partiu com extrema velocidade e apoiou o punho da sua arma na barriga do homem.

– Nunca erga sua arma nesta altura como primeiro ataque. Faça isso, e Miguel vai acabar com você em segundos. - Ela recolheu a arma, ficando ao lado de Dean. - Tente fazer um movimento um pouco circular. - A mulher desceu a espada, descrevendo o movimento no ar, descendo do ombro à aultura da cintura. - Assim você consegue bloquear o ataque. Tente outra vez.

Dean repetiu o ataque, desta vez fazendo o movimento ensinado. carmenm deixou que as espadas se chocassem, então iniciou a uma série de ataques sucessivos, sem que o homem estivesse preparado.

– Calma, calma! - Dean começou a protestar, mas Amelia não deu ouvidos.

– Não pare Dean! Miguel não terá calma! - Ela continou os ataques, obrigando Dean se defender de qualquer maneira possível. Aproveitando o nervosismo dele, a mulher desapareceu, reaparecendo atrás de Dean, e apoiando a espada nas costas dele.

– Isso não é justo!

– Lição número dois Dean: Arcanjos são trapaceiros! Agora você me ataque e não pare.

Sam observava os dois lutarem. Bobby apareceu trazendo duas garrafas de cerveja, e entregou uma delas para Sam.

– Como ele está indo? - Perguntou, tomando um gole da sua cerveja.

– Acho que bem... Alguma novidade Bobby?

– Rufus ligou.

– O que ele falou?

– Só que mais um dos nossos morreu hoje... Um grupo de demônios atacaram eles. O mundo está uma merda.

– Isso Dean, não pare. Mude de ataque, improvise! - eles ouviram a nefilim.

– Hey Cass... - Sam chamou o anjo, que olhava concentrado para a luta. - Por que será que Carmen ficou naquele estado quando Kali falou do Gabriel?! Será que eles tiveram alguma coisa... Digo, ele e Amelia...

– Não sei lhe dizer Sam.

– Gabriel? O arcanjo? - Bobby perguntou, prestando atenção à conversa.

– Sim. Ela ficou perdeu o seu "controle" quando a deusa começou a falar do Gabriel. Relatou os motivos do porque o arcanjo não confiou em Amelia, algo assim.

Eles olharam para a mulher que golpeava Dean sucessivamente.

– O que quer que tenha sido o motivo, eu tenho quase certeza que ela e o arcanjo tinham uma forte ligação.

Naquele instante a mulher dera uma rasteira em Dean e ficou a espada no concreto ao lado da cabeça dele.

– Cuidado com o movimento dos pés e lembre... Trapaceiros.

Ela sorriu estendendo a mão para ajudar Dean a levantar.

– Então Sam, quer tentar? - Amelia pergunto para o outro irmão, enquanto Dean deixava o "campo de batalha", e ia sentar, com a respiração ofegante.

– Ãhm... Vou deixar você descançar um pouco.

A nefilim arqueou uma das sombrancelhas; era visível que a mulher não estava cançada, nem sequer transpirara e sua respiração era normal.

– Ta legal... - Ela riu, estranhando a desculpa do irmão mais novo. - Castiel, quer fazer uma demonstração para eles? Pelo que eu me lembre, acho que você estava querendo uma revanche daquele dia no hotel...

O anjo caminhou em direção à mulher, retirando a sua espada de dentro da capa. A nefilim sorriu, pegando a sua espada no chão.

– Vou fazer uma luta limpa. - Ela falou, girando a arma entre os dedos.

– Nunca acredite em um anjo quando se fala em luta limpa.

– Esperto.

Desta vez Amelia iniciou o ataque, descrevendo um círculo no ar, em direção do rosto do anjo, mas o mesmo se defendeu, bloqueando o ataque.

Ambos persistiam em fervoroso duelo. Os gládios se encontravam. Amelia tentou avançar com um assalto na vertial, mirando a cabeça do anjo, depois na horizontal à direita e à esquerda. Castiel defendia com tanta força que o bloqueio era quase um ataque.

A luta não estava correndo como deveria; a nefilim se sentia fraca, como se de repente sua força estivesse escapando de si.

A nefilim se adiantou, tentando lançar outro golpe, mas a mulher baixou sua arma antes de encerrar o ataque, olhando para a própria barriga, onde na camiseta branca surgia marcas de sangue provenientes de um corte muito profundo.

Mas não fora apenas ali, em várias partes do braço e das costas outras marcas de sangue surgiam.

Todos no mesmo local onde Meg a perfurara com a lâmina da faca. Alguns respingos começaram a sair da sua boca.

– Bobby... - Sam chamou a atenção do homem, fazendo-o olhar onde os anjos lutavam. Na mesma hora Amelia caiu ajoelhada no chão, segunrando firme no ombro do anjo tentando se apoiar.

A profundidade dos cortes aumentaram, fazendo mais sangue escorrer pelos ferimentos e por sua boca.

Sem esperar os outros, Castiel tomou nos braços a nefilim, que se apoiou no sobretudo do anjo, fazendo o sangue manchar a camisa branca por debaixo do terno dele.

Castiel deu meia-volta em direção à porta da cozinha. De posse da mulher, entrou pela sala, repousando-a no sofá.

A mulher estava prestes a desmaiar; estava muito pálida.

O anjo fora pegou uma tira grande de pano e rasgou, formando uma segunda tira; levantou a blusa da mulher até o ponte onde o corte em sua barriga ficasse a mostra, e começou a enrolar o pano em torno do tronco da nefilim, dando um nó ao término. Aquele era o pior corte de todo o corpo dela. Depois cuidou dos cortes do braço e das costas da mulher, que tentava ficar sã a todo custo.

– Isso vai fazer o sangue estancar. - Falou ele, baixando a blusa dela sobre as tiras. - Logo as suas habilidades farão cicatrizar os cortes.

– Como você pode quase fatiála inteira com sua espada, seu anjo desgraçado...

Bobby puxou o anjo pelo colarinho, fazendo-o ficar em pé. - Você está em minha casa, não tem...

– Robert... - Amelia conseguiu falar; a cor já estava voltando ao seu rosto, e um dos cortes no braço dela que ficara visível já estava cicatrizando. - Castiel não fez nada, foi Megan...

– Meg? O demônio? - Dean perguntou, raivoso. - Mas como?

– Enquanto eu estava desmaiada, Ela... de alguma forma, conseguiu capturar a minha alma no subconsciente, e decidiu iniciar uma sessão de tortura...

– Mas como assim sua alma? - Dean ainda parecia confuso; dentre ele e Sam, ele era o que menos ligava em saber sobre anjos.

– Uma das fraquezas do nefilins Dean, é que... Corpo e alma são um só.

– Mas se ela tinha sua alma, por que não te matou? Não que eu quisesse que isso acontecesse... - Dean emendou.

– Pelo visto eu sou muito valiosa para eles Dean... Sam e Castiel viram no que posso me transformar e Lúcifer não iria querer perder ista arma na batalha.

Sam e Dean se entreolharam; parecia que as coisas só complicavam.

– Bom, Castiel, você treina os rapazes, eu vou encontrar com Rufus, ele diz ter algumas pistas de onde o capeta está...

– Eu te ajudo Castiel... - A nefilim foi tentar levantar, mas a dor não permitiu.

– Você vai ficar aí e descançar, - Bobby a censurou. - Não quero ter que recolher seus pedaços depois.

Falando isso ele saiu, pegando a chave da van.

– Você vai ficar bem? - Sam perguntou, antes de sair com os outros pela porta dos fundos.

– Vou sobreviver Sam. Obrigada.

O homem sorriu; Gostava da nefilim. A tempos não tinha alguém com quem convensar, e Sam a considerava como uma irmã. Saiu para fora da casa, indo ter a sua primeira luta.