Preguiça, Gula e Vaidade escrita por Diego Lobo


Capítulo 11
Capítulo 10 - A velha da casa




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Cherry rolou para o lado da cama dando uma cabeçada dolorida em alguém. Seus olhos tomaram um demorado foco na juba loira que dormia ao seu lado. Jenny roncava bem alto.

— Jenny? — ela olhara para os lados, não fazia idéia de como parara em seu quarto.

Os tons de cores pareciam mais intensos que o normal, chegava a doer a vista. Sentia sua cabeça latejando e se sentiu meio enjoada. Cambaleou até a enorme janela de seu quarto, encostando no vidro, não conseguia enxergar o que havia lá fora, mas só por alguns instantes, o verde aos poucos foi aparecendo como um borrão. Ela abriu a portinhola deixando a brisa entrar.

Aos poucos ficou melhor.

— Cherry! — disse Jenny despertando da cama, ela pulou em um abraço. Foi quando Cherry percebeu que a amiga era na verdade bem menor do que ela — Estava tão preocupada!

— O que você estava fazendo aqui? — perguntou Cherry confusa.

— Você ficou desacordada por um tempo e...

— Ai deus! — falou ela aterrorizada — Não me diga que fiquei uma semana desmaiada e o Alphonse já chegou!

— Você ficou desacordada Cherry, não em coma — riu Jenny, para o alivio da garota — Stevan me chamou e fiquei aqui com você durante o dia.

— Mas e o Alphonse já sabe? — perguntou Cherry um pouco aflita.

— Algo me dizia para não contar a ele, porque conhecendo ele, com tempestade ou não, ele estaria aqui em alguns segundos.

Cherry abraçou Jenny imediatamente.

— Obrigada Jenny! — ela passou a mão no rosto — Preciso de um banho!

— Vai tomar banho depois de me contar o que aconteceu! — disse Jenny.

Cherry bufou impaciente e contou tudo, imaginando que seria o bastante. É claro que não foi.

— Acho que isso só prova uma coisa querida amiga — falou Jenny nervosa — Alphonse estava certo, e se preocupou com razão.

— Ok Jenny, mas foi necessário. — disse Cherry ainda impaciente — Eu tenho que resolver isso, e as vezes acho que ninguém me entende.

— Realmente você é uma coitada — riu Jenny, e Cherry não esperava uma ironia dessa.

— Não estou gostando dessa Jenny mais madura do que eu — riu.

— Desculpe, é culpa de uma cópia minha que já fez quarenta anos e a filha mais nova saiu com um cara que parece o demônio...

Era sempre estranho quando uma conversa normal entre amigas deixa de ser por conta dos poderes sobrenaturais de Jenny, que conseguia criar uma cópia sua com a idade, tipo e uma serie de fatores que quisesse. Não era, é claro, uma cópia afinal de contas.

— Só quero um banho! — exigiu Cherry.

— Ok, conversaremos depois mocinha — disse Jenny piscando — E Stevan deixou um bilhete pra você, esta encima da cabeceira.

Cherry rolou para o outro lado da cama, estendendo os braços desesperada para o bilhete.

— Minha nossa! — exclamou Jenny rindo, e em seguida fechou a porta do quarto.

 Cherry abriu o bilhete.

“Cherry,

Cheguei à conclusão que nossas sessões de visita a sua mente não podem mais continuar, e creio que Alphonse não terá problemas em concordar com isso. Espero que entenda que foi uma extrema sorte, ou não, que você tenha saído deste acaso infeliz com saúde e sem danos. A mente é algo muito deliciado, e não se pode cometer riscos, veja você exemplos da medicina.

Conhecendo você e sua mente, sei que não vai içar nada feliz com essa carta, mas espero realmente que entenda que isso é para o bem de sua saúde. Você agora precisa tomar bastante água, e procurar ficar longe de ambientes fechados, e principalmente procure ocupar sua mente com outros afazeres, de preferência mais tranqüilos, e procure esquecer outros objetivos os quais você sabe muito bem qual são.

Sem a minha ajuda você não poderá retornar a sua mente.

Atenciosamente,

Stevan Belphegor.”

— Idiota! — falou ela zangada amassando a carta.

Outro da de escola sem Alphonse, já que este ainda estava em viagem, a garota olhava a si mesma no espelho. Ajeitara seu laço na cabeça e soltava outro suspiro.

— Vamos Cherry! — disse Jenny lhe puxando pelo braço — Odeio quando você faz corpo mole!

As duas desceram as escadas e tomaram café rapidamente, tudo isso ao som estridente de Jenny e suas fofocas matinais.

— Bom dia Cherry — disse Stevan para a garota na mesa, que foi imediatamente ignorado por ela.

Ele murchou alguns centímetros na sua cadeira.

Tudo aconteceu como se tudo fosse emendado, ou até mesmo editado por alguém. Limusine, estrada ao som de Jenny, entrada da escola, aulas exaustivas, intervalo ao som de Jenny, e mais aulas. Ela tentou rabiscar desenhos de sua mente e chaves e portas, mas os exercícios surpreendentemente difíceis da aula não lhe permitiram. E ainda tinha a atração do dia, David, que aparecera na ultima aula, a mais importante, com a perna engessada.

— Você e seu futebol! — disse ela chutando o gesso, o garoto se contorceu em uma risada, enquanto as outras garotas da sala olhavam a cena incrédula.

— Você e seu Alphonse — disse ele sorrindo, ela olhou para ele meio sem entender, mas percebeu o que queria dizer.

— Pode enganar a todos, mas não a mim, você esta com uma cara horrível.

— É que essa é minha cara de sempre, mas você só se deu conta agora — disse ela entediada.

— Não mesmo — disse ele bem perto dela.

Fim do tédio.

— David... Porque você tem que desaparecer sempre quando eu preciso?

— Eu não desapareço Cherry, você que não pensa em me procurar em horas de necessidade — ele sorriu com todo o seu encanto desconcertante que fazia sempre Cherry se sentir a vilã da historia — Não quando têm alguém com você vinte quatro horas.

— Por favor, não me lembre disso! — disse ela massageando seus nervos.

Ao final do dia ela ainda teve que lidar com todo o veneno de Lara, a rainha escolar. Foram risadinhas e insultos diretos que ela não teve a paciência de responder, e ainda tinha um grupinho incomodo de garotas que sempre usava roupas escuras que pareciam estar sempre comentando algo sobre ela, e isso a deixava louca.

No castelo Cherry conversou com seus pais por telefone, e deu atenção a Jenny. Depois procurou fazer suas tarefas, mas parecia não ter paciência para nenhuma delas, dormiu no chão fofo do seu quarto. Não houve sonho nenhum, só uma escuridão tranqüila.

Outro dia passou, não houve nada de interessante para Cherry, que esperava que seu acontecimento mental acabasse por resultar em alguma resposta ou ao menos uma pista de onde poderia estar a chave para a porta. Ninguém na escola alem de David se dirigia a garota, nem ao menos para cumprimentá-la, ela se sentia deslocada demais, nada parecia ter importância alguma. Havia uma garota em prantos no corredor, havia sido insultada por uma das seguidoras de Lara.

— Coitada! — Exclamou alguém ao lado de Cherry.

Mas Cherry não sentia nada, parecia vazia de emoções. Passou andando pelos corredores, lá estava o grupo de garotas de roupa preta, a encarando até que a garota desaparecesse de vista.

Outro dia terminara. Alphonse ligou na manhã seguinte.

— Esta tudo bem Cherry querida? Sua voz parece meio cansada...

A voz de Alphonse parecia algo de outro mundo, como se fosse um sonho a sua existência, que só habitava a memória de Cherry.

— Eu já te disse Al, está tudo bem — ela suspirou olhando pela janela — Acho que não vou a escola hoje, me sinto meio indisposta.

— Então não vá minha cereja! — exclamou Alphonse como se fosse a decisão mais simples do mundo, e talvez fosse.

Ela sorriu.

— E você, quando volta?

— Cherry White esta com saudades? — disse ele rindo.

— Nenhuma — mentiu.

Conversaram por mais alguns minutos, e então ela se explicou a Jenny, que pediu para faltar também para ficar com a amiga.

— Você não precisa da minha permissão, eu não sou sua mãe. Mas prefiro que não fique, eu gostaria de ficar sozinha...

Jenny desistiu e foi para a escola. Tudo o que Cherry fez pela manhã foi caminhas pelo castelo, conhecendo vários lugares interessantes e retornando a biblioteca. Levou o livro com desenhos interessantes, alguns lembravam muito o traço de seu irmão Mike.

Sentada no chão ela encostou na janela para ler o livro, a paisagem do lado de fora parecia se mover com lentidão e a brisa abriu aos poucos a portinhola de vidro deixando a cortina de véu dançar pelo quarto com graça. Aquilo deixou Cherry com muito sono, resolvendo mais uma vez deitar no chão.

A cortina cobriu toda a janela, deixando o quarto em completo escuro. Ao menos parecia estar escuro.

— O que...

No chão os olhos de Cherry encontraram um feixe de luz fraco, parecia sair por debaixo do enorme armário que havia em seu quarto. Engatinhando até o local ela constatou que existia algo alo, podia ver um conteúdo atrás da parede, mas o precisava locomover o objeto para ver o que era.

Não foi fácil. O armário pesado dificilmente se mexeu, mas ela estava decidida em descobrir o que havia ali. Depois de muito esforço arrastando o objeto, ela se deparou com uma porta de madeira extremamente velha. Podia sentir uma pequena brisa passar por seus pés.

Seu dedo passou pela superfície da porta, era áspera e real, não era um sonho. A maçaneta era de um metal enferrujado, fazendo um clique estranho quando ela não pensou duas vezes em abrir. O vento fugiu para dentro do quarto, revelando um corredor de pedras claras, onde havia varias janelas com a claridade do dia, parcialmente cobertas por uma vegetação.

Ela caminhou para dentro do lugar, a brisa sussurrava entre varias brechas e imperfeições de pedras, chegou a uma escadaria em espiral, bastante iluminada pelo o dia, e suja por folhas secas. Aquele lugar deveria ser desconhecida por todos, pois não parecia ser limpo a bastante tempo. Quando a descida terminou, Cherry encontrou uma porta de madeira quebrada, revelando o que havia do outro lado.

Estava do lado de fora do castelo. Era um jardim que não se podia ver pela janela de seu quarto, nem de qualquer outro ao que parecia, pois não haviam outras janelas direcionadas a aquele lugar, a não ser aquelas que acabara de passar. Um lugar secreto escondido de todos.

Descansa, Cherry aventurou-se pelo jardim espesso, a grama era alta e fofa, haviam algumas esculturas, mas essas quase não se viam pois a vegetação insistia em cobri-las. Havia uma variedade incrível de borboletas, muitas saindo da grama conforme os passos da garota avançavam. As arvores pareciam cantar, tinham formatos estranhos e engraçados.

Havia também um banco de madeira escura, um bom lugar para se ler um livro. Os passarinhos passavam por ela em rasastes, revelando o que havia mais a frente. Uma floresta intensa, haviam apenas um caminho, em que arvores tortas permitiam a entrada como se fosse um túnel.

O coração de Cherry acelerou um pouco, parecia um pouco assustador ali dentro, mas como se não houvesse mais razão em seus pensamentos, ela entrou no túnel. A pouca luz de lá, eram feixes que lutavam contra as folhas pesadas das arvores, o chão era repleto de raízes escuras e folhas molhadas.

Andou um bocado, temendo olhar para os lados onde havia um breu misterioso e coisas brilhando em sua profundidade, como a noite. Chegou em um caminho coberto por uma folhagem que lembrava um cortinado, verde demais e caindo dos troncos das arvores. Com a mão ela abriu caminho, avistando uma cabana.

Era meio torta e feita de uma madeira bem escura. As janelas nada revelavam do que havia ali dentro, e não havia porta, somente uma entrada para a escuridão. A casa não era iluminada por coisa alguma, ali ficava o coração da floresta, onde as arvores eram enormes e suas folhas formavam um céu esmeralda.

A garota deu alguns passos a frente, o som de seus passos era estranho porque seu pé afundava nas folhas.

— Olá? — disse ela quando pisou na soleira — Olá?

Não houve resposta alguma, e não teve sucesso em enxergar o que tinha ali dentro. Se quisesse descobrir teria que entrar. “Estou ficando louca”.

Cherry entrou.

Não havia som algum ali dentro, só a escuridão e alguns pontos luminosos, que pertenciam a objetos estranhos pendurados no teto.  No A parede era podre e escamosa, o chão tinha um lodo grosso que agarrava nos pés da garota quanto mais ela entrava no lugar.

Parecia ter chegado em algo que parecia ser a cozinha, lá havia algum barulho de metal titilando, mas era algo muito baixo. Havia fungo nas paredes, ela nunca vira algo assim, o fungo tinha um cor rocha, irreal. Ela se aproximou devagar do fogão arcaico a lenha, seus passos pareciam se estender aos poucos por toda a casa, com o ranger velho do assoalho.

O que afinal de contas havia naquela panela deixada ali, que soltava uma fumaça fraca? Seus olhos se aproximavam mais e mais da superfície aredondada, que em um segundo revelariam o seu fundo..

— QUEM ESTA AI?

Cherry saltou em um grito de horror com a voz berrando por trás. Mas o seu terror nãos e conteve em nada.

— QUEM É?

Era uma mulher horrenda. Tinha a pele cheia de relevos estranhos, a pela era como de uma ameixa seca e escura, suas feições era bizarras e os olhos pareciam saltar do rosto. A boca era desfigurada como se fosse mordicada varias vezes, e os dentes, os que restavam, eram escuros e podres. Seus cabelo, também pouco, era sujo de terra, e sua sobrancelha era pesada, lhe deixando uma expressão aterrorizante.

Faltou palavras na garota, seu coração querendo saltar de seu peito, não havia para onde fugir a que a velha surgira do caminho de onde viera. Usava uma veste preta, uma espécie de manto que lhe cobria até a testa. Ela caminhava com seus olhos desfocados, até onde a garota estava, como se fosse um mostro cego, cheirando a sua presa.ia fôlego

— Quem é você? — perguntou baixinho a mulher, virando seu rosto a outra direção, o nariz toro e cheio de feridas.

— Che... — não havia fôlego para pronunciar as palavras — Cherry.

A mulher balançou a cabeça de um jeito extremamente esquisito.

— E o que você pensa que esta fazendo na minha casa? — a voz daquela mulher era um urro de dor, uma dor alucinante para qualquer um dos ouvidos.

— Eu... eu só entrei... me desculpe..

— VOCÊ VEIO ME MATAR! — urrou a mulher enlouquecida.

Cherry gritou, mas a mulher puxou os cabelos da garota.

AAAAAAH!

Cherry desesperada tentava se livrar da mulher, que estava a agarrando com força com suas unhas afiadas.

— ME LARGA! — berrou Cherry aterrorizada caindo no chão a mulher puxava suas pernas, mas a garota lhe deu um chute com força que fez a mulher tombar para trás.

Tentou se levantar, mas a velha parecia possuída já estando de pé novamente, ela mordeu com força uma das pernas de Cherry.

AAAAH

Ela rasgava as vestes de Cherry, que lutava para fugir daquele lugar, mas quando olhava para trás parecia que um pesado queria tragá-la para sempre, com os olhos assustadores da mulher.

— SOCORRO! — berrava Cherry.

— VOCÊ NÃO VAI ME MATAR! — urrou a velha dando tapas na cara da garota, um de seus dentes podres caíra no rosto da garota.

AAAAH

— VOCÊ NÃO SABE COMO É MINHA VIDA! — gritava a velha — OLHE PRA MIM!

Os braços da mulher tinham marcas de mordidas, fundas e escuras, parecia que a mesma havia se mordido. Ela começou a berrar nos ouvidos de Cherry que começou a chorar em desespero, não conseguindo se livrar da mulher.

— ME DEIXA... — disse Cherry soluçando, enquanto a mulher gritava balançado a cabeça — EM...

 A mulher avançou com a boca arregalada em sua direção.

— PAZ!

De repente a mulher fora arremessada com violência para o teto, tombando inerte no chão em seguida. Cherry não entendera o que aconteceu, mas não quis perder tempo pensando naquilo. Ela levantou do chão, e partiu para fora da cozinha..

— Então você não quer a chave? — falou uma voz demoníaca, como se fossem varias vozes de animais que mugem.

Cherry parou no meio do caminho, seus olhos arregalados e o coração acelerado alem do normal. A velha levantou do chão, seu rosto coberto pela escuridão.

— O que você disse? — perguntou Cherry.

— Você quer a chave — riu a velha, com um milhão de vozes. Ela apanhou de dentro de suas vestes um cordão contendo uma chave velha. — A chave para a sua porta!

Cherry respirava com dificuldades.

— Isso é impossível... — falou paralisada, enquanto velha se aproximava — Estou sonhando?

Mas era tudo muito real.

— Se quiser a chave, terá que me dar algo em troca — falou a mulher, erguendo a chave.

Cherry se aproximou da velha.

— E o que você quer? — perguntou chorosa.

A velha sorriu.

— Sua tranqüilidade — vomitou as palavras.

— Não entendo.

— Não precisa — falou ela — Quero algo que não tenho. Uma vida tranqüila, sem impaciência, sem os vultos da noite, sem a loucura.

Cherry não conseguia entende o que a mulher queria que ela fizesse. Mas realmente não precisou, pois a velha retirou de sua veste negra algo que parecia ser uma maça, mas não poderia ser já que essa era branca.

— Morda essa maça e você irá abandonar sua tranqüilidade e passá-la para mim. E assim, a chave será sua.

Cherry apanhou a maça esquisita, parecia ser feita de leite. Pensou por um segundo na serie de perigos que havia se aceitasse comer alguma coisa oferecida por aquela mulher. Mas ela queria muito a chave, estava louca com a idéia de ela poder existir no mundo real.

— Morda! E você conseguirá abrir a porta e seguir em frente — falou ela, seus olhos baixos a encarando com expectativa.

O lugar se tornara extremamente frio, os lábios de Cherry tremiam, ela fechou os olhos, cansada de tudo, desejando dormir para sempre. Mas ao mesmo tempo não queria ficar sozinha, desejava respostas, desejava descobrir o seu segredo. Sua imagem se refletia naquela fruta branca. Ela chorou, “Alphonse, porque você não esta aqui?”.

Começara a nevar. Inclinou o corto abrindo os lábios ela mordeu a superfície da maça, não havia gosto de nada. De repente a maça ganhou uma coloração vermelha viva, e começou a nevar muito mais. Olhou para frente e a velha estava de olhos fechados, não haviam mais rugas nem feridas. Aos poucos ela se transformará em uma linda mulher repleta de algo brilhante, como um anjo.

— Obrigada — falou o anjo.

Cherry desmaiou no chão.


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