The Blizzard escrita por Bug


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É uma one shot, espero de coração que vocês gostem...
Me deixem reviews com sua opinião *-*
Obrigada e beijinhos ;*



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O frio tomava conta de Nova York, era a nevasca do século, o frio congelante, o vento cruel, e a neve que não cessava, carros estavam abaixo da neve, arvores com suas copas completamente brancas, já era tarde, nem mesmo o bom e quente café da Starbucks não vencia aquele frio massacrante, Elizabeth tentava andar pelo parque, precisava ir embora, seus pés afundavam na neve, seu casaco preto já havia perdido a cor para o branco da neve. Aquilo já nem parecia mais véspera de Natal, a garota cambaleava com os pacotes de presentes em suas mãos, fora as caixas que tentava equilibrar.

-Droga de neve... – murmurava para si – E agora qual é meu carro? – perguntou-se.

-Moça... – um garoto gritou correndo em sua direção.

A menina virou-se deixando todas as suas caixas e sacolas caírem.

-Idiota... – rosnou para si.

-Você deixou cair... – o garoto chegou ofegante contendo uma caixa em uma das mãos.

-Obrigada... – a garota estendeu as mãos pegando a mesma.

-Está bem frio né? – o menino que já era um adulto de face angelical sorriu.

-Muito... Mas todo ano isso se repete... – Elizabeth balançou a cabeça.

-Sou Justin... – estendeu a mão.

-Elizabeth... – apertou-a.

-Esse nome me lembra alguém... – Justin franziu o cenho.

-Justin... Justin... – a garota começou a sussurrar.

-Espera...

-Você...

-Não pode ser...

-Droga...

Os dois saíram discutindo e nem viram que entraram em um túnel que ia ser demolido, com o peso da neve e a estrutura abalada, a única saída ficou coberta de neve e impossível de se passar.

-Você sempre foi um grande idiota! – a garota gritou.

-Espera... Você ta ouvindo? – perguntou.

-Espera o que o imbecil?

-Cala a boca! – o menino gritou - Você notou que ta tudo escuro... Droga! – gritou.

-O que foi? – a garota perguntou.

-Agente ta preso aqui... – o garoto começou a se desesperar.

-Presos? Não pode ser... – Elizabeth começou a andar de um lado para o outro, enquanto Justin se descabelava já que era claustrofóbico.

-Deve ter um jeito de sairmos daqui...

-Tem que ter... – a garota o corrigiu.

Uma luz velha de segurança no túnel estava piscando, Justin foi até ela e a rosqueou melhor.

-Ao menos uma luz... – murmurou.

-Como alguém vai nos achar?

Justin começou a observar cada canto daquele lugar com a estrutura abalada, ele que já era formado em engenharia viu as trincas no túnel, e notou que para cair não demoraria caso algo de peso ficasse em cima.

-A estrutura está abalada... – sussurrou tocando nas paredes.

-Traduzindo: A gente vai morrer? – Lizzie perguntou.

-Não... Quer dizer... O gelo que esta tampando as duas saídas um dia vai derreter... – Justin deu um meio sorriso.

-Um dia? – a médica gritou – Não querendo te decepcionar, mas estamos na nevasca do século.

-Eu sei... Mas temos que esperar... Afinal o que podemos fazer? – perguntou.

-Gritar é inútil, além de que podemos ficar com sede...

-Idiota o que mais tem aqui é água! – a morena irritou-se.

-Não é descontando em mim que tudo vai se resolver... – Justin defendeu-se.

-Podemos tentar usar nossos celulares... – a garota deu uma luz.

-Estou sem sinal... – Justin disse olhando o celular em suas mãos.

-Minha bateria acabou... – a morena soltou um riso sarcástico.

-Porque foi acontecer isso? – Justin perguntou-se sentando no chão.

-Estar presa justo com você... – Elizabeth o acompanhou sentando ao seu lado.

-Você também não é a pessoa que mais eu gostaria de estar preso... – o garoto resmungou.

Os dois ficaram em silencio por um tempo, apenas tentando digerir tudo o que havia acontecido com eles instantes antes.

-Uma pessoa pode viver de trinta a quarenta dias sem comer... E de cinco a sete sem beber... – a garota começou a quebrar o silêncio.

-Mas nenhum dia sem esperança... – Justin suspirou.

-Você já perdeu as suas? – Lizzie perguntou.

-Não... Só quis te completar... – sorriu.

-E eu que prometi dar o melhor Natal para aquelas crianças... – a garota suspirou triste.

-Como assim? – Justin ficou confuso.

-Eu sou pediatra Justin... Formei-me em medicina... Trabalho no Lenox Hill Hospital... Aquelas caixas e sacolas eram presentes para as crianças que vão passar o natal internadas lá...

-Nossa... Quer dizer... Eu sinto muito. – comoveu-se.

-Eu também sinto... E você o que faz da vida Bieber?

-Sou engenheiro... Está solteira? – perguntou.

-Sim... Nenhum garoto aceita meu estilo de vida corrido.

-Nem me fale... Quase não tenho tempo para respirar... – Justin lamentou-se.

-Você namora?

-Não...

-Sente falta de Stratford? – Elizabeth perguntou.

-Um pouco... Você quer dizer nossas brigas na escola? Na rua?

-Não idiota! – a menina deu um tapa na perna do menino que agora já era um homem.

-Sem brincadeiras... Sim, eu sinto muita falta... Nova York é legal... Mas nada substitui o bom e velho Canadá.

-É também acho...

-Ao menos concordamos em algo... – Justin riu sem humor.

-Talvez!

-Está ficando frio...

-A cada segundo...

-Meu casaco já está ficando gelado...

-O meu também... – a menina concordou.

-Você como médica deve saber que o calor humano ajuda não? – Bieber sorriu.

-O que você está insinuando? – a menina perguntou assustada.

-Que se não nos abraçarmos para tentar nos aquecer mais vamos congelar... – ele a olhou sarcasticamente.

-Tudo bem... – a garota aproximou-se de Justin, que a envolveu em seus braços, e juntos ficaram quebrando dentes.

-Minhas pernas estão começando a doer... – as pernas do garoto doíam devido à temperatura que se encontrava no lugar.

-Eu vou me sentar em cima delas... – a garota sentou- se no colo do garoto, agora já não era mais uma questão de nos odiávamos na infância, nesse momento era uma questão de sobrevivência.

Com uma luz fraca e falha para a iluminação, e a esperança, os dois ficaram se olhando, os olhos castanho escuro de Elizabeth começaram a brilhar como há tempos não brilhavam já a cor mel da íris de Justin continha um brilho jamais visto.

Os lábios de ambos trincavam com o frio, e a tonalidade rosada estava sumindo, Justin apertava Lizzie cada vez mais forte contra seu corpo, ele não fazia a menor idéia do porque estava fazendo aquilo, eram seus instintos carnais, e por incrível que pareça uma parte dele gostava daquilo. Enquanto um lado se negava desde a infância um possível amor entre eles, o outro lado amava aquela morena de olhos incandescentes.

-Você acha possível pontos de vista mudarem em seis horas de convivência? – o menino perguntou em sussurro, o hálito fresco de Justin que fazia fumaça no ar, tocava a pele de Elizabeth parecendo quente. A garota sentiu um leve arrepio na espinha, era uma sensação até então desconhecida para Lizzie que há tempos não namorava.

-Eu realmente não sei por que, mas estou começando a acreditar... – os lábios gelados de Justin começaram a procurar pelos da garota, o menino pediu passagem, e ela não hesitou, o correspondeu de uma forma cheia de sentimento por mais que ela não quisesse.

-Seus olhos ainda são da pequena Lizzie... – Justin soltou um sorriso.

-Lizzie? – a menina perguntou corando.

-Quer dizer Elizabeth, me desculpe...

-Não, tudo bem... – a menina passou seus dedos gelados pela pele de Justin, que pegou a mão da garota e beijou cada ponta de dedo.

-Eu te amava... – ele sorriu.

-Não ama mais? – a menina decepcionou-se.

-O primeiro amor a gente nunca esquece... – os olhos de ambos brilhavam.

-Quer dizer... É um sentimento recíproco... – a garota selou seu gélido lábio nos do amado.

-Sério? – perguntou incrédulo.

-Sim... – ela respondeu envergonhada.

-Eu te amo Elizabeth Kendall... – gritou.

-Bobo... – a menina deu um leve soco no peito de Justin – Sabe, se algo de pior acontecer, eu fico feliz por estar ao seu lado... – a menina abaixou a cabeça.

-Hei, hei nada de mal vai acontecer, logo os bombeiros vem... – o menino levantou a cabeça da amada.

-Eu gostaria muito de acreditar nisso...

-Apenas tente...

-Eu vou... – os dois acabaram adormecendo abraçados, o calor humano já não era mais suficiente, por total sorte dos dois um menino de rua os viu o acidente e correu até os bombeiros, demorou para que acreditassem nele, mas de tanto insistir o pequeno conseguiu.

-Tem alguém ai? – os bombeiros gritavam de um alto falante, fazendo Justin despertar.

-Lizzie... Acorda... Veio ajuda... – Justin abalançava a menina.

-Socorro! Estamos presos! – Justin berrava.

Os bombeiros começaram a cavar, um buraco, em uma hora estavam dentro do túnel, primeiro tiraram Elizabeth que já não conseguia mexer as pernas, depois Justin que estava um pouco melhor, eles foram levados até a ambulância e lá receberam os primeiros socorros.

Justin quis falar com o menino.

-Então quer dizer que você viu como tudo aconteceu garoto? – perguntou.

-Sim senhor... Caiu uma grande quantidade de neve...

-Mas pequeno o que você fazia sozinho nesse parque? – Justin estava preocupado.

-Eu moro aqui senhor... – explicou.

-Como assim?

-Eu não tenho família... – o pequeno soltou uma lágrima.

-Qual é seu nome?

-Mark senhor...

-Lizzie, você ouviu? – Justin perguntou segurando a mão da amada, que agora estava com uma coberta ao seu redor, assim como o garoto.

-Mark... Você quer morar comigo e com o Justin? – a garota perguntou com um olhar angelical.

-Eu posso ser o seu papai... – Justin sorriu olhando o pequeno Mark.

-E eu sua mamãe... – Lizzie completou.

-Muito obrigado! – o menino todo maltrapilho abraçou o casal.

O casal foi levado ao hospital depois de um tempo para ver se ainda estava tudo ok, Lizzie teve que fazer fisioterapia, mas logo voltou a andar normalmente.

Justin e Elizabeth se casaram e adotaram oficialmente o pequeno Mark, que começou a atender pelo nome de Mark Kendall Bieber.

“Nada acontece em nossa vida por acaso, tudo tem um propósito e uma ligação, apenas para te levar ao seu destino. Viva, e não perca nenhum instante desse precioso bem chamado tempo.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D
me deixem reviews *-*