Ao acordar naquela manhã, após uma noite difícil, Victoria presumia ter sido ilusões de sua mente assustada e ignorou o fato de ter visto um suposto demônio na janela de sua casa. Sentou-se na grama do jardim, enquanto a neve descongelava e o frio de tremer os dentes passava.

                      Victoria estava confusa com  a reação da esposa de seu pai, Helena, pois pensava que ela não se importava com o seu bem estar, mas ficou feliz ao ver que estava se precoupando. Victoia, pouco a pouco percebia que estava se tornando alguém mais importante.

                      Mas ela não tivera tirado a ideia de sua cabeça de conhecer sua verdadeira mãe, pois queria saber como é a vida de uma rainha. Tentou conversar com seu pai sobre isso, mas ele, estressado não conseguia entender e responder nada que ela falava, apenas dizia pra ela parar com isso, pois se eu estava morando com ele, foi porque a sua mãe quis.

                      Isso deixou a pobre Victoria desanimada, triste ao saber que sua mãe não a aceitou e também não sabia o motivo, mas pensava ser por sua falta de comunicação, timidez, coisas que não atraem para o perfil de princesa. Mas queira ou não, ela era uma princesa e seu pai sabia disso, tanto que aguardava a despedida de Sarah a realeza, mas havia algo que o incomodava.      

                      Eles tinham três filhos, Samuel, o mais velho, destemido e corajoso, Sofia, a mais bela, simpática, mais destemida a realeza e, Victoria. D' Valley sonhava em ter ainda o poder sobre aquele país, mas sabia que não seria tão fácil, ele teria de lutar.

                       Victoria, entediada, saiu de casa, sentou-se na calçada e esperou o tempo passar, decidiu então ler um jornal que estava ao seu lado. Logo na capa havía a notícia de que o filho mais velho da ainha, Samuel, havía morrido na noite passada e notificou que o enterro seria na tarde do dia após.

                      Ela esperava uma oportunidade de ver sua mãe, então teve-a nas suas mãos, mas teria de conseguir sair de casa sem seu pai vê-la, então pegou a capa do jornal onde reportava a notícia, viu o endereço onde ela estaría e seguiu adiante, para realizar um sonho.

                       Deixou sua tristeza de lado ao encontra-la no cemitério onde o jornal indicava, correu para perto, mas tinha vergonha de falar com ela. Parecia tão divina com aqueles olhos azuis brilhantes e seu cabelo loiro com mechas encaracoladas. Seu vestido de seda vermelho com uma jaqueta e um chapéu de couro e um óculos escuro para esconder suas lágrimas.          

                       Victoria a admirava de longe e, ao ver uma garota ao lado da rainha, supôs ser sua irmã, Sofia, mas tinha uma beleza e suavidade parecida com as de sua mãe. Victoria não tinha muito em comum, senão os olhos azuis e a pele  branquinha.

                       Aproximou-se devagar, lentamente para que não se assustassem, então, a chamou e cumprimentou a rainha com uma reverência, a rainha, agradeceu, então Victoria perguntou se ela lembrava-se dela. A rainha não a reconheceu até dizer que chama-se Victoria D' Valley, a rainha então a reconheceu como sua filha.

                        Victoia também cumprimentou Sofia, sua irmã e deu suas condolências pela perda de um filho amado da rainha. A rainha então despediu-se, mas Victoria perguntou-a antes dela se retirar se podia conhecer seus aposentos. Sarah, feliz por ter reencontrado sua filha, aceitou, e a levou para conhecer seus aposentos.

                          Vector, ao notar que Victoria não estava em casa, procurou ao redor, mas não a achaste, então chamou a polícia para ir em busca dela antes que ela se sentisse desprotegida sem sua presença. Como sempre, D' Valley convencido de suas incertezas, mas mal sabia ele que Victoria iria passar a noite na casa da rainha.

                             Victoria estava feliz ao encontrar sua mãe verdadeira, mas estava ainda se lembrando de que seu pai havia lhe dito, que ela não a tinha aceitado, por isso estava morando com ele. Tentava esquecer isso, mas era como se ela tivesse algum problema que sua mãe não aceitasse, ela pensou sobre isso, enquanto a polícia rondava as ruas em sua busca. Victoria sentia saudades de casa, pois nunca tinha dormido fora antes, até ouvir seu pai lhe chamando. Então ela sentiu mais saudades ainda e tentou sair da casa, mas estava trancada e, ao horário que marcava o relógio, já ea meia-noite e não queria acordar sua mãe, então ajoelhou-se perante a porta e pois-se a chorar.