Nar. Damon

Nar. Damon

-Em coma? Mas ela é uma original, ela não pode... - eu não podia descrever o que sentia. Era uma mistura de raiva, dor, culpa, alivio por ela ainda estar viva, e indignação. Isso era impossível, e eu nem conseguia pensar que ela poderia...

-Damon, ela esconde mais segredos do que você imagina.

O resto da tarde passou lentamente, as pessoas foram embora, Katherina saiu e ate agora não havia voltado, Elena e Stefan já haviam subido e eu estava sozinho na sala. Deveria ser umas 23:00 e ainda não havia criado coragem de ir ate meu quarto para ve-la, e nem para dormir. Iria passar a noite no quarto ao lado do meu, mas primeiro tinha que pegar um travesseiro

Abri a porta do meu quarto e ver Lea daquele jeito me fez sentir pior do que já estava. Peguei meu travesseiro e sai. Quando finalmente deitei fiquei pensando em tudo o que já passamos e principalmente sobre hoje.

E eu, que sou uma criatura sem alma, pedi para que ela se salvasse.

Nar. Katherina

(3 dias depois)

Havia se passado 3 dia desde tudo aquilo, e agora discutíamos o que fazer, já que ela não acordava e já havia gastado 2 bolsas e meia de sangue.

Elena estava me ajudando a cuidar dela, que nunca ficava sozinha.

-Já se passaram 3 dias. -dava pra perceber o tom preocupado na voz de Elijah, que também não tinha desgrudado dela nesse tempo.

-Lea não pode ficar mais tempo ocupando o quarto do Damon.

-Mas como vamos tira-la de lá? Já montamos uma pequena enfermagem e...

Estava com a cabeça muito cheia, e tinha que que pensar um pouco, então fui para o quarto onde ela estava. Me sentei na cama ao seu lado e comecei a conversar com ela.

-Você não quer acordar mesmo, não é? Vamos, abra esses olhos e levanta esse corpitcho dai, vai! Hun... as coisas não estão nada boas, tirando a parte que Elijah não quer mais me matar. Quer saber, acho que bem la no fundo, mas bem la no fundo mesmo, ele é legal... - Não sei se foi impressão minha, mas naquela hora era como se ela sorrisse do que eu tinha dito. Era um fio de esperança que ainda brilhava - Rá!

Fui correndo até a porta, tinha que avisar que ainda havia luz no fim do túnel.

-ELA SORRIU!!!- todos levantaram a cabeça para olhar por cima da escada e me ver aos gritos na porta do quarto - ELIJAH, ELA SORRIU!!!

Foi como se passasse um furacão: 3 vampiros passando correndo por mim e indo se posicionar em umlugar que não a sufocasse, mas se caso ela acordasse daria para ver. Demos espaço para Elijah sentar-se perto dela e pegar sua mão.

-Sempre vamos estar do seu lado, princesa. - depois de dizer isso ele fez cara de perplexo e fitava suas mãos entrelaçadas nas delas, intercalando com seu rosto.

Foi neste momento que comecei a perceber pequenos movimentos nas pálpebras de Lea. Ela abriu o olho, um olhar perplexo que passava por todos. Era como se eu me enchesse de uma felicidade sem fim. Então ela abriu a boca para falar e nós ficamos prestando atenção no que ela diria.

- Estou com fome.

Nar. Lea

(Meu apartamento - 22:00)

Aah, o mundo! Você é muito bonito Mundo, você também senhora Vida, muito bonita!

Não aguentava mais ficar daquele jeito. Acreditem, ficar em coma é horrível. Você não pode fazer nada, teu corpo fica lá, esticadão e quando consegue levanta um dedo, todo mundo começa a grita; fala sério, eu não valo tanto.

O que eu mais precisava agora era de um ótimo banho pra ver se eu tirava esse mau estar. Foi um banho demorado e delicioso, e durante ele eu retirei os pontos. Me sentia outra pessoa. Só que havia levado só minha calcinha e sutiã para o banheiro ( que aliás eram lindos e novos) então apenas o vesti, estava sozinha no apartamento mesmo e meu guarda roupa era logo ali, já que era uma suíte.

-Ai, que susto!- eu corava enquanto corria para ver se achava alguma toalha ou qualquer coisa para eu me enrrolar.

-Não tente esconder  que é belo, querida. -aquele sorriso me irritava, enquanto ele chegava cada vez mais perto de mim, me colocando contra a parede e examinando todo o meu corpo.

-Não chegue mais perto, Klaus.

-Você sabe como essa situação vai acabar. - agora ele me precionava contra a parede, colocando os braços em minha volta para ter certeza que eu não fugiria.

-Eu avisei. - o empurrei, mas foi inesperado para ele, que caiu, porém, por azar, caiu na cama e deu um leve sorriso de lado.

-Se eu vou cair, você também vai...- ele me puxou para a cama também, ainda olhando meu corpo coberto apenas pelas roupas intimas, e se virando para ficar por cima de mim. E depois ainda sussurrou em meu ouvido: - Você sabia que não te resisto de branco?

Olhei pela primeira vez em seus olhos, levantando minha expressão, o fazendo olhar em meu rosto.

-Esta faltando mulheres, Klaus? Onde está Melany agora, em? -Pude ver sua expressão passar de sarcasmo para frieza, uma frieza que me fez sentir medo, mas agora eu havia começado e ia terminar.- Se lembra dela? Era bonita a camponesa, não?

-Já te disse que não te traí.

-Aah não, traiu não! Era um alien que tomou posse desse lindo corpinho e a beijou naquela tarde. Você acha que eu não lembro, não é? Pois eu lembro e me lembro muito bem dos detalhes, detalhes capazes de me fazer perceber suas segundas intenções com ela.

-Lea, eu posso explicar...

-Desculpe, mas não há explicações para a traição. -Consegui me livrar dele, que agora estava de pé, como eu, na minha frente.

-Só quero que escolha. Ouça o que ele diz.- colocou a mão em meu peito no exato lugar onde era pra ficar um coração enquanto falava.

-Você me tornou fria, me prometeu que eu seria a única, me prometeu o seu amor, e disse que ele era só meu, mas você mentiu, e agora eu não tenho mais medo de você, pois tudo que ameaçar pode ser mentira. -abri a porta, dando passagem para ele passar -Agora vá. Vá embora, por favor.

Ele saiu, mas antes de fechar a porta, balbuciou um "Só se lembre que eu ainda te amo".

A porta se fechou e eu me encostei nela para chorar, escorregando até me sentar no chão, colocando minha cabeça entre as mãos, agora que tudo vinha a tona, todas as lembranças, todos sentimentos. Elijah tinha razão, Klaus agora precisa morrer.